quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ELEIÇÃO ANULADA

Para o bem dele eu mesmo poderia desejar

estar debaixo da maldição de Deus

e separado de Cristo.

É o povo escolhido por Deus,

e Deus fez dele seus filhos

e repartiu a sua glória com eles.

Fez os acordos com eles e lhes deu a Lei.

Eles têm a adoração verdadeira

e receberam as promessas de Deus.

Romanos 9.3-4 (leia 9.1-5) – BLH

Conforme Paulo, o Povo de Israel estava debaixo da maldição de Deus. Paulo gostaria de poder tomar sobre si a maldição do povo, para que fossem salvos, dando muitos argumentos dentro do raciocínio dele, que, a meu ver, não faz sentido às culturas não-judaicas. Para a nossa cultura e época a tradução do seu argumento seria assim:

O Povo de Israel foi escolhido, não tanto para ser salvo, mas um instrumento da salvação de todas as nações. O povo acabou entendendo a eleição como um privilégio exclusivo e se isolou das demais nações. Esta atitude anulou a eleição porque a finalidade, "a salvação das nações", não estava sendo atingida. Jesus mostrou que não é pelo nascimento, mas, pela atitude de compaixão que uma pessoa é filho ou filha de Deus e a faça parte do povo de Deus!

A igreja segue o mesmo caminho do Israel antigo quando toma a atitude de ser o “novo povo eleito” e despreza as outras manifestações de fé. Um cristianismo intolerante, orgulhoso e exclusivo é tão abominável quanto o legalismo que crucificou Jesus. Se Jesus voltasse de novo na forma humana com as mesmas aberturas reveladas nos Evangelhos seria rejeitado pela mesma igreja que invoca seu nome?

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