Haverá
mais alegria no céu por um pecador
que se arrepende dos seus pecados
do que por noventa e nove pessoas boas
que não precisam se arrepender.
que se arrepende dos seus pecados
do que por noventa e nove pessoas boas
que não precisam se arrepender.
Lucas
15.7 (leia 15.1-10) – NTLH
Jesus
tinha pouco interesse nas pessoas que professavam ser religiosas e
piedosas. Ficar com elas era perda de tempo. Era inútil lidar com
pessoas convencidas de serem as escolhidas de Deus e que se separavam
dos demais por considerá-los pecadores. Os “outros pecadores”
tinham mais possibilidade de serem salvos do que “as noventa e nove
pessoas boas que não precisam se arrepender”
(ironia). Quem se julgava “salvo” estava mais perdido do que os
pecadores assumidos!...
Nesta
parábola, a ovelha perdida e a moeda perdida eram as pessoas que os
fariseus consideravam “pecadores”. Jesus usou ironia em
identificar as noventa e nove ovelhas e as nove moedas com os
fariseus hipócritas que se achavam já salvos. Quando o pastor,
cheio de alegria, voltou para casa com a ovelha perdida nos ombros
ele chamou os amigos e vizinhos para a celebração. As noventa e
nove ovelhas eram incapazes de celebrar o retorno da ovelha perdida.
A dona das moedas fez festa com as amigas e vizinhas pelo mesmo
motivo.
Ironicamente
a nossa tendência é nos identificarmos com as noventa e nove
ovelhas e as nove moedas. Ao nos identificarmos com elas,
inconscientemente somos iguais aos fariseus, ficando na segurança do
curral ou do cofre, nos alegrando com a nossa “salvação”.
Os
heróis da parábola são o pastor e a mulher, não as noventa e nove
ovelhas e nove moedas. Nosso lugar não é o aprisco ou caixa forte.
É estarmos juntos, misturando com os pecadores, sendo iguais ao sal
e fermento. O sal, enquanto no saleiro, é inútil. O pastor da
história estava junto com a ovelha perdida, não com as que estavam
no curral.
Onde
estaria Jesus hoje se voltasse na carne? Duvido que ele estaria
perdendo seu tempo batendo palmas nos “louvorzões” nas casas de
culto ou promovendo grandes concentrações de crentes para fazer
“oba oba”. Ele estaria junto com aqueles dos quais os “bons”
se separam. Jesus não seria encontrado nos templos. Estaria próximo
aos favelados, famintos, doentes, sem terra, sem teto, sem família,
desempregados, explorados e manipulados.
A
parábola é um julgamento contra qualquer tipo de elitismo
espiritual e social. Jesus introduziu uma nova espiritualidade que
até hoje não é compreendida. A espiritualidade de Jesus nos
desafia a repensar as nossas prioridades e valores. A igreja de Jesus
não tem paredes que a separa da massa da humanidade. A sua
identidade não consiste em ser “diferente” ou “melhor” dos
outros, mas em ser solidária, transmissora de esperança. Ela vai ao
encontro dos necessitados, participando das suas lutas. Não se
protege dentro de “apriscos” ou “cofres”.
LUCAS 15:1-10 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Certa
ocasião, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama
chegaram perto de Jesus para o ouvir. Os fariseus e os
mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo:
— Este
homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles.
Então
Jesus contou esta parábola:
— Se
algum de vocês tem cem ovelhas e perde uma, por acaso não vai
procurá-la? Assim, deixa no campo as outras noventa e nove e vai
procurar a ovelha perdida até achá-la. Quando a
encontra, fica muito contente e volta com ela nos ombros. Chegando
à sua casa, chama os amigos e vizinhos e diz: “Alegrem-se comigo
porque achei a minha ovelha perdida.”
— Pois
eu lhes digo que assim também vai haver mais alegria no céu por um
pecador que se arrepende dos seus pecados do que por noventa e nove
pessoas boas que não precisam se arrepender.
Jesus
continuou:
— Se
uma mulher que tem dez moedas de prata perder uma, vai procurá-la,
não é? Ela acende uma lamparina, varre a casa e procura com muito
cuidado até achá-la. E, quando a encontra, convida as
amigas e vizinhas e diz: “Alegrem-se comigo porque achei a minha
moeda perdida.”
— Pois
eu digo a vocês que assim também os anjos de Deus se alegrarão por
causa de um pecador que se arrepende dos seus pecados.
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