domingo, 16 de agosto de 2015

NOVOS NOMES E NOVOS DESTINOS


Daqui em diante o seu nome será Abraão
e não Abrão,
pois eu vou fazer que você
seja pai de muitas nações.

De hoje em diante
não chame mais a sua mulher de Sarai,
mas de Sara.

Gênesis 17.5,15 (leia 17.1-16) – NTLH

Na antiguidade dava-se muita importância aos nomes. Uma mudança de nome significava uma mudança de vida e destino! O texto acima sinaliza uma solidificação de rumo. O novo nome era um reforço que o “impossível” estava para acontecer. Os nomes estavam ligados ao destino e não as circunstâncias do presente momento.

Abraão foi adotado como pai do judaísmo, cristianismo e islamismo. Primeiro, depois de mais de um milênio de tradição oral, seus feitos foram registrados no livro de Gênesis. Aproximadamente 580 anos mais tarde, os cristãos o adotaram como pai espiritual. No século VII d.C., Maomé o adotou como pai do islamismo. Cada uma das três religiões monoteístas usa Abraão para se legitimar. Há muita polêmica em torno de Abraão por não haver provas arqueológicas da sua existência histórica. Independente de qualquer conclusão quanto a sua historicidade, a narrativa apresenta profundas lições de vida e é de grande inspiração.

No seu contexto, tudo parece grande ironia! Abrão havia saído da sua terra natal há 25 anos com a promessa de terras e muitos descendentes. Todos estes anos foram de frustrações e fracassos. A terra ainda era dos outros. Sua esposa, Sarai, estéril na juventude, havia passado muito do período fértil da vida. Ele, com 99 anos de idade, nem podia pensar em paternidade... Até então as promessas divinas pareciam vazias, sem nenhuma perspectiva de realização. Por um milagre, Abrão e Sarai não haviam desistido de tudo e voltado para a terra natal!...

Mais uma vez, o Deus Eterno veio com a mesma conversa de antes. Desta vez Ele modificou seus nomes: de Abrão para Abraão e Sarai para Sara. Os nomes não tinham nada a ver com a realidade do momento. Abraão significa “Pai de Muitas Nações” e Sara, “Soberana” ou “Princesa”. Parecia ironia, mas, pelo menos pela sua teimosia, o casal merecia os novos nomes. Abriu um novo potencial.

O potencial do nome, “Cristão” é grande. “Cristo” significa “ungido por Deus”. Na teologia cristã, Jesus foi ungido por Deus para ser manifestação do Divino. Jesus encarnou o Reino de Deus num mundo de anti-reinos. Ao assumir o título, “Cristão”, temos o potencial de nos tornamos, também, manifestação daquilo que Deus deseja para o mundo. Como nos tempos de Abraão, há uma carência de manifestações concretas do Reino na sociedade. Nossa realidade no momento, em todas as esferas, está longe da justiça e paz. Mesmo dentro da igreja existem vaidade, ambição, deslealdade, traições, preconceito e intolerância.

Precisamos de muita fé para caminharmos em direção à promessa de um novo céu e uma nova terra onde há paz e boa vontade. Pela fé, no espírito (nome) Jesus, podemos já viver o Reino, demonstrando solidariedade, compaixão, sinceridade e tolerância, Podemos vencer em nossas vidas as barreiras do sectarismo, racismo, sexismo, materialismo, e todos os “ismos” que dividem a humanidade, Tomar o nome de Jesus significa viver os valores do Reino sem nos preocuparmos com os resultados que estão fora do nosso controle. Podemos não chegar a ver a germinação das sementes que plantamos. Tomar o nome de Jesus significa semear o amor que ele revelou.

GÊNESIS 17.1-16 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

A ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO

Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o Senhor Deus apareceu a ele e disse:

— Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo. Eu farei a minha aliança com você e lhe darei muitos descendentes.

Então Abrão se ajoelhou, encostou o rosto no chão, e Deus lhe disse:

— Eu faço com você esta aliança: prometo que você será o pai de muitas nações. Daqui em diante o seu nome será Abraão e não Abrão, pois eu vou fazer com que você seja pai de muitas nações. Farei com que os seus descendentes sejam muito numerosos, e alguns deles serão reis. A aliança que estou fazendo para sempre com você e com os seus descendentes é a seguinte: eu serei para sempre o Deus de você e o Deus dos seus descendentes. Darei a você e a eles a terra onde você está morando como estrangeiro. Toda a terra de Canaã será para sempre dos seus descendentes, e eu serei o Deus deles.

Deus continuou:

— Você, Abraão, será fiel à minha aliança, você e os seus descendentes, para sempre. Pela aliança que estou fazendo com você e com os seus descendentes, todos os homens entre vocês deverão ser circuncidados. A circuncisão servirá como sinal da aliança que há entre mim e vocês. De hoje em diante vocês circuncidarão todos os meninos oito dias depois de nascidos, e também os escravos que nascerem nas casas de vocês, e os que forem comprados de estrangeiros. Tanto uns como outros deverão ser circuncidados, sem falta. Esse será um sinal que vai ficar no seu corpo para mostrar que a minha aliança com vocês é para sempre. Quem não for circuncidado não poderá morar no meio de vocês, pois não respeitou a minha aliança.

Depois Deus disse a Abraão:

— De hoje em diante não chame mais a sua mulher de Sarai, mas de Sara. Eu a abençoarei e darei a você um filho, que nascerá dela. Sim, eu a abençoarei, e ela será mãe de nações; e haverá reis entre os seus descendentes.

Nenhum comentário: