Aí Moisés suplicou:
“Por favor, deixa que eu veja
a luz brilhante da tua presença”.
Deus respondeu:
“…você me verá pelas costas,
porém não verá o meu rosto”.
“Por favor, deixa que eu veja
a luz brilhante da tua presença”.
Deus respondeu:
“…você me verá pelas costas,
porém não verá o meu rosto”.
Êxodo
33.18,23 (leia 33.18-23) – NTLH
Na
sua insegurança, Moisés pediu a Deus, “Por favor, deixa que eu veja”. Ele havia
escolhido seu destino ao atender uma voz que ouviu no deserto. Acabou sua vida tranquila
como pastor das ovelhas mansas do seu sogro. Assumiu a liderança libertadora de
seu povo instável, que vacilava entre alegria e rebeldia. Nesta nova caminhada,
Moisés passava por muitas emoções: dúvida, medo, ansiedade, surpresa, vitória,
perplexidade, esperança, alegria, raiva, etc. Tudo isto sem poder ver o “Dono”
daquela voz…
Em
resposta ao pedido de poder vê-lo, Deus colocou Moisés na fenda de uma rocha e
o cobriu, deixando-o no escuro. Não foi permitido ver a passagem da presença
divina brilhante. Somente depois de ter passado, Deus permitiu Moisés vê-lo
pelas costas, afastando de longe.
Este
episódio é um retrato da vida. A nossa vista é limitada. Podemos enxergar
somente a parte da vida que já passou. Caminhamos de costas, podendo ver as
paisagens ao nos afastarmos delas. Somos cegos quanto ao futuro. O “rosto de
Deus” e o futuro são vedados aos nossos olhos. Podemos contemplar somente os
feitos já realizados e eventos passados.
O
momento mais escuro para Moisés foi justamente quando Deus estava mais perto. A
mão divina o fechava dentro da rachadura da rocha. Aquele momento era somente
uma sensação. A visão veio depois. Para nós, também, nunca sabemos o
significado do presente momento. Com a passagem do tempo podemos perceber seu
sentido. Uma experiência dolorosa, na realidade, pode ser uma grande bênção
disfarçada. Uma “grande sorte” pode virar um pesadelo. Nunca sabemos as
implicações futuras do nosso “agora”.
A
instabilidade de “hoje” nos deixa ansiosos quanto ao “amanhã”. Gostaríamos de
ter respostas. Em tempos de crise, como estamos passando, não faltam “profetas”
para nos dizer o que queremos ouvir. Surgem ondas de previsões quanto ao
futuro. O Apocalipse desperta curiosidade e cresce o número de pessoas que
recebem “revelações” sobre eventos vindouros. Há grande faturamento de livros
sensacionalistas que dizem desvendar os segredos do destino da terra.
O
futuro não nos pertence e está fora do nosso controle e conhecimento. Não
sabemos o que vai acontecer daqui há cinco minutos ou se ainda estaremos vivos
amanhã. Tentar prognosticar os detalhes é inútil. Teorias sobre o fim dos
tempos, o destino final das almas, céu, inferno, purgatório, reencarnação,
carma, etc. não passam de ser expressões poéticas do nosso desejo. São
mitologias criadas pela subconsciência para nos ajudar a lidar com as
incertezas. Só Deus sabe. O importante é a presença divina. O resto é
secundário.
Ao
olhar ao nosso redor podemos ver o brilho das obras do Criador. No espelho
podemos ver apenas uma pessoa já feita, e ter a certeza que Aquele(a) que nos
trouxe até aqui não nos abandonará no meio do caminho. Na sua companhia,
chegaremos ao nosso destino para maravilharmos com aquilo que, além da
imaginação, foi preparado para nossa alegria.
ÊXODO
33.18-23 – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Aí Moisés suplicou:
— Por favor, deixa que eu veja a tua glória.
Deus respondeu:
— Eu farei com que todo o meu brilho passe diante de você
e direi qual é o meu nome sagrado. Eu sou o Senhor e terei compaixão de quem eu
quiser e terei misericórdia de quem eu desejar.
E disse ainda:
— Não vou deixar que
você veja o meu rosto, pois ninguém pode ver o meu rosto e continuar vivo. Mas
aqui há um lugar perto de mim, onde você poderá ficar em cima de uma rocha.
Quando a minha glória passar, eu porei você numa rachadura da rocha e o
cobrirei com a minha mão até que eu passe. Depois tirarei a mão, e você me verá
pelas costas, porém não verá o meu rosto.
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