Essas pessoas são como árvores
que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo,
e as suas folhas não murcham.
que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo,
e as suas folhas não murcham.
Salmo
1.3a (leia 1.1-6) NTLH
Sem
o exemplo das árvores, a virtude se limitaria à piedade pessoal. O ideal seria
ter bons companheiros, evitar o mal e meditar na lei. A religiosidade
consistiria em se manter puro, conviver bem com os irmãos e as irmãs e ler a
Bíblia. Para ser bom membro de igreja bastaria ser assíduo nos cultos, firme na
doutrina e trazer os dízimos.
Mas
o exemplo das árvores muda este conceito. Elas podem nos ensinar belas lições
enriquecendo nossa vida. Na natureza, as árvores de uma espécie não se ajuntam
em áreas de exclusividade. Há sempre uma biodiversidade arbórea, cada uma
conservando sua natureza e contribuindo para o bem das demais. Os ipês, não se
organizando em pomares, se espalham entre as demais, embelezando a floresta
inteira. Ao contrário, os seres humanos tendem formar agrupamentos homogêneos:
clãs, religiões, igrejas, sinagogas, mesquitas, clubes, sociedades,
associações, etc. para benefício mútuo. A natureza humana resiste a
heterogeneidade, achando-a ameaçadora. Um dos segredos da árvore é a sua
habilidade de utilizar a diversidade.
Este
salmo cita outros segredos: raízes, folhas e frutos.
As
raízes ligam a árvore com a fonte de nutrição. Elas buscam água e alimentação
nas profundezas do solo, e, ao mesmo tempo, dão firmeza contra os ventos
tempestuosos. Quanto mais fundo as raízes, quanto mais apoio. As pessoas,
também, precisam de “raízes” para se firmarem na vida. O salmista descreve a
fonte da nossa sustentação como a “lei do Senhor”. Esta lei é muito mais do que
algumas palavras gravadas em pedra ou papel. Inclui tudo que Deus escreve na
natureza e na história. O salmo cita as lições que as árvores nos ensinam. Se
prestarmos atenção podemos ver a lei de Deus escrita em toda a criação. Ter
raízes é ter sensibilidade de ler, aprender e meditar em tudo que se passa ao
nosso redor.
A
árvore é fincada na terra mas voltada para o sol. Se as raízes a unem com a
terra, as folhas a ligam com os céus. As folhas captam a energia da luz para
converter os nutrientes, que as raízes trazem, em matéria orgânica que faz
parte dos organismos vivos. A luz do sol é tão essencial quanto a água do solo
para sua vida e crescimento. O sol para a árvore é igual a meditação e oração
(escutar o Divino) para o ser humano. Não somos apenas pó. Não vivemos só do
pão. Somos espírito (consciência) e nos alimentamos de amor, beleza e
esperança. Sem este “pão”, o pão do céu, perdemos a nossa humanidade e nos
tornamos monstros.
O
fruto é o resultado da ação conjunta das raízes e das folhas. Produzem fruto
que contém a semente de vidas novas.
A
ausência de raízes e folhas resulta em palha que o vento espalha. Estamos
presenciando os efeitos da humanidade sem raízes e folhas. A nossa cultura
materialista está transformando pessoas em “palha”, soprando-as pelos ventos da
ganância, do ódio e do preconceito.
Não
é por acaso, que a árvore se tornou o símbolo de vida! Os resultados do
desmatamento estão revelando como o mundo precisa de árvores. O salmo 1º fala
da importância dos seres humanos se tornarem como árvores e produzirem fruto
para plantar vida. O mundo precisa de árvores humanas.
SALMOS
1:1-6 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Felizes
são aqueles
que
não se deixam levar
pelos conselhos dos maus,
que
não seguem o exemplo
dos que não querem saber de Deus
e
que não se juntam com os que zombam
de tudo o que é sagrado!
Pelo
contrário, o prazer deles
está na lei do Senhor,
e
nessa lei eles meditam dia e noite.
Essas
pessoas são como árvores
que crescem na beira de um riacho;
elas
dão frutas no tempo certo,
e as
suas folhas não murcham.
Assim
também tudo o que
essas pessoas fazem dá certo.
O
mesmo não acontece com os maus;
eles
são como a palha
que o vento leva.
No
Dia do Juízo eles serão condenados
e
ficarão separados
dos que obedecem a Deus.
Pois
o Senhor dirige e abençoa
a vida daqueles que lhe obedecem,
porém
o fim dos maus
são a desgraça e a morte.
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