Está
aqui uma descendente de Abraão
que Satanás prendeu durante dezoito anos.
Por que é que no sábado
ela não devia ficar livre dessa doença?
que Satanás prendeu durante dezoito anos.
Por que é que no sábado
ela não devia ficar livre dessa doença?
Lucas 13.16
(leia 13.10-17) – NTLH
O
chefe da sinagoga ficou zangado quando Jesus ignorou as regras do dia
do sábado e curou uma mulher sofredora, vítima há dezoito anos
duma doença que entortava seu corpo. Jesus vivia o Reino, o chefe, a
instituição. Jesus visava o bem estar dos seres humanos,
independente do seu status social ou condição “moral”. O chefe
defendia a integridade do sistema de leis e valores da instituição
religiosa. Jesus ignorou as limitações impostas pela lei e atendeu
a mulher. O chefe ignorou a mulher, preservando a letra da lei. Jesus
colocava a prática acima da ideologia, o chefe, o sistema de ideias
a custa da prática.
A
religião tem a tendência de se organizar colocando ordem na vida.
Isto é positivo até certo ponto. O perigo é estabelecermos uma
ordem rígida e fechada em torno de si mesma. Faz que a vida se torne
pior do que o caos que ela pretende corrigir.
No
cenário global, as três grandes religiões monoteístas: judaísmo,
cristianismo e islamismo, têm estruturas internas de auto
preservação e promoção que muitas vezes esmagam mais do que curam
os seres humanos. As injustiças praticadas têm a fachada da
democracia contra o terrorismo ou dos injustiçados contra o
imperialismo. Mas na realidade, estas “democracias” praticam o
terrorismo e os “injustiçados” lutam para estabelecer outro
império, todos apelando para seu Deus.
O
Reino é viver a justiça, não fazê-la. Viver a justiça é a
prática do bem quando e onde as oportunidades se apresentam, sem
colocarmos condições ou fazermos restrições.
O
lugar do Reino é sempre aqui, onde cada um esteja e
não lá em outro lugar. O dia do Reino é sempre hoje,
nem ontem ou amanhã. O momento do Reino é sempre agora,
nem antes ou depois. O Reino é aqui, agora
rompendo todas as barreiras do tempo e do espaço.
A
nossa tendência é limitar o Reino a certas condições e épocas,
fazendo a separação entre o sagrado e o secular. Colocamos Deus
dentro do sagrado e O ausentamos das “coisas mundanas”.
O
judaísmo estabeleceu o dia de sábado como dia sagrado, dedicado ao
“nada fazer”. Jesus foi criticado por fazer o bem no dia sagrado.
Para Jesus todos os dias eram sagrados. Jesus viveu o Reino todos os
momentos em todos os lugares; bastava a mulher doente (há 18 anos)
chegar perto de Jesus! Ele a viu, chamou e curou, sem precondições.
Erramos
quando achamos que viver o Reino é moldar os outros de acordo com a
nossa visão do certo ou errado e colocarmos a nossa ordem no caos
reinante. Não compete a nós estabelecermos ou construirmos o Reino.
Ele já está ao nosso redor e dentro de nós. Somos apenas
participantes. Compete a nós semearmos o bem e deixarmos os
resultados com Deus.
LUCAS 13:10-17 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Certo sábado,
Jesus estava ensinando numa sinagoga.
E chegou ali uma mulher que fazia dezoito anos que
estava doente, por causa de um espírito mau. Ela andava encurvada e
não conseguia se endireitar.
Quando Jesus a viu, ele a chamou e disse:
— Mulher, você está curada.
Aí pôs as
mãos sobre ela, e ela logo se endireitou e começou a louvar a Deus.
Mas o chefe da sinagoga ficou zangado porque Jesus
havia feito uma cura no sábado. Por isso disse ao povo:
— Há seis dias para trabalhar.
Pois venham nesses dias para serem curados, mas, no sábado, não!
Então o Senhor
respondeu:
— Hipócritas!
No sábado, qualquer um de vocês vai à estrebaria e desamarra o seu
boi ou o seu jumento a fim de levá-lo para beber água.
E agora está aqui uma descendente de Abraão que
Satanás prendeu durante dezoito anos. Por que é que no sábado ela
não devia ficar livre dessa doença?
Os inimigos de
Jesus ficaram envergonhados com essa resposta, mas toda a multidão
ficou alegre com as coisas maravilhosas que ele fazia.
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