domingo, 11 de junho de 2017

GRÁVIDAS DE ESPERANÇA

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança se mexeu na barriga dela.
Então, cheia do poder do Espírito Santo,
Isabel disse bem alto:
“Você é a mais abençoada de todas as mulheres,
e a criança que você vai ter é abençoada também!”
Lucas 1.41-42 (leia 1.39-45) – NTLH

Nem sempre a gravidez é motivo de alegria. Pode aborrecer ou assustar. Isabel, bem casada e já passada da idade, sempre quis engravidar, mas, sem sucesso. Finalmente, depois de muitos anos de frustração, “ficou de barriga”. Maria, caso contrário: assustou-se com a perspectiva de ser mãe solteira! Mas José, seu noivo, mesmo não sendo o pai da criança, “topou” se casar com ela. Os inimigos do sexo acharam que o casamento foi só de fachada e que “nada rolou” entre os dois. Inventaram até o dogma da virgindade perpétua!...

Mas, o ponto importante do encontro das duas mulheres grávidas era a alegria da esperança. Seus filhos (homens, naturalmente), ainda não nascidos, representavam a esperança de uma vida e um mundo mais feliz. Elas seriam abençoadas por meio dos filhos. A esperança não deixou Isabel e Maria marcadas pelas circunstâncias de pobreza: uma existência de luta pelo pão de cada dia e a busca de água à grandes distâncias. Com otimismo, enfrentavam a vida.

A Bíblia emprega muito a figura de nascimento. O nascimento vem do dentro do corpo da mãe. É a mãe que produz o nenê. A esperança é semelhante ao nascimento de uma criança – vem do nosso útero espiritual. Esta história pode também retratar a nossa vida. Encontramos muitos obstáculos e enfrentamos muitas dificuldades e incertezas. Não podemos esperar que as soluções venham, milagrosamente, de fora. A cura dos males que nos afligem vem de dentro de nós. Jesus dizia às pessoas curadas: “A tua fé te curou”. O milagre de Jesus era despertar a fé que cada pessoa já possuía.

A fé e a esperança das duas mulheres estavam colocadas naquilo que ainda estava dentro delas – ainda não haviam nascidos. A gravidez era também da fé e da esperança. Esperança e fé são irmãs gêmeas. Sem fé, não há esperança. Sem esperança, não há fé. Andam juntas, de mãos dadas.

Outro ponto importante: de onde veio a esperança de salvação? – do meio do “povão”, não dos palácios da elite ou tronos do poder. Os grandes retentores do poder e da riqueza não sentem a necessidade de libertação. Não querem mudanças. Querem que tudo continue como está. Querem proteger o que têm e acrescentar ainda mais. As mudanças que trazem a libertação nunca são dos privilegiados para os desprovidos.

A grande massa da humanidade é semelhante ao solo. Dela brota a renovação da vida. A redenção brota da terra, igual às plantas. O céu serve para fornecer energia. João Batista e Jesus não caíram do céu “de pára-quedas”, homens já feitos, com poder de destruir os inimigos da humanidade. Saíram da barriga materna, criancinhas totalmente dependentes e vulneráveis. A esperança do mundo não está nas grandes coisas, vistas por todos, mas nas pequenas, despercebidas pela maioria.

Sendo que a salvação brota da terra, ela deveria ser bem cuidada e respeitada. A nossa civilização despreza a terra e os pobres, justamente a fonte da esperança. Deus pode fecundar o nosso “útero espiritual” em qualquer circunstância. É possível ficar grávido(a) de esperança e fé neste mundo cheio de violência e opressão.

LUCAS 1:39-45 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)


Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:
Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.



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