Ó Deus,
tu não deixarás que eu fique enterrado,
não abandonarás o teu dedicado servo
no mundo dos mortos.
Tu me mostras o caminho que leva à vida.
A tua presença me enche de alegria
e me traz felicidade para sempre.
não abandonarás o teu dedicado servo
no mundo dos mortos.
Tu me mostras o caminho que leva à vida.
A tua presença me enche de alegria
e me traz felicidade para sempre.
Salmo 16.10-11 (leia 16.8-11) NTLH
Este
trecho do Salmo 16 foi usado por Lucas em Atos 2.25-33 como argumento teológico
para reforçar a ressurreição corporal de Jesus. Em contraste com Lucas, o
salmista escreveu como testemunho da sua própria experiência com o Eterno.
Lucas argumentava para convencer os outros que ele estava com a verdade, mas o
salmista simplesmente testemunhava a sua confiança.
O
salmista vivenciava uma experiência que transcendia as limitações da sua
própria vida mortal. Como nós, ele vivia a incerteza, a insegurança, o perigo
em cada esquina e a morte inevitável. Se fosse olhar somente para estes
aspectos negativos, seria fácil cair no pessimismo e desespero. Sem negar estas
realidades, enxergava uma outra realidade acima de tudo.
Há
uma diferença entre sermos atingidos e sermos abalados. Todos somos sujeitos a
sermos atingidos pelo sofrimento, seja ele físico, econômico, mental ou social.
A fé em nada nos poupa de passar por tempos difíceis e morrer. Não nega aquilo
que nos ameaça. Embora atingidos, as nossas bases ficam firmes. Não somos
aniquilados. Sobrevivemos para continuar. O salmista fala em até alegria e
felicidade diante dos aspectos negativos!...
A
última palavra não está com a desgraça, mas com a graça. O caos é um passo em
direção à ordem. A ordem (graça) está com a última palavra.
O
Salmo 16 representa a experiência do salmista e Lucas o atribuiu, também, a
Jesus. Mas, esta experiência pode ser de todos nós que experimentamos o Eterno.
A fé
cristã, em primeiro lugar, é uma experiência pessoal com o Eterno, não é um
conjunto de argumentos, sistema de teologia ou uma série de dogmas; embora
tentamos explicar esta experiência por estes meios. É um grande erro promover a
nossa explicação em vez de testemunhar a nossa experiência. Acontece que,
muitas vezes, uma teoria toma o lugar de uma experiência. Achamos que, na
ausência de uma experiência, uma teologia pode convencer alguém, mas acabamos
só convencendo a nós mesmos!
O
mundo, hoje, precisa de pessoas que têm habilidade para compartilhar e não das
que têm argumentos bonitos. O testemunho "brota" do coração e provoca
mudanças individuais e coletivas, enquanto que o argumento "nasce" da
cabeça e pode ser motivo de discórdias provocando ainda mais sofrimento e
injustiça.
SALMOS
16.8-11NOVA – TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Estou
certo de que o Senhor
está sempre comigo;
ele
está ao meu lado direito,
e nada pode me abalar.
Por
isso o meu coração está feliz
e alegre,
e
eu, um ser mortal, me sinto bem seguro,
porque
tu, ó Deus, me proteges
do poder da morte.
Eu
tenho te servido fielmente,
e
por isso não deixarás que eu desça
ao mundo dos mortos.
Tu
me mostras o caminho
que leva à vida.
A
tua presença me enche de alegria
e
me traz felicidade para sempre.
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