domingo, 30 de julho de 2017

SEGUIR JESUS HOJE

Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor
se não me amar mais do que ama
o seu pai,
a sua mãe,
a sua esposa,
os seus filhos,
os seus irmãos,
as suas irmãs
e até a si mesmo.
Lucas 14.26 (leia 14.25-33) – NTLH

Duras são estas palavras de Jesus!!!! Parece que Ele está contra laços familiais fortes e que seguí-Lo significa repudiar o lar. Mas, antes de tentar entender estes dizeres, devemos, primeiro, definir o que é “seguir Jesus”.

No conceito popular dos cristãos (católicos e protestantes), seguir Jesus é aceitar os dogmas da igreja, ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ser fiel aos ensinamentos aprovados por ela. Seguir Jesus é agir dentro das doutrinas e normais que as igrejas estabelecem.

Quando Jesus falou estas palavras ainda não existia “esta igreja”, com corpo de doutrinas, práticas e leis de conduta, que conhecemos hoje. Seguir Jesus hoje é algo muito mais profundo do que a aceitação incondicional de um sistema de crenças sobre a pessoa de Jesus e normas de comportamento determinado pelo cristianismo. Na linha da história do mundo cristão, “fieis” chegaram a perseguições, torturas, guerras, discriminações, escravidões, atentados, assassinatos e outras violências como “formas” de seguir Jesus. Os praticantes destes atos se julgavam pessoas piedosas e seus seguidores. A liderança dos Estados Unidos promove o imperialismo com o raciocino de levar os princípios democráticos cristãos ao mundo no combate ao mal.

Seguir Jesus independe de laços formais ou informais com o que chamamos de “igreja”. Ser seguidor de Jesus significa adotarmos um estilo de vida compatível com o seu espírito, fundamentado em amor, cujo fruto é compaixão e misericórdia! Amar Jesus mais do que pai, mãe, cônjuge, filhos, irmãos ou a si mesmo, significa ter amor não possuidor, não egoísta. É amá-los como eles são, sem impormos a nossa vontade. É não fazermos o papel de Deus e agirmos como se fossemos “seu dono”. Ninguém é dono de ninguém. Amar como Jesus amou é abrirmos mão de privilégios e reconhecermos que tudo ao nosso redor é dádiva e não nos pertence.

Jesus disse que devemos calcular quanto vai custar o discipulado. Praticando o amor de Jesus pode nos levar ao confronto com os valores sociais, institucionais e interesses econômicos. Pode nos fazer objeto de discriminação e perseguição, nos custando a vida física. Isto aconteceu com Jesus e pode acontecer com seus seguidores.

Não somos donos da criação. Nada nos pertence. Fomos criados para pertencer ao Reino e não o contrário. Não temos nenhum controle sobre ele e nem o direito de julgarmos as outras criaturas de Deus! Nossa única meta é tentar amar como Jesus amou.

LUCAS 14:25-33 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!”
Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.




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