Eu o criei e o
enviei...
como a luz da salvação
que darei aos outros povos;
para abrir os olhos dos cegos,
pôr em liberdade os prisioneiros
e soltar os que estão em prisões escuras”.
como a luz da salvação
que darei aos outros povos;
para abrir os olhos dos cegos,
pôr em liberdade os prisioneiros
e soltar os que estão em prisões escuras”.
Isaías
42.6b-7 (leia 42.1-7)
Os olhos humanos ficam cegos em relação à
vontade de Deus para a humanidade. Os judeus esperavam a vinda de um messias
guerreiro para colocar a nação de Israel na posição de supremacia entre as
nações e voltadas para Jerusalém para receber a luz da salvação. Esperam até
hoje!
Os cristãos, hoje, aguardam a volta de um
Cristo poderoso e justiceiro para estabelecer seu Reino de Paz no mundo,
condenando os maus para o tormento eterno no inferno e premiando os bons com o
paraíso sem fim. Aguardam até hoje!
Ambos, judeus e cristãos, confiam na
violência divina para impor justiça e paz. Os judeus rejeitaram Jesus por ele
não ser o salvador poderoso de conquista e libertação. Os cristãos põem sua
esperança final num Cristo vingativo no lugar de Jesus vulnerável e pacífico.
Uma leitura cuidadosa de Isaías 42.1-7 revela
a natureza da pessoa que anuncia a vontade de Deus para todas as pessoas do
mundo: “não gritará, não clamará, não fará discursos nas ruas, não esmagará um
galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca”. Seria luz para
abrir os olhos dos cegos e libertar os prisioneiros, soltando-os de suas
prisões escuras.
O profeta Isaías indica que Deus se alegra
com quem não faz manipulação com gritos, clamores ou discursos e que respeita
os quebrados e fracos. É diante deste procedimento que os oprimidos abrirão
seus olhos para serem libertados de suas prisões.
O “abrir os olhos” dos cegos vem antes de
“por em liberdade os prisioneiros”. A pior cegueira é a de “olhos
fechados". A tendência humana é fechar os olhos para as verdades que
incomodam, é viver a mentira. Viver de olhos fechados é viver em “prisões
escuras”. A mente fechada escraviza.
Muitas vezes a evangelização consiste em
trocar uma prisão por outra. Quando adotamos a postura de possuirmos toda a
verdade e achamo-nos no dever de impor esta verdade aos outros, esta “verdade”
se torna outra prisão escura. O novo convertido é levado a fechar seus olhos
para tudo que não esteja dentro da verdade ensinada. O discurso é perigoso
porque pode ser usado para construir outras prisões. Testemunho, não discurso,
pode levar os cegos a abrirem seus olhos e sair de uma prisão sem cair em
outra.
É com “olhos abertos” que vem a libertação.
Uma pessoa que realmente enxerga não se submete a opressão. É livre, mesmo
encarcerada, para viver a verdade. Jesus é o exemplo supremo deste princípio.
Não podemos imaginar Jesus sendo submisso a qualquer autoridade humana. Foi
livre para viver o amor do Papai, contrariando todas as limitações religiosas e
sociais. Ao pregar a submissão, as igrejas estão construindo “prisões escuras”.
ISAÍAS 42.1-7 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
O
Senhor Deus diz:
“Aqui
está o meu servo, a quem eu fortaleço,
o
meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração.
Pus nele
o meu Espírito,
e
ele anunciará a minha vontade a todos os povos.
Não
gritará, não clamará,
não
fará discursos nas ruas.
Não
esmagará um galho que está quebrado,
nem
apagará a luz que já está fraca.
Com
toda a dedicação, ele anunciará a minha vontade.
Não
se cansará, nem desanimará,
mas
continuará firme até que todos aceitem a minha vontade.
As
nações distantes estão esperando para receber os seus ensinamentos.”
O
Senhor Deus criou os céus e os estendeu;
formou
a terra e tudo o que nela existe
e
deu vida e fôlego a todos os seus moradores.
E
agora o Senhor diz ao seu servo:
“Eu,
o Senhor, o chamei e o peguei pela mão,
para
que haja salvação por meio de você.
Eu o
criei e o enviei
como
garantia da aliança que vou fazer com o meu povo,
como
a luz da salvação que darei aos outros povos;
para
abrir os olhos dos cegos,
pôr
em liberdade os prisioneiros
e
soltar os que estão em prisões escuras.
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