O mar Vermelho olhou e
fugiu;
o rio Jordão parou de correr.
As montanhas pularam como carneiros,
e os montes saltaram como carneirinhos.
Pois ele faz com que
as rochas virem fontes
e transforma as pedras
em fontes de água.
o rio Jordão parou de correr.
As montanhas pularam como carneiros,
e os montes saltaram como carneirinhos.
Pois ele faz com que
as rochas virem fontes
e transforma as pedras
em fontes de água.
Salmo
114.3, 4, 8 – (leia Salmo 114) – NTLH
O
salmo descreve numa maneira poética o que aconteceu quando o Povo de Israel
saiu do Egito para fazer uma caminhada “impossível”: vencer obstáculos até
chegar à “Terra da Promessa”.
Diante
dos impasses da vida existe a poesia da esperança. A cabeça recua e diz que não
há saída; o coração enfrenta, esperando o melhor. O salmo cita duas situações
impossíveis na tradição hebraica: o Mar Vermelho que bloqueava a saída do povo
do Egito e a enchente do Rio Jordão que impedia a entrada para a terra
prometida. Viver, para eles, seria enfrentar os obstáculos e correr o risco de
fracasso. Morrer seria recuar com medo e se acomodar. A vida vence o medo.
O
mar que fugiu e o rio que parou são metáforas que descrevem os obstáculos que
encontramos no caminho. Embora gigantescos, não são invencíveis. Há como
atravessá-los. As montanhas e os montes pulantes representam a força vibrante
da vida que nos apoia e celebra conosco!
Somos
Povo de Deus na medida em que caminhamos na direção que faz a criação pular de
alegria! O propósito do Senhor é ajudar vencer obstáculos e provocar
transformações: rochas em fontes. O simbolismo rico deste salmo mostra o poder
divino diante de passos de coragem.
O
nosso Egito não é um estado geográfico com divisas traçadas, mas social e
econômico, sem delimitações claras. É um sistema de valores e prioridades
escravizadores. Existe a minoria privilegiada: empresários, políticos e
mafiosos, que vivem pela exploração da maioria. O valor supremo é econômico. O
lucro e a acumulação de bens estão acima do bem comum. A exploração desenfreada
de recursos naturais está desequilibrando o sistema ecológico e futuras
gerações estão sendo ameaçadas. Se continuar assim, a própria raça humana
poderá entrar em extinção. O nosso Egito é o estado de exploração autodestrutiva.
Viver
é enxergar além dos obstáculos do presente momento: ter uma visão de como o
mundo poderia ser melhor: a visão da “terra da promessa”. Envolver-se com
atividades que promovem a saúde social, ecológica e física. Sermos
transformados/as e agirmos pela mudança do mundo a nosso redor.
A
cabeça diz que tudo isso seria como uma gota no oceano e não faria nenhuma
diferença. Seria se sacrificar à toa. Mas entra o coração – agir com fé e
esperança, lembrando que pequenas sementes podem produzir grandes árvores.
Viver é caminhar em direção à visão. A força da vida pode vencer os obstáculos,
os mares e rios do caminho. Só assim montanhas e os montes podem pular de
alegria!...
SALMOS
114 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Quando
os descendentes de Jacó,
o povo de Israel,
saíram
do Egito, aquela terra estrangeira,
Judá
se tornou o povo escolhido de Deus,
Israel
ficou sendo a sua propriedade.
O
mar Vermelho olhou e fugiu;
o
rio Jordão parou de correr.
As
montanhas pularam como carneiros,
e os
montes saltaram como carneirinhos.
Que
aconteceu, ó mar,
para que você fugisse assim?
E,
você, rio Jordão,
por que parou de correr?
Ó
montanhas, por que vocês pularam
como carneiros?
Montes,
por que vocês saltaram
como carneirinhos?
Trema,
ó terra, na vinda do Senhor,
na
presença do Deus de Jacó,
pois
ele faz com que as rochas
virem fontes
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