Escutem! A Sabedoria
está gritando
nas ruas e nas praças.
nas ruas e nas praças.
Provérbios
1.20
A falta de juízo é como
uma mulher espalhafatosa, tola e sem-vergonha.
Provérbios
9.13
(leia
Provérbios 1.20-25: 9.13-18 – NTLH)
A
Sabedoria, no Livro de Provérbios, tem um tratamento especial, como se fosse
uma mulher. Algumas traduções lançam mão da palavra grega para “sabedoria” e
sua tradução é “Sofia”. Em Provérbios ela fala por si:
– Fui criada antes do princípio do mundo (8.22-23) e acompanhei a
formação dos oceanos, montanhas, o céu, nuvens e horizontes (8.24-29).
Eu, como arquiteto, estava ao lado de Deus e era a sua fonte
diária de alegria, sempre feliz na sua presença - feliz com o mundo e contente
com a raça humana (8.30-31).
A
Mãe Sabedoria se apresenta não como deusa, mas como a presença feminina na
criação. Deus era pai e ela mãe, face feminina do Criador. Era construtora.
Nada foi feito sem a sua presença. Os seus conselhos constroem vidas, famílias,
tribos e sociedades sólidas e felizes. Quem os segue se torna fonte de vida e
bênção, fortalecendo e continuando a obra do Criador. Quem os despreze caminha
para a destruição, levando outros junto consigo.
Mas
a Mãe Sabedoria tem rival, Dona Loucura, atraente, com uma voz sedutora... Seu
discurso é contrário ao da Mãe Sabedoria. "A água roubada é mais gostosa;
o pão furtado é mais saboroso” diz Dona Loucura e se justifica com seus
argumentos! Fala que vivemos em um mundo cruel e não sabemos do dia de amanhã.
A existência é uma luta pela sobrevivência, cada um por si. Os mais espertos
levam o bolo e os bobos ficam com as sobras. Felicidade é adquirir seu pedaço
custe o que custar e deixar os outros se virarem.
Dona
Loucura está pondo em perigo a casa que a Mãe Sabedoria construiu. Ela não mais
se senta à porta da sua casa para gritar aos que passam. Anda pelas ruas,
poluindo o visual com cartazes e painéis incentivando o consumismo e entra nos
lares e fala com entusiasmo através dos aparelhos de televisão e das páginas de
revistas e jornais. Sua mensagem valoriza a beleza física e a ostentação de
grifes. Diz que a felicidade consiste em ser bacana e ter prestígio e riqueza.
Os fatores éticos e morais são ignorados quando convêm. Ter tem mais valor do
que ser. Ela é onipresente em nossa cultura.
A
compulsão de possuir poder e coisas leva a exploração do próximo e de toda a
criação. Os seguidores da filosofia de Dona Loucura estão esgotando os recursos
humanos e naturais, poluindo o solo, o ar e a água. As florestas estão
desaparecendo da terra e os peixes sumindo do mar. A casa, nossa casa, que Mãe
Sabedoria construiu, está sendo demolida diante dos nossos olhos.
A
voz da Sabedoria precisa sair dos templos e ir para as ruas e praças! Precisa
ir a todos os lugares, onde o povo se reúne, e gritar bem alto, denunciando a
loucura do nosso materialismo e egoísmo que está levando o mundo à destruição.
A Sabedoria não tem voz, senão a nossa voz. Podemos ter o luxo de calar?
PROVÉRBIOS 1.20-25 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Escutem!
A Sabedoria está gritando nas ruas e nas praças. Nos portões das cidades e em
todos os lugares onde o povo se reúne, ela está gritando alto, assim:
—
Gente louca! Até quando vocês continuarão nesta loucura? Até quando terão
prazer em zombar da sabedoria? Será que nunca aprenderão? Escutem quando eu os
corrijo. Eu darei bons conselhos e repartirei a minha sabedoria com vocês. Eu
chamei e convidei, mas vocês não me ouviram e não me deram atenção. Vocês
rejeitaram todos os meus conselhos e não quiseram que eu os corrigisse.
PROVÉRBIOS 9.13-18 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
A
falta de juízo é como uma mulher espalhafatosa, tola e sem-vergonha. Ela
senta-se à porta da sua casa ou num banco no lugar mais alto da cidade e grita
aos que passam preocupados com os seus negócios: “Entre, gente tola!” E diz às
pessoas que não têm juízo: “A água roubada é mais gostosa; o pão furtado é mais
saboroso.” Mas os convidados dela não sabem que aqueles que vão à sua casa
morrem e que os que entraram já estão nas profundezas do mundo dos mortos.
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