domingo, 29 de novembro de 2015

CRENTES ATEUS

Os tolos pensam assim:
"Para mim, Deus não tem importância”.
Salmo 14.1a (leia 14.1-7) NTLH

O Salmo 14 não trata de ateus professos, mas dos que professam ter fé em Deus. Trata de gente boa e respeitosa, igual a nós. São raras as pessoas que têm a coragem e a honestidade de abertamente se declararem atéias. Este salmo não critica tais pessoas. Condena as que professam da “boca para fora” serem “pessoas de fé”, mas vivem o ateísmo: são atéias de coração! As pessoas descritas poderiam ter fortes convicções religiosas, professar fé num Deus poderoso, viver uma religiosidade intensiva e seguir um código moral elevado. Poderiam ser a elite da espiritualidade e a “nata da sociedade”. Mas, o salmo passa o julgamento: esta profissão é apenas da “boca para fora”.

Um velho problema da humanidade é não por em prática a essência da fé religiosa. Vivemos em uma sociedade em que a maioria esmagadora diz crer em um Ser Superior. Os templos se enchem de pessoas celebrando missas e cultos. Mas, fora dos templos: na rua, no lar, no comércio, na empresa, na fábrica, no estádio e na escola, não conseguimos lidar com os valores materialistas e competitivos que promovem o egoísmo, ganância e o desrespeito para com o nosso semelhante e a natureza.

Com a boca, professamos fé no criador de todas as coisas e de todos os seres humanos. Mas, no coração, é difícil aceitarmos todos os outros como irmãs e irmãos e reverenciarmos a natureza como a obra divina. É fácil rejeitarmos aqueles que diferem de nós socialmente e religiosamente. É fácil abusarmos da terra, poluindo a água ar e solo que nos sustenta.

É alarmante percebermos que as nossas estruturas sociais e econômicas que promovem a injustiça social e que geram a violência, são elaboradas e sustentadas por pessoas que professam fé em Deus. Os maiores terroristas globais são homens que professam uma forte fé religiosa, sendo Osama Bin Laden, George W. Bush e seus simpatizantes apenas alguns exemplos. O planeta Terra está sendo devastado. Homens, mulheres e crianças são massacrados por aqueles que dizem ser defensores da fé, do moral, da democracia, etc.

Encontrei o seguinte boletim na Internet:
“Cerca de três bilhões de pessoas -- metade da população do planeta -- vive na pobreza com uma renda de menos de 2 dólares por dia, informou a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Quase todas elas moram em países em desenvolvimento.”

Não são os ateus professos, mas os de coração, que retêm e controlam a maior parte dos recursos do planeta e esbarram os demais a terem acesso a uma vida melhor. Os trilhões de dólares gastos em armamentos seriam mais que suficientes para resolvermos o desequilíbrio econômico existente.

O salmo nos assusta! Nos faz examinar a maneira que estamos vivendo a nossa fé. Muitas vezes os ateus professos produzem mais frutos do Espírito do que os que dizem amar a Deus, mas deixam de amar seu próximo. A verdadeira fé em Deus se manifesta pelo amor ao próximo independente da religião professa.

SALMOS 14:1-7 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Os tolos pensam assim:
“Para mim, Deus não tem importância.”
Todos são corruptos
e as coisas que eles fazem
    são nojentas;
não há uma só pessoa que faça o bem.
Lá do céu o Senhor Deus olha
    para a humanidade
a fim de ver se existe
    alguém que tenha juízo,
se existe uma só pessoa que o adore.
Mas todos se desviaram
    do caminho certo
e são igualmente corruptos.
Não há mais ninguém que faça o bem,
não há nem mesmo uma só pessoa.
O Senhor pergunta:
“Será que toda essa gente má
    não entende nada?
Eles vivem explorando o meu povo
e não oram a mim.”
Mas eles vão tremer de medo
porque Deus está do lado daqueles
    que lhe obedecem.
Os maus fazem com que fracassem
    as esperanças dos necessitados,
mas estes são protegidos
    pelo Senhor.
Queira Deus que de Jerusalém venha
    a vitória para Israel!
Como ficarão felizes e alegres
    os descendentes de Jacó
quando o Senhor fizer com que

    eles prosperem de novo!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ATHEISTIC BELEIVERS

The fool says in his heart,
“There is no God.”
Psalm 14:1a (read 14:1-7) NIV

The 14th Psalm does not deal with professed atheists, but with those who profess to have faith in God. It is all about upright and respectful people just like us. There are few people who have the courage and honesty to openly declare themselves to be atheists, and this psalm does not criticize such people. It condemns those who give "lip service" to being "people of faith" but who live atheism. They are atheists at heart! The people who are described could have strong religious beliefs and profess faith in an almighty God, could live an intensive religiosity and could follow a high moral code. They could be the elite of spirituality and the "cream of society". But this psalm passes the judgment that such a profession is the only "lip service".

An old problem of humanity is the failure to put into practice the essence of religious faiths. We live in a society where the overwhelming majority professes to believe in a Supreme Being. Sanctuaries are filled with people celebrating worship services and masses, but outside on the street, in the homes, in the commerce, businesses, factories, stadiums and schools they cannot deal with the materialistic and competitive values that promote selfishness, greed and disrespect for fellow beings and for nature.

With the mouth, we profess faith in the creator of all things and of all human beings, but at heart it is difficult to accept all others as sisters and brothers and to revere nature as God's work. It is easy to reject those who differ from us socially and religiously. It's easy to abuse the earth by polluting the air, soil and water that sustain us all.

It is alarming to realize that our social and economic structures that promote social injustice and that generate violence are developed and sustained by people who profess faith in God. The largest global terrorists are men who profess a strong religious faith. ISIS militants and radical Christian and Jewish leaders are just a few examples. The planet Earth is being ravaged. Men, women and children are massacred by those who claim to be defenders of faith, morality, democracy, etc.

I found the following newsletter on the Internet:
"…half the world's population live in poverty with an income of less than $ 2 a day… Almost all of them live in developing countries. (International Labor Organization ‘ILO’)"

It is not the professed atheists who retain and control most of the planet's resources and trample others down in order to have access to a better life for themselves. The trillions of dollars spent on armaments would be more than enough to solve the entire economic imbalance.

This Psalm should frighten us! It should make us examine the way we are living our faith. Often professed atheists produce more fruits of the Spirit than those who claim to love God but fail to love your neighbor. True faith in God manifests itself through love, independent of religious profession.

PSALM 14:1-7 - NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)
The fool says in his heart,
    “There is no God.”
They are corrupt, their deeds are vile;
    there is no one who does good.
The Lord looks down from heaven
    on all mankind
to see if there are any who understand,
    any who seek God.
All have turned away, all have become corrupt;
    there is no one who does good,
    not even one.
Do all these evildoers know nothing?
They devour my people as though eating bread;
    they never call on the Lord.
But there they are, overwhelmed with dread,
    for God is present in the company of the righteous.
You evildoers frustrate the plans of the poor,
    but the Lord is their refuge.
Oh, that salvation for Israel would come out of Zion!
    When the Lord restores his people,

    let Jacob rejoice and Israel be glad!

domingo, 22 de novembro de 2015

O PODER FATAL

Tu lhe deste poder
sobre tudo o que criaste;
tu puseste todas as coisas
debaixo do domínio dele
Tu lhe deste poder
sobre tudo o que criaste
e o fizeste dominar tudo.
Salmo 8.6 (leia 8.1-9)- BLH

Somos o máximo!... Não existe ninguém melhor que nós, a não ser Deus, se de fato existe. Enchemos a terra e chegamos até a lua!... Dominamos tudo. Descobrimos os segredos do átomo e do DNA. Com estes conhecimentos, manipulamos os genes e modificamos a fauna e a flora para que elas possam nos servir melhor. Construímos armas nucleares capazes de destruir qualquer inimigo. Alteramos a face da terra, transformando florestas em campos de produção e sertões em metrópoles.

O salmista enxergou o universo e o ser humano com outros olhos. Olhou com humildade e gratidão pelo privilégio de ter um espaço nesta criação tão grandiosa. Reconhecia que, mesmo com todo o nosso poder, nada somos.

O mundo “civilizado” perdeu a visão do salmista. Perdeu a sensação de espanto diante da grandeza e da beleza da criação. Não percebe que, com a sua tecnologia, a humanidade está se tornando igual a uma praga de gafanhotos, consumindo tudo e caminhando para a autodestruição.

Desde o início da história escrita da “civilização”, a humanidade optou por dominar e conquistar, no lugar de cuidar e zelar. A competição fala mais alto do que a solidariedade. A história é uma série de ascensões e quedas de impérios, cada um pior do que o anterior. O ser humano vai acumulando conhecimentos e tecnologia, aumentando assustadoramente seu poder de destruição. Agora tem a capacidade de destruir o sistema ecológico em poucas horas, soltando uma pequena porcentagem de bombas nucleares fabricadas e estocadas para sua “proteção”. Seu esquema de produção e de consumo está estrangulando o sistema ecológico, eliminando milhares de espécies de fauna e flora em ritmo cada vez mais acelerado. É a maior devastação desde o desastre há 65 milhões de anos que destruiu os dinossauros junto com mais de 80% da vida no planeta. Se não houver uma vira volta radical na direção que a humanidade está caminhando, estamos há poucas décadas da destruição da terra como é conhecida hoje.

Somos a única espécie com este terrível poder de domínio. Este poder está sendo usado mais para destruir do que cuidar. Estamos repetindo a façanha da história de Adão e Eva quando eles conseguiram acabar com seu jardim. Eles tinham aonde ir. Nós não teremos!..

Pode ser que já seja tarde demais para reverter o processo de autodestruição. A esperança da humanidade está em mudar o rumo (arrepender): zelo em vez de conquista, comunidade no lugar do império, amor vencendo o egoísmo. O Espírito de Deus dá o poder para criar e construir. Leva a zelar, não explorar, contribuir, não possuir, ser, não ter. O salmista tinha este espírito. Não se sentia como o dono, mas como mordomo. A grandeza era do Criador, não da criatura. Ao contrário, este poder se torna terrível e destrutivo. O auto engrandecimento leva a destruição.

SALMOS 8:1-9 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Ó Senhor, Senhor nosso,
a tua grandeza é vista
    no mundo inteiro.
O louvor dado a ti chega até o céu
e é cantado pelas crianças
    e pelas criancinhas de colo.
Tu construíste uma fortaleza
    para te proteger dos teus inimigos,
para acabar com todos
    os que te desafiam.
Quando olho para o céu,
    que tu criaste,
para a lua e para as estrelas,
    que puseste nos seus lugares —
que é um simples ser humano
    para que penses nele?
Que é um ser mortal
    para que te preocupes com ele?
No entanto, fizeste o ser humano
    inferior somente a ti mesmo
e lhe deste a glória e a honra
    de um rei.
Tu lhe deste poder
    sobre tudo o que criaste;
tu puseste todas as coisas
    debaixo do domínio dele:
as ovelhas e o gado
    e os animais selvagens também;
os pássaros e os peixes
    e todos os seres que vivem no mar.
Ó Senhor, nosso Deus,
a tua grandeza é vista

    no mundo inteiro.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

THAT FATAL POWER

You made them rulers
over the works of your hands;
you put everything under their feet:
Psalm 8:6 (read 8:1-9) - NIV

We are the greatest! There are none better than us except God, if there is one. We have occupied all the earth, and we even landed on the moon! We control everything and destroy everything that displeases us. We discovered the secrets of the atom and the DNA. With this knowledge, we manipulate genes and modify the fauna and flora so they can serve us better. We build nuclear weapons capable of destroying any enemy. We have changed the face of the earth, turning forests into productive fields and wildernesses into cities.

The psalmist viewed the universe and human beings differently. He looked with humility and gratitude for having been given the privilege of occupying a space in this great creation. He recognized that, even with all of our might, we are nothing.

The "civilized" world has lost the Psalmist's vision. It has lost the sense of wonder at the greatness and beauty of creation. It does not realize that, with its technology, humanity is becoming like a plague of locusts, consuming everything and heading for self-destruction.

Since the beginning of the written history of "civilization", humanity chose to dominate and to conquer rather than to care for and to protect. Competition speaks louder than solidarity. Its story is a series of rises and falls of empires, each worse than the former. The human being is constantly accumulating knowledge and technology and increasing its frighteningly destructive power. Now it has the ability to destroy the ecological system in a few hours simply by releasing a small percentage of nuclear bombs that it has stored for its "protection". Its production and consumption scheme is strangling the ecological system, eliminating thousands of species of fauna and flora at an increasingly rapid pace. It has become the most devastating force since the disaster 65 million years ago that killed the dinosaurs along with more than 80% of life on the planet. If there is no radical turning back in the direction that humanity is heading, in a few decades the earth's as it is known today will be destroyed.

We are the only species with this terrible power. This power is being used for destruction more than for caring. We are repeating the feat the story of Adam and Eve when they were able to put an end their garden of paradise. But they had where to go while we will not!

It may already be too late to reverse the self-destructive process. The hope of mankind is to change its direction (repent): to put caring in the place of achievement, to put community above empire and to share rather than to accumulate. The Spirit of God gives power to care for rather than to take away, to contribute to rather than to exploit and to BE rather than to POSSESS. The psalmist had this spirit. He did not consider himself to be the owner but rather a caretaker. Greatness was in the Creator, not in the creature. Power becomes terrible and destructive when we use it to dominate and to control in favor of ourselves. Self-aggrandizement leads to self-destruction

PSALM 8:1-9 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)
Lord, our Lord,
    how majestic is your name in all the earth!
You have set your glory
    in the heavens.
Through the praise of children and infants
    you have established a stronghold against your enemies,
    to silence the foe and the avenger.
When I consider your heavens,
    the work of your fingers,
the moon and the stars,
    which you have set in place,
what is mankind that you are mindful of them,
    human beings that you care for them?
You have made them a little lower than the angels
    and crowned them with glory and honor.
You made them rulers over the works of your hands;
    you put everything under their feet:
all flocks and herds,
    and the animals of the wild,
the birds in the sky,
    and the fish in the sea,
    all that swim the paths of the seas.
Lord, our Lord,

    how majestic is your name in all the earth!

domingo, 15 de novembro de 2015

COMO ÁRVORES

Essas pessoas são como árvores
que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo,
e as suas folhas não murcham.
Salmo 1.3a (leia 1.1-6) NTLH

Sem o exemplo das árvores, a virtude se limitaria à piedade pessoal. O ideal seria ter bons companheiros, evitar o mal e meditar na lei. A religiosidade consistiria em se manter puro, conviver bem com os irmãos e as irmãs e ler a Bíblia. Para ser bom membro de igreja bastaria ser assíduo nos cultos, firme na doutrina e trazer os dízimos.

Mas o exemplo das árvores muda este conceito. Elas podem nos ensinar belas lições enriquecendo nossa vida. Na natureza, as árvores de uma espécie não se ajuntam em áreas de exclusividade. Há sempre uma biodiversidade arbórea, cada uma conservando sua natureza e contribuindo para o bem das demais. Os ipês, não se organizando em pomares, se espalham entre as demais, embelezando a floresta inteira. Ao contrário, os seres humanos tendem formar agrupamentos homogêneos: clãs, religiões, igrejas, sinagogas, mesquitas, clubes, sociedades, associações, etc. para benefício mútuo. A natureza humana resiste a heterogeneidade, achando-a ameaçadora. Um dos segredos da árvore é a sua habilidade de utilizar a diversidade.

Este salmo cita outros segredos: raízes, folhas e frutos.

As raízes ligam a árvore com a fonte de nutrição. Elas buscam água e alimentação nas profundezas do solo, e, ao mesmo tempo, dão firmeza contra os ventos tempestuosos. Quanto mais fundo as raízes, quanto mais apoio. As pessoas, também, precisam de “raízes” para se firmarem na vida. O salmista descreve a fonte da nossa sustentação como a “lei do Senhor”. Esta lei é muito mais do que algumas palavras gravadas em pedra ou papel. Inclui tudo que Deus escreve na natureza e na história. O salmo cita as lições que as árvores nos ensinam. Se prestarmos atenção podemos ver a lei de Deus escrita em toda a criação. Ter raízes é ter sensibilidade de ler, aprender e meditar em tudo que se passa ao nosso redor.

A árvore é fincada na terra mas voltada para o sol. Se as raízes a unem com a terra, as folhas a ligam com os céus. As folhas captam a energia da luz para converter os nutrientes, que as raízes trazem, em matéria orgânica que faz parte dos organismos vivos. A luz do sol é tão essencial quanto a água do solo para sua vida e crescimento. O sol para a árvore é igual a meditação e oração (escutar o Divino) para o ser humano. Não somos apenas pó. Não vivemos só do pão. Somos espírito (consciência) e nos alimentamos de amor, beleza e esperança. Sem este “pão”, o pão do céu, perdemos a nossa humanidade e nos tornamos monstros.

O fruto é o resultado da ação conjunta das raízes e das folhas. Produzem fruto que contém a semente de vidas novas.

A ausência de raízes e folhas resulta em palha que o vento espalha. Estamos presenciando os efeitos da humanidade sem raízes e folhas. A nossa cultura materialista está transformando pessoas em “palha”, soprando-as pelos ventos da ganância, do ódio e do preconceito.

Não é por acaso, que a árvore se tornou o símbolo de vida! Os resultados do desmatamento estão revelando como o mundo precisa de árvores. O salmo 1º fala da importância dos seres humanos se tornarem como árvores e produzirem fruto para plantar vida. O mundo precisa de árvores humanas.

SALMOS 1:1-6 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Felizes são aqueles
que não se deixam levar
    pelos conselhos dos maus,
que não seguem o exemplo
    dos que não querem saber de Deus
e que não se juntam com os que zombam
    de tudo o que é sagrado!
Pelo contrário, o prazer deles
    está na lei do Senhor,
e nessa lei eles meditam dia e noite.
Essas pessoas são como árvores
    que crescem na beira de um riacho;
elas dão frutas no tempo certo,
e as suas folhas não murcham.
Assim também tudo o que
    essas pessoas fazem dá certo.
O mesmo não acontece com os maus;
eles são como a palha
    que o vento leva.
No Dia do Juízo eles serão condenados
e ficarão separados
    dos que obedecem a Deus.
Pois o Senhor dirige e abençoa
    a vida daqueles que lhe obedecem,
porém o fim dos maus

    são a desgraça e a morte.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

LIKE A TREE

That person is like a tree
planted by streams of water,
which yields its fruit in season
and whose leaf does not wither.
Psalm 1:3a (read 1:1-6) NIV

Without the example of the trees, our spirituality could be limited to personal piety. Our ideal would be to keep good company, to void doing evil or even the appearance of evil and to think pure thoughts. Our goal of religiousness would be to keep ourselves pure, to get along well with our brothers and sisters in the faith and to read the Bible. In order to be a good church member it would be sufficient to be assiduous in worship, be steadfast in doctrine and be good tithers.

But the example of a tree changes this concept. It can teach us beautiful lessons and enrich our lives.

In the world of nature the trees of a species aren’t gathered in exclusive areas. There is always a tree biodiversity, each preserving its own nature while contributing to the good of the others. One species does not organize itself into an orchard, but rather, mixes with the others and beautifies the entire forest. In contrast, humans tend to form homogeneous groups: clans, religions, churches, synagogues, mosques, clubs, societies, associations, etc. for mutual benefit. Human nature resists heterogeneity and finds it threatening. One of the tree’s secrets is its ability to thrive in diversity.

This psalm cites other secrets: roots, leaves and fruits.

The roots bind the tree to the source of nutrition. Roots seek food and water deep in the soil, and at the same time, give firmness against the gusty winds. The deeper the roots, the more support. People also need "roots" in order to live and grow. The psalmist describes the source of our support as "the law of the Lord". This law is much more than a few words etched in stone or paper. It includes everything that God writes in nature and history. The psalm cites the lessons that trees teach us. If we pay attention we can see the Lord’s law written in all of creation. To have roots is to have sensitivity to read, learn and meditate on all that goes on around us.

The tree is planted in the earth but facing the sun. If the roots unite it with earth, the leaves connect it to the heavens. The leaves capture the light energy and convert the nutrients which the roots bring from the earth into organic matter which is part of living organisms. The sunlight is as essential as the ground water for its life and growth. The sun to the tree is equal to meditation and prayer (listening to the Divine) for humans. We are not just dust. We do not live only on bread. We are spirit (consciousness) and we feed upon love, beauty and hope. Without this "bread" we lose our humanity and become monsters.

The fruit is the result of the joint action of the roots and leaves. They produce fruit that contains the seed of new life.

The absence of roots and leaves results in straw which is merely blown by the wind. We are seeing the effects of humanity without roots and leaves. Our materialistic culture is transforming people into "straw" which is blown by the winds of greed, hatred and prejudice.

It is no coincidence that the tree became the symbol of life! The results of deforestation are revealing how much the world needs trees. The first Psalm speaks of the importance of human beings becoming like trees and producing fruit to promote life. The world needs human trees.

PSALM 1:1-6 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)
Blessed is the one
    who does not walk in step with the wicked
or stand in the way that sinners take
    or sit in the company of mockers,
but whose delight is in the law of the Lord,
    and who meditates on his law day and night.
That person is like a tree planted by streams of water,
    which yields its fruit in season
and whose leaf does not wither—
    whatever they do prospers.
Not so the wicked!
    They are like chaff
    that the wind blows away.
Therefore the wicked will not stand in the judgment,
    nor sinners in the assembly of the righteous.
For the Lord watches over the way of the righteous,

    but the way of the wicked leads to destruction.

domingo, 8 de novembro de 2015

ALÉM DO ENTENDIMENTO

Tu me perguntaste como me atrevi
a pôr em dúvida a tua sabedoria,
visto que sou tão ignorante.
É que falei de coisas
que eu não compreendia,
coisas que eram maravilhosas
demais para mim
e que eu não podia entender.
Jó 42.3 (leia 42.1-17) – NTLH

O sofrimento de Jó era atroz. Sua situação social e econômica: deprimente!... Mas o seu estado de espírito mudou. Seus questionamentos e exigências foram aceitos por Deus, sendo respondidos através de tempestades e por meio de perguntas com respostas impossíveis. Neste processo, Jó recebeu uma nova visão. Mesmo, não recebendo nenhuma resposta esperada e ainda no meio de grande dor, Jó viu a grandeza do Criador e da sua criação. Aprendeu a viver pela fé... O sofrimento também faz parte da ordem da criação e não anula a vida. Jó chegou a confessar a experiência da presença de Deus, mesmo sentado no chão, num monte cinzas...

A posterior restauração de Jó era secundária na história, não o resultado da sua nova visão. A desgraça de Jó e a sua restauração nada tinham com méritos ou falhas!...

Temos muita dificuldade em aceitarmos a tese de sofrimento, desvinculado de merecimentos pessoais. Pregamos a mentira que a aceitação do evangelho é solução de todos os nossos problemas. O “evangelho da prosperidade” promete ascendência econômica e social. Jesus nunca prometeu riquezas e status como recompensa de uma vida de acordo com a vontade de Deus. Pelo contrário, chamou seus seguidores a tomar, diariamente, a sua cruz e estarem preparados para enfrentar rejeição, perseguição e sofrimento. No Sermão do Monte, Jesus fala em sofrimento pelo bem como fonte de felicidade.

Erramos ao modificarmos a mensagem do evangelho, visando atrair multidões, enchendo templos de pessoas buscando grandes “bênçãos”. Na ocasião de uma cerimônia de ordenação de novos presbíteros, ouvi um bispo metodista exortar os pastores: “Sua tarefa é encher os templos antes de Jesus voltar”. Na prática de evangelização capitalizamos o sofrimento e miséria do povo, prometendo “mundos e fundos” para quem “vem a Jesus”. Jesus nunca fez tais promessas.

Jó chegou a ver que Deus é Deus, independente da sorte, e, que a vida em harmonia com o Criador e a criação não é garantia do bem estar pessoal.

Não somos isentos das desgraças que atingem a humanidade. A aceitação do evangelho pode dar alívio ao sentimento de culpa de libertação de alguns males, mas, pode criar outros problemas. O “novo enxergar” do cego pode levá-lo a ver, além de novas belezas, cenas trágicas que perturbam o coração. O “novo andar” do coxo pode fazê-lo pular de alegria, mas, também, conduzi-lo a caminhos onde há rejeição e perseguição e traição de amigos e familiares.

A lição de Jó não é de fatalismo, mas de esperança realista! Somos ignorantes diante dos acontecimentos trágicos da humanidade e das violências da natureza. O caos da existência é apenas aparente. O universo não está fora de controle. Podemos ver a mão de Deus, até naquilo que nós julgamos ser desgraça.

Jó era justo e temente a Deus, mas, mesmo assim, sofreu grandes desgraças. Mesmo recebendo uma recompensa negativa, continuou no caminho do bem. Fazer o bem pode não nos trazer as recompensas desejadas. O caminho da paz e da justiça pode, aparentemente, não dar em nada. O valor da caminhada é a própria caminhada, independente de resultados.


JÓ 42:1-17 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Então, em resposta ao Senhor, Jó disse:
“Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido.
Tu me perguntaste como me atrevi a pôr em dúvida a tua sabedoria, visto que sou tão ignorante.
É que falei de coisas que eu não compreendia, coisas que eram maravilhosas demais para mim e que eu não podia entender.
Tu me mandaste escutar o que estavas dizendo e responder às tuas perguntas.
Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.
Por isso, estou envergonhado de tudo o que disse e me arrependo, sentado aqui no chão, num monte de cinzas.”

CENA FINAL
Depois que acabou de falar com Jó, o Senhor disse a Elifaz, da região de Temã:
— Estou muito irado com você e com os seus dois amigos, pois vocês não falaram a verdade a meu respeito, como o meu servo Jó falou. Agora peguem sete touros e sete carneiros, levem a Jó e ofereçam como sacrifício em favor de vocês. O meu servo Jó orará por vocês, e eu aceitarei a sua oração e não os castigarei como merecem, embora vocês não tenham falado a verdade a meu respeito, como Jó falou.
Então Elifaz, que era da região de Temã, Bildade, que era da região de Sua, e Zofar, que era da região de Naamá, foram e fizeram o que o Senhor havia mandado, e ele aceitou a oração de Jó.

A NOVA FAMÍLIA DE JÓ
Depois que Jó acabou de orar pelos seus três amigos, o Senhor fez com que ele ficasse rico de novo e lhe deu em dobro tudo o que tinha tido antes. Todos os seus irmãos e irmãs e todos os seus amigos foram visitá-lo e tomaram parte num banquete na casa dele. Falaram de como estavam tristes pelo que lhe havia acontecido e o consolaram por todas as desgraças que o Senhor havia feito cair sobre ele. E cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro.
O Senhor abençoou a última parte da vida de Jó mais do que a primeira. Ele chegou a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, dois mil bois e mil jumentas. Também foi pai de sete filhos e três filhas. À primeira deu o nome de Jemima; à segunda chamou de Cássia; e à terceira, de Querém-Hapuque. No mundo inteiro não havia mulheres tão lindas como as filhas de Jó. E o pai as fez herdeiras dos seus bens, junto com os seus irmãos.

Depois disso, Jó ainda viveu cento e quarenta anos, o bastante para ver netos e bisnetos. E morreu bem velho.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

BEYOND OUR UNDERSTANDING

You asked,
‘Who is this that obscures my plans
without knowledge?’
Surely I spoke of things
I did not understand,
things too wonderful for me to know.
Job 42:3 (read 42:1-17) – NIV

Job's suffering was atrocious. His social and economic situation was depressing. But his mood had changed. His questions and demands were accepted by God but were answered by storms and questions with impossible answers. In this process, Job received a new vision. Even while not getting the responses that he expected and still in the midst of great pain, Job saw the greatness of the Creator and of his creation. He was learning to live by a faith that sees hope even in the midst of despair. Suffering is also part of the created order and does not annul life. Job came to confess the experience of God's presence even while sitting on a heap of ashes on the floor.

The subsequent restoration of Job was secondary in the story and was not the result of a new vision. Job's misfortune and restoration had nothing to do with merit or with fault.

We have a hard time accepting the thesis of suffering, divorced from personal merits. We preach the lie that the acceptance of the gospel is the solution to all of our problems. The "gospel of prosperity" promises economic and social ascent. Jesus never promised wealth and status as a reward for a life according to God's will. On the contrary, he called his followers to daily take up their cross and be prepared to face rejection, persecution and suffering. In the Sermon on the Mount, Jesus speaks of suffering even as the source of happiness.

We err when we change the gospel message in order to attract crowds and fill temples with people seeking big "blessings". In the practice of evangelization many capitalize on the suffering and misery of people by promising "heaven and earth" to those who "come to Jesus". Jesus never made such promises.

Job came to see that God is God, apart from fortune or misfortune and that living in harmony with the Creator and the creation is no guarantee of personal well-being.

We are not exempt from the woes that afflict humanity. The acceptance of the gospel can give the feeling of liberation from guilt of some evils but can create other problems. The new "vision" of the blind can let them see beauty but along with it also see tragic scenes that disturb the heart. The "new walk" of the lame can make them jump for joy but can also lead them to paths where there is rejection, persecution and betrayal by friends and family.

Job's lesson is not fatalism, but is realistic hope! We are ignorant before the tragic events of mankind and the violence of nature. Faith helps us to see that the chaos of existence is only apparent. The universe is not out of control. By it we can see grace even in what looks like disgrace.

Job was righteous and devout, but nevertheless suffered great misfortunes. Even while getting a negative reward he continued on the path of good. Doing good may not bring in the desired rewards. The path of peace and justice can apparently come to nothing. The value of the walk is the walk itself, regardless of results.

JOB 42:1-17 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)
Then Job replied to the Lord:
“I know that you can do all things;
    no purpose of yours can be thwarted.
You asked, ‘Who is this that obscures my plans without knowledge?’
    Surely I spoke of things I did not understand,
    things too wonderful for me to know.
 “You said, ‘Listen now, and I will speak;
    I will question you,
    and you shall answer me.’
My ears had heard of you
    but now my eyes have seen you.
Therefore I despise myself
    and repent in dust and ashes.”

EPILOGUE
After the Lord had said these things to Job, he said to Eliphaz the Temanite, “I am angry with you and your two friends, because you have not spoken the truth about me, as my servant Job has. So now take seven bulls and seven rams and go to my servant Job and sacrifice a burnt offering for yourselves. My servant Job will pray for you, and I will accept his prayer and not deal with you according to your folly. You have not spoken the truth about me, as my servant Job has.” So Eliphaz the Temanite, Bildad the Shuhite and Zophar the Naamathite did what the Lord told them; and the Lord accepted Job’s prayer.
After Job had prayed for his friends, the Lord restored his fortunes and gave him twice as much as he had before. All his brothers and sisters and everyone who had known him before came and ate with him in his house. They comforted and consoled him over all the trouble the Lord had brought on him, and each one gave him a piece of silver and a gold ring.
The Lord blessed the latter part of Job’s life more than the former part. He had fourteen thousand sheep, six thousand camels, a thousand yoke of oxen and a thousand donkeys. And he also had seven sons and three daughters. The first daughter he named Jemimah, the second Keziah and the third Keren-Happuch. Nowhere in all the land were there found women as beautiful as Job’s daughters, and their father granted them an inheritance along with their brothers.

After this, Job lived a hundred and forty years; he saw his children and their children to the fourth generation. And so Job died, an old man and full of years.