domingo, 31 de janeiro de 2016

SOPRO DE VIDA

Quando lhes dás o sopro de vida,
eles nascem;
e assim dás vida nova à terra.
Salmo 104. 30 (leia 104.24-34) – NTLH

Nosso primeiro ato, ao nascer, é tomar fôlego, enchendo os pulmões de ar! Ao morrer, darmos um suspiro, esvaziando os pulmões! Este fato levou a antiguidade a crer que a vida está no hálito. Somente os vivos respiram. A vida dos animais, incluindo os seres humanos estava no sopro. Em Gênesis 2.7 Deus soprou no nariz de uma boneca de barro e ela se tornou ser vivente. Neste Salmo, os animais nascem quando Deus lhes dá o sopro de vida. O hálito era, também, visto como espírito. A palavra, “ruwach” ou “rúah”, na língua hebraica, significa ambos, sopro e espírito. O espírito de Deus era o seu sopro. Semelhantemente, os gregos usavam a palavra “pneuma” (pneuma) para significar vento e espírito. No Novo Testamento o Vento Santo é o Espírito Santo.

Para os escritores bíblicos, a vida sai da boca de Deus, ou pela palavra pronunciada ou por apenas um sopro. “Disse Deus... E assim aconteceu” (Gen. 1.6-7, 9,14-15,20-21,24,26-30). Adão (Gen. 2.7) e os animais (Sl. 104.30) foram criados com o sopro divino.

Em João 20.22, o Jesus ressurreto passou o Espírito Santo aos discípulos pelo pronunciamento e sopro. O livro de Atos descreve o dia de Pentecostes usando as imagens de línguas de fogo e vento para descrever a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos. Em ambas as ocasiões, o sopro e o vento representavam a vida nova, a ressurreição da esperança! Na Bíblia, o sopro e a palavra produzem a vida onde ela estava ausente.

Nosso mundo está perdendo “fôlego”! A morte prematura torna-se cada vez mais comum, desde a violência em nossas cidades até matanças em escala internacional, muitas vezes em nome de Deus, Alá, Javé, justiça e democracia... A humanidade enlouquecida destrói todas as formas de vida na exploração desenfreada de recursos naturais, o envenenamento da água e do ar com resíduos e produtos tóxicos.

Mas o pior é a falta de “fôlego” do espírito. A cultura materialista do mundo da globalização deixa o ser humano sem “fôlego espiritual”. A globalização está baseada no comércio: a fabricação e consumo de bens materiais. O ideal da felicidade é a prosperidade financeira e o status social: -Engano! A classe média e alta procuram preencher o vazio da alma com drogas, álcool e modismos. As religiões apelam para o exótico e modismos para atrair adeptos. Todos estes fenômenos são tentativas de recuperar o fôlego espiritual. Mas como monóxido de carbono, levam à morte.

Precisamos do sopro divino para ressuscitar o amor ao próximo e toda a criação. As cidades, os campos, os indivíduos e as nações estão ansiosamente aguardando o sopro da vida. Ó Deus, dá-nos o sopro do Teu Espírito.

SALMOS 104:24-34 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Ó Senhor, tu tens feito
    tantas coisas
e foi com sabedoria que as fizeste.
A terra está cheia das tuas criaturas.
Ali está o mar imenso, enorme,
onde vivem animais grandes e pequenos,
tantos, que não podem ser contados.
No mar passam os navios,
    e nele brinca Leviatã,
o monstro marinho que tu criaste.
Todos esses animais dependem de ti,
esperando que lhes dês alimento
    no tempo certo.
Tu dás a comida,
e eles comem e ficam satisfeitos.
Quando escondes o rosto, ficam com medo;
se cortas a respiração que lhes dás,
    eles morrem
e voltam ao pó de onde saíram.
Porém, quando lhes dás o sopro de vida,
    eles nascem;
e assim dás vida nova à terra.
Que a glória de Deus, o Senhor,
    dure para sempre!
Que ele se alegre com aquilo que fez!
O Senhor olha para a terra, e ela treme;
toca nas montanhas, e elas soltam fumaça.
Cantarei louvores ao Senhor
    enquanto eu viver;
cantarei ao meu Deus a vida inteira.
Que o Senhor fique contente
    com a minha canção,
pois é dele que vem a minha alegria!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

THE BREATH OF LIFE

…when you take away your breath,
they die and go back to the dust
from which they came.
But when you give them breath,
they are created;
you give new life to the earth.
Psalm 104:29b-30 (read 104:24-34) - GNB

Our first act at birth is to fill our lungs with air. Our last act as we die is to sigh and empty our lungs. This led antiquity to believe that life was in the breath. Only the living breathe. The life of animals, including humans was in the breath. In Genesis 2.7 God breathed into the nose of a clay doll and it became Adam (which means “from the clay”). In this Psalm, animals are born when God gives them the breath of life. The breath was also seen as spirit. The word, "ruwach" or "Ruah" in Hebrew, means both breath and spirit. The spirit of God was his breath. Similarly, the Greeks used the word "pneuma" to mean either wind or spirit. In the New Testament the Holy Wind is the Holy Spirit.

For the biblical writers, life comes from the mouth of God through the spoken word or just a blow of the breath. "God said... and it was so" (Gen. 1.6-7, 9,14-15,20-21,24,26-30). Adam (Gen. 2.7) and animals (Ps. 104.30) were created with the divine breath.

In John 20:22, the resurrected Jesus sent the Holy Spirit to the disciples by speech and a puff of his breath. The book of Acts describes the day of Pentecost uses the imagery of wind and tongues of fire to describe the coming of the Holy Spirit upon the disciples. On both occasions, the breath and the wind represented new life, the resurrection of hope! In the Bible, the breath and the word produce life where it was absent before.

Our world is losing its "breath"! Premature death is becoming increasingly common with the increasing violence in our cities and with mass killings on an international scale, often in the name of God, Allah, Yahweh, justice and democracy, etc.. Crazed humanity is destroying life through the unbridled exploitation of natural resources and the poisoning of water and air with toxic waste and products.

But the worst loss is the loss of the "breath" of the spirit. The materialistic culture of the world of globalization leaves the human being without "spiritual breath". Globalization is based on trade: the manufacture and consumption of material goods. The ideal of happiness is financial wealth and social status. The middle and upper classes seek to fill the emptiness of the soul with drugs, alcohol and fads. Religions appeal to the exotic and spiritual fads in order to attract followers. All these phenomena are attempts to recover the spiritual breath. But these are like carbon monoxide. They fill the lungs but lead to death.

We are in dire need of the divine breath to revive our love for all our fellow beings and for all of creation. The whole Earth is in danger of suffocation and is eagerly awaiting the renewed breath of life.

O God, give us the breath of Your Spirit.

PSALM 104:24-34 – GOOD NEWS TRANSLATION (GNT)

Lord, you have made so many things!
    How wisely you made them all!
    The earth is filled with your creatures.
There is the ocean, large and wide,
    where countless creatures live,
    large and small alike.
The ships sail on it, and in it plays Leviathan,
    that sea monster which you made.
All of them depend on you
    to give them food when they need it.
You give it to them, and they eat it;
    you provide food, and they are satisfied.
When you turn away, they are afraid;
    when you take away your breath, they die
    and go back to the dust from which they came.
But when you give them breath, they are created;
    you give new life to the earth.
May the glory of the Lord last forever!
    May the Lord be happy with what he has made!
He looks at the earth, and it trembles;
    he touches the mountains, and they pour out smoke.
I will sing to the Lord all my life;
    as long as I live I will sing praises to my God.
May he be pleased with my song,
    for my gladness comes from him.

domingo, 24 de janeiro de 2016

DE PÓ AO PÓ

Tu dizes aos seres humanos
que voltem a ser o que eram antes;
tu fazes com que novamente virem pó.
Tu acabas com a vida das pessoas;
elas não duram mais do que um sonho.
São como a erva que brota de manhã,
que cresce e abre em flor
e de tarde seca e morre.
Salmo 90.3,5-6 (leia Salmo 90.1-6) NTLH

Sou velho, já vivi mais de 85 anos. Sinto que tudo tende chegar ao fim! Nada é eterno!... Mas, estou feliz! Confio que Quem criou o pó, do pó me fez gente. Ser pó feito pelo Criador é privilégio! Não pedi para ser gente. Aconteceu! Curto este estado e não sei quanto tempo ainda vai durar. Sei que voltarei a ser pó, parte da criação! Enquanto isto não acontecer, tenho a felicidade de cultivar a sabedoria.

O princípio da sabedoria é saber que não se sabe… Já fui “dono da verdade”, mas os anos me ensinaram que não era bem assim. No meu primeiro ano escolar eu achava que quem se formava na faculdade tinha conhecimento de tudo. Quando me formei, percebi que ainda estava no início da aprendizagem. Na minha ignorância, achei que aquilo que já “sabia” era absoluto! Eu achava que meu “sistema de crenças” era o mais correto e que explicava tudo. Era a minha defesa diante do grande mistério da vida. Eu queria me sentir salvo e seguro. Precisava de um “escudo” para me proteger do erro. No início, eu não percebia que esta barreira estava, também, me protegendo da verdade. O escudo era pesado demais e deixei-o abaixar.

Sempre fui curioso, queria ver adiante da curva na estrada, indo além dos horizontes!... A estrada me conduzia a outras estradas e o horizonte não era alcançável. Descobri que não existem respostas definitivas, nem nas “ciências exatas”. Não é possível enxergar o fim do universo ou chegar ao centro de um átomo, muito menos comprovar uma filosofia ou a existência de Deus! Tudo é mistério. Quem diz saber tudo se engana...

A sabedoria convive com o mistério. Para eu ter prazer de comer pão com manteiga, não preciso saber como uma vaca preta pode comer grama verde e produzir leite branco do qual se faz manteiga amarela. Usamos aparelhos domésticos e eletrônicos sem entendermos a tecnologia atrás deles. A natureza é infinitamente mais complexa e desconhecemos as forças operantes nela. A sabedoria procura viver em harmonia com suas forças, sabendo que elas são manifestações do grande mistério que chamamos de “Deus”.

O sábio reverencia o mistério e respeita a natureza como parte dele. Nos Salmos encontramos esta espiritualidade, fazem afirmações de confiança e muitas perguntas, mas não tentam dar explicações.

Quando vejo um lindo por do sol fico encantado com a beleza nos momentos que ele se aproxima do horizonte e desaparece. Cada dia seu jogo de cores é diferente. Lindo!… Penso: “Lá vou eu, oxalá meu crepúsculo seja assim tão belo.” É o momento em que penso nas palavras no início do Salmo 90: “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio... tu és Deus eternamente, sem começo nem fim.”. Sendo alimentado de manhã com o amor divino, sinto que estou nas mãos do grande mistério que me criou e me sustentou até agora. O ocaso da vida terrena é tão belo quanto seu início e estarei sempre nas mãos do Eterno, sem começo nem fim.

SALMOS 90:1-6 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Senhor, tu sempre tens sido o nosso refúgio.
Antes de formares os montes
e de começares a criar a terra
    e o Universo,
tu és Deus eternamente, no passado,
    no presente e no futuro.
Tu dizes aos seres humanos
que voltem a ser o que eram antes;
tu fazes com que novamente virem pó.
Diante de ti, mil anos
    são como um dia,
como o dia de ontem, que já passou;
são como uma hora noturna
    que passa depressa.
Tu acabas com a vida das pessoas;
elas não duram mais do que um sonho.
São como a erva que brota de manhã,
que cresce e abre em flor

e de tarde seca e morre.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

DUST AND THE SLEEP OF DEATH

You turn people back to dust,
saying, “Return to dust, you mortals.”
You sweep people away in the sleep of death—
they are like the new grass of the morning:
In the morning it springs up new,
but by evening it is dry and withered.
Psalm 90.3, 5-6 (read Psalm 90:1-6 NIV

I am old and will turn 86 on May 2nd if I get that far. I feel the realty that all comes to an end. Nothing lasts forever. But I'm happy. I was once only dust, and even that was a privilege. I didn’t ask to become me, but it happened and I’m glad. I don’t know how long it will last, but while I’m here I’m trying to cultivate wisdom.

I’ve learned that the beginning of wisdom is to know that I don’t know. In my very early years I thought that there were final answers to life’s questions. In my first year of primary school I thought that whoever graduated from a university knew everything. When I finally graduated, I realized I was still just beginning to learn.

Yet, when I got religion at the age of 16 I was taught that the religious “truths” of the holiness movement of which I was a part were absolute and unchanging. In my religious naivety I thought that our movement was the most correct of them all, that we had all the answers and could explain everything. This closed system of thought became my defense before the great mystery of life. I wanted to feel safe and secure. I needed a "shield" to protect me from uncertainty. At first, I did not realize that this “shield” was also protecting me from truth. As time passed and my world expanded the shield became too heavy to bear and slowly I lowered it and started a new stage of growth.

Fortunately I've always been curious, wanting to see ahead of the bend in the road ahead and to go beyond the horizons. One road would lead me to other roads and new horizons kept appearing. I discovered that there are no definitive answers, not even in the "exact sciences." We cannot see as far as the end of the universe or reach the center of an atom, let alone prove a philosophy or even the existence of God. Everything is mystery. Whoever claims to have the answers is living a delusion.

Wisdom has taught me to live with and enjoy the Great Mystery. To enjoy eating bread and butter, I do not need to know how a black cow can eat green grass and produce white milk which makes yellow butter. We use domestic and electronic devices without understanding the technology behind them. Nature is infinitely more complex, and we are ignorant of the forces operative in it. Wisdom seeks to live in harmony with its forces, knowing that they are manifestations of the great mystery which many call "God", and others don’t try to give it a name.

To be wise is to revere the mystery of the natural order and to live in harmony with it. In the Psalms we find a spirituality which makes confident statements and asks many questions but does not try to explain anything.

When I see a beautiful sunset I am delighted with the beauty of the sun as it approaches the horizon and disappears. Each day its color combination is different from the evenings before. “Beautiful”, I think, "There I go! Hopefully my twilight will be as beautiful!" Then I remember the words at the beginning of Psalm 90: "Lord, you have been our dwelling place throughout all generations." I feel that I am in the hands of the Great Mystery that brought me to be who I am and has conserved me thus far. I feel that the twilight of earthly life is as beautiful as its dawning and that I will always be in the hands of the eternal, without beginning or end. The Psalmist speaks of the “sleep of death”. Death may be a going to sleep here and a waking up in some other reality.

PSALM 90:1-6 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Lord, you have been our dwelling place
    throughout all generations.
Before the mountains were born
    or you brought forth the whole world,
    from everlasting to everlasting you are God.
You turn people back to dust,
    saying, “Return to dust, you mortals.”
A thousand years in your sight
    are like a day that has just gone by,
    or like a watch in the night.
Yet you sweep people away in the sleep of death—
    they are like the new grass of the morning:
In the morning it springs up new,
    but by evening it is dry and withered.


domingo, 17 de janeiro de 2016

O REI SOMOS NÓS

Ó Deus, ensina o rei a julgar
de acordo com a tua justiça!
Salmo 72.1 (leia 72.1-6) – NTLH

Se não fosse a figura do rei, esta oração poderia ser escrita hoje. Os reis foram eliminados, mas a injustiça, a desonestidade, a exploração do povo (e do meio ambiente), e a pobreza são mais enraizadas do que nunca. No lugar do rei a oração atual colocaria todos que possuem qualquer poder político e econômico.

A monarquia morreu há muito tempo. A democracia é a nossa meta. O responsável não é mais aquele(a) que tem o poder absoluto, mas atinge todos. Em nosso sistema democrático, o governo reflete quem somos nós, nosso nível moral e ético. Nós escolhemos os governantes. Sendo eleitores, não podemos fugir da participação política com a desculpa que ela é “coisa deste mundo”. Desde que somos feitos do pó da terra e colocados como cidadãos, fugir da nossa responsabilidade social seria omissão. Omissão em fazer o bem é um pecado tão grave quanto a prática ativa do mal. Enfim, o “rei” somos nós.

Esta oração coloca a justiça social, econômica e ambiental como preocupações divinas. Praticar a justiça é ato de fé tanto quanto assistir cultos, orar e ler a Bíblia.

Este salmo aponta as prioridades divinas. Seria muito mais fácil se a nossa forma de culto ou sistema de crenças fossem as coisas mais importantes aos olhos de Deus. Assim sendo, o valor supremo seria a salvação da nossa alma e o nosso preparo para a vida eterna. O salmo ignora estas questões religiosas que ficam sob o nosso controle.

Parece que Deus não é muito espiritual... Parece muito socialista e materialista. Parece discurso da esquerda: falar de justiça social e da direita: falar em prosperidade material!...

As primeiras palavras de Gênesis relatam a prioridade de Deus: a criação. O foco principal da narrativa foi a Terra e a colocação do ser humano nela para ser “os mordomos”. Mas os seus primeiros mordomos se confundiram. Trocaram o “cuidar da Terra” pelo “tirar proveito da situação”. O consumismo (comer o fruto que não era deles) usurpou o cuidar do jardim. A inversão de valores os levou a perder seu paraíso.

A característica da nossa sociedade é a continuação de colocar o “aproveitar” acima do “cuidar”. A injustiça e a pobreza ocorrem quando os mais fortes se “aproveitam” dos mais fracos em vez de zelar pelo bem estar geral. O abismo entre os ricos e os pobres continua a aumentar. Chegamos a ponto de ameaçar o nosso Jardim, Terra! A Terra é o nosso único lar. A devastação da Terra significa a extinção da espécie humana.

Somos uma sociedade suicida a não ser que consigamos nos enquadrar na espiritualidade do Salmo 72. A eternidade inclui o presente momento e a vida eterna começa com a vida terrestre. O céu começa na Terra. Se não cuidamos das coisas da Terra, o céu será nos negado.

A honestidade e a justiça são comparadas com as águas da chuva. A prosperidade e a paz dependem delas para brotar e dar seu fruto. Somos “os reis e as rainhas” chamados para o exercício da nossa prática e influência a favor da honestidade e justiça. Esta é a única espiritualidade capaz de evitar a tragédia global e salvar o nosso “jardim”.

O evangelho deve ser a encarnação das boas notícias da salvação. Esta salvação começa conosco na nossa convivência de paz e justiça.

SALMOS 72:1-6 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Ó Deus, ensina o rei a julgar
    de acordo com a tua justiça!
Dá-lhe a tua justiça
para que governe o teu povo
    com honestidade
e trate com justiça os explorados.
Que haja prosperidade no país,
pois o povo faz o que é direito!
Que o rei julgue os pobres
    honestamente!
Que ele ajude os necessitados
e derrote os que exploram o povo!
Que o rei viva enquanto o sol durar
    e a lua existir,
por gerações sem fim!
Que o rei seja como a chuva
    que cai sobre os campos,

como os aguaceiros que regam a terra!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

THE KING IS US

Endow the king with your justice, O God.
Psalm 72:1 (read 72.1-6) - NIV

If it were not for the figure of the “king” this prayer could address a great need for the world of today. Powerful kings are a figure of the past, but injustice, dishonesty, exploitation of the people (and the environment), and poverty are more entrenched than ever before. In the place of the “king” we could put all who have any political and economic power.

The monarchy as a source of power died long ago. Democracy is our ideal. Those who are in positions of authority are supposed to represent us. At least by theory we choose our leaders. Thus the government reflects who we are and what our moral and ethical levels are. As voters, we cannot escape responsibility for what we permit to happen. To do so would be omission. Failure to do good is as grave a fault as to practice evil. In this sense, the “king” is us.

This prayer puts social, economic and environmental justice as divine concerns. To practice justice is an act of faith as much as to attend religious services, pray and read the Bible.

This psalm points out the divine priorities. It would be much easier if our way of worship or system of belief were the most important things in God's eyes. Therefore, the supreme value would be the salvation of our soul and our preparation for eternal life. The psalmist ignores religious issues.

It seems that God isn’t very spiritual. It seems that the Divine Being is very socialist and materialistic by talking about social justice and material well-being.

The first part of Genesis is all about material things: the Earth and the placement of human beings on it to be "stewards". But the first stewards were confused. They changed the "care for the earth" into "taking advantage of the situation." They ate the fruit that was not theirs (consumerism). They lost their paradise.

The characteristic of our society is to contine to put "advantage" above "caring". Injustice and poverty occur when the strong "take advantage" of those who are weaker instead of securing the general welfare. The gap between the rich and the poor continues to widen. We have reached the point of threatening our Garden, Earth! The Earth is our only home. The devastation of the Earth means the extinction of the human species.

We are a suicidal society unless we can fit in the spirituality of Psalm 72. Eternity includes the present and eternal life begins with our earthly life. Heaven begins on earth. If we do not take care of things of the earth, the heavens will be denied us.

Honesty and justice are compared to showers watering the Earth. Prosperity and peace depend on them to spring up and bear its fruit. We are "kings and queens" called upon to exercise peace and justice. This is the only spirituality able to avoid global disaster and save our "garden".

The gospel must be the embodiment of the good news of salvation. This salvation begins with us in our living of peace and justice.

PSALM 72:1-6 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Endow the king with your justice, O God,
    the royal son with your righteousness.
May he judge your people in righteousness,
    your afflicted ones with justice.
May the mountains bring prosperity to the people,
    the hills the fruit of righteousness.
May he defend the afflicted among the people
    and save the children of the needy;
    may he crush the oppressor.
May he endure[a] as long as the sun,
    as long as the moon, through all generations.
May he be like rain falling on a mown field,

    like showers watering the earth.

domingo, 10 de janeiro de 2016

CABEÇA DE MULA

Não seja uma pessoa sem juízo
como o cavalo ou a mula,
que precisam ser guiados
com cabresto e rédeas
para que obedeçam."
Salmo 32.9 (leia 32.1-11) – NTLH

Coitada da mula! É colocada no meio de pessoas que se julgam melhores que ela e tomam o direito de explorá-la! Mesmo depois de fazer tudo que é exigido, é chamada de “burra”. Passa a vida sendo guiada com cabrestos e rédeas. Não chega a ser dona de si e ter liberdade de se realizar... É serviçal, dirigida por forças maiores. É condenada a viver em função das exigências dos outros. Coitada!...

Até que ponto somos iguais a mula? Vivemos em função das exigências dos outros? Tomamos o cabresto dos valores materialistas da maioria e somos guiados pelas rédeas das expectativas sociais?

Somos cercados por instrumentos de manipulação – tudo em nome da ordem e da felicidade. Mas, na realidade, estas pressões têm uma finalidade única – lucro econômico e político para os que já são privilegiados.

Existe uma variedade de “máfias” que exercem influência em nossa sociedade colocando cabrestos e rédeas na população: as políticas, as econômicas, as religiosas e as marginalizadas. As políticas fazem o discurso de justiça e bem estar social, mas, na prática, conseguem aumentar seus próprios rendimentos e privilégios à custa dos demais. As econômicas promovem consumismo, criando novas “necessidades”, projetando a imagem que estes novos produtos e modas trazem felicidade. As religiosas prometem salvação da alma, libertação dos demônios, e prosperidade, mas ajuntam multidões para arrancar ofertas, construir templos e criar impérios econômicos e políticos. Mas a exploração, violência e corrupção continuam crescendo na sociedade. As marginalizadas promovem a dependência química e operam abertamente fora da lei, levando seus “clientes” a auto destruição e desgraça.

Todas estas “máfias” querem que o povo tenha “cabeça de mula”, aceitando cabrestos e rédeas. Usam as pessoas para alcançarem seu objetivo: lucro.

O grande pecado da nossa sociedade é ter “cabeça de mula”, uma cabeça não pensante e não crítica, que aceita entrar no jogo das máfias. A saída é cair na realidade, confessar o erro da conivência para si mesmo e para Deus e tomar outro rumo. O verdadeiro sentido do arrependimento é a mudança de atitude e comportamento.

Jesus não aceitou cabrestos e rédeas, nem os colocou nos outros. Dava “a César o que era do César” sem submeter-se a ele. Seu compromisso estava com o “Papai” e a criação. Voluntariamente tomou sobre si o jugo da humanidade, mas sempre como dono de si. Tomou o lugar de servo, sem ser serviçal. Deu exemplo de como servir, sem ter “cabeça de mula”!...

SALMO 32 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Feliz aquele cujas maldades
    Deus perdoa
e cujos pecados ele apaga!
Feliz aquele que o Senhor Deus
    não acusa de fazer coisas más
e que não age com falsidade!
Enquanto não confessei o meu pecado,
eu me cansava,
    chorando o dia inteiro.
De dia e de noite,
    tu me castigaste, ó Deus,
e as minhas forças se acabaram
como o sereno que seca
    no calor do verão.
Então eu te confessei o meu pecado
e não escondi a minha maldade.
Resolvi confessar tudo a ti,
e tu perdoaste
    todos os meus pecados.
Por isso, nos momentos de angústia,
todos os que são fiéis a ti
    devem orar.
Assim, quando as grandes ondas
    de sofrimento vierem,
não chegarão até eles.
Tu és o meu esconderijo;
tu me livras da aflição.
Eu canto bem alto a tua salvação,
pois me tens protegido.
O Senhor Deus me disse:
“Eu lhe ensinarei o caminho
    por onde você deve ir;
eu vou guiá-lo e orientá-lo.
Não seja uma pessoa sem juízo
    como o cavalo ou a mula,
que precisam ser guiados
    com cabresto e rédeas
para que obedeçam.”
Os maus sofrem muito,
mas os que confiam em Deus, o Senhor,
são protegidos pelo seu amor.
Todos vocês que são corretos,
    alegrem-se e fiquem contentes
por causa daquilo que o Senhor
    tem feito!
Cantem de alegria, todos vocês

    que são obedientes a ele!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

MULE HEADS

Do not be like the horse or the mule,
which have no understanding
but must be controlled by bit and bridle.
Psalm 32:9 (read 32.1-11) – NIV

Those poor mules! They are placed among people who consider themselves to be superior to mules and who assume the right to exploit them. Even after doing all that is required, mules are looked upon as dumb animals. They spend their lives being guided by bits and bridles. They cannot be their own boss and have to do what others command them to do. They are very useful but are under the command of others. They are condemned to live according to the demands of others and to be looked down upon. Poor things!

To what extent are we equal to mules? Do we live according to the expectations of the majority? Do we accept the bridle of popular materialistic values, and are we guided by the bits and bridles of social expectations?

We are surrounded by instruments of social manipulation - all in the name of happiness, popularity and well-being. But in reality, these pressures have a single purpose - economic and political profit to those who are already privileged.

There are a variety of forces in our society that strive to place bridles and bits on the population. They are in the realm of politics, economics and religion. Politicians use the discourse of justice, freedom, security and equality, but in practice they often are really representing special interests and looking out for themselves at the expense of the general population. Economic interests promote consumerism by creating new "needs" and project the image that these new products and fashions bring happiness. Many religions promise the salvation of the soul, prosperity and deliverance from evil. They may attract many followers, but collect offerings from the faithful in order to build sumptuous temples and create economic and political empires. Ironically they make little impact on society. Wars, economic exploitation, social violence and corruption continue as usual. While the temples are being filled to overflowing by faithful seekers, the real demons are loose in society and free to take the general population to self-destruction and doom.

All these forces want the people to have the head of mules and accept bits and bridles. They use people to achieve their own goals and for their own profit in both religious and secular circles.

The great sin of our society is to have unthinking and uncritical heads that accept bits and bridles and do not dare to be different from the majority. The way out is for us to wake up and see where we are being conducted and then change our way of thinking and acting. We need to take the bit between our teeth and go our own way toward a world with peace and justice for all.

Jesus did not accept bits and bridles, nor did he place them on others. He gave to Caesar what which belonged to Caesar but did not submit to Caesar. His commitment was to his heavenly "Daddy" and to all of His creatures in the world. He voluntarily took upon himself the yoke of humanity, but was always his own person. He took the place of a servant without being servile. He gave an example of how to serve without having the head of a mule.

PSALM 32 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Blessed is the one
    whose transgressions are forgiven,
    whose sins are covered.
Blessed is the one
    whose sin the Lord does not count against them
    and in whose spirit is no deceit.
When I kept silent,
    my bones wasted away
    through my groaning all day long.
For day and night
    your hand was heavy on me;
my strength was sapped
    as in the heat of summer.
Then I acknowledged my sin to you
    and did not cover up my iniquity.
I said, “I will confess
    my transgressions to the Lord.”
And you forgave
    the guilt of my sin.
Therefore let all the faithful pray to you
    while you may be found;
surely the rising of the mighty waters
    will not reach them.
You are my hiding place;
    you will protect me from trouble
    and surround me with songs of deliverance.
I will instruct you and teach you in the way you should go;
    I will counsel you with my loving eye on you.
Do not be like the horse or the mule,
    which have no understanding
but must be controlled by bit and bridle
    or they will not come to you.
Many are the woes of the wicked,
    but the Lord’s unfailing love
    surrounds the one who trusts in him.
Rejoice in the Lord and be glad, you righteous;

    sing, all you who are upright in heart!