domingo, 30 de agosto de 2015

FÉ? LOUCURA?


Abraão fez um altar
e arrumou a lenha em cima dele.
Depois amarrou Isaque
e o colocou sobre o altar,
em cima da lenha.
Em seguida pegou a faca para matá-lo.

Gênesis 22.9-10 (leia 22.1-19) – NTLH

Aqui temos a história de um pai disposto a matar seu próprio filho em nome de Deus. Um filho traumatizado ao ser amarrado, vendo uma faca erguida, pelo próprio pai, para ser enfiada no seu peito. Abraão usou a mentira para seduzir seu filho a acompanhá-lo, mas voltou para casa sem a companhia do filho. O relato bíblico reúne pai e filho outra vez somente na ocasião do enterro do pai. O trauma afastou o filho do pai. Esta história vem duma cultura bem diferente da nossa e aponta Abraão como herói da fé. Para nossa cultura este comportamento seria avaliado como loucura, absurdo e insanidade. Hoje Abraão seria candidato a ser internado num hospício ou encarcerado numa instituição penal, visto como perigo para a sociedade e a família.

Existe neste episódio um elemento da personalidade que opera em ambas as culturas: a necessidade da afirmação da fé. Abraão estava dando prova da sua fé. O problema é que esta “prova de fé” ia onerar a vida alheia. Era uma prova negativa que não construiria nada. Era destrutiva. Logo em seguida Sara morreu e Isaque sempre foi uma figura apagada de pouca expressão. Só deu prejuízo.

Quais são alguns “sinais de fé” da nossa cultura religiosa?

·       O engajamento nas atividades religiosas.

·       Assiduidade nos cultos e reuniões de oração.

·       O dom da palavra e de liderança.

·       A possessão de dons espirituais: profecias, línguas e milagres, etc.

·       Modismos: dente de ouro, riso santo, toque do poder, encontro com Deus, G12, etc.

Esses são alguns dos elementos associados à fé. Quanto maior a exteriorização destes elementos, maior a fé. Os protestantes se orgulham de seu crescimento nos últimos cem anos, especialmente nas últimas décadas. 25% da população professa a fé evangélica. É difícil encontrar um bairro sem igreja evangélica. Os grandes templos são comuns nos grandes centros urbanos. A fé até conquistou redes de TV!...

Até que ponto as “provas de fé” são construtivas em nossa realidade social?

A “fé” dos pais pode chegar a prejudicar os filhos quando a igreja se torna mais importante do que o lar. Quantos filhos de crentes não querem nada com a igreja por causa da incoerência dos pais? Quantos filhos de pastores ignoram a igreja ou a vêem com antipatia por ela ser colocada em primeiro plano? Relacionamentos humanos podem “azedar” quando “princípios” e “convicções” religiosos tomam lugar do amor ao próximo. Quantos crentes são vistos como pessoas chatas e esquisitas por serem implicantes e anti-sociais por causa da sua religião? Comunidades podem ser prejudicadas quando as igrejas se isolam e formam “guetos” de fervor religioso. É preocupante quando o número crescente de evangélicos é acompanhado pelo aumento de violência, criminalidade e corrupção. Muitos políticos evangélicos estão envolvidos em escândalos de desvio de dinheiro. As “provas de fé” somente servem para fazer seus praticantes se sentirem mais santos, mas trazem poucos benefícios à vida alheia.

A fé não é auto-afirmação. A fé verdadeira nos leva a sermos bênçãos aos que nos cercam. O centro de atuação da fé verdadeira é o mundo, não a igreja. “Deus amou ao mundo de tal maneira.......” Nosso desafio é amar o mundo como Jesus o amou.

GÊNESIS 22.1-19 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

DEUS PÕE ABRAÃO À PROVA

Algum tempo depois Deus pôs Abraão à prova. Deus o chamou pelo nome, e ele respondeu:

— Estou aqui.

Então Deus disse:

— Pegue agora Isaque, o seu filho, o seu único filho, a quem você tanto ama, e vá até a terra de Moriá. Ali, na montanha que eu lhe mostrar, queime o seu filho como sacrifício.

No dia seguinte Abraão se levantou de madrugada, arreou o seu jumento, cortou lenha para o sacrifício e saiu para o lugar que Deus havia indicado. Isaque e dois empregados foram junto com ele. No terceiro dia, Abraão viu o lugar, de longe. Então disse aos empregados:

— Fiquem aqui com o jumento. Eu e o menino vamos ali adiante para adorar a Deus. Daqui a pouco nós voltamos.

Abraão pegou a lenha para o sacrifício e pôs nos ombros de Isaque. Pegou uma faca e fogo, e os dois foram andando juntos. Daí a pouco o menino disse:

— Pai!

Abraão respondeu:

— Que foi, meu filho?

Isaque perguntou:

— Nós temos a lenha e o fogo, mas onde está o carneirinho para o sacrifício?

Abraão respondeu:

— Deus dará o que for preciso; ele vai arranjar um carneirinho para o sacrifício, meu filho.

E continuaram a caminhar juntos.  9 Quando chegaram ao lugar que Deus havia indicado, Abraão fez um altar e arrumou a lenha em cima dele. Depois amarrou Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha. Em seguida pegou a faca para matá-lo. Mas nesse instante, lá do céu, o Anjo do Senhor o chamou, dizendo:

— Abraão! Abraão!

— Estou aqui — respondeu ele.

O Anjo disse:

— Não machuque o menino e não lhe faça nenhum mal. Agora sei que você teme a Deus, pois não me negou o seu filho, o seu único filho.

Abraão olhou em volta e viu um carneiro preso pelos chifres, no meio de uma moita. Abraão foi, pegou o carneiro e o ofereceu como sacrifício em lugar do seu filho. Abraão pôs naquele lugar o nome de “O Senhor Deus dará o que for preciso.” É por isso que até hoje o povo diz: “Na sua montanha o Senhor Deus dá o que é preciso.”

Mais uma vez o Anjo do Senhor, lá do céu, chamou Abraão e disse:

— Porque você fez isso e não me negou o seu filho, o seu único filho, eu juro pelo meu próprio nome — diz Deus, o Senhor — que abençoarei você ricamente. Farei com que os seus descendentes sejam tão numerosos como as estrelas do céu ou os grãos de areia da praia do mar; e eles vencerão os inimigos. Por meio dos seus descendentes eu abençoarei todas as nações do mundo, pois você fez o que eu mandei.

Abraão voltou para o lugar onde estavam os seus empregados, e foram todos juntos para Berseba, onde Abraão ficou morando.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

FAITH? INSANITY?


Abraham built an altar there
and arranged the wood on it.
He bound his son Isaac
and laid him on the altar,
on top of the wood.
Then he reached out his hand
and took the knife to slay his son.

Genesis 22:9-10 (read22:1-19) - NIV

Here we have the story of a father willing to kill his own son because God told him to do so. It is also a story of a child being traumatized by being tied up and seeing his own father raise a knife to be stabbed into his chest. Abraham used a lie to lure his son to accompany him, but returned home without his son's company. The biblical account brings together father and son again only at the father's funeral occasion. The trauma separated the child from his father. This story comes from a very different culture than ours and points to Abraham as being a hero of faith. For our culture this behavior would be judged as madness, absurdity and insanity. Today Abraham would be seen as a danger to society and be candidate to be admitted to a hospice or incarcerated in a penal institution for the remainder of his life.

However, in this story there is a personality element that operates in both cultures. Some people feel the need to prove their faith. Abraham was giving proof of his faith. The problem is that this "proof of faith" would be a burden to the lives of others. This was a negative proof that did not do anything constructive. It was destructive. Sarah died soon afterward, and Isaac became a very passive figure. The episode only damaged their personalities.

Our own culture also has its "proofs of faith", some of which are:

·       Dedication to religious activities.

·       Faithful attendance at services and prayer meetings.

·       The gift of leadership (manipulation).

·       Possession of spiritual gifts: prophecy, tongues and miracles, etc.

·       Fads: holy laughter, power of touch, encounter with God, etc.

These are some of the elements associated with faith. The intensity the manifestations of these elements indicate the level of faith. In Brazil Protestants are proud of their growth in the last hundred years, especially in recent decades. 25% of the population professes the evangelical faith. It's hard to find a neighborhood or without at least one evangelical church. Large temples are common in urban centers. Radio and TV are saturated with evangelical programs.

To what extent are these manifestations of faith constructive in our social reality?

Religiously devout parents can jeopardize their children when the church becomes more important than the home. How many children of believers want nothing to do with the church because of the inconsistencies of their parents? How many children of pastors ignore the church or see it with dislike because it robbed them of their father? Human relationships can "sour" when "principles" and religious "beliefs" take place of love for neighbor. How many believers are seen as boring and weird people for being finger pointing and anti-social because of their religion? Communities may be impaired when churches are isolated and form "ghettos" of religious fervor. It is significant when the growing number of evangelicals is accompanied by the increase of violence, crime and corruption. Many evangelical politicians are involved in embezzlement and scandals. The "manifestations of faith" only serve to make its practitioners feel more holy, but bring little benefit to the lives of others.

Faith is not self-assertion. True faith leads us to be blessings to those around us. True faith is manifested by compassionate and ethical living in the world, not by churchy religious practices. "God so loved the world that..." Our challenge is to love the world as Jesus loved it.

GENESIS 22:1-19 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

ABRAHAM TESTED

Some time later God tested Abraham. He said to him, “Abraham!”

“Here I am,” he replied.

Then God said, “Take your son, your only son, whom you love—Isaac—and go to the region of Moriah. Sacrifice him there as a burnt offering on a mountain I will show you.”

Early the next morning Abraham got up and loaded his donkey. He took with him two of his servants and his son Isaac. When he had cut enough wood for the burnt offering, he set out for the place God had told him about. On the third day Abraham looked up and saw the place in the distance. He said to his servants, “Stay here with the donkey while I and the boy go over there. We will worship and then we will come back to you.”

Abraham took the wood for the burnt offering and placed it on his son Isaac, and he himself carried the fire and the knife. As the two of them went on together, Isaac spoke up and said to his father Abraham, “Father?”

“Yes, my son?” Abraham replied.

“The fire and wood are here,” Isaac said, “but where is the lamb for the burnt offering?”

Abraham answered, “God himself will provide the lamb for the burnt offering, my son.” And the two of them went on together.

When they reached the place God had told him about, Abraham built an altar there and arranged the wood on it. He bound his son Isaac and laid him on the altar, on top of the wood. Then he reached out his hand and took the knife to slay his son. But the angel of the Lord called out to him from heaven, “Abraham! Abraham!”

“Here I am,” he replied.

“Do not lay a hand on the boy,” he said. “Do not do anything to him. Now I know that you fear God, because you have not withheld from me your son, your only son.”

Abraham looked up and there in a thicket he saw a ram caught by its horns. He went over and took the ram and sacrificed it as a burnt offering instead of his son. So Abraham called that place The Lord Will Provide. And to this day it is said, “On the mountain of the Lord it will be provided.”

The angel of the Lord called to Abraham from heaven a second time and said, “I swear by myself, declares the Lord, that because you have done this and have not withheld your son, your only son, I will surely bless you and make your descendants as numerous as the stars in the sky and as the sand on the seashore. Your descendants will take possession of the cities of their enemies, and through your offspring all nations on earth will be blessed, because you have obeyed me.”

Then Abraham returned to his servants, and they set off together for Beersheba. And Abraham stayed in Beersheba.

domingo, 23 de agosto de 2015

SARA AINDA VIVE


Deus disse:
“Abraão, não se preocupe com o menino
nem com a sua escrava.
Faça tudo o que Sara disser.”

Gênesis 21.12a (leia 21.9-20) – NTLH

O Dicionário Aurélio define Ciúme como:

1.  Sentimento doloroso que as exigências de um amor inquieto, o desejo de posse da pessoa amada, a suspeita ou a certeza de sua infidelidade fazem nascer em alguém; zelos.

2.  Emulação, competição, rivalidade.

3.  Despeito invejoso; inveja.

4.  Receio de perder alguma coisa; cuidado, zelo:

Sara era ciumenta. Queria a herança de seu marido, Abraão, somente para seu filho, Isaque. Agar e seu filho, Ismael, representavam perigo. Sara não queria repartir com ninguém. Era uma mistura de ciúme com inveja. A saída era afastar os rivais. Sem piedade, pressionou Abraão a mandá-los embora. Abraão, num momento de fraqueza, atendeu Sara.

Mas Deus agiu com outro sistema de valores: demonstrou seus cuidados para com Agar e Ismael. Reservou grandes bênçãos para eles também. Mas a trauma deixou suas marcas. Ismael “se tornou um bom atirador de flechas” para se defender contra perigos futuros.

A briga não acabou. Sara ainda vive. Seu espírito de exclusividade foi herdado por muitos. Essas “Saras” também se julgam os “eleitos de Deus” e agem com preconceito contra as “Agares” da vida. Não admitem que Deus esteja do lado de pessoas que não estejam da sua “tribo”. Ismael, também, deixou uma herança, a arte de atirar flechas”. Sara e Ismael simbolizam muito do que se passa hoje no mundo político, econômico e religioso.

Sara simboliza a cultura ocidental dominada pela tradição judaica/cristã e Ismael a oriental dominada pela cultura islâmica. Sara controla as riquezas globais e Ismael está confinado no deserto “atirando flechas”.

A religião se tornou a bandeira dos dois lados. Deus e Alá estão invocados como justificativo para intensificar o conflito. A ironia é que as três grandes religiões monoteístas que proclamam o Deus da “graça” e o Alá da “misericórdia” estão promovendo a maior parte da violência no mundo atual. Outra ironia: as religiões politeístas tendem conviver em paz.

Até que ponto Sara domina a nossa religiosidade? Até que ponto somos exclusivistas? Deus está do nosso lado e contra os outros? A nossa religião é verdadeira e as outras são falsas? Somos capazes de admitir a ação da graça de Deus entre os Budistas, Hindus, Muçulmanos, nossas categorias de pecadores, etc.?

Exclusivismo nega a graça de Deus. Na teologia cristã graça é dom não merecido concedido por Deus como meio de salvação. Infelizmente, muitos cristãos são iguais a Sara. Não reconhecem que Deus pode aceitar qualquer pessoa independente dos seus merecimentos. Quem somos nós para julgar outros como sendo condenados por Deus? O Apóstolo Paulo declarou – “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rom. 5.20).

GÊNESIS 21:9-20 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

AGAR E ISMAEL SÃO MANDADOS EMBORA

Certo dia Ismael, o filho de Abraão e da egípcia Agar, estava brincando com Isaque, o filho de Sara. Quando Sara viu isso, disse a Abraão:

— Mande embora essa escrava e o filho dela, pois o filho dessa escrava não será herdeiro junto com Isaque, o meu filho.

Abraão ficou muito preocupado com isso, pois Ismael também era seu filho. Mas Deus disse:

— Abraão, não se preocupe com o menino, nem com a sua escrava. Faça tudo o que Sara disser, pois você terá descendentes por meio de Isaque. O filho da escrava é seu filho também, e por isso farei com que os descendentes dele sejam uma grande nação.

No dia seguinte Abraão se levantou de madrugada e deu para Agar comida e um odre cheio de água. Pôs o menino nos ombros dela e mandou que fosse embora. E Agar foi embora, andando sem direção pelo deserto de Berseba. Quando acabou a água do odre, ela deixou o menino debaixo de uma arvorezinha e foi sentar-se a uns cem metros dali. Ela estava pensando: “Não suporto ver o meu filho morrer.” Ela ficou ali sentada, e o menino começou a chorar.

Deus ouviu o choro do menino; e, lá do céu, o Anjo de Deus chamou Agar e disse:

— Por que é que você está preocupada, Agar? Não tenha medo, pois Deus ouviu o choro do menino aí onde ele está. Vamos! Levante o menino e pegue-o pela mão. Eu farei dos seus descendentes uma grande nação.

Então Deus abriu os olhos de Agar, e ela viu um poço. Ela foi, encheu o odre de água e deu para Ismael beber.

Protegido por Deus, o menino cresceu. Ismael ficou morando no deserto de Parã e se tornou um bom atirador de flechas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

SARAH IS STILL ALIVE


Do not be so distressed about
the boy and your slave woman.
Listen to whatever Sarah tells you

Genesis 21:12a (read 21:9-20) - NIV

The dictionary defines jealousy as:

1.  Jealous resentment against a rival, a person enjoying success or advantage, etc., or against another's success or advantage itself.

2.  Mental uneasiness from suspicion or fear of rivalry, unfaithfulness, etc., as in love or aims.

3.  Vigilance in maintaining or guarding something.

4.  A jealous feeling, disposition, state, or mood.

Sarah was jealous. She wanted the inheritance of her husband, Abraham, only for her son, Isaac. Abraham’s second wife, Hagar, (a biblical marriage) and her son, Ishmael, represented danger. Sarah did not want to share with anyone. She wanted to get rid of her rival at any cost. She was merciless and pressured Abraham into sending them away. Abraham was troubled at sending one of his own sons away, but, in a moment of weakness, wielded to Sarah. He took Hagar and Ishmael out into the desert with a little bit of food and water and abandoned them.

But the Genesis record relates that God acted with another value system in spite of Sarah and demonstrated his care for Hagar and Ishmael by providing for them after the traumatic experience of running out food and water. He also promised great blessings for them. But the trauma has left its mark. The narration shows that “God was with the boy as he grew up. He lived in the desert and became an archer” (vs.20). Ishmael was able to defend himself against future dangers.

But it did not end there – Sarah is still alive. Her spirit of exclusivity has been inherited by many. Today there are many "Sarahs" who also believe that they are the "elected of God" and act with bigotry against "Agars" of life. They do not admit that God is on the side of people who do not belong to their "tribe". Ishmael has also left a legacy, the art of shooting arrows. Sarah and Ishmael are very symbolic of what is happening today in the political, economic and religious worlds.

Sarah symbolizes the greed of Western culture dominated by Jewish and Christian traditions. Ishmael is symbolic of the East, dominated by Islamic cultural traditions. Sarah controls the global wealth and Ishmael is confined in the desert "shooting arrows".

Religion became a flag on both sides. God and Allah are invoked as a justification for intensifying the conflict. The irony is that the three great monotheistic religions that proclaim God's "grace" and Allah's "mercy" are promoting the most violence in the world today. Another irony: polytheistic religions tend to live in peace.

To what point does the spirit of Sarah dominate Christianity? How exclusive are Christians? To what extent do they think that God is on their side and against all others? That their religion is true and others are false? Are Christians able to admit the action of God's grace among Buddhists, Hindus, Muslims, many categories of sinners, etc.?

Exclusivism denies the grace of God. In Christian theology grace is defined as unmerited salvation given by God. Unfortunately, many Christians imitate Sarah. They do not realize that God can accept any person regardless of his or her merits or the lack thereof. Who are we to judge others as being condemned by God? The Apostle Paul wrote - "Where sin was powerful, God’s kindness was even more powerful." (Romans 5:20.).

GENESIS 21:9-20 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

But Sarah saw that the son whom Hagar the Egyptian had borne to Abraham was mocking, and she said to Abraham, “Get rid of that slave woman and her son, for that woman’s son will never share in the inheritance with my son Isaac.”

The matter distressed Abraham greatly because it concerned his son. But God said to him, “Do not be so distressed about the boy and your slave woman. Listen to whatever Sarah tells you, because it is through Isaac that your offspring will be reckoned. I will make the son of the slave into a nation also, because he is your offspring.”

Early the next morning Abraham took some food and a skin of water and gave them to Hagar. He set them on her shoulders and then sent her off with the boy. She went on her way and wandered in the Desert of Beersheba.

When the water in the skin was gone, she put the boy under one of the bushes. Then she went off and sat down about a bowshot away, for she thought, “I cannot watch the boy die.” And as she sat there, she began to sob.

God heard the boy crying, and the angel of God called to Hagar from heaven and said to her, “What is the matter, Hagar? Do not be afraid; God has heard the boy crying as he lies there. Lift the boy up and take him by the hand, for I will make him into a great nation.”

Then God opened her eyes and she saw a well of water. So she went and filled the skin with water and gave the boy a drink.

God was with the boy as he grew up. He lived in the desert and became an archer.

domingo, 16 de agosto de 2015

NOVOS NOMES E NOVOS DESTINOS


Daqui em diante o seu nome será Abraão
e não Abrão,
pois eu vou fazer que você
seja pai de muitas nações.

De hoje em diante
não chame mais a sua mulher de Sarai,
mas de Sara.

Gênesis 17.5,15 (leia 17.1-16) – NTLH

Na antiguidade dava-se muita importância aos nomes. Uma mudança de nome significava uma mudança de vida e destino! O texto acima sinaliza uma solidificação de rumo. O novo nome era um reforço que o “impossível” estava para acontecer. Os nomes estavam ligados ao destino e não as circunstâncias do presente momento.

Abraão foi adotado como pai do judaísmo, cristianismo e islamismo. Primeiro, depois de mais de um milênio de tradição oral, seus feitos foram registrados no livro de Gênesis. Aproximadamente 580 anos mais tarde, os cristãos o adotaram como pai espiritual. No século VII d.C., Maomé o adotou como pai do islamismo. Cada uma das três religiões monoteístas usa Abraão para se legitimar. Há muita polêmica em torno de Abraão por não haver provas arqueológicas da sua existência histórica. Independente de qualquer conclusão quanto a sua historicidade, a narrativa apresenta profundas lições de vida e é de grande inspiração.

No seu contexto, tudo parece grande ironia! Abrão havia saído da sua terra natal há 25 anos com a promessa de terras e muitos descendentes. Todos estes anos foram de frustrações e fracassos. A terra ainda era dos outros. Sua esposa, Sarai, estéril na juventude, havia passado muito do período fértil da vida. Ele, com 99 anos de idade, nem podia pensar em paternidade... Até então as promessas divinas pareciam vazias, sem nenhuma perspectiva de realização. Por um milagre, Abrão e Sarai não haviam desistido de tudo e voltado para a terra natal!...

Mais uma vez, o Deus Eterno veio com a mesma conversa de antes. Desta vez Ele modificou seus nomes: de Abrão para Abraão e Sarai para Sara. Os nomes não tinham nada a ver com a realidade do momento. Abraão significa “Pai de Muitas Nações” e Sara, “Soberana” ou “Princesa”. Parecia ironia, mas, pelo menos pela sua teimosia, o casal merecia os novos nomes. Abriu um novo potencial.

O potencial do nome, “Cristão” é grande. “Cristo” significa “ungido por Deus”. Na teologia cristã, Jesus foi ungido por Deus para ser manifestação do Divino. Jesus encarnou o Reino de Deus num mundo de anti-reinos. Ao assumir o título, “Cristão”, temos o potencial de nos tornamos, também, manifestação daquilo que Deus deseja para o mundo. Como nos tempos de Abraão, há uma carência de manifestações concretas do Reino na sociedade. Nossa realidade no momento, em todas as esferas, está longe da justiça e paz. Mesmo dentro da igreja existem vaidade, ambição, deslealdade, traições, preconceito e intolerância.

Precisamos de muita fé para caminharmos em direção à promessa de um novo céu e uma nova terra onde há paz e boa vontade. Pela fé, no espírito (nome) Jesus, podemos já viver o Reino, demonstrando solidariedade, compaixão, sinceridade e tolerância, Podemos vencer em nossas vidas as barreiras do sectarismo, racismo, sexismo, materialismo, e todos os “ismos” que dividem a humanidade, Tomar o nome de Jesus significa viver os valores do Reino sem nos preocuparmos com os resultados que estão fora do nosso controle. Podemos não chegar a ver a germinação das sementes que plantamos. Tomar o nome de Jesus significa semear o amor que ele revelou.

GÊNESIS 17.1-16 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

A ALIANÇA E A CIRCUNCISÃO

Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o Senhor Deus apareceu a ele e disse:

— Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo. Eu farei a minha aliança com você e lhe darei muitos descendentes.

Então Abrão se ajoelhou, encostou o rosto no chão, e Deus lhe disse:

— Eu faço com você esta aliança: prometo que você será o pai de muitas nações. Daqui em diante o seu nome será Abraão e não Abrão, pois eu vou fazer com que você seja pai de muitas nações. Farei com que os seus descendentes sejam muito numerosos, e alguns deles serão reis. A aliança que estou fazendo para sempre com você e com os seus descendentes é a seguinte: eu serei para sempre o Deus de você e o Deus dos seus descendentes. Darei a você e a eles a terra onde você está morando como estrangeiro. Toda a terra de Canaã será para sempre dos seus descendentes, e eu serei o Deus deles.

Deus continuou:

— Você, Abraão, será fiel à minha aliança, você e os seus descendentes, para sempre. Pela aliança que estou fazendo com você e com os seus descendentes, todos os homens entre vocês deverão ser circuncidados. A circuncisão servirá como sinal da aliança que há entre mim e vocês. De hoje em diante vocês circuncidarão todos os meninos oito dias depois de nascidos, e também os escravos que nascerem nas casas de vocês, e os que forem comprados de estrangeiros. Tanto uns como outros deverão ser circuncidados, sem falta. Esse será um sinal que vai ficar no seu corpo para mostrar que a minha aliança com vocês é para sempre. Quem não for circuncidado não poderá morar no meio de vocês, pois não respeitou a minha aliança.

Depois Deus disse a Abraão:

— De hoje em diante não chame mais a sua mulher de Sarai, mas de Sara. Eu a abençoarei e darei a você um filho, que nascerá dela. Sim, eu a abençoarei, e ela será mãe de nações; e haverá reis entre os seus descendentes.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

NEW NAMES AND NEW DESTINATIONS


No longer will you be called Abram;
your name will be Abraham,
for I have made you
a father of many nations.

As for Sarai your wife,
you are no longer to call her Sarai;
her name will be Sarah.

Genesis 17:5e15 (read 17:1-16) - NIV

In ancient times much importance was given to names. A change of name meant a change of life situation and destiny. The above narration signals the confirmation of a promise that had been made. The new names were a reinforcement that something impossible was going to happen in the future. The names were linked to their destination and not the circumstances of their present moment.

Since then Abraham has been adopted as father of Judaism, Christianity and Islam. First, after more than a millennium of oral tradition, Abraham’s deeds were recorded in the book of Genesis. Approximately 580 years later, Christians adopted him as their spiritual father. In the seventh century AD, Muhammad adopted him as the father of Islam. All three of the monotheistic religions legitimize themselves through Abraham. There is much controversy around the person of Abraham, because there is no archaeological or historical evidence that he ever existed. Independent of any conclusion as to the historicity of Abraham, the narrative presents lessons and inspiration.

In the narrative it seemed as though God was just leading Abram on. Abram had left his homeland 25 years earlier with the promise of land and many descendants. All these years were filled with frustrations and failures. He was still without land and his wife, Sarai, was sterile. Their fertile years had long passed. At the age of 99 he could not even think of paternity. Until then the divine promises sounded hollow, with no prospect of realization. By a miracle, Abram and Sarai had not given up everything and returned to their homeland.

Again, the LORD came with all those promises, and this time he even changed their names: from Abram to Abraham and Sarai to Sarah. The names had nothing to do with the reality of the moment. Abraham means "Father of Many Nations" and Sara, "Sovereign" or "Princess". It seemed ironic, but at least by their stubbornness, the couple deserved the new names. It was a sigh of potential.

The potential of the name "Christian" is great. "Christ" means "anointed by God." In Christian theology, Jesus was anointed by God to be a manifestation of the Divine. Jesus whose name means “savior” embodied the Kingdom of God in a world of anti-kingdoms. By taking the title, "Christian", we have the potential to become also manifestations of what God wants for the world. As in the times of Abraham, there is a lack of concrete manifestations of the Kingdom of God in society. In all spheres our reality, is far removed from the justice and peace that the name, Christian, should imply. Even within the church there are vanity, ambition, treachery, betrayal, prejudice and intolerance.

We need a lot of faith to journey in the direction of the promise of a new heaven and a new earth where there is peace and goodwill. By faith we can live the meaning of the name, Jesus (savior) here and now. We can already live the Kingdom by demonstrating solidarity, compassion, sincerity and tolerance. By our lives we can overcome the sectarian barriers of racism, sexism, materialism and all the "isms" that divide humanity. Taking the name of Jesus means to live the values of the Kingdom without worrying about the results that are beyond our control. We may not live to see the germination of the seeds we sow. Taking the name of Jesus means to sow the love he revealed.

GENESIS 17:1-16 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

THE COVENANT OF CIRCUMCISION

When Abram was ninety-nine years old, the Lord appeared to him and said, “I am God Almighty; walk before me faithfully and be blameless. Then I will make my covenant between me and you and will greatly increase your numbers.”

Abram fell facedown, and God said to him, “As for me, this is my covenant with you: You will be the father of many nations. No longer will you be called Abram; your name will be Abraham, for I have made you a father of many nations. I will make you very fruitful; I will make nations of you, and kings will come from you. I will establish my covenant as an everlasting covenant between me and you and your descendants after you for the generations to come, to be your God and the God of your descendants after you. The whole land of Canaan, where you now reside as a foreigner, I will give as an everlasting possession to you and your descendants after you; and I will be their God.”

Then God said to Abraham, “As for you, you must keep my covenant, you and your descendants after you for the generations to come. This is my covenant with you and your descendants after you, the covenant you are to keep: Every male among you shall be circumcised. You are to undergo circumcision, and it will be the sign of the covenant between me and you. For the generations to come every male among you who is eight days old must be circumcised, including those born in your household or bought with money from a foreigner—those who are not your offspring. Whether born in your household or bought with your money, they must be circumcised. My covenant in your flesh is to be an everlasting covenant. Any uncircumcised male, who has not been circumcised in the flesh, will be cut off from his people; he has broken my covenant.”

God also said to Abraham, “As for Sarai your wife, you are no longer to call her Sarai; her name will be Sarah. I will bless her and will surely give you a son by her. I will bless her so that she will be the mother of nations; kings of peoples will come from her.”

domingo, 9 de agosto de 2015

O MOVER DO ESPÍRITO


A terra era um vazio,
sem nenhum ser vivente,
e estava coberta por um mar profundo.
A escuridão cobria o mar,
e o Espírito de Deus se movia
por cima da água.

Gênesis 1.2 (leia 1.1-5) – NTLH

Esta passagem não pretende ser um relato histórico que explica como a criação foi feita. Os fatos históricos e científicos estão fora do nosso alcance. A ciência apresenta apenas hipóteses que são exercícios intelectuais que apresentam possíveis explicações do processo da evolução da natureza. Podem estimular o pensamento e satisfazer a curiosidade. A finalidade das escrituras é inspirar, não explicar. Erramos em usar as escrituras antigas para explicar como o mundo chegou a ser do jeito que o conhecemos hoje. Tal exercício cai no ridículo.

A leitura “mythos” das escrituras vai além das palavras das narrações e busca os princípios básicos da vida. Esta passagem nos traz uma mensagem de esperança diante do caos que ameaça alterar fatalmente o sistema ecológico que sustenta a vida humana.

A mensagem desta história da criação é esperança: do caos nascem novas ordens. No primeiro momento da criação do céu e da terra o mar cobria a terra e a escuridão cobria o mar. Era impossível a existência de vida. No lugar e no momento em que faltavam todas as condições visíveis, movia o Espírito de Deus por cima das águas escuras. A esperança estava no “mover do Espírito”. As condições de antivida não eram absolutas. O lugar inóspito foi vencido pelo Espírito. Desde o primeiro instante, o movimento do divino era superar os obstáculos, aparentemente insuperáveis, para abrir caminho para a vida. Segue o processo alegórico da criação de vida.

A ordem: “Que haja luz!” começou desfazer o caos e abrir caminho para a vida. A luz não eliminou a escuridão. Ambas são necessárias para a vida. Deus conservou a escuridão, também como elemento de sustento à vida. O equilíbrio entre dia e noite é fundamental na ordem da terra. A vida toda é uma sucessão de passagens da noite e as chegadas da manhã.

O sofrimento e a angústia da noite preparam o caminho para a celebração de um novo dia. As dores de parto são necessárias para a alegria do nascimento dum nenê. Nos Evangelhos a morte de Jesus na cruz possibilitou a ressurreição que deixou o túmulo vazio. O “mover do Espírito” pode transformar os nossos “calvários” em vales verdejantes, nossas cruzes em árvores frutíferas, nossas derrotas em vitória e o nosso choro em riso. A morte possibilita a vida.

A escuridão do caos político, social e econômico na atualidade nos assusta. O ódio e violência religiosos parecem não ter limites. O abismo entre os ricos e pobres se distancia cada vez mais. A proliferação de armas de destruição em massa ameaça a vida de todos os seres vivos. O consumo e tráfico desenfreado de drogas aproveitam o vazio espiritual da globalização para destruir milhões de vidas e corromper governos. A destruição de recursos naturais, a poluição de água, ar e solo estão desequilibrando o sistema ecológico e acelerando a extinção de espécies de flor e fauna. As condições de vida são cada vez mais precárias.

Apesar da inoperância e a alienação das igrejas diante desta situação queremos crer que o Espírito Divino está se movendo por cima destas águas escuras. Podemos esperar outro milagre? Poderemos ser transformados em luze para reverter o processo da morte e retomar o caminho da vida? Eis a nossa esperança.

GÊNESIS 1.1-5 – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

A CRIAÇÃO DO UNIVERSO E DA RAÇA HUMANA

No começo Deus criou os céus e a terra. A terra era um vazio, sem nenhum ser vivente, e estava coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar, e o Espírito de Deus se movia por cima da água.

Então Deus disse:

— Que haja luz!

E a luz começou a existir. Deus viu que a luz era boa e a separou da escuridão. Deus pôs na luz o nome de “dia” e na escuridão pôs o nome de “noite”. A noite passou, e veio a manhã. Esse foi o primeiro dia.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

HOPE HOVERING OVER DARKNESS


Now the earth was formless and empty,
darkness was over the surface of the deep,
and the Spirit of God
was hovering over the waters.

Genesis 1:2 (read 1:1-5) - NIV

This passage is not intended to be a historical account of how the heavens and the earth were made. The historical and scientific facts are out of our reach. Scientists have hypotheses that are intellectual exercises that present possible explanations of the evolutionary processes of nature. They can stimulate thought and satisfy curiosity. The purpose of the scriptures is to inspire, not to explain. We err in using the ancient scriptures to try to explain how the world came to be as we know it today. The exercise of attempting to explain falls into the ridiculous.

A metaphorical (mythos) interpretation of the scriptures looks beyond a literal (logos) reading in order to understand spiritual principles of life. This passage brings a message of hope in the face of a darkness that would impede the forming of an ecological system that could sustain life.

The message of this story of creation is hope – out of darkness comes light. The beginning of the Genesis account leaves the earth in darkness and covered by the sea. Life would be impossible, but the Spirit of God hovered over the dark waters. Hope was in the "hovering of the Spirit." The conditions of anti-life were not absolute. The inhospitable place was fertilized by the Spirit. From the first moment on the divine hovering overcame obstacles, apparently insurmountable, to make way for life. This is followed by the allegorical process of creating life.

The words: "Let there be light" began to overcome the darkness and pave way for life. The light did not eliminate the darkness. Both are necessary for life. God saved the darkness as also a supporting element for life. The balance between day and night is fundamental in the order of nature. Our life is a succession of nightfalls and the daybreaks.

The suffering and anguish of night prepares the way for the beginning of a new day. Labor pains are necessary for the joy of the birth of a child. In the Gospels Jesus' death on the cross made possible the resurrection which left an empty tomb. The "hovering of the Spirit" can turn our dry deserts into green valleys, our crosses into fruit trees, our defeats into victory and our tears into laughter. Death makes life possible.

Political, social and economic darkness today frighten us. Secular and religious hatred and violence seem to have no limits. The gap between the rich and the poor is growing. The proliferation of weapons of mass destruction threatens the lives of all living beings. Consumption and rampant drug traffic feed on the spiritual emptiness of globalization. Greed and corruption are destroying millions of lives. The destruction of natural resources, pollution of water, air and soil are upsetting the ecological system and accelerating the extinction of thousands of species of plants and wildlife. Living conditions for all forms of life are increasingly precarious.

Despite the failure and the inaction of churches to address themselves to this situation we want to believe that the Divine Spirit is hovering over these dark waters. Can we expect another miracle? Can light be made to shine in order to reverse the death process and return to the path of life? Can we BE lights to shine in the darkness?

GENESIS 1:1-5 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

THE BEGINNING

In the beginning God created the heavens and the earth. Now the earth was formless and empty, darkness was over the surface of the deep, and the Spirit of God was hovering over the waters.

And God said, “Let there be light,” and there was light. God saw that the light was good, and he separated the light from the darkness. God called the light “day,” and the darkness he called “night.” And there was evening, and there was morning—the first day.