quinta-feira, 30 de julho de 2009

O TEMPLO INTERNO ABANDONADO

Eu vou enviar o meu mensageiro

para preparar o meu caminho.

E o Senhor a quem vocês estão procurando

vai chegar de repente ao seu Templo.

E está chegando o mensageiro

que vocês esperam,

aquele que vai trazer o acordo

que farei com vocês.

Malaquias 3.1 (leia 3.1-4) – BLH

O ser humano, de modo geral, está alienado da sua origem. O "Templo" é a metáfora do nosso subconsciente. O "templo" está abandonado. Além do abandono há um acúmulo de pó, teias e bichos de diversas espécies... Há necessidade do "Templo" ser colocado em ordem, para poder ser ocupado pelo seu "Dono Legítimo".

A vida vazia é resultado de um rompimento interno da pessoa. A pessoa se rejeita através da negação de uma parte da sua realidade e fica dividida. Ao não aceitar uma parte de si mesmo a pessoa está de certa forma, rejeitando a Deus.

Viver bem com Deus é viver bem conosco mesmos! Para vivermos bem conosco precisamos viver bem com Deus... Ao aceitarmos a nossa realidade ocupamos de novo o "templo" e preparamos o caminho para Deus entrar também e nos ajudar a arrumá-lo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

UM IDEAL PARA BUSCAR

Naqueles dias

dez estrangeiros

irão agarrar um judeu

para lhe dizer:

"Nós queremos seguir a sua religião,

pois ouvimos dizer

que Deus está com vocês."

Zacarias 8.23 (leia 8.20-23) – BLH

O "sonho de utopia futura" é o oposto da realidade presente, é o futuro positivo em contraste ao presente negativo. O Jardim do Éden representa, não um estado ideal do passado, mas, uma fuga de um momento histórico em que nada daquilo era a verdadeiro. Quando o presente momento é insuportável, a tendência é “fugir” ou para um suposto estado de inocência do passado ou para um paraíso do futuro.

Se o Jardim do Éden nunca existiu, a não ser na imaginação e o paraíso futuro nunca chegará a se realizar, para que servem? A sua função é orientar a vida e dar direção; são como estrelas! O viajante nunca vai alcançar uma estrela, mas aquela estrela lhe diz em que direção ele deve caminhar. Os estrangeiros nunca vão agarrar um judeu para insistir em seguir a sua religião, mas esta visão dava coragem para os judeus continuarem a viver a sua própria religião, apesar da perseguição e da oposição dos estrangeiros. O importante não é alcançar o ideal, mas caminhar em direção ao ideal; o importante é seguir...

terça-feira, 28 de julho de 2009

CRIANÇAS E IDOSOS

Mais uma vez

os velhinhos e as velhinhas,

com as suas bengalas na mão,

vão se sentar

nas praças de Jerusalém.

E as praças

ficarão cheias

de meninos

e meninas

brincando.

Zacarias 8.4-5 (leia 8.1-8) – BLH

Uma visão da utopia inclue os idosos e as crianças! A injustiça e a opressão atingem mais os velhos e os novos do que as idades intermediárias. Quem mais sofre hoje em dia são os idosos que perderam as suas forças, a sua resistência e não têm quem cuide deles. Também as crianças precisam de todo apoio de uma estrutura social e familiar para sobreviver e se desenvolver. Uma visão de uma praça cheia de velhos e crianças é uma visão de justiça que produz a verdadeira paz.

Esta paisagem é cada vez mais rara com a violência crescente contra o ser humano e o meio ambiente. Hoje, os velhinhos e as velhinhas estão nas praças, não para passear, mas para achar onde dormir. Os meninos e as meninas estão nas poucas praças que existem, não para brincar, mas para ganhar um pouquinho de pão por meio de serviços de pequeno rendimento, ou de furto. Suas brincadeiras são as de adultos: cheirar cola, fumar maconha, e usar outros tóxicos, prostituir-se; brincadeiras que levam as crianças à morte prematura ou à condenação a uma vida sub-humana.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MUITOS POVOS COM DEUS

Naquele dia muitos povos

se juntarão ao Deus Eterno

e serão o seu povo,

e ele morará com eles.

Aí o povo de Israel saberá

que o Deus Todo-poderoso

me enviou

para falar com eles.

Zacarias 2.11(leia 2.5-9,14-15) – BLH

Qualquer religião que é exclusivista é falsa, não representa a proposta de Deus. A proposta de Deus é a paz para todos. Por "paz" quero dizer "bem estar pleno". O conceito bíblico de salvação é justamente um bem estar que começa no "aqui" e no "agora". Não é uma salvação "espiritual", lá nas nuvens, ou no céu, depois da morte. Deus é o Deus das nações e se preocupa com elas. Deus quer que todas as nações se juntem a Ele.

Foi justamente esta chegada dos povos a Deus que confirmava as palavras do profeta. Um dos sinais da verdadeira fé em Deus é a "inclusão dos outros" e não a exclusão. Uma religião alienante não é de Deus. A fé de Jesus o levou junto ao povo, especialmente junto àqueles que os exclusivistas estavam rejeitando. O sinal de que o Reino de Deus havia chegado era a própria presença de Jesus junto aos perdidos e aos pecadores. Uma igreja que se coloca contra tudo e contra todos e que acha que só ela é salva, é anti-reino de Deus. O Reino de Deus é de todos os povos.

domingo, 26 de julho de 2009

O NOVO MAIS BELO DO QUE O PRIMEIRO

Toda a prata

e todo o ouro do mundo

são meus.

Então o novo Templo será ainda mais belo

do que o primeiro,

e dali eu darei prosperidade

e paz

ao meu povo.

Eu, o Deus Todo-poderoso, falei.

Ageu 2.8-9 (leia 1.15-2,9) – BLH

O novo templo será mais belo do que o primeiro. O primeiro foi destruído e a sua destruição deu lugar ao novo. Não era para o povo desistir só porque o primeiro templo foi destruído. Era para voltar e construir algo que seria melhor ainda! O Templo representava a identidade do povo. O cativeiro havia arrasado a sua identidade, e, agora, que conseguiram voltar, era a hora de não somente reconstruir um novo templo, mas formar uma nova identidade, uma identidade mais de acordo com a realidade das coisas.

O conceito da ressurreição está englobado aqui. Jesus, numa ocasião quando estava no templo e falando do templo e do seu corpo, disse que, se destruísse o templo do seu corpo, em três dias ele levantaria outro. Poderiam até matá-lo, mas isto não acabaria com ele...

É um princípio da vida (e da Bíblia) que a destruição do velho abre o caminho para a construção de algo novo e mais belo. Mas o medo nos faz agarrar as coisas velhas: estilo de vida, hábitos, crenças, preconceitos, etc. Temos dificuldade de abrir mão do velho e tentar novas realizações.

Para esta reconstrução, todos os recursos do mundo estão à nossa disposição, porque nós, também, fazemos parte deste mundo. Temos recursos sem limite para isso.

sábado, 25 de julho de 2009

O FRUTO DO EGOÍSMO

Vocês semearam muitas sementes,

mas colheram pouco;

têm comida,

mas não é suficiente para matar a fome;

têm vinho,

mas não dá para ficarem bêbados;

têm roupas,

porém não chegam para protegê-los do frio;

e o salário não dá para viver.

Ageu 1.6 (leia 1.1-8) – BLH

A tese desta passagem é a de que o egoísmo contribui para a miséria. O povo estava preocupado com a sua própria casa e não com a casa alheia (neste caso, o Templo). A raiz da sua miséria não era a falta de trabalho mas a falta de generosidade. Enquanto cada um retinha tudo para si mesmo, a coletividade sofria privações: não havia compaixão e solidariedade. Cada um vivia por si e o resultado era a miséria.

O egoísmo leva à corrupção. Quando o povo, desde o varredor da rua até o palácio do governo, tem a disposição de se apossar daquilo que é da coletividade (desde pequenos furtos até rombos bilionários), o resultado não pode ser outro, a não ser a miséria e o caos social e econômico. Não há reforma que consiga reverter a situação. Não adiantaria ter um fiscal para cada cidadão se os próprios fiscais são corruptos. As igrejas não estão levando o povo ao arrependimento e mudança de vida: Infelizmente hoje, quanto mais crentes, mais corrupção!...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

DEUS FESTIVO

Pois o Eterno,

o seu Deus,

está com vocês;

ele é poderoso e os salvará.

Deus ficará contente com vocês

e por causa do seu amor

lhes dará nova vida.

Ele cantará

e se alegrará,

como se faz

num dia de festa.

Sofonias 3.17,18a (leia 3.14-18) – BLH

Deus é retratado como alguém que fez um investimento emocional a favor do nosso bem estar. Festeja a nossa felicidade. A nação de Israel simboliza toda a humanidade e o relacionamento entre Deus e Israel. Aplica-se ao relacionamento afetivo entre a humanidade e o poder criador e sustentador de tudo que existe...

Deus é a personificação (máscara) deste poder. Esta personificação é sempre representada em termos humanos porque os seres humanos não podem entendê-la de outro jeito. Nestes termos Deus fica alegre quando acertamos na vida e aumenta mais ainda o nosso bem estar... O próprio universo vibra quando tudo está em harmonia!

O nosso bem estar está ligado ao bem estar de toda a criação. Ao agirmos em harmonia com o Criador a criação festeja conosco. A vida é uma dádiva para ser festejada junto com todas as criaturas.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

FACE DO AMOR E PERDÃO

Ó Deus,

não há outro deus como tu,

pois perdoas os pecados

e as maldades

daqueles do teu povo que ficaram vivos.

Tu não continuas irado para sempre,

mas tens prazer em nos mostrar sempre

o teu amor.

Miquéias 7.18 (leia 7.14-15,18-20) – BLH

Por que Deus existe? Qual é o seu propósito em relação ao ser humano? Por outro lado existem perguntas contrárias: Por que existe o ser humano? Qual é a sua finalidade e a sua função em relação a Deus?

O ser humano faz perguntas e dá respostas. A sua religiosidade e a sua teologia estão em torno destas perguntas. Nós, os seres humanos, praticamos a religião e fazemos a teologia para atender nossas necessidades espirituais. Criamos nossos deuses de acordo com nossas aspirações e carências, em forma de "máscaras" que colocamos na "Realidade Suprema". Estas "máscaras de deus" são criadas em nossa imagem com a função de promover nosso bem estar de acordo com nossos valores.

Para pessoas com sentimentos de culpa, Deus existe para punir os maus e premiar os bons. Neste caso, Deus é o grande juiz que decide quem se salva e quem se perde! Para pessoas que estão de bem com a vida Deus existe para conduzir o ser humano à vida abundante. Alguns acreditam: Deus é policial, outros, pedagogo! Muitos aceitam que os atos de Deus são para punir ou premiar, outros, ensinar e conduzir pelo perdão e amor.

O profeta Miquéias no texto acima, de bem com a vida, revela a face do perdão e do amor de Deus. Jesus vai mais longe e revela Deus como pai/mãe amigável que se doa para o bem dos seus filhos e filhas independente de merecimentos. Ao conseguir enxergar a face de amor e perdão do Papai poderemos tratar sem preconceitos os outros como irmãs e irmãos.

terça-feira, 21 de julho de 2009

CAINDO E SE LEVANTANDO

Inimigos,

não zombem de nós!

De fato caímos,

mas ficaremos novamente de pé;

agora estamos na escuridão,

mas o Deus Eterno será a nossa luz.

Miquéias 7.8 (leia 7.7-9) – BLH

As conseqüências imediatas nem sempre são as finais, tanto para o lado do bem como para o do mal. Muitas vezes demora para aparecer o resultado final. Outro fato da vida é que tudo muda, nada fica como está. Quem está em cima hoje, pode estar embaixo amanhã e amanhã pode estar em cima, quem hoje, está embaixo...

Outro princípio nos esclarece que, pelas conseqüências das nossas opções erradas, podemos aprender e, depois, acertar. A queda provocada pelo erro não precisa ser definitiva, podemos levantar e andar de novo. As conseqüências dos nossos atos e das nossas atitudes são pedagógicas e não penais. Deus quer nos ensinar e não nos punir; quer nos corrigir e não nos castigar; embora muitas vezes, na Bíblia, uma correção seja interpretada como castigo... A Bíblia relata os feitos de Deus sem contudo, acertar sempre na interpretação daqueles feitos!

Enquanto há capacidade de arrependimento, há misericórdia divina. Jesus foi até o inferno para pregar depois da sua morte.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

OS "JONAS" DE HOJE

Então orou assim:

-Ó Deus Eterno,

eu não disse,

antes de deixar a minha terra,

que era isso mesmo que ias fazer?

Foi por isso

que fiz tudo para fugir para a Espanha!

Eu sabia que és Deus

que tem compaixão e misericórdia.

Sabia que és sempre paciente e bondoso

e que estás sempre pronto

para mudar de idéia

e não castigar.

Jonas 4.2 (leia 4.1-11) – BLH

Jonas estava reclamando. A compaixão e a misericórdia não eram o que Jonas estava querendo para o povo daquela cidade. O gosto de Jonas e o gosto divino não combinavam. Jonas era exclusivista, "colocador de barreiras", “excluidor de pessoas”. Para Jonas, a religião deveria excluir os pecadores e não recuperá-los. Os pecadores seriam castigados e não perdoados.

Há muitos "Jonas" na igreja hoje em dia. Para os "Jonas", a igreja é um lugar de privilégios para aqueles que merecem as bênçãos de Deus. Somente os que têm a sua vida em dia com a igreja podem participar da Ceia do Senhor. Para eles, a Santa Ceia é o "privilégio dos santos" e não "remédio para os pecadores"! Os "Jonas" excluiriam crianças da mesa da comunhão, do batismo, e não deixariam casais "não crentes" se casarem no templo da igreja, etc, etc.

Compaixão e misericórdia são graças que muitas vezes faltam àqueles que professam uma espiritualidade superior aos outros.

domingo, 19 de julho de 2009

DEUS MUDA DE IDÉIA

Deus viu o que eles fizeram

e como abandonaram os seus maus caminhos.

Então mudou de idéia

e não castigou a cidade

como havia dito que faria.

Jonas 3.10 (leia 3.1-10) – BLH

O plano original de Deus para os ninivitas (como para toda a humanidade) era o seu bem estar e a sua felicidade. Apesar disso, eles estavam tecendo a rede da sua própria destruição. Veio a advertência do profeta Jonas e eles mudaram a direção de sua vida e alteraram o seu destino. Com esta mudança de direção, Deus salvou os habitantes de Nínive das conseqüências das suas transgressões e o desastre não aconteceu.

Maior foi a tragédia pessoal de Jonas; apesar de ser um profeta de Deus, não queria saber nada de compaixão! Ele queria ver a destruição do povo! Sua mensagem era de castigo e destruição, pois não admitia a misericórdia... A felicidade dos ninivitas foi a infelicidade de Jonas e vice versa.

Até que ponto algumas correntes na igreja estão imitando Jonas? Faturam em cima da tragédia de guerras e conflitos globais para proclamar o apocalipse, com a finalidade de fazer as suas igrejas crescerem, usando a arma do medo! Nada fazem a favor da paz e recusam ser pacificadores.

sábado, 18 de julho de 2009

TEMPO DE ARREPENDIMENTO

Que todas as pessoas e animais

vistam sacos de pano grosseiro.

Que cada pessoa ore a Deus

com fervor

e abandone os seus maus caminhos

e as suas maldades.

Talvez assim Deus mude de idéia.

Talvez o seu furor passe,

e assim não morreremos!

Jonas 3.8-9 (leia 3.1-10) – BLH

Aqui temos uma repetição do tema da influência de atitudes sobre o mundo em que vivemos. Os moradores foram convencidos da verdade da pregação de Jonas a respeito da destruição de sua cidade, mas, ao mesmo tempo, não aceitaram esta verdade como irreversível. Se as suas atitudes e seus atos poderiam condenar a cidade, eles poderiam, também, salvá-la.

Há uma esperança para os dias de hoje! Os profetas modernos estão pregando a destruição, não somente de uma cidade mas de toda terra, como conseqüência dos nossos pecados contra ela. Com a destruição do meio ambiente estamos caminhando para a nossa própria destruição. Pode ser que ainda haja prazo para o arrependimento... Mas o fato é que, sem arrependimento, não haverá salvação. A saída é "orar a Deus e abandonar os maus caminhos", como diz o texto. Atitudes e atos de arrependimento pela coletividade ainda podem ser a salvação da espécie humana. Todos têm que ser conscientes, um só não basta.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

JONAS E A TEMPESTADE

Em seguida os marinheiros pegaram Jonas

e o jogaram no mar,

e logo o mar se acalmou.

Eles ficaram com tanto medo do Deus Eterno,

que lhe ofereceram um sacrifício

e lhe fizeram promessas.

Jonas 1.15-16 (leia 1.1-2.1,11) – BLH

Em grande parte, a religião é a tentativa humana de fazer as pazes com as forças misteriosas do mundo em que vivemos. Os marinheiros estavam ameaçados pela fúria do mar causada por um deus irado. Jonas foi apontado como o causador desta ira divina. Para se livrarem deste perigo os marinheiros lançaram Jonas ao mar. Ao sentirem a tempestade acalmada, os homens do mar aplacaram o deus de Jonas que tinha o terrível poder de provocar tempestades. Uma das tendências humanas é fazer as pazes com os poderes misteriosos para que as suas ameaças não se concretizem.

Outro ponto importante desta história é o espírito humilde de Jonas. Ele mesmo se julgava culpado pela tempestade e o perigo que todos corriam. Jonas, prestativo, se oferece até a sacrificar sua vida para livrar os marinheiros do perigo!...

O mundo é um organismo misterioso com partes interligadas; uma consegue afetar todas as outras... Nossas atitudes íntimas também chegam a afetar o mundo em que vivemos. Uma pessoa problemática tende criar um ambiente perturbado. Pessoas bem resolvidas projetam paz ao seu redor. A tempestade e a calmaria simbolizam os efeitos das atitudes de Jonas. A fuga desencadeou a tempestade, a entrega gerou calma. O melhor lugar para começar criar um mundo melhor é começar conosco mesmo.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A ÚLTIMA PALAVRA

Toquem as cornetas no monte Sião,

dêem um grito de alarme no monte de Deus!

Trema de medo, povo de Judá,

pois está chegando o dia do Deus Eterno.

Será um dia de escuridão e trevas,

um dia de nuvens negras.

Os gafanhotos avançam

como um exército enorme e poderoso,

como uma nuvem escura que cobre as montanhas.

Nunca houve uma coisa assim no passado

e no futuro nunca mais haverá.

Joel 2.1-2 (leia 1.13-15, 2.1-2) – BLH

Embora os seres humanos agora dominem o mundo, eles não terão a última palavra. O ser humano não é a força mais poderosa no mundo, embora seja ele que se encontre em maior evidência! O poder do homem não é tanto quanto parece e não durará para sempre. A força maior é a força básica da criação, Deus tem a última palavra e tudo que não está de acordo com esta força, cairá.

No fim, a vida e a criatividade vão ter o domínio; as forças menores simplesmente agirão para promover a finalidade delas. A curto prazo, parece que as forças da destruição e do caos dominam, porque são elas que estão mais em evidência. Na verdade, elas são forças secundárias, agindo de acordo com a força maior, numa maneira que nós não conseguimos entender...

terça-feira, 14 de julho de 2009

VIDA E RECOMPENSA

Que as pessoas sábias e ajuizadas

entendem a mensagem deste livro

e meditem nela.

Os caminhos do Deus Eterno são certos;

os bons andarão neles,

mas os pecadores

tropeçarão

e cairão.

Oséias 14.9 (leia 14.2-10) – BLH

A própria vida traz a sua recompensa. Os ajuizados procuram se harmonizar com o universo e as suas leis. Sabem que o bem estar geral é o resultado desta harmonia! Os egoístas, ao contrário, procuram fazer aquilo que traz para si vantagens imediatas, sem considerarem o efeito a longo prazo. Não entendem que os prejuízos dados aos outros sobram para eles também...

Seguir os caminhos do Deus Eterno é muito mais que obedecer a um conjunto de regras, mesmo tiradas da Bíblia... Podemos usar a Bíblia para fins egoístas e destruidores! O caminho do Deus Eterno se encontra na pessoa de Jesus. É um estilo de vida que traz benefícios para todos e não a obediência egoísta a um sistema ou conjunto de leis visando a própria salvação. Ignorar o próximo e o mundo que Deus criou é andar no caminho que leva à destruição...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

DEDICAÇÃO A DEUS E À JUSTIÇA

Vamos nos dedicar mais e mais ao Deus Eterno!

Tão certo como nasce o sol,

ele virá nos ajudar;

virá tão certamente

como vêm as chuvas da primavera

que regem a terra.

Oséias 6.3 (leia 6.1-6) – BLH

Tirado fora do contexto, este versículo parece uma linda declaração de fé na graça de Deus... No contexto, fica claro que é rejeitado pelo fato de que, eles entenderam a dedicação a Deus como dedicação de culto e não prática de justiça!

Este capítulo poderia ter sido escrito nos dias de hoje. O povo entendia a renovação espiritual como uma retomada de práticas religiosas e não como uma retomada da prática de justiça. Uma das grandes tendências da religião é separar a prática do culto da vida diária, vivendo um dualismo, isolando a vida espiritual da vida material como se fossem duas coisas distintas. Faz a falsa dicotomia entre a igreja e o mundo. Por dizerem que não são deste mundo, acham, os dualistas, que estão isentos de responsabilidade pelo que se passa no mundo.

Uma experiência religiosa nunca deve ser o fim em si mesma, mas, deve ser um meio de servir a Deus na vida diária.

domingo, 12 de julho de 2009

GRAÇAS À GRAÇA DE DEUS!

Mas tu és misericordioso

e estás pronto para nos perdoar,

mesmo quando nos revoltamos contra ti.

Desobedecemos à tua ordem,

ó Deus Eterno,

e não seguimos as leis

que nos deste

por meio dos teus servos,

os profetas.

Daniel 9.9-10 (leia 9.4-10) – BLH

Felizmente Deus não nos dá aquilo que merecemos! As chuvas caem sobre injustos e justos. Se Deus me concedesse somente aquilo que mereço, o que seria da minha vida? - Realmente, as bênçãos de Deus são mais de acordo com a natureza dele do que com o que eu mereço.

Paulo, ao olhar dentro de si, viu as muitas incoerências de sua vida e caiu na maior depressão, até que lembrou da misericórdia de Deus em Jesus Cristo! Estou nessa também... Ao colocar a minha vida ao lado da de Jesus, há muita diferença, na vida de oração, na compaixão demonstrada em relação aos que sofrem e no engajamento com o Reino de Deus. Afinal de contas, Deus tem sido bom para comigo, muito além do que posso imaginar...

Espero, pela misericórdia de Deus, viver uma vida de mais comunhão com Suas criaturas, mais harmonia com a Sua criação e mais compaixão pelos pouco favorecidos da sociedade.

sábado, 11 de julho de 2009

O PODER ETERNO

Deram-lhe o poder, a honra e a autoridade de rei,

a fim de que os povos

de todas as nações, línguas e raças o servissem.

O seu poder é eterno,

e o seu reino não terá fim.

Daniel 7.14 (leia 7.2-14 – BLH)

O mundo não é dualista com um Deus do bem e outro do mal. Gira em torno de um só Deus, embora tendo muitas facetas! Não é questão do bem triunfar sobre o mal!

Todos os acontecimentos fazem parte de um processo cujo fim é o bem. As culturas surgem e desaparecem, os reis se levantam e caem, regimes nascem e morrem, mas tudo acontece em função do Reino de Deus...

Estando no meio dos transtornos e das transformações, dificulta-nos ver o padrão. Parece que são forças opostas em luta pelo poder quando, na realidade são polaridades diversas agindo entre si, caminhando numa direção só! É semelhante ao ciclone que tem ventos soprando em todas as direções, mas caminha numa direção única.

Foi Deus quem endureceu o coração do faraó contra a libertação dos hebreus, enquanto o mesmo Deus os libertou da escravidão do Egito. Deus estava jogando nos dois lados. As visões de Daniel, todas, apontam para um reino acima de todos os reinos e a sujeição de todos os reinos a este reino supremo e eterno!