domingo, 30 de julho de 2017

SEGUIR JESUS HOJE

Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor
se não me amar mais do que ama
o seu pai,
a sua mãe,
a sua esposa,
os seus filhos,
os seus irmãos,
as suas irmãs
e até a si mesmo.
Lucas 14.26 (leia 14.25-33) – NTLH

Duras são estas palavras de Jesus!!!! Parece que Ele está contra laços familiais fortes e que seguí-Lo significa repudiar o lar. Mas, antes de tentar entender estes dizeres, devemos, primeiro, definir o que é “seguir Jesus”.

No conceito popular dos cristãos (católicos e protestantes), seguir Jesus é aceitar os dogmas da igreja, ser batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ser fiel aos ensinamentos aprovados por ela. Seguir Jesus é agir dentro das doutrinas e normais que as igrejas estabelecem.

Quando Jesus falou estas palavras ainda não existia “esta igreja”, com corpo de doutrinas, práticas e leis de conduta, que conhecemos hoje. Seguir Jesus hoje é algo muito mais profundo do que a aceitação incondicional de um sistema de crenças sobre a pessoa de Jesus e normas de comportamento determinado pelo cristianismo. Na linha da história do mundo cristão, “fieis” chegaram a perseguições, torturas, guerras, discriminações, escravidões, atentados, assassinatos e outras violências como “formas” de seguir Jesus. Os praticantes destes atos se julgavam pessoas piedosas e seus seguidores. A liderança dos Estados Unidos promove o imperialismo com o raciocino de levar os princípios democráticos cristãos ao mundo no combate ao mal.

Seguir Jesus independe de laços formais ou informais com o que chamamos de “igreja”. Ser seguidor de Jesus significa adotarmos um estilo de vida compatível com o seu espírito, fundamentado em amor, cujo fruto é compaixão e misericórdia! Amar Jesus mais do que pai, mãe, cônjuge, filhos, irmãos ou a si mesmo, significa ter amor não possuidor, não egoísta. É amá-los como eles são, sem impormos a nossa vontade. É não fazermos o papel de Deus e agirmos como se fossemos “seu dono”. Ninguém é dono de ninguém. Amar como Jesus amou é abrirmos mão de privilégios e reconhecermos que tudo ao nosso redor é dádiva e não nos pertence.

Jesus disse que devemos calcular quanto vai custar o discipulado. Praticando o amor de Jesus pode nos levar ao confronto com os valores sociais, institucionais e interesses econômicos. Pode nos fazer objeto de discriminação e perseguição, nos custando a vida física. Isto aconteceu com Jesus e pode acontecer com seus seguidores.

Não somos donos da criação. Nada nos pertence. Fomos criados para pertencer ao Reino e não o contrário. Não temos nenhum controle sobre ele e nem o direito de julgarmos as outras criaturas de Deus! Nossa única meta é tentar amar como Jesus amou.

LUCAS 14:25-33 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse:
Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!”
Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus terminou, dizendo:
Assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.




sexta-feira, 28 de julho de 2017

CHRISTIAN HATE

If anyone comes to me
and does not hate
father and mother,
wife and children,
brothers and sisters
yes, even his or her own life
such a person cannot be my disciple.
Luke 14:26 (read 14:25-33) - NIV

These sound like awfully harsh words to be attributed to Jesus! This would put Him against strong family ties, and following Him would involve repudiating family. But before we try to understand these sayings we must first define what "following Jesus" means in the context of Jesus’ time which is quite different from our understanding today.

Today to follow Jesus in the popular concept of Christians (Catholics and Protestants) is to accept the dogmas of the church, be baptized in the name of the Father, the Son and the Holy Spirit and be faithful to the teachings approved by it. To follow Jesus is to be faithful to the Church with all that it requires.

Historically the Church has applied the concept of “following Jesus” to “following the Church”. To be faithful to Jesus we must be faithful to the Church. Being faithful to the Church has led to aggressiveness in the form of persecutions, torture, wars, discrimination, slavery, genocides, executions, deportations and other violence as a part of following Jesus. Practitioners of these acts were judged to be pious people. Even today in the United States the leadership of conservative Christians promotes armed conflict, torture, discrimination and other forms of violence under the guise of combatting the evils of terrorism. Islam and Christianity have become mirror images of each other.

When Jesus supposedly spoke these words the Church as we know it today did not exist. To follow Jesus today should be something much deeper than the unconditional acceptance of a system of beliefs about the person of Jesus and norms of behavior determined by Christianity. Following Jesus should be independent of formal or informal ties with what we call "Church." To be a follower of Jesus should mean the adoption of a lifestyle compatible with his spirit, grounded in a love which produces the fruit of compassion and mercy. By harmonizing these words with the totality of the teachings of Jesus, to love Jesus more than father, mother, spouse, children, siblings or self means not to idolize them or be limited by them. It means having the autonomy of unconditional love, not ruling over them or being ruled by them. They are not our property to be controlled by us, but are free to be themselves. It is to love as Jesus loved. To love as Jesus loved means giving up our privileges and recognize that everything around us is a gift and does not belong to us. That would be the Christ like form of “hate”.

Jesus said we must calculate how much such a love will cost. Practicing the love of Jesus could lead us to confrontation of the social, institutional and economic evils of our age. This could make us the object of discrimination and persecution, even costing us our own physical life. This happened to Jesus and his followers and could happen to us.

We do not own creation. Nothing belongs to us. We were created to belong to the Kingdom and not the opposite. We have no control over it, or the right to judge the others who have been placed here with us. Our only goal is to try to love as Jesus loved. That is Christian hate.

LUKE 14:25–33 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

Large crowds were traveling with Jesus, and turning to them he said: “If anyone comes to me and does not hate father and mother, wife and children, brothers and sisters—yes, even their own life—such a person cannot be my disciple. And whoever does not carry their cross and follow me cannot be my disciple.

Suppose one of you wants to build a tower. Won’t you first sit down and estimate the cost to see if you have enough money to complete it? For if you lay the foundation and are not able to finish it, everyone who sees it will ridicule you, saying, ‘This person began to build and wasn’t able to finish.’

Or suppose a king is about to go to war against another king. Won’t he first sit down and consider whether he is able with ten thousand men to oppose the one coming against him with twenty thousand? If he is not able, he will send a delegation while the other is still a long way off and will ask for terms of peace. In the same way, those of you who do not give up everything you have cannot be my disciples.”




domingo, 23 de julho de 2017

COISAS BOAS

Vocês, mesmo sendo maus,
sabem dar coisas boas aos seus filhos.
Quanto mais o Pai, que está no céu,
dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!
Lucas 11.13 (leia 11.1-13) – NTLH

Quem usa esta passagem como apoio ao conceito que Deus quer a prosperidade para seu povo, destorce as palavras de Jesus. Jesus não era adepto da teologia da prosperidade. Nunca prometeu “mundos e fundos” para seus seguidores. Ao contrário, seu caminho era da simplicidade, não da suntuosidade...

A oração Pai Nosso nada pede além do “pão de cada dia”. Na parábola que seguiu a oração, a pessoa que bateu na porta do vizinho a meia noite estava pedindo pão para servir para outra que acabara de chegar de viagem. As promessas no fim da história devem ser interpretadas à luz da oração Pai Nosso e da parábola do amigo inoportuno.

As coisas boas não negadas são as essenciais para a vida diária e os meios para ajudar os outros. O acúmulo de bens se torna veneno, não bênção! As coisas boas não são bens que se estragam ou podem ser roubadas. São qualidades que ninguém pode tirar de nós. Ao morrermos, deixaremos os bens materiais para trás, mas as qualidades são nossas para sempre.

O Espírito Santo representa as coisas boas: o amor ao próximo, a solidariedade com a humanidade e cuidados por toda a criação.

Não precisamos ser ricos de bens materiais e ocupar lugares de prestígio na sociedade para termos amor para com os outros, sermos solidários com os que sofrem e zelarmos pelo meio ambiente. Estas “coisas boas” são disponíveis a todos que as desejam e buscam. É só querer e procurar.

Quando pedimos coisas só para nosso bem estar, estamos, na realidade, pedindo “cobras” e “escorpiões” para nos morder e envenenar. A prosperidade pode ser sinal da desgraça, não da graça. Pode ser o fruto do materialismo e ganância. A tendência da riqueza material é a separação das pessoas, não a sua aproximação. O rico precisa levantar barreiras para proteger o fruto das suas conquistas. Precisa afastar o perigo para não perdê-lo para os outros.

Jesus estava livre para circular no meio da multidão sem perigo de ser roubado do seu tesouro mais precioso. As suas riquezas estavam fora do alcance dos ladrões. Elas pode-riam ser livremente compartilhadas com os outros, sem ele sofrer prejuízo. Amor a Deus, ao próximo e à criação são as coisas boas que podemos pedir ao Pai sem serem negadas. Pela graça, Deus recusa nos dar as “cobras” e “escorpiões” venenosos do materialismo. Deus deseja para nós as riquezas verdadeiras. A finalidade da oração é abrirmos as portas do nosso coração para recebermos as coisas boas da vida. Quanto mais estas coisas são compartilhadas, quanto mais são multiplicadas e. seremos verdadeiramente ricos.

LUCAS 11:1-13 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Um dia Jesus estava orando num certo lugar. Quando acabou de orar, um dos seus discípulos pediu:
Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele.
Jesus respondeu:
Quando vocês orarem, digam:
Pai, que todos reconheçam
    que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino.
Dá-nos cada dia o alimento
    que precisamos.
Perdoa os nossos pecados,
pois nós também perdoamos
    todos os que nos ofendem.
E não deixes que sejamos tentados.”
Então Jesus disse aos seus discípulos:
Imaginem que um de vocês vá à casa de um amigo, à meia-noite, e lhe diga: “Amigo, me empreste três pães. É que um amigo meu acaba de chegar de viagem, e eu não tenho nada para lhe oferecer.”
E imaginem que o amigo responda lá de dentro: “Não me amole! A porta já está trancada, e eu e os meus filhos estamos deitados. Não posso me levantar para lhe dar os pães.”
Jesus disse:
Eu afirmo a vocês que pode ser que ele não se levante porque é amigo dele, mas certamente se levantará por causa da insistência dele e lhe dará tudo o que ele precisar. Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de vocês será capaz de dar uma cobra ao seu filho, quando ele pede um peixe? Ou, se o filho pedir um ovo, vai lhe dar um escorpião? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai, que está no céu, dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!





sexta-feira, 21 de julho de 2017

THE WAY TO WEALTH

If you then, though you are evil,
know how to give good gifts to your children,
how much more will your Father in heaven
give the Holy Spirit to those who ask him!
Luke 11:13 (read 11:1-13) NIV

Those who use this passage to support the concept that God wants prosperity for his people distort the words of Jesus. Jesus was not a fan of the theology of prosperity. He never promised "riches and glory" for his followers. Rather, His was the way of simplicity, not grandeur.

The Lord’s Prayer asks for nothing beyond "daily bread". In the parable that followed this prayer, the person who knocked on the neighbor's door at midnight asking for bread was not asking it for himself but to serve to another who had just arrived from a journey. The promises at the end of the story must be interpreted in light of The Lord’s Prayer and the parable of the importunate friend.

The “good gifts” that are not denied are those that are essential for our daily life and for the purpose of helping others. Accumulated goods are poison, not blessing! Good gifts are not assets that can spoil or be stolen. They are qualities that no one can take from us. When we die, we leave behind our material possessions, but qualities are ours forever.

The Holy Spirit represents the good gifts: love of neighbor, solidarity with humanity and care for all of creation.

We do not have to be wealthy in material goods and occupy prestigious places in society in order to have love for others, to show solidarity with those who suffer and to care for the environment. These "good gifts" are available to all who desire and seek them. It is sufficient to just want them and to open to them.

When we ask for things that are only for ourselves, we are really asking for "snakes" and "scorpions" that can bite and poison us. Prosperity can be a sign of doom, not of grace. It can be the result of materialism and greed. The quest for material wealth separates, not unites, us from our fellow humans and from our environment. The rich need to lift barriers to defend themselves and their wealth from any sharing with others. Poor people and immigrants are treated as enemies, not fellow human beings. Those who are better off than the less fortunate demonize them as lazy and moochers as an excuse to deny them solidarity.

Jesus was free to circulate in the crowd without the danger of being robbed of His most precious treasure. His riches were beyond the reach of thieves. They could be freely shared without suffering injury. Love for God, neighbor and environment are the good gifts that we can ask from the Father without being denied. By grace, God refuses to give us the poisonous "snakes" and "scorpions" of materialism. God desires true riches for us. The purpose of prayer is to open the doors of our hearts to receive the good gifts of life. The more these good gifts are shared the more they are multiplied and come back to us. The good gifts are those that money cannot buy. True wealth is ours for the asking and the willingness to share.


LUKE 11:1-13 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

One day Jesus was praying in a certain place. When he finished, one of his disciples said to him, “Lord, teach us to pray, just as John taught his disciples.”

He said to them, “When you pray, say:

Father, hallowed be your name, your kingdom come.

Give us each day our daily bread.

Forgive us our sins, for we also forgive everyone who sins against us.

And lead us not into temptation.”

Then Jesus said to them, “Suppose you have a friend, and you go to him at midnight and say, ‘Friend, lend me three loaves of bread; a friend of mine on a journey has come to me, and I have no food to offer him.’ And suppose the one inside answers, ‘Don’t bother me. The door is already locked, and my children and I are in bed. I can’t get up and give you anything.’ I tell you, even though he will not get up and give you the bread because of friendship, yet because of your shameless audacity he will surely get up and give you as much as you need.

So I say to you: Ask and it will be given to you; seek and you will find; knock and the door will be opened to you. For everyone who asks receives; the one who seeks finds; and to the one who knocks, the door will be opened.

Which of you fathers, if your son asks for a fish, will give him a snake instead? Or if he asks for an egg, will give him a scorpion? If you then, though you are evil, know how to give good gifts to your children, how much more will your Father in heaven give the Holy Spirit to those who ask him!




domingo, 16 de julho de 2017

COMEÇANDO POR BAIXO

Quem se engrandece será humilhado,
mas quem se humilha será engrandecido.
Lucas 14.11 (leia 14.7-14) – NTLH

Ser promovido é melhor do que se promover. O sonho de muitos é ter fama, não importa como. Ser reconhecido é muito agradável. Na cultura consumista o apelo é ser reconhecido pela grife das roupas que a pessoa usa. Chique é usar tal marca, disto ou daquilo!... Nos meios mais alienados a pichação é um meio de ganhar reconhecimento entre amigos. Cada pichador tem sua “assinatura” para identificar sua “arte”. Quem tem mais fama é aquele que consegue colocar a sua marca no lugar de acesso mais difícil. Arriscam a vida para ganhar este momento de glória. O programa Big Brother Brasil capitaliza este desejo no recrutamento de jovens dispostos a se submeterem a um período de futilidade para ganhar seu momento de fama e “uma boa grana”. A futilidade de status está presente em todas as camadas da sociedade.

As instituições religiosas e filantrópicas são altruístas por natureza, com finalidade de serviço à humanidade. Seus estatutos promovem a ética elevada e o bem social. Muitas vezes a natureza humana coloca em cheque este ideal. Uma das ironias em relação a elas é que estas mesmas instituições se tornam campos férteis para a autopromoção. Pessoas neuróticas têm a oportunidade de se impor e estabelecer uma estrutura patológica de poder e manipulação. Muitas igrejas (especialmente evangélicas) têm seus “donos” e movimentos de suas “estrelas”. Dominam e não cedem sua posição de autoridade ou ascendência para os outros. Os cargos hierárquicos são disputados criando conflitos e rivalidades, não pelo anseio de servir, mas pelo desejo de mandar. Não foram poucas as vezes que eu como pastor, tive que administrar “estas jogadas” em igrejas locais e observar as lutas pelo poder em concílios regionais.

Jesus observava este jogo na ocasião da chegada dos convidados ao banquete. Cada qual procurava ocupar os lugares de honra. Jesus chamou a atenção para o que estava acontecendo. Ele questionou a autopromoção, especialmente quando feita sem visar o bem estar geral. A verdadeira promoção é dada pelos outros em reconhecimento de méritos. O desejo e o esforço de contribuir para que o mundo melhore é bem diferente do que a luta para apenas “subir na vida”.

Graças à inversão dos valores de Jesus no mundo atual, os ricos se enriquecem cada vez mais e os pobres ficam cada vez mais miseráveis. Há recursos suficientes para todos, mas a natureza humana visa o futuro a curto prazo e em termos individualistas. Procurarmos os primeiros lugares e fazermos somente o que dá retorno está tendo um alto preço!

LUCAS 14:7-14 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação:
Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: “Dê esse lugar para este aqui.” Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: “Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor.” E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.
Depois Jesus disse ao homem que o havia convidado:
Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez. Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.



sexta-feira, 14 de julho de 2017

AMBITION AND SELF DESTRUCTION

If you put yourself above others,
you will be put down.
But if you humble yourself,
you will be honored.
Luke 14:11 (read 14:7-14) - NIV

Being promoted by others is better than self-promotion. The dream of many is to be famous and wealthy, no matter the price. It is pleasant to be looked up to. Our consumer culture plays on our desire to be in style. Advertising promotes the idea that it is chic to wear certain brands of clothing by printing brand names in places that are very visible. Even graffiti is used by some as a way of gaining recognition. Many graffiti “artists” have their own signatures to identify their work. Their claim to fame is by leaving their mark in the most difficult places of access. They may even risk their lives to gain that moment of fame by drawing in very dangerous places. They have been known to fall to their death from high places. Also the Big Brother Brazil TV program capitalizes on this desire and recruits mostly young people who are willing to undergo a period of futility in order to win his or her moment of fame and "good money". The futility of status is present in all strata of society.

Religious and philanthropic institutions are altruistic by nature, with the purpose of service to humanity. They are founded with the purpose of promoting high ethical values and social good. Often human nature frustrates this ideal. One of the ironies is that these same institutions become fertile fields for self-promotion. Neurotic people have the opportunity to establish and enforce a pathological structure of power and manipulation. Many churches (especially evangelical) have their 'owners' and their "stars". They do everything to maintain their positions of authority and ascendancy over others. Hierarchical positions create conflicts and rivalries, not by the desire to serve but by the desire to command. Many times during my career I, as a pastor, have had to manage these power struggles in local churches and observe many power plays in regional councils. Power nourishes pride and leads to the evil of domination even in supposedly altruistic organizations.

Jesus watched this game being played out at the time of the arrival of guests at a banquet. Each sought to occupy the seats of honor. Jesus drew attention to what was happening. He questioned their self-promotion, especially when done without targeting the general welfare. True advancement is given by others in recognition of merit, not by struggle to be recognized. The desire and effort to contribute to improve the world is quite different from the struggle to just "get ahead".

On the global scale, because of the inversion of the values of Jesus in today's world, the rich are getting richer and the poor are becoming increasingly miserable. There are enough resources in the world for everyone to live comfortably, but human nature is aimed at short-term advantages and on individualistic terms. Seeking privilege and doing only what pays off is inflicting a high price on all of humanity and leading to the ultimate self-destruction of the human race! When our Earth ship sinks there will be no lifeboats!


LUKE 14:7-14 – NEW INTERNATIONAL VERSION -.NIV

Jesus saw how the guests had tried to take the best seats. So he told them:

When you are invited to a wedding feast, don’t sit in the best place. Someone more important may have been invited. Then the one who invited you will come and say, “Give your place to this other guest!” You will be embarrassed and will have to sit in the worst place.

When you are invited to be a guest, go and sit in the worst place. Then the one who invited you may come and say, “My friend, take a better seat!” You will then be honored in front of all the other guests. If you put yourself above others, you will be put down. But if you humble yourself, you will be honored.

Then Jesus said to the man who had invited him:

When you give a dinner or a banquet, don’t invite your friends and family and relatives and rich neighbors. If you do, they will invite you in return, and you will be paid back. When you give a feast, invite the poor, the crippled, the lame, and the blind. They cannot pay you back. But God will bless you and reward you when his people rise from death.




domingo, 9 de julho de 2017

A GRANDE GALINHA

Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo,
assim como a galinha ajunta os seus pintinhos
debaixo das suas asas,
mas vocês não quiseram!
Lucas 13.34b (leia 13.31-35) – NTLH

Jesus se comparou a uma galinha. A galinha tem instinto materno: bota ovos, choca-os, protege os pintinhos do frio, dos perigos e ajuda-os a achar comida. Eles precisam da mãe enquanto não desenvolvem suas próprias penas. Sabem se identificar com a mãe.

O povo de Jerusalém não tinha inteligência nem de um pintinho... Muitos ignoravam a “mãe” que poderia ter lhes dado vida e condições de enfrentar as dificuldades. Alguns até se rebelavam contra ela, matando-a, destinando-se a autodestruição!... Mas o instinto materno de Jesus era tão forte que insistiu em chamá-los até o fim.

O que aconteceu em Jerusalém há quase dois milênios repetiu-se constantemente na história humana e continua hoje em escala ainda maior. Muitos agem contra a fonte da vida, caminhando para a autodestruição. Ainda pior, levam outros juntos.

Podemos aprender das tribos primitivas, não contaminadas pela “civilização”. Os primitivos consideravam todas as criaturas como uma irmandade, cada espécie com poderes e características próprias. Buscavam imitá-las e apropriar-se de suas qualidades. Matavam apenas para obter comida. A própria terra era tratada respeitosamente como mãe, fonte da vida! Eram conscientes da sua fragilidade diante da natureza e da sua interdependência com a criação. O seu bem estar dependia da integração, não do domínio.

O ser humano é a única espécie dos animais que pensa que não é animal!... Engana-se. Seu DNA difere pouco com o do porco! Acha o homem que esta pouca diferença lhe dá o direito de agir como se fosse um deus, manipulando tudo e todos a seu redor para promover os seus próprios interesses. Com esta atitude, o ser humano está criando um “mundo de fantasia”, destruindo a natureza e esgotando os recursos do globo, sem pensar nas conseqüências a longo prazo. Com a globalização, a humanidade está matando a “Galinha” que lhe dá vida, sustento e proteção. O mundo está se tornando uma grande Jerusalém, matando os profetas e caminhando para a destruição.

Jesus não tratou só da salvação (saúde) da alma. O sinal do seu Reino era corpos curados e libertados!... Jesus não estava interessado em salvar somente a alma de Jerusalém, mas toda a sua integridade. A espiritualidade de um cristianismo sadio deve abraçar o mundo e incluir tudo o que tem algo a ver com o bem estar geral. A Jerusalém de hoje é global e está em perigo de extinção.

Somos representantes da “Grande Galinha” que chama a humanidade para se abrigar debaixo de suas asas.

Ajuntar-se debaixo das asas da galinha” simboliza a aceitação dos valores de Jesus. A compaixão substitui a ambição pessoal. O amor ao próximo chega a ser igual ao amor próprio. A solidariedade toma lugar da competitividade! É viver já o Reino de amor num mundo de ambição, preconceito, ódio e violência.

LUCAS 13:31-35 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Naquele momento alguns fariseus chegaram perto de Jesus e disseram:
Vá embora daqui, porque Herodes quer matá-lo.
Jesus respondeu:
Vão e digam para aquela raposa que eu mandei dizer o seguinte: “Hoje e amanhã eu estou expulsando demônios e curando pessoas e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.”
E Jesus continuou:
Mas eu preciso seguir o meu caminho hoje, amanhã e depois de amanhã; pois um profeta não deve ser morto fora de Jerusalém.
    --- Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhe manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! Agora a casa de vocês ficará completamente abandonada. Eu afirmo que vocês não me verão mais, até chegar o tempo em que dirão: “Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor!”




sexta-feira, 7 de julho de 2017

THE GREAT HEN

How often I have longed
to gather your children together,
as a hen gathers her chicks
under her wings,
and you were not willing.
Luke 13:34b (read 13:31-35) - NIV

Jesus likened himself to a hen. Hens have a maternal instinct: to lay eggs, to hatch them, to protect their chicks from the cold and other hazards and to help them find food. Chicks need their mother until they develop their own feathers. They know that they are dependant, how to identify the mother and to stay close to her.

The people of Jerusalem did not have the intelligence of a chick. They ignored their "mother" who could have given them life and was able to cope with difficulties. Some even rebelled against her by killing her. This was an act of self-destruction. But the maternal instinct of Jesus was so strong that he insisted on calling them unto himself even until the end.

What happened in Jerusalem nearly two millennia ago is still being repeated constantly in human history and on an even larger scale. Humanity commits many acts against its very source of life and is moving towards self-destruction.

We could learn from primitive tribes that are uncontaminated by our civilizations. The primitives considered all creatures to be a brotherhood, each species with its own powers and characteristics. They sought to imitate them and take on their qualities. Hunting was not a sport, but a minor activity and only a way of supplementing their food supply. The earth itself was treated respectfully as a mother and looked upon as the source of life. They were aware of their fragility in the face of nature and their interdependence with it. Their well-being depended on the integration with nature and not on dominating it.

Most of us do not think of ourselves as being animals. We are wrong. Our DNA differs little from that of a pig. With this small difference we think we have the right to act like gods by manipulating everything and everyone around us to promote our own selfish interests. With this attitude we are creating a fantasy world and destroying nature along with ourselves. We are depleting the resources of the globe without thinking about the long term consequences. With globalization we are killing the hen which gives us life, sustenance and protection. The world is becoming a global Jerusalem by killing the prophets and heading for self-destruction.

Jesus was not interested in only the salvation (health) of the soul. The signs of his kingdom were social and physical: the cure and liberation of bodies. Jesus was not interested in saving only the soul of Jerusalem, but also in its integrity. The spirituality of a healthy Christianity should embrace the world and include everything that has anything to do with general welfare. The Jerusalem of today is global and is in danger of extinction.

We are agents of the "Big Hen" which calls humanity to take shelter under her wings.

"Gathering under the wings" symbolizes the acceptance of the value system of Jesus. Compassion replaces personal ambition. Love of neighbor is the other half of self-esteem. Solidarity takes place of competitiveness. This “gathering” is manifested by already living the Kingdom of love in this world which is dominated by ambition, prejudice, hatred and violence.

LUKE 13:31-35 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

At that time some Pharisees came to Jesus and said to him, “Leave this place and go somewhere else. Herod wants to kill you.”

He replied, “Go tell that fox, ‘I will keep on driving out demons and healing people today and tomorrow, and on the third day I will reach my goal.’ In any case, I must press on today and tomorrow and the next day—for surely no prophet can die outside Jerusalem!

Jerusalem, Jerusalem, you who kill the prophets and stone those sent to you, how often I have longed to gather your children together, as a hen gathers her chicks under her wings, and you were not willing. Look, your house is left to you desolate. I tell you, you will not see me again until you say, ‘Blessed is he who comes in the name of the Lord.’”





domingo, 2 de julho de 2017

BOLSAS QUE NÃO SE ESTRAGAM

Arranjem bolsas que não se estragam
e guardem as suas riquezas no céu,
onde elas nunca se acabarão;
porque lá os ladrões não podem roubá-las,
e as traças não podem destruí-las.
Lucas 12.33 (leia12.32-40) – NTLH

A linguagem da Bíblia é alegórica e simbólica. Fala por parábolas e comparações. O céu representa o espírito humano quando é consciente da presença de Deus, trazendo paz e alegria. O Reino de Deus é a prática da compaixão na vida diária aqui na terra. As bolsas que não se estragam simbolizam os valores do Reino: fé, esperança e amor. O ficar preparado significa estar alerto para abrir portas para novas oportunidades, praticando o amor e participando nas manifestações do Reino de Deus quando elas aparecem.

É errado interpretarmos esta passagem como a previsão de um único acontecimento que se cumprirá num momento imprevisto, nos advertindo ficarmos em dia com o nosso estado espiritual, orando e jejuando para não sermos pegos desprevenidos. O Reino de Deus já está aqui entre nós e cabe a nós reconhecermos e participarmos dele.

Muitas pessoas mesmo das igrejas estão “em outra”, cuidando da vida diária como se não fizessem parte do Reino! Fazem uma divisão entre o secular e o sagrado, sem perceber que esta separação é artificial. Banalizam a vida diária. No seu pensamento, Deus fica isolado, limitado dentro da vida “espiritual”. Deus é visto somente como o Deus da nossa fé.

O preconceito de muitos cristãos pretendendo ter exclusividade em relação a Deus cega os seus olhos à Sua atuação salvadora fora do cristianismo. Negam que Ele, por seu grande amor à toda a humanidade, revela os princípios do Reino a todos que têm a sensitividade para valores espirituais. A seguinte ponderação poderia ser de um cristão:

*“Nossas distrações com atividades triviais, mundanas nos levam a desperdiçar nossa vida humana preciosa. Em vez de usá-la para alcançar (...) grandes metas, (...) nós a usamos apenas para obter comida, roupas e abrigo, para adquirir posses materiais, para nos entregar ao sexo e outros prazeres superficiais, e para obter promoção e status social. Neste particular não nos diferenciamos dos animais que lutam por comida, fazem abrigos, produzem filhotes, protegem seus territórios, e vivem pela supremacia dentro do rebanho ou da manada”.

Nosso verdadeiro tesouro não consiste em que acumulamos, mas naquilo que compartilhamos com os outros. As riquezas do céu são as pessoas alcançadas pela nossa participação para o bem estar da humanidade, incluindo os cuidados para com a criação. Ganância e egoísmo são auto destrutivos, mas o amor gera vida!...

*Introdução ao Budismo, pp 9-10, Geshe Kelsang Gyatso.

LUCAS 12:32-40 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Jesus continuou:
Meu pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês. Vendam tudo o que vocês têm e deem o dinheiro aos pobres. Arranjem bolsas que não se estragam e guardem as suas riquezas no céu, onde elas nunca se acabarão; porque lá os ladrões não podem roubá-las, e as traças não podem destruí-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês.
E Jesus disse ainda:
Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, não o deixaria arrombar a sua casa. Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando.