quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TRADIÇÃO ALIENANTE

Éramos inimigos de Deus,

mas ele nos fez seus amigos

por meio da morte do seu Filho.

Agora que somos amigos de Deus,

com muito mais razão

seremos salvos

pela vida de Cristo.

Romanos 5.10 (leia 5.5-11) – BLH

Paulo está escrevendo do ponto de vista da cultura e tradição dele. A cultura e tradição eram alienantes, o mito da queda de Adão e Eva retratava a sua experiência cultural e, conseqüentemente, a experiência pessoal.

Somos da mesma tradição alienante. A nossa cultura é desequilibrada e auto-destrutiva. Não vivemos em harmonia com a natureza. Em vez de convivermos com a natureza, nós tentamos controlá-la e dominá-la: o resultado é a sua devastação... Nosso deus é um deus ausente, não encontrado no dia a dia da vida. Ele tem que ser procurado em lugares sagrados, em épocas sagradas, no templo ou em outro lugar especial, num dia especial: sexta, sábado ou domingo... O culto tem jeito certo. Para uns, com muita agitação e orações gritadas para Deus poder ouvir. Para outros, com serenidade para Deus poder ser ouvido.

Priorizamos a nossa própria salvação. Achamos que somos os "escolhidos" e os outros "que se danem"... Somos solidários apenas com os “irmãos na fé” e nos afastamos dos que mais precisam da nossa solidariedade. Jesus veio para mostrar que tudo isto é engano e sinalizou o verdadeiro caminho para a vida.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

FÉ E PODER

Abraão não perdeu a fé nem duvidou da promessa de Deus.

A sua fé o encheu de poder,

e ele louvou a Deus

porque tinha toda a certeza

de que Deus podia fazer

o que havia prometido.

Romanos 4.20-21 (leia 4.20-25) - BLH

"A sua fé o encheu de poder". Crer é poder. A fé alimenta a força. Quanto mais acreditamos na possibilidade de algo acontecer, maiores as chances daquilo se realizar. Até certo ponto, as profecias têm poder em si de influenciar os acontecimentos. Por estar predito, algumas pessoas podem crer que será assim, e, acaba acontecendo, especialmente, aquilo que é ligado ao corpo. Se eu acreditar que algo faz mal à minha saúde, as possibilidades disto acontecer são maiores. O lado positivo: uma parte do poder de um remédio aliviar um sintoma físico está na cabeça de quem o toma. Muitas enfermidades e muitas curas são provocadas pelo poder da sugestão da subconsciência.

O querer também faz parte do crer. Se um paciente não quer sarar, não há remédio que o cure. Pode-se morrer por querer ou por acreditar que vai morrer. A nossa fé nos fortalece mais do podemos imaginar. A fé, em si mesma, já é o milagre em muitos casos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MILAGRE: ACONTECIMENTO NATURAL

Abraão teve fé e esperança,

mesmo quando não havia motivo para ter esperança,

e por isso ele se tornou "pai de muitas nações".

Como dizem as Escrituras:

"Os seus descendentes serão muitos."

Romanos 4.18 (leia 4.13,16-18)

A esperança de Abraão não foi inspirada pelas circunstâncias externas de sua vida. Tudo indicava que ele estava esperando o impossível. Seu sonho tinha realidade somente para si mesmo. Até certo ponto, cada um cria na sua própria realidade. Jesus disse que se tivéssemos fé, poderíamos até transportar montanhas de um lugar para outro. Chegamos à conclusão de que Jesus estava falando simbolicamente. Estas montanhas não eram montanhas de rochas, mas dificuldades enormes que enfrentamos na vida.

O milagre não é a intervenção de Deus nas leis naturais. O milagre é a atuação da fé além dos limites que a maioria coloca como sendo possível. Em si, o milagre é tão natural como qualquer outro acontecimento. O milagre nada mais é do que a ampliação dos limites além do que a maioria julga seja possível. As leis da natureza são muito mais complexas que podemos imaginar. Por falta de entendimento os acontecimentos nem sempre estão de acordo com as nossas previsões. As leis da criação não são tão falhas que Deus precisa intervir para corrigir um erro da natureza... Aqui entra a fé: enxergar além das possibilidades que conhecemos.

domingo, 27 de setembro de 2009

O MUNDO PODE SER O NOSSO

Deus prometeu a Abraão

e aos seus descendentes

que o mundo ia pertencer a eles.

Essa promessa foi feita,

não porque Abraão tinha obedecido a Lei,

mas porque ele havia crido em Deus

e havia sido aceito por ele como justo.

Romanos 4.13 (leia 4.13,16-18,22) – BLH

A fé de Abraão não era a de cumprir regras e leis, mas estar em harmonia com o universo de Deus. A sua fé levou Abraão a mudar seus planos e seguir outros rumos... Por isso, o mundo todo era a herança dele! Estando em harmonia com o universo e fazendo parte integrante do mesmo, tudo era de Abraão...

Quem anda em desarmonia com o universo de Deus está na contra mão da vida, botando tudo a perder, em vez de ganhar. As vantagens do egoísmo são ilusórias, nunca reais: Parece ganhar o mundo inteiro, mas na realidade, está perdendo tudo...

A nível global, nossa cultura está em desarmonia com o universo pela sua maneira de aplicar a tecnologia. A natureza está sendo ferida e pondo o mundo a se perder. As vantagens da tecnologia estão sendo canceladas pela autodestruição. A nossa tecnologia está destruindo a terra que nos sustenta...

O mundo pode ser nosso na medida que nós entrarmos em harmonia com ele e lutarmos pela sua preservação.

sábado, 26 de setembro de 2009

TER FÉ E ACREDITAR

Mas agora Deus já mostrou a maneira como aceita as pessoas,

e esta aceitação não tem nada a ver com a Lei.

A Lei de Moisés e também os profetas dão testemunho disto: Deus aceita as pessoas por meio da fé

que elas têm em Jesus Cristo.

Ele faz isso a todos os que crêem,

pois não há nenhuma diferença entre as pessoas.

Mas Deus, pela sua graça e sem exigir nada,

os aceita por meio de Cristo Jesus,

que os salva.

Romanos 3.21-22,24 (leia 3.21-30 – BLH)

Ter fé em Jesus é muito diferente do que acreditar em Jesus. Ter fé em Jesus é aceitação de Jesus com compromisso, enquanto acreditar é uma aceitação intelectual de dogmas e doutrinas a seu respeito sem compromisso. Acreditar em Jesus é apenas admirá-lo. Ter fé em Jesus é fazer o que Jesus fazia e tomar as suas palavras como modelo para a nossa vida. Acreditar em Jesus é apenas concordar com ele sem deixá-lo dirigir a nossa vida.

Ter fé em Jesus não nos leva a orientar a vida por um conjunto de regras e leis, boas que sejam, mas adotar uma postura de amor em relação ao próximo e em relação ao meio ambiente. Ter fé em Jesus é deixar que a nossa vida seja orientada pelo amor ao próximo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

GLÓRIA, HONRA E PAZ

Mas Deus dará glória, honra e paz

a todos os que fazem o bem,

primeiro aos judeus

e depois aos não-judeus.

Pois Deus trata a todos igualmente.

Romanos 2.10-11 (leia 2.1-11) – BLH

Esta passagem fala em glória, honra e paz. É a recompensa de todos os que fazem o bem, sem distinção de pessoas.

O bem que plantamos volta para nós em forma de glória. A vida se torna gloriosa, agradável e gostosa de viver. A pessoa valoriza a sua própria vida e a dos outros, inclusive a da natureza. A própria terra se torna santa e deixa de ser maldita.

O bem que fazemos volta para nós em forma de honra. Honra é dignidade com caráter, exigindo respeito até dos adversários! As pessoas deixam de ser objetos manipulados e se tornam autônomas, donas de si.

O bem que semeamos volta para nós em forma de paz. Paz é bem estar que não depende de circunstâncias favoráveis. Pode existir no meio de tribulações e dificuldades. Mesmo em face de adversidades a paz é possível pela fé de estarmos no caminho da vida. É a caminhada, não a chegada, que traz a paz!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

RATIFICANDO O DECRETO DA VIDA

Eu não me envergonho de Evangelho,

pois é o poder de Deus para salvar todos os que crêem:

primeiro os judeus,

e depois os não-judeus.

Porque o Evangelho mostra

que Deus nos aceita por meio da fé,

do começo ao fim.

Como dizem as Escrituras Sagradas:

"Viverá aquele que, por meio da fé,

é aceito por Deus."

Romanos 1.16-17 (leia 1.16-25) – BLH

Chegamos a existir sem nenhuma participação da nossa parte, mas temos o poder de veto depois de tudo feito. Recebemos a vida sem pedí-la, mas podemos rejeitá-la. Podemos dizer "não" à vida. Este "não" pode ser dito de diversas maneiras. A mais dramática é o suicídio, mas não é a mais comum. A mais comum é rejeitá-la pela negligência, sendo levados pelas correntezas da morte sem reagir em favor da vida. Outra maneira é a de nos aliarmos com as forças da morte.

Para continuarmos vivendo é necessário uma confirmação da nossa parte. Esta confirmação nasce dentro de nós, naquilo que chamamos fé. É só querer viver! O meio, o querer da fé, é o mesmo para todos, sejamos judeus ou não-judeus, religiosos ou não-religiosos. Não é questão de religião, a questão é de vida. Pela fé assinamos embaixo o decreto da vida e, assim, ele entra em vigor. Tudo depende de nós!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

GRAÇA E PAZ

Assim escrevo a todos em Roma

a quem Deus ama

e a quem tem chamado

para serem o seu povo.

Que a graça e a paz de Deus,

o nosso Pai,

e do Senhor Jesus Cristo

estejam com vocês.

Romanos 1.7 (leia 1.1-7) – BLH

Somos chamados para ser "algo", ser o "povo de Deus". O povo de Deus se faz acompanhar da graça e da paz! "Graça" quer dizer algo que vem como um presente e que não tem nada a ver com os merecimentos da pessoa. A graça de Deus é o dom da vida plena e gera o espírito de gratidão. A "paz" quer dizer o bem estar geral da pessoa. A paz de Deus é um estado de saúde emocional que inspira a vida promovendo o bem estar de todos.

Transmitimos aquilo que somos. Sendo "povo de Deus" temos vida plena e bom nível de saúde emocional. Nós transmitimos o que verdadeiramente somos. Uma religião baseada em Jesus deve ser uma religião que reproduz qualidades nas pessoas e que nos faz caminhar na direção de sermos semelhantes à pessoa de Jesus! Jesus é o exemplo perfeito de graça e paz. Ele passava o que havia recebido de Deus às outras pessoas. Bastava um toque ou uma palavra para o próximo ser transformado...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

AFLIÇÃO: SINAL DE BÊNÇÃO

Foi por esse motivo que pedi

para ver vocês e conversarmos.

Estou preso com estas correntes de ferro

por causa daquele

que o povo de Israel espera.

Atos 28.20 (leia 28.16-20,30-31) – BLH

A visão de Jesus que Paulo teve na estrada de Damasco tinha seu preço, e este preço servia para promover a visão. Por meio das prisões, a mensagem do evangelho foi promovida, dando oportunidades a Paulo de falar de Jesus para pessoas que nunca seriam alcançadas por outro meio. Tranqüilidade nem sempre é o produto do evangelho. Muitas vezes a mensagem do evangelho traz conflitos, ameaçando-nos pelas implicações.

"Evangelho" quer dizer "boas notícias", mas o que é boa notícia para uns, pode ser má notícia para outros! Há sempre aqueles que faturam em cima da desgraça dos outros e há sempre aqueles, cujo meio de vida causa danos aos outros, diretamente ou indiretamente. Um evangelho que traz libertação, sempre vai fazer inimigos. Um evangelho que é bem recebido por todos pode ser colocado em dúvida por não ser "evangelho legítimo"! Jesus disse, - "Ai de vocês quando todos falam bem de vocês."

A aflição pode ser sinal de bênção quando é resultado de fidelidade.

domingo, 20 de setembro de 2009

REAÇÕES AO TESTEMUNHO

Os seus inimigos chegaram,

mas não o acusaram de nenhum grande crime

como pensei que iam fazer.

A única acusação que tinham contra ele

era a respeito da própria religião deles

e também sobre um homem que já morreu,

chamado Jesus.

Paulo afirma que esse homem está vivo.

Atos 25.18-19 (leia 25.13-21) – BLH

O testemunho do evangelho do amor que Jesus viveu e ensinou pode não ter muito sentido para pessoas que têm outros valores, que não sentem opressão na sua vida e que não procuram libertação. O testemunho pode ser uma mera curiosidade. Pode também servir de ameaça se o testemunho questionar alguns valores profundos na vida do ouvinte... Para Festo o caso de Paulo era uma mera curiosidade e para os acusadores, uma ameaça que deveria ser eliminada.

A nossa vida, vivida contra valores populares, pode provocar diversas reações. A grande maioria vai vê-la com uma grande indiferença por não ter nenhum sentido. Não vão entender o significado de uma vida não materialista que visa o bem comum acima de ambições pessoais. Outros podem ver nossa vida como uma ameaça que pode pôr em perigo o seu estilo de vida ou seus valores. Outras pessoas que estão lutando pelo mundo melhor podem achar inspiração e esperança através da nossa vida e da nossa palavra.

sábado, 19 de setembro de 2009

PODER DE UMA VISÃO

Aquela luz brilhante me deixou cego.

Por isso

os meus companheiros me pegaram pela mão

e me levaram para Damasco.

Atos 22.11 (leia 22.6-16) – BLH

Alguma coisa impulsionava Paulo na direção que ele tomava na vida. Foi esta visão de Jesus, que Paulo teve quando perseguia os cristãos. Esta visão mudou o rumo de sua vida. Ao contar a sua história, Paulo sempre voltava para este momento como o instante de mudança na sua vida!

Sem visão, a nossa vida não tem direção, nem impulso... Sem visão, estamos apenas deixando a correnteza nos levar e não navegamos pela vida. É importante ter visão e uma meta na vida!...

Na minha vida passei por dois momentos neste sentido. Um foi quando tive uma experiência de encontro espiritual em 1946, aos 16 anos de idade e comecei sentir a “presença do Divino”. O outro, poucos meses depois, quando senti o chamado para ser pregador. Estes dois momentos regiam a minha vida, embora constantemente reinterpretava-os e até os questionava! Mesmo questionando-os, eu não conseguia escapar deles...

Hoje vejo esta “presença do divino” em todo o universo, muito além dos sistemas religiosos que os seres humanos elaboram e muitas vezes tentam impor aos outros. Esta visão me liberta para ver além das limitações do presente momento e me sentir como participante de um universo infinito e cheia de vida. Sinto-me vivo ao curtir e proclamar a alegria de viver diante do Grande Mistério da existência.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

PASSOU DE UM LADO PARA OUTRO

"Levante-se e entre na cidade de Damasco.

Ali vão lhe dizer tudo o que Deus quer que você faça."

Atos 22.10 (leia 22.3-10) – BLH

Os rumos da nossa vida sofrem uma mudança radical quando encontramos a Fonte da Vida: Jesus. Saulo ia a Damasco para perseguir e prender os seguidores do Caminho. Depois de um encontro com Jesus, a própria Fonte da Vida, ele entrou em Damasco, não para destruir os que seguiam a Jesus, mas para, também, ser seguidor do Caminho...

Antes, Saulo levava a sua fé tão a sério que até matava os outros por causa dela. Para ele, estar ao lado do bem significava reprimir todos os que não se encaixavam no seu sistema de valores. Saulo estava ao lado da força e da repressão!

No seu encontro com Jesus, Saulo mudou de lado e de comportamento. Em vez de agir pela força, passou a atuar pelo amor. Em vez de levar seus "adversários" à morte por estarem ao lado oposto, os confrontava com a vida. O grande perseguidor passou a ser o perseguido. Em vez de tirar vidas, ele entregou a sua vida e acabou morrendo nas mãos dos perseguidores.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

HORA DE ABRIR MÃO

E agora os entrego

aos cuidados de Deus

e da mensagem da sua graça.

Pois ele pode ajudá-los

a progredir espiritualmente

e dar-lhes as bênçãos

que guarda para todo o seu povo.

Atos 20.32 (leia 20.28-38) – BLH

Chegamos a certo ponto em nossa vida que precisamos abrir mão de muito do que acumulamos. Paulo estava vendo o grupo pela última vez e não podia mais exercer uma influência direta na sua vida. Agora era hora de abrir mão da sua presença e da sua influência direta.

Passamos a maior parte da nossa vida acumulando tudo: amizades, bens, habilidades, experiências, influência... Mas, chega à hora em nossa vida que o processo começa a se inverter. À medida que nós crescemos, começamos a diminuir. As nossas forças físicas chegam ao pique entre vinte e trinta anos. A aposentadoria traz perda de poder, de influência e alguma perda de identidade. O mais difícil em tudo, é a perda da primeira dádiva da nossa existência, a própria vida física!

O período de "abrir mão" é o período mais doloroso da vida. Ganhar é gostoso, perder é doloroso. Mas a nossa existência inclui ambos. Depois de abrir mão de tudo, ainda resta Deus, O Eterno.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

IMPOSIÇÃO DAS MÃOS

Aí Paulo pôs as mãos sobre eles,

e o Espírito Santo veio sobre todos.

E começaram logo falar em línguas estranhas

e anunciavam também a mensagem de Deus.

Atos 19.6 (leia 19.1-8) – BLH

A imposição das mãos é fator que aparece em muitas ocasiões nas culturas bíblicas. Pela experiência humana, algo pode ser transmitido com a colocação das mãos: cura, bênção, poder ou autoridade! Parece que, o que é transmitido é aquilo que a pessoa possui e que a outra pessoa quer receber... Quem recebe tem de ser receptivo...

O evangelho deve ser uma experiência, uma experiência de contato direto com a fonte de vida. Este contato traz algo novo para a vida, bem diferente do que era anteriormente, criando novas realidades! Sendo algo que pode ser recebido, é, também algo que pode ser transmitido para os outros, desde que os outros o queiram. É pela nossa aproximação com os outros e pelo despertar do interesse neles, que este "algo" do evangelho é transmitido de uma pessoa para outra.

Não é um passe mágico, nem milagre, mas um processo dinâmico da vida, dependendo da aproximação entre as pessoas; pode ser pelo toque (um gesto) ou pela palavra falada.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

AMOR PRATICADO

Porque Apolo,

com argumentos fortes,

derrotava os judeus

nas discussões públicas,

provando pelas Escrituras Sagradas

que Jesus é o Messias.

Atos 18.24,28 (leia 18.23-28 – BLH)

Apolo era um cristão "cabeça" e tinha todos os argumentos para derrotar os outros. Ele era um grande sucesso e ajuntava muitos seguidores em volta dele. Mas, parece que os seguidores eram tanto de Apolo como de Jesus, pois começou a nascer um sentimento de rivalidade entre os diversos segmentos da igreja. Numa das suas cartas, Paulo reclama desta rivalidade e das divisões que estavam aparecendo no corpo de Cristo.

Um cristianismo de argumentos é um cristianismo de divisões e de contendas. Em vez de produzir o Reino de Deus, produz o anti-reino. As idéias eram lógicas e certas a respeito da pessoa de Jesus, mas, a comunidade produzida não estava de acordo com o espírito de Jesus.

Esta incoerência entre a mensagem pregada e a comunidade produzida continua hoje. Muitos grupos que pregam o batismo do Espírito Santo produzem tão pouco o fruto de AMOR! Eles são conhecidos mais pelos exageros no culto, proselitismo, divisões e orgulho espiritual do que pelo amor praticado.

domingo, 13 de setembro de 2009

SUCESSO E FRACASSO

Certa noite Paulo teve uma visão

e nela o Senhor disse:

--Não tenha medo,

continue falando

e não desista,

porque eu estou com você.

Ninguém poderá lhe fazer nenhum mal,

pois tenho muitas pessoas nesta cidade.

Atos 18.9-10 (leia 18.9-18) – BLH

O medo é um dos nossos piores inimigos, fator da nossa desistência em fazer algo mais significante na vida! Coisas significantes geralmente envolvem risco de fracasso, e fracasso dá medo... Achamos que é melhor não fazer nada do que tentar algo e fracassar...

O importante não é ser bem sucedido em tudo que fazemos, mas termos a consciência da presença de Deus! Na realidade, o "não tentar" é pior que "tentar e fracassar". Ao cedermos ao medo, estamos roubando a nós a possibilidade de vencermos.

O sucesso pode ser bem diferente do que imaginamos, pode até parecer como fracasso nos primeiros momentos. O "fracasso" pode ser um sucesso disfarçado...

A nossa grande opção de vida é uma escolha entre: seguir uma visão, correndo todos os riscos, ou ceder ao medo e recuar na vida. Enfrentar, mesmo fracassando, é viver. Recuar, mesmo conservando o que temos, é morrer.

sábado, 12 de setembro de 2009

IDENTIFICAÇÃO COM O POVO

Paulo foi vê-los e acabou ficando ali

para trabalhar com eles,

porque a profissão de Paulo e a deles era a mesma

fazer barracas.

Atos 18.3 (leia 18.1-8) – BLH

Paulo não chegava de “pára-quedas", atacava e logo ia embora... Ele se fixava na comunidade por algum tempo participando da vida do povo. Paulo não se colocava acima dos outros, mas, em pé de igualdade com os demais! A sua vida servia de modelo, um modelo prático que poderia ser seguido pelos outros.

Paulo tinha a autenticidade de não se julgar acima dos outros e de exercer uma profissão secular como os demais. Após sua conversão, Paulo trabalhava com as mãos, era artesão, fazia barracas. Ele se sustentava com este trabalho, homem do povo, se identificava com o povo...

Em contraste, eu era profissional de uma instituição chamada igreja, podendo exercer meu ministério pastoral com dedicação exclusiva! Tinha estabilidade financeira razoável. Esta situação colocava certa barreira entre eu e o povo, no sentido de que minha religiosidade poderia ter sido vista como uma "obrigação"; “eu estava sendo pago para exercer”... Meu ministério poderia não ter sido visto como um ato voluntário, mas, como “dever” que estava cumprindo. Não sei se eu escolhi o melhor: o ministério profissional!...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

DEUSES DESCONHECIDOS

Porque, quando eu estava passando pela cidade,

olhando os lugares

onde fazem as suas reuniões religiosas,

encontrei um altar em que está escrito:

"AO DEUS DESCONHECIDO".

Pois esse Deus que vocês adoram sem conhecer

é justamente aquele que eu estou anunciando.

Atos 17.23 (leia 17.15,22-18.1) – BLH

O impulso religioso faz parte da realidade humana de todas as religiões e filosofias, sejam teístas ou ateístas. São manifestações da resposta humana à ação do Espírito de Deus na vida do homem e da mulher. Parece que Paulo compreendeu bem esta verdade, e, em vez de condenar o povo por adorar outros deuses, utilizou este impulso para apontar o Deus dos cristãos.

Um dos grandes erros de muitos grupos que se consideram cristãos é ver as demais religiões, inclusive outros estilos de cristianismo, como obras do demônio! Em vez de proclamar Jesus como o caminho, a verdade e a vida, atacam os outros condenando-os ainda por não terem encontrado Cristo, do jeito que eles (os cristãos) entendem. A pregação bíblica no Novo Testamento respeita a religião dos outros. Ao mesmo tempo, aponta Jesus como a resposta de todas as aspirações humanas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

VIDAS ATRAENTES

Depois levou os dois para fora e perguntou:

--Senhores, o que devo fazer para me salvar?

Eles responderam:

--Creia no Senhor Jesus e você será salvo,

você e a sua família.

Então eles anunciaram a mensagem de Deus ao carcereiro

e a todos da casa dele.

Atos 16.30-32 (leia 16.22-34) – BLH

A maneira com que Paulo e Silas agiram despertou no carcereiro confiança, pois, na hora da crise aguda, o carcereiro se dirigiu aos dois buscando o caminho da salvação.

Paulo e Silas se comportaram na prisão, de uma maneira exatamente contrária àquela esperada por pessoas acusadas falsamente. Em vez de reclamarem a respeito de sua sorte e protestarem contra as acusações, eles estavam alegres, cantando louvores a Deus. Diante das portas abertas da prisão, eles não aproveitavam a oportunidade para fugir.

Ao agirem como pessoas não comuns, Paulo e Silas foram procurados pelo carcereiro numa situação incomum. Só vivendo uma vida singular, teremos a confiança dos outros na hora da crise.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

SURPRESAS NO CAMINHO

Uma das mulheres que estavam ouvindo

se chamava Lídia.

Era da cidade de Tiatira e vendia roupas finas.

Lídia adorava a Deus,

e o Senhor abriu a sua mente

para que compreendesse

o que Paulo dizia.

Atos 16.14 (leia 16.11-15) – BLH

O "homem” da Macedônia que Paulo viu na sua visão era uma mulher, Lídia. Ela foi a primeira pessoa a aceitar o evangelho na Europa. Paulo acertou: ele estava sendo chamado para o Oeste, mas, o detalhe era um pouco diferente do que ele imaginava.

Por melhor que sejam as nossas percepções, Deus sempre terá surpresas para nós. As coisas nunca serão exatamente como imaginamos e, por isso, precisamos de flexibilidade em nossas vidas. Um avião voando pelos céus precisa estar constantemente corrigindo a sua rota por causa das correntes imprevistas de ar que agem sobre o aparelho. A vida é sempre mais complexa do que um mero avião e, por isso, as forças que agem sobre ela são bem mais complexas.

Estando aberto ao Espírito de Deus, Paulo facilitava esta mesma atitude na mente de seus ouvintes. Lídia também abriu a sua mente às novas do evangelho, tornando-se fiel seguidora de Jesus...