domingo, 31 de julho de 2016

SAINDO DAS PRISÕES ESCURAS

Eu o criei e o enviei...
como a luz da salvação que darei aos outros povos;
para abrir os olhos dos cegos,
pôr em liberdade os prisioneiros
e soltar os que estão em prisões escuras”.
Isaías 42.6b-7 (leia 42.1-7) NTLH

Os olhos humanos ficam cegos em relação a vontade de divina para a humanidade. Os judeus esperavam a vinda de um messias guerreiro para colocar a nação de Israel na posição de supremacia entre as nações, voltadas para Jerusalém para receber a luz da salvação. Esperam até hoje!

Os cristãos, hoje, aguardam a volta de Cristo poderoso e justiceiro para estabelecer seu Reino de Paz no mundo, condenando os maus para o tormento eterno no inferno e premiando os bons com o paraíso sem fim. Aguardam até hoje!

Ambos, judeus e cristãos, confiam na violência divina para impor justiça e paz. Os judeus rejeitaram Jesus por ele não ser o salvador poderoso de conquista e libertação. Os cristãos põem sua esperança final num Cristo vingativo no lugar de Jesus vulnerável e pacífico.

Uma leitura cuidadosa de Isaías 42.1-7 revela a natureza da pessoa que anuncia a vontade de Deus para todas as pessoas do mundo: “não gritará, não clamará, não fará discursos nas ruas, não esmagará um galho que está quebrado, nem apagará a luz que já está fraca”. Seria luz para abrir os olhos dos cegos e libertar os prisioneiros, soltando-os de suas prisões escuras.

O profeta Isaías indica que Deus se alegra com quem não faz manipulação com gritos, clamores ou discursos e que respeita os quebrados e fracos. É diante deste procedimento que os oprimidos abrirão seus olhos para serem libertados de suas prisões.

O “abrir os olhos” dos cegos vem antes de “por em liberdade os prisioneiros”. A pior cegueira é a de “olhos fechados”. A tendência humana é fechar os olhos para as verdades que incomodam, é viver a mentira. Viver de olhos fechados é viver em “prisões escuras”. A mente fechada escraviza.

Muitas vezes a evangelização consiste em trocar uma prisão por outra. Quando adotamos a postura de possuirmos toda a verdade e achamo-nos no dever de impor esta verdade aos outros, esta “verdade” se torna outra prisão escura. O novo convertido é levado a fechar seus olhos para tudo que não esteja dentro da verdade ensinada. O discurso é perigoso porque pode ser usado para construir outras prisões. Testemunho, não discurso, pode levar os cegos a abrirem seus olhos e sair de uma prisão sem cair em outra.

É com “olhos abertos” que vem a libertação. Uma pessoa que realmente enxerga não se submete a opressão. É livre, mesmo encarcerada, para viver a verdade. Jesus é o exemplo supremo deste princípio. Não podemos imaginar Jesus sendo submisso a qualquer autoridade humana. Foi livre para viver o amor do Papai, contrariando todas as limitações religiosas e sociais. Ao pregar a submissão, as igrejas estão construindo “prisões escuras”.

ISAÍAS 42.1-7 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

O Senhor Deus diz:
“Aqui está o meu servo, a quem eu fortaleço,
o meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração.
Pus nele o meu Espírito,
e ele anunciará a minha vontade a todos os povos.
Não gritará, não clamará,
não fará discursos nas ruas.
Não esmagará um galho que está quebrado,
nem apagará a luz que já está fraca.
Com toda a dedicação, ele anunciará a minha vontade.
Não se cansará, nem desanimará,
mas continuará firme até que todos aceitem a minha vontade.
As nações distantes estão esperando para receber os seus ensinamentos.”
O Senhor Deus criou os céus e os estendeu;
formou a terra e tudo o que nela existe
e deu vida e fôlego a todos os seus moradores.
E agora o Senhor diz ao seu servo:
“Eu, o Senhor, o chamei e o peguei pela mão,
para que haja salvação por meio de você.
Eu o criei e o enviei
como garantia da aliança que vou fazer com o meu povo,
como a luz da salvação que darei aos outros povos;
para abrir os olhos dos cegos,
pôr em liberdade os prisioneiros
e soltar os que estão em prisões escuras.



sexta-feira, 29 de julho de 2016

RELEASE FROM DARK DUNGEONS

I, the Lord, have called you in righteousness;
I will take hold of your hand.
I will keep you and will make you
to be a covenant for the people
and a light for the Gentiles,
to open eyes that are blind,
to free captives from prison
and to release from the dungeon
those who sit in darkness.
Isaiah 42:6-7 (read 42:1-7) NIV

Human eyes are blind to Divine will. The Jews expected the coming of a warrior messiah to put the nation of Israel in the position of supremacy above all nations with them facing toward Jerusalem to receive the light of salvation. They are still waiting! The present day State of Israel is a contradiction to both scriptural and secular standards of righteousness and justice in spite of the Zionist use of “proof texts” to support it.

Many Christians today await the return of a powerful triumphant Christ to establish a Kingdom of peace in the world, with the condemnation of the wicked to eternal torment in hell and the rewarding of the good with endless paradise. They, too, are still waiting!

Both Jews and Christians rely on divine violence to enforce justice and peace. The Jews rejected Jesus because he is not the mighty warrior savior of conquest and liberation. Christians place their ultimate hope in a vindictive Christ instead of in a vulnerable and peaceful Jesus. In the meantime they tolerate armed conflict and injustice.

A careful reading of Isaiah 42.1-7 shows the nature of the person who announces the will of God for all people of the world: “He will not shout or cry out or raise his voice in the streets. A bruised reed he will not break, and a smoldering wick he will not snuff out… In his teaching the islands will put their hope.” The light of his teachings would open the blind eyes and release the prisoners from their dark prisons.

The prophet Isaiah indicates that God is pleased with those who do not use force and who respect the broken and the weak. The opening of the eyes of the blind comes before the setting free of the prisoners. The worst blindness is the blindness of closed eyes. Our human tendency is to close our eyes to the truths that trouble us and to live in a world of illusions. Living with closed eyes results in living in dark prisons. A closed mind enslaves.

Often evangelization consists of exchanging one prison for another. When we adopt the posture of possessing the whole truth we think we have the right to impose this truth to others. This "truth" becomes another dark prison. We enter into a state of denial by closing our eyes to everything that is not within that “truth”. Speech is dangerous because it can be used to build new prisons. Testimony, not proclamation, can lead the blind to open their eyes and get out of a prison while avoiding the falling into another one.

ISAIAH 42:1-7 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

“Here is my servant, whom I uphold,
    my chosen one in whom I delight;
I will put my Spirit on him,
    and he will bring justice to the nations.
He will not shout or cry out,
    or raise his voice in the streets.
A bruised reed he will not break,
    and a smoldering wick he will not snuff out.
In faithfulness he will bring forth justice;
     he will not falter or be discouraged
till he establishes justice on earth.
    In his teaching the islands will put their hope.”
This is what God the Lord says—
the Creator of the heavens, who stretches them out,
    who spreads out the earth with all that springs from it,
    who gives breath to its people,
    and life to those who walk on it:
“I, the Lord, have called you in righteousness;
    I will take hold of your hand.
I will keep you and will make you
    to be a covenant for the people
    and a light for the Gentiles,
to open eyes that are blind,
    to free captives from prison
    and to release from the dungeon those who sit in darkness.



domingo, 24 de julho de 2016

O PODER DAS PALAVRAS

O Eterno estendeu a mão,
tocou nos meus lábios e disse:
-Veja! Eu estou lhe dando a mensagem
que você deve anunciar.
Hoje, estou lhe dando poder sobre nações e reinos,
poder para arrancar e derrubar,
para destruir e arrasar,
para construir e plantar.
Jeremias 1.9-10 (leia 1.4-10) – NTLH

A palavra falada ou escrita é o instrumento mais poderoso que possuímos. Uma palavra maldosamente jogada pode ferir muito mais do que uma pedra. A pedra pode quebrar o osso, mas a palavra ferir o espírito e amargurar a alma para o resto da vida. Palavras podem nos alegrar ou nos entristecer. Podem abrir o apetite ou dar nojo, provocar amor ou ódio!

Os demagogos usam palavras para manipular a massa a alcançar seus objetivos. Os tiranos repetem mentiras até o povo chegar a acreditá-las. Há oitenta anos, Hitler empregou palavras odiosas e mentirosas para levar uma nação à guerra e genocídio. Bush repetiu a façanha!... O discurso pode inflamar e levar multidões a fazer loucuras! Em Jonestown, no ano de 1978, o pastor Jim Jones induziu 900 pessoas a ingerirem veneno mortífero, dizendo ser ordem de Deus.

Com palavras, construímos o nosso mundo. As nossas experiências são traduzidas em palavras e estas palavras reforçam as experiências. Quando nos julgamos ofendidos, podemos reagir com palavras duras, severas, criando clima de hostilidade, ou podemos usar palavras suaves, criar ambiente agradável! Com o nosso falar temos muita influência no lugar onde estamos.

Ao usarmos a mentira e a decepção, criamos um mundo falso, sujeito a desmoronar... Vivemos num mundo construído em cima de palavras mentirosas daqueles que detêm o poder político, militar, econômico, e religioso. Palavras de autopromoção escondem parte da verdade, levam a preconceito, exploração, injustiça e violência. Constroem apenas fachadas, destinadas a ruir quando chegar a hora da verdade.

A palavra profética tem a finalidade de “plantar e construir”. É boa notícia para aqueles que estão sofrendo os efeitos da palavra destrutiva. Ela não chama atenção à si mesma, não se auto promove e não esconde a verdade. É simples, humilde, aberta e libertadora. É realista e otimista ao mesmo tempo.

Jesus é modelo da palavra profética! Ele não falava de si, mas da realidade do Reino que já estava presente. Suas palavras promoviam vida: amor e perdão, justiça e paz! Deus é o “papai” (ou “mamãe”) querendo todos como suas filhas e seus filhos.

Nossa história é uma jogada de palavras. Escolhemos quem queremos ouvir e acreditar. A violência é possível porque, pela razão as pessoas acreditam nas palavras de violência e deixam ser manipuladas! Encarnam as palavras e as reproduzem pela ação. Destruição gera destruição. Os pacificadores são pessoas que abrem seus ouvidos e corações para as palavras que plantam sentimentos de amor e compaixão, construindo vidas. Paz gera paz.

As nossas palavras têm mais poder do que imaginamos. Seguindo o caminho de Jesus, nossas palavras se tornam proféticas, construindo e plantando para o bem comum. Palavras egoísticas levam vantagens a poucos, à custa de muitos. O Caminho oferece solidariedade e compartilhamento, não competição e lucro. O Eterno ainda nos chama para construirmos e plantarmos!...

JEREMIAS 1.4-10 – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

O Senhor Deus me disse:

— Antes do seu nascimento, quando você ainda estava na barriga da sua mãe, eu o escolhi e separei para que você fosse um profeta para as nações.

Então eu disse:

— Ó Senhor, meu Deus, eu não sei como falar, pois sou muito jovem.

Mas o Senhor respondeu:

— Não diga que é muito jovem, mas vá e fale com as pessoas a quem eu o enviar e diga tudo o que eu mandar. Não tenha medo de ninguém, pois eu estarei com você para protegê-lo. Sou eu, o Senhor, quem está falando.

Aí o Senhor estendeu a mão, tocou nos meus lábios e disse:

— Veja! Eu estou lhe dando a mensagem que você deve anunciar. Hoje, estou lhe dando poder sobre nações e reinos, poder para arrancar e derrubar, para destruir e arrasar, para construir e plantar.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

THE POWER OF WORDS

Then the Lord reached out his hand
and touched my mouth and said to me,
“I have put my words in your mouth.
See, today I appoint you over nations and kingdoms
to uproot and tear down,
to destroy and overthrow,
to build and to plant.”
Jeremiah 1:9-10 (read 1:4-10) NIV

The spoken or written word is the most powerful tool we have. A word maliciously spoken may hurt much more than a stone. Stones may break your bones, but words can injure your mind and embitter your soul for the rest of your life. Words can give you joy or bring grief. They can whet your appetite or turn your stomach. They inspire love or incite hatred!

Demagogues use words to manipulate the masses in order to achieve their goals. Tyrants repeat lies until people actually believe them. Eighty years ago Hitler employed hateful words and lying to take a nation to war and genocide. President Bush repeated the feat after September 11, 2001 in order to invade and destroy two weak countries, leading to the deaths of hundreds of thousands of innocent people! Speech can ignite and bring crowds to insanity such as in Jonestown in 1978 when Pastor Jim Jones led 900 people to ingest deadly poison, claiming that it was God's command. Today politicians are using words that create fear, hysteria, anger and hatred which lead to wars and mass shootings and all kinds of violence.

With words we construct our world. Our experiences are translated into words and these words reinforce these experiences. When we judge ourselves to be offended we can react with harsh words to create a climate of hostility, or we can use soft words to disarm and reconcile. Through our words we influence the world around us.

By using lies and deception we can create false worlds, subject to crumbling under the light of truth. We live in worlds built upon falsehoods by those who hold political, military, economic, and religious power. Their words of self-promotion are used to hide truth and to lead to biases, exploitation, injustice and violence. Much of what we are led to see are facades which are destined to collapse at the moment of truth.

The prophetic word is intended to "build and plant". It is good news for those who are suffering the effects of destructive words. It does not call attention to itself, is not self-promoting and does not hide the truth. It is simple, humble, open and liberating. It is realistic and optimistic at the same time.

Jesus is the model of the prophetic word. He did not speak of himself, but of the reality of the Kingdom which is already here. His words promoted life which consists of love, forgiveness, justice and peace. God was the "daddy" (or "Mommy") who embraces everyone as his children. Unfortunately we are seeing the opposite taking place in our so called Christian societies.

People’s life story is a play on words. They can choose whom they want to hear and believe. Violence is possible, because people choose to believe the words of violence and let themselves be manipulated. If they embody those words they reproduce destructive actions. Destruction generates destruction.

Peacemakers are people who open their ears and hearts to the words that plant feelings of love and compassion which in turn build lives. Peace creates peace. Without peacemakers the world will perish. May the words of Jesus touch our lips so that we can reveal His Kingdom of love, forgiveness, justice and peace!!!

JEREMIAH 1:4-10 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

The word of the Lord came to me, saying,

“Before I formed you in the womb I knew you,
    before you were born I set you apart;
    I appointed you as a prophet to the nations.”
“Alas, Sovereign Lord,” I said, “I do not know how to speak; I am too young.”

But the Lord said to me, “Do not say, ‘I am too young.’ You must go to everyone I send you to and say whatever I command you. Do not be afraid of them, for I am with you and will rescue you,” declares the Lord.

Then the Lord reached out his hand and touched my mouth and said to me, “I have put my words in your mouth. See, today I appoint you over nations and kingdoms to uproot and tear down, to destroy and overthrow, to build and to plant.”


domingo, 17 de julho de 2016

BOAS NOTÍCIAS PARA TODOS

O Senhor Eterno me deu o seu Espírito,
pois ele me escolheu para
levar boas notícias aos pobres.
Ele me enviou para animar os aflitos,
para anunciar a libertação aos escravos
e a liberdade para os que estão na prisão.
Isaías 61.1 (leia 61.1-6) – NTLH

Os pobres, aflitos, escravos e presos eram destinatários desta mensagem do profeta Isaías. O povo estava voltando do exilo para sua terra arrasada e em ruínas. Isaías sentia que o Eterno havia lhe dado a missão de animá-los na tarefa quase impossível de recuperação! As boas novas eram que o dia da redenção já havia chegado e o Eterno estava agindo. A tarefa do povo era fazer o que era direito e reconstruir o que estava em ruínas com as bênçãos divinas.

Sete séculos depois, Lucas relata que Jesus usou este texto (61.1-2a) para descrever a sua missão (Lc. 4.16-28). A princípio, os ouvintes se alegram com o pronunciamento de Jesus, mas, logo em seguida, ficaram furiosos com a sua interpretação do texto! Tentaram matá-lo!...

Na mensagem de Isaías, as palavras, “seu povo”, se limitavam aos israelitas. Eles seriam servidos pelos gentios e teriam lugar privilegiado entre os povos da terra como “sacerdotes do Eterno”, chegando a possuir grandes riquezas. Mas Jesus discordou. Para Jesus, “seu povo”, inclui toda a humanidade e Israel não teria privilégio nenhum. Não é para ninguém ficar rico à custa dos outros. A bem-aventurança do Pai é para todos, independentemente de raça, nacionalidade, status social ou credo. Jesus também declarou que o profeta é sempre rejeitado na sua terra. Possivelmente por não oferecer “vantagens” especiais para uma classe privilegiada. Não deu outra!... As primeiras pessoas que tentaram matar Jesus eram de Nazaré, onde lhe foi criado.

Através dos séculos os cristãos se intitulavam como o “Novo Israel”, criando uma nova classe privilegiada. Achavam que somente a “Igreja” é de Deus e que nela a graça divina mais opera. O mundo foi dividido entre a sagrada, a “Igreja”, e o secular, o mundo fora da “Igreja”. Para esta mentalidade, evangelizar é apresentar Jesus dentro de um “pacote” que inclui a “Igreja” e seus dogmas. É rejeitada a ideia que Deus também atua em outras religiões e credos.

O Espírito do Eterno levou Isaías e Jesus aos desprivilegiados: pobres, aflitos, escravos e presos. Jesus foi além de Isaías e ignorou barreiras. Incluiu todos como “seu povo”.

O Espírito do Eterno continua a ser dado com a finalidade de superar os males que afligem o nosso mundo. A grande aflição da humanidade é a alienação social e ambiental. Dizer ser seguidor de Jesus e levantar ainda mais barreiras de exclusão é uma grande incoerência. Somos mais interdependentes do que nunca. Precisamos nos aproximar do outro com a boa notícia da solidariedade, para juntos, trabalharmos para construir e plantar – plantar amor nos campos do ódio, amizade nos campos da inimizade, generosidade nos campos da ganância.

ISAÍAS 61.1-6 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

O Senhor Deus me deu o seu Espírito,
pois ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres.
Ele me enviou para animar os aflitos,
para anunciar a libertação aos escravos
e a liberdade para os que estão na prisão.
Ele me enviou para anunciar
que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu povo,
que chegou o dia em que o nosso Deus se vingará dos seus inimigos.
Ele me enviou para consolar os que choram,
para dar aos que choram em Sião
uma coroa de alegria, em vez de tristeza,
um perfume de felicidade, em vez de lágrimas,
e roupas de festa, em vez de luto.
Eles farão o que é direito;
serão como árvores que o Senhor plantou
para mostrar a todos a sua glória.
Eles reconstruirão casas que haviam caído
e cidades que tinham sido arrasadas
e que há muitos anos estavam em ruínas.
Meu povo, estrangeiros virão e cuidarão
das suas ovelhas, das suas plantações e das suas parreiras.
E vocês serão conhecidos como sacerdotes do Senhor,
como servos do nosso Deus.
As riquezas das outras nações serão de vocês,
e vocês se orgulharão de serem donos dessa imensa fortuna.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

GOOD NEWS FOR ALL

The Spirit of the Sovereign Lord is on me,
because the Lord has anointed me
to proclaim good news to the poor.
He has sent me to bind up the brokenhearted,
to proclaim freedom for the captives
and release from darkness for the prisoners.
Isaiah 61:1 (read 61:1-6) NIV

The poor, the afflicted, slaves and prisoners were recipients of this message of the prophet Isaiah. The people were returning from exile to their devastated land. Isaiah felt that the Lord had given him a mission to encourage them on the almost impossible task of recovery! The good news was that the day of redemption had already arrived and the Eternal was acting. The task of the people was to do what was right and with divine blessing rebuild what was ruined.

Seven centuries later, Luke reports that Jesus used this text (61.1-2a) to describe his mission (Luke 4.16-28). At first, the listeners rejoiced with the pronouncement of Jesus, but soon after, they were furious with his interpretation of the text! They rushed him and tried to kill him!

They considered the words of Isaiah to refer only to the Israelites. They thought that they were the chosen people and should be served by the Gentiles and that they had a privileged place among the peoples of the earth as "priests of the Sovereign Lord" by coming to possess great wealth. Jesus disagreed. For Jesus all of humankind was included and Israel would have no privileged place. Nobody should ascend at the expense of others. The blessings of the Father are for everyone, regardless of race, nationality, creed or social status. Jesus also said that prophets are always rejected in their own land. Jesus was rejected because he did not assign to his hearers a special place in the divine order and even included outcasts in God’s care.

Through the centuries many Christians have called themselves the "New Israel", creating what they think is a new privileged class. They think that only the Church is of God and that divine grace is concentrated there. They divide world between the sacred which is the Church and the secular which is the rest of the world. To this mindset, to evangelize is to present Jesus in a "package" that includes the "Church and its dogmas". It rejects the idea that God also acts in other religions and creeds and even outside of them.

Jesus cited the Book of Isaiah and included all the disadvantaged: the poor, the afflicted, slaves and prisoners. Jesus went beyond the popular prejudices, ignoring all barriers and including everyone under God’s gracious acts.

The Eternal Spirit continues to challenge the evils that afflict our world. The greatest affliction is humanity's environmental and social alienation. To profess to be a follower of Jesus and raise further barriers of exclusion is a major inconsistency. We are more interdependent than ever. We need to approach each other with the good news of solidarity. We need work together to plant love in the fields of hate, friendship in the fields of enmity and generosity in the fields of greed.

ISAIAH 61:1-6 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

The Spirit of the Sovereign Lord is on me,
    because the Lord has anointed me
    to proclaim good news to the poor.
He has sent me to bind up the brokenhearted,
    to proclaim freedom for the captives
    and release from darkness for the prisoners,
to proclaim the year of the Lord’s favor
    and the day of vengeance of our God,
to comfort all who mourn,
    and provide for those who grieve in Zion—
to bestow on them a crown of beauty
    instead of ashes,
the oil of joy
    instead of mourning,
and a garment of praise
    instead of a spirit of despair.
They will be called oaks of righteousness,
    a planting of the Lord
    for the display of his splendor.
They will rebuild the ancient ruins
    and restore the places long devastated;
they will renew the ruined cities
    that have been devastated for generations.
Strangers will shepherd your flocks;
    foreigners will work your fields and vineyards.
And you will be called priests of the Lord,
    you will be named ministers of our God.
You will feed on the wealth of nations,
    and in their riches you will boast.



domingo, 10 de julho de 2016

GRAÇA: LEITE E VINHO

Venham, os que não têm dinheiro:
comprem comida e comam!
Venham e comprem leite e vinho,
que tudo é de graça.
Isaías 55.2a (leia 55.1-9) – NTLH

A “civilização” encontra-se contaminada pelo poder. Sua base é a estrutura de poder onde uns têm mais autoridade que outros. A teoria afirma que o poder é necessário para estabelecer ordem e bem estar social. Perdemos a capacidade de imaginar ordem sem estrutura de poder.

A espécie humana tem mais de quatro milhões de anos de existência, de acordo com estudos arqueológicos. Nos primeiros 3.994.000 anos, a estrutura social era de compartilhar, sem a acumulação de bens, poderosos chefes, policiamento ou exércitos. Com o advento do estado há 6.000 anos, desenvolveu-se a estrutura do poder onde o masculino começou seu domínio. A história de Adão e Eva associa o pecado com o poder, Adão passou a ter domínio sobre Eva.

O poder corrompe. Quanto mais poder, mais corrupção... Quase sem exceção, os detentores do poder usam-no como meio de continuar no poder, barrando os outros a subirem no seu lugar. O poder corrompe as igrejas, o estado e o comércio. Todos têm seus “chefes” que não “abrem mão” dos privilégios. Poder é privilégio!

O leite e o vinho representam o pensamento de Deus: a graça. A base da graça é amor, não poder. Graça concede tudo independente de merecimentos, condições ou circunstâncias. Leite e vinho fazem bem para a pessoa, lhe dando satisfação profunda e douradora! Constrói e acrescenta...

O poder vicia, criando “sede” para adquirir mais poder, fechando-se contra os outros. A graça liberta, dando força para abraçar os outros. Satisfaz os mais profundos anseios da alma. O nosso egoísmo e fome pelo poder nos fazem criar um Deus, Rei todo-poderoso, terrorista que se impõe e destrói seus inimigos. A expressão religiosa é uma fé fechada, agressiva, radical que precisa criar inimigos para poder combatê-los. Em contraste, a expressão da fé de Jesus era a aceitação incondicional de todos e o perdão dos inimigos. Seu Deus não era o Javé caprichoso e vingativo do Antigo Testamento. Era o “Papai” amoroso com todos, filhas e filhos, se doando a ponto de ser vulnerável e ser levado à morte na cruz!...

O cenário internacional é o resultado da busca pelo poder, a luta falsa do bem contra o mal. É o pão que não satisfaz. O bem não faz guerra. Aqueles que incitam violência nunca citam Jesus. A guerra santa é uma ilusão.

O mundo precisa de pessoas que têm a coragem de andar na contramão da história e manifestar a graça, seguindo o exemplo de Jesus. É uma caminhada perigosa porque seus valores são rejeitados, mesmo dentro da comunidade da fé por aqueles que acham que é possível “destruir o mal” pela força. O mundo precisa do leite e vinho da Graça.

ISAÍAS 55.1-9 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

O Senhor Deus diz:
“Escutem, os que têm sede:
venham beber água!
Venham, os que não têm dinheiro:
comprem comida e comam!
Venham e comprem leite e vinho,
que tudo é de graça.
Por que vocês gastam dinheiro com o que não é comida?
Por que gastam o seu salário com coisas que não matam a fome?
Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno,
vocês comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas.
Escutem-me e venham a mim,
prestem atenção e terão vida nova.
Eu farei uma aliança eterna com vocês
e lhes darei as bênçãos que prometi a Davi.
Eu fiz Davi chefe e líder dos povos,
e por meio dele viram o meu poder.
E agora vocês darão ordens a povos estrangeiros,
povos que vocês não conheciam,
e eles virão correndo para obedecer-lhes.
Isso acontecerá porque eu, o Senhor, seu Deus,
o Santo Deus de Israel,
tenho dado poder e honra a vocês.”
Procurem a ajuda de Deus
enquanto podem achá-lo;
orem ao Senhor
enquanto ele está perto.
Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver
e abandonem os seus maus pensamentos!
Voltem para o Senhor, nosso Deus,
pois ele tem compaixão e perdoa completamente.
O Senhor Deus diz:
“Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos,
e eu não ajo como vocês.
Assim como o céu está muito acima da terra,
assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus.



sexta-feira, 8 de julho de 2016

GRACE: MILK AND WINE

Come, all you who are thirsty,
come to the waters;
and you who have no money,
come, buy and eat!
Come, buy wine and milk
without money and without cost.
Isaiah 55:1 (read 55:1-9) NIV

"Civilization" is polluted by power. Its base is a power structure where inequality prevails in which only 1% of the world population has much more than the other 99% grouped together. The theory states that the power is needed to establish order and general welfare. We have lost the ability to imagine order without a power structure.

The human species has more than five million years of existence, according to archaeological studies. In the first 4.994,000 years of modern humanity, the social structure was on the basis of sharing without the accumulation of goods, without powerful bosses, without police or without armies. With the advent of the centralized state 6,000 years ago, a power structure was developed where stronger men began to exercise their domain over weaker men, women and nature. The Biblical story of Adam and Eve associated sin with power. Because of sin, Adam gained dominion over Eve.

Power corrupts - more power/more corruption, absolute power/absolute corruption. Those who are in power use power as a means to stay in power, barring others to rise and occupy their place. Power corrupts religion (church), government (state) and economics (commerce). All have their "chiefs" who will not give up their privileges. Power becomes privilege to be defended at all costs!

Milk and wine represent the thoughts of God's grace. The basis of grace is love, not power. Grace gives to everyone, independent of merits, conditions or circumstances. Milk and wine are good for people by giving profound and enduring satisfaction! They build and increase ones worth and well being.

Power is addictive, creating a "thirst" to acquire more power and pits us against each other. Grace sets us free and gives us strength to embrace each other. It satisfies the deepest longings of the soul. Selfishness and hunger for power make us create an almighty terrorist God who imposes himself and destroys his enemies. The religious expression is a closed aggressive and radical faith that needs to create enemies in order to justify violence.

In contrast, the faith of Jesus was the unconditional acceptance of everybody and the forgiveness of enemies. His God was not the capricious and vengeful Yahweh of the Old Testament. It was the "Daddy" who loves all humankind as daughters and sons. Jesus revealed his “Daddy” by the giving of himself to the point of being vulnerable and being put to death on the cross!

The international scenario is the result of the pursuit of power with wars waged against a fictitious world of good and evil. We are good. They are evil. Power is not the bread that satisfies. Goodness does not wage war. Those who incite violence never mention Jesus. Justified war is an illusion.

The world needs people who have the courage to go against the tide of history and express grace by following the example of Jesus. It's a dangerous walk because Jesus’ values are rejected, even within the community of faith by those who think they can "destroy evil" by force. The world needs the “the milk and the wine of Grace”.

ISAIAH 55:1-9 – NEW INTERNATIONAL VERSION (NIV)

“Come, all you who are thirsty,
    come to the waters;
and you who have no money,
    come, buy and eat!
Come, buy wine and milk
    without money and without cost.
Why spend money on what is not bread,
    and your labor on what does not satisfy?
Listen, listen to me, and eat what is good,
    and you will delight in the richest of fare.
Give ear and come to me;
    listen, that you may live.
I will make an everlasting covenant with you,
    my faithful love promised to David.
See, I have made him a witness to the peoples,
    a ruler and commander of the peoples.
Surely you will summon nations you know not,
    and nations you do not know will come running to you,
because of the Lord your God,
    the Holy One of Israel,
    for he has endowed you with splendor.”
Seek the Lord while he may be found;
    call on him while he is near.
Let the wicked forsake their ways
    and the unrighteous their thoughts.
Let them turn to the Lord, and he will have mercy on them,
    and to our God, for he will freely pardon.
“For my thoughts are not your thoughts,
    neither are your ways my ways,”
declares the Lord.
“As the heavens are higher than the earth,
    so are my ways higher than your ways
    and my thoughts than your thoughts.