domingo, 31 de outubro de 2010

TUDO PARA O BEM

Pois sabemos que em todas as coisas
Deus trabalha para o bem
daqueles que o amam,
daqueles a quem ele chamou
de acordo com o seu propósito.

Romanos 8.28 (leia 8.26-30) – BLH

Há ordem na vida apesar do caos aparente nos detalhes. No nível elementar do mundo atômico há fenômenos que são imprevisíveis. Um exemplo é a perda de radioatividade a um determinado átomo dentro da massa. Numa massa de átomos radioativos durante um determinado período de tempo, uma metade de átomos perderia a sua radioatividade, mas é impossível prever quais vão perder e quais continuarão radioativos. O resultado global é que a metade vai se transformar neste período: para a massa há uma tendência, mas para cada átomo não há como prever.

O tamanho ou a qualidade da árvore não indica o tamanho da floresta, embora, a árvore faça parte da floresta. Os acontecimentos em nossa vida, individualmente, não indicam o nosso destino. Não é o acontecimento em si, mas a conjuntura que determina se vai para o bem ou para o mal. Para aqueles que têm a sua vida em sintonia com a criação todos os acontecimentos fazem parte do encaminhamento para o bem. O nosso destino não está preso as circunstâncias do presente momento.

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sábado, 30 de outubro de 2010

GRATIFICAÇÃO ADIADA

Eu penso que o que sofremos neste mundo
não pode ser comparado,
de jeito nenhum,
com a glória que nos será revelada.

Romanos 8.18 (leia 8.18-25) – BLH

Há um princípio da vida que podemos chamar de "gratificação adiada": a pessoa abre mão de um benefício ou prazer agora, para um maior benefício ou prazer no futuro. Em termos de lavoura, isto significa não comer os melhores grãos de milho, mas plantá-los para, mais adiante, colher espigas de milho da melhor qualidade. Em termos humanos, significa sacrificar-se agora para depois ter uma vida melhor; significa não comer as sementes do futuro; devemos ser precavidos.

O "imediatismo" é o contrário deste princípio. O imediatismo visa o benefício incontinente, sem medir as conseqüências a longo prazo. Em termos pessoais, seria o consumismo imediato contra o investimento para o futuro: drogas, artigos da moda, banalidades, no lugar de investimento do tempo, energias e bens para preparar o futuro. Em termos econômico-sociais é a destruição e a poluição do meio ambiente em troca de lucro. O "imediatismo" sacrifica o futuro e leva à desgraça e tragédia. A "gratificação adiada" leva à felicidade e à glória.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CASA DE DEUS

É ele quem mantém o edifício todo bem ajustado
e o faz crescer como templo dedicado ao Senhor.
Assim também vocês,
unidos com Cristo,
são construídos,
junto com os outros,
para se tornarem uma casa
onde Deus vive por meio do seu Espírito.

Efésios 2.21-22 (leia 2.19-22) – BLH

O edifício de Deus é o próprio povo, e não um templo ou uma estrutura eclesiástica. Jesus não estabeleceu a Igreja. Ela é da iniciativa humana, não de Deus. A Igreja não constava nos ensinamentos de Jesus e não fazia parte dos seus planos para o futuro. O que Jesus pregou foi o "Reino" e, certamente, a Igreja não é o Reino. Na maioria das vezes a Igreja nem é uma manifestação do Reino, chegando de ser até anti-reino.

O Reino, o edifício de Deus, são as pessoas; pessoas que têm Jesus como o seu alvo de vida. Estes homens e mulheres são trigo no meio do joio, sal da terra, luz no mundo. Vivem a justiça sem chamar atenção para si. Segundo o evangelista Mateus (25,37), muitas destas pessoas nem sabem que pertencem ao Reino. Muitas destas pessoas estão fora da igreja institucional, mas praticam os princípios do Reino mais do que aqueles que professam ser cristãos. Deus está presente onde não imaginamos.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SACERDÓCIO A FAVOR DO POVO

Cada Grande Sacerdote é escolhido entre os homens
e nomeado para servir a Deus em favor do povo.
Ele oferece ofertas e sacrifícios
pelos pecados.

Hebreus 5.1 (leia 5.1-9) – BLH

"Servir a Deus em favor do povo" é o maior sacerdócio que existe. Um dos pontos da reforma protestante era o sacerdócio universal do povo de Deus. Este ponto é popularmente entendido como o direito de cada um se aproximar de Deus sem a intervenção dos outros, mas o sentido real e bíblico da frase seria o "dever de cada um agir em favor do próximo".

A melhor (se não a única) maneira de servir a Deus é servir ao próximo. Deus não está interessado em grandes assembléias e reuniões animadas, nem em grandiosos templos ou em manifestações de poder. O Grande Sacerdote, Jesus, não exerceu o seu sacerdócio somente na hora da cruz, servindo de sacrifício. Este era apenas o último ato de um sacerdócio de passar anos junto com o povo, curando, ensinando, pregando, e até alimentando o povo carente. A nossa vida de oração, de estudo e de louvor nada tem com o nosso sacerdócio, a não ser, para nos preparar para um sacerdócio maior junto ao povo. O nosso maior sacerdócio não é religioso, mas "secular".

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

VIDA AO CORPO MORTAL

Se vive em vocês o Espírito de Deus,
que ressuscitou Jesus,
então aquele que ressuscitou Jesus Cristo
dará também vida aos seus corpos mortais,
pela presença do seu Espírito,
que vive em vocês.

Romanos 8.11 (leia 8.1-11) – BLH

É a crença popular de que somos compostos de duas partes: a espiritual, a que chamamos de "alma" ou de "espírito" e a material, o nosso corpo. Somos uma dicotomia e a morte é a separação destas duas partes.

Não concordo com esta colocação. Eu entendo que, conforme a física quântica, somos formas de energia. Entendo que, nossa "alma", ou nosso "espírito" é nossa auto-consciência que é ligada ao corpo, uma outra faceta desta mesma realidade. Conforme a Bíblia, somos “fruto da palavra de Deus” (Deus disse)... é do sopro de Deus que nos fez "almas viventes". O corpo faz parte da nossa alma. Basicamente, a ciência e a Bíblia estão de acordo: somos unidades e não dicotomias ou tricotomias... Tudo é mistério. Nada pode ser adequadamente explicado. Resta a experiência de estarmos vivos, sustentados por aquilo que não entendemos.

É possível que o Espírito de Deus seja a consciência de Deus (ou a consciência do universo) e esta consciência faça parte da nossa consciência. É um espírito (consciência) vivificante e dá vida a todo o nosso ser. Da mesma forma que Jesus é vivo pelo Espírito nós sempre viveremos. Já somos ressuscitados com Jesus. É uma realidade presente, não apenas uma esperança futura

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AUTO-DOMÍNIO

Dentro de mim sei que gosto da Lei de Deus.
Mas vejo que uma lei diferente age no meu corpo,
uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova.
Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo.

Romanos 7.22-23 (leia 7.18-25) – BLH

O ser humano, como parte da criação de Deus, reflete a imagem de Deus. Uma parte desta imagem é a existência de forças contrárias, cada uma tendo a sua devida função. Deus tem sentimentos de castigo, de misericórdia, de prazer, de ódio e de criar e destruir; cada um tem a sua função e a sua hora, embora o que domina é a misericórdia, o prazer e a criação! A natureza está cheia de forças opostas, cada uma tem a sua hora e a sua função. O ser humano não pode ser diferente, ele tem forças opostas agindo dentro dele. Isto é natural e tem que ser assim.

O pecado é deixar que as forças negativas dominem o ser e tornar-se escravo delas. Quando isto acontece, a tensão não é mais uma tensão sadia, mas patológica. A saúde do espírito não é ficar sem tensões, mas que as tensões sejam sadias. Ser tentado não é pecado. O pecado é ceder diante das tentações e ser dominado por elas. O auto-domínio faz parte de uma vida sadia.

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domingo, 24 de outubro de 2010

LIBERTADOS DO PECADO

Mas damos graças a Deus porque vocês,
que antes eram escravos do pecado,
agora já obedecem de todo o coração
às verdades que estão nos ensinamentos que receberam.
Vocês foram libertados do pecado
e se tornaram escravos de Deus
para fazerem o que ele quer.

Romanos 6.17-18 9 (leia 6.12-18) – BLH


A Bíblia usa muito a palavra “pecado” para descrever os desvios daquilo que era considerado certo pelos padrões religiosos legalistas. Estes padrões eram tão exigentes que ninguém conseguia seguí-los a risco. Todos caíram na categoria de “pecador” ou “escravo do pecado”. Assim, o templo se tornou o lugar onde o povo levava seus sacrifícios e ofertas para pagaram pelos seus pecados e receber o perdão. Com esse sistema religioso o povo se tornou refém da religião.


Jesus era anarquista, ignorando o sistema que escravizava o povo dentro de um sistema fechado. Ele revelava um Deus Papai que perdoava seus filhos mesmo antes deles pedirem, um Deus que fazia “cair chuva” sem descriminação sobre os justos e os injustos, um Reino baseado em amor e não em leis e normas. A nova lei era o AMOR e a nova “escravidão” a alegria de curtir os cuidados do Papai. O pecado perdeu seu terror.

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sábado, 23 de outubro de 2010

CARA E COROA

A Lei veio para aumentar o mal.
Mas onde aumentou o pecado,
a graça de Deus aumentou muito mais.
Portanto, assim como o pecado dominou e trouxe a morte,
assim também a graça de Deus,
dominando por meio do seu poder salvador,
nos traz a vida eterna,
que é nossa por meio de Jesus Cristo,
o nosso Senhor.

Romanos 5.20-21 (leia 5.12,15,17-21) – BLH

A vida e a morte são os temas principais da mitologia que fazem parte da experiência de todos e de tudo. A vida e a morte são os maiores mistérios que enfrentamos, parecem forças opostas, são os dois lados de uma mesma moeda. Lei/pecado, morte/vida, um não pode existir sem o outro. Os escritores bíblicos não conseguem separá-los. No final das contas, a lei e a graça são ambas dadas por Deus. Quanto maior a morte, tanto maior a vida. Não há como escapar do conceito de que a morte produz a vida. A morte é vista como inimiga, mas não conseguimos viver sem ela. O melhor que os escritores conseguem fazer é dizer que chegará o dia em que não haverá mais morte; entretanto a morte faz parte da nossa experiência agora. A salvação é interpretada como vida eterna, ou seja, vida que a morte não consegue destruir. A ressurreição de Jesus é usada para apoiar esta possibilidade.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FÉ E PODER

Abraão não perdeu a fé nem duvidou da promessa de Deus.
A sua fé o encheu de poder,
e ele louvou a Deus
porque tinha toda a certeza
de que Deus podia fazer
o que havia prometido.

Romanos 4.20-21 (leia 4.20-25) - BLH

"A sua fé o encheu de poder". Crer é poder. A fé alimenta a força. Quanto mais acreditamos na possibilidade de algo acontecer, maiores as chances daquilo se realizar. Até certo ponto, as profecias têm poder em si de influenciar os acontecimentos. Por estar predito, algumas pessoas podem crer que será assim, e, acaba acontecendo, especialmente, aquilo que é ligado ao corpo. Se eu acreditar que algo faz mal à minha saúde, as possibilidades disto acontecer são maiores. O lado positivo: uma parte do poder de um remédio aliviar um sintoma físico está na cabeça de quem o toma. Muitas enfermidades e muitas curas são provocadas pelo poder da sugestão da subconsciência.

O querer também faz parte do crer. Se um paciente não quer sarar, não há remédio que o cure. Pode-se morrer por querer ou por acreditar que vai morrer. A nossa fé nos fortalece mais do podemos imaginar. A fé, em si mesma, já é o milagre em muitos casos.

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O TRONO DE DEUS DENTRO DE NÓS

Por isso sejamos corajosos
e cheguemos perto do trono divino,
onde está a graça de Deus.
Ali receberemos misericórdia
e encontramos ajuda
sempre que precisamos dela.

Hebreus 4.16 (leia 4.14-16) – BLH

Jesus é o nosso meio de chegar à presença de Deus. Por causa da pessoa de Jesus, Deus não é mais aquela figura distante e inacessível. O seu trono de graça fica dentro de nós. Na realidade, Jesus, o Grande Sacerdote, não nos levou até a presença de Deus, foi o contrário. Jesus revelou que o trono de Deus está no nosso íntimo.

A nossa tradição religiosa tem a tendência de colocar Deus a uma distância confortável. Ele é colocado lá no céu, bem longe da gente onde Ele não pode nos incomodar. Ele também é colocado em lugares sagrados: templos, capelas ou pontos de romarias. Podemos visitar Deus à nossa conveniência. Mesmo estando no templo, alguns acham que só podem falar com Ele gritando para Ele poder ouvir. Colocamos Deus fora da criação fazendo distinção entre leis naturais e leis divinas, entre verdades descobertas e verdades reveladas e entre o material e o espiritual. Jesus acaba com todas estas distinções falsas e estes dualismos, colocando Deus dentro do mundo e dentro de nós.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

MILAGRE: ACONTECIMENTO NATURAL

Abraão teve fé e esperança,
mesmo quando não havia motivo para ter esperança,
e por isso ele se tornou "pai de muitas nações".
Como dizem as Escrituras:
"Os seus descendentes serão muitos."

Romanos 4.18 (leia 4.13,16-18) – BLH

A esperança de Abraão não foi inspirada pelas circunstâncias externas de sua vida. Tudo indicava que ele estava esperando o impossível. Seu sonho tinha realidade somente para si mesmo. Até certo ponto, cada um cria na sua própria realidade. Jesus disse que se tivéssemos fé, poderíamos até transportar montanhas de um lugar para outro. Chegamos à conclusão de que Jesus estava falando simbolicamente. Estas montanhas não eram montanhas de rochas, mas dificuldades enormes que enfrentamos na vida.

O milagre não é a intervenção de Deus nas leis naturais. O milagre é a atuação da fé além dos limites que a maioria coloca como sendo possível. Em si, o milagre é tão natural como qualquer outro acontecimento. O milagre nada mais é do que a ampliação dos limites além do que a maioria julga seja possível. As leis da natureza são muito mais complexas que podemos imaginar. Por falta de entendimento os acontecimentos nem sempre estão de acordo com as nossas previsões. As leis da criação não são tão falhas que Deus precisa intervir para corrigir um erro da natureza... Aqui entra a fé: enxergar além das possibilidades que conhecemos.

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SOLIDÃO

Somente Lucas está comigo.
Procure Marcos e traga-o com você
porque ele pode me ajudar no trabalho.

2 Timóteo 4.11 (leia 4.10-17) – BLH

Os outros podem nos acompanhar somente até certo ponto. Daí em diante, estamos sozinhos com Deus. Nesta passagem, Paulo reclama da solidão humana por estar acompanhado somente por Lucas, mas ao mesmo tempo, afirma a presença do Senhor.

A ajuda dos outros, embora valiosa e muitas vezes indispensável, tem seus limites. Em certas ocasiões estamos sozinhos, somente com os nossos recursos interiores (Deus). A força primária da nossa vida vem do interior do nosso ser e não de fora.

Pessoas servem de espelho e apoio, mas a solidão é necessária para podermos chegar ao fundo do nosso ser. Esta sondagem nos dá base de podermos vencer as lutas e não sermos somente levados pelas correntezas da vida. A chegada ao fundo do poço é fundamental para o nosso desenvolvimento. Deus está no fundo do poço, e chegando lá, vamos descobri-lo!...

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domingo, 17 de outubro de 2010

GLÓRIA, HONRA E PAZ

Mas Deus dará glória, honra e paz
a todos os que fazem o bem,
primeiro aos judeus
e depois aos não-judeus.
Pois Deus trata a todos igualmente.

Romanos 2.10-11 (leia 2.1-11) – BLH

Esta passagem fala em glória, honra e paz. É a recompensa de todos os que fazem o bem, sem distinção de pessoas.

O bem que plantamos volta para nós em forma de glória. A vida se torna gloriosa, agradável e gostosa de viver. A pessoa valoriza a sua própria vida e a dos outros, inclusive a da natureza. A própria terra se torna santa e deixa de ser maldita.

O bem que fazemos volta para nós em forma de honra. Honra é dignidade com caráter, exigindo respeito até dos adversários! As pessoas deixam de ser objetos manipulados e se tornam autônomas, donas de si.

O bem que semeamos volta para nós em forma de paz. Paz é bem estar que não depende de circunstâncias favoráveis. Pode existir no meio de tribulações e dificuldades. Mesmo em face de adversidades a paz é possível pela fé de estarmos no caminho da vida. É a caminhada, não a chegada, que traz a paz!

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sábado, 16 de outubro de 2010

RATIFICANDO O DECRETO DA VIDA

Eu não me envergonho de Evangelho,
pois é o poder de Deus para salvar todos os que crêem:
primeiro os judeus,
e depois os não-judeus.
Porque o Evangelho mostra
que Deus nos aceita por meio da fé,
do começo ao fim.
Como dizem as Escrituras Sagradas:
"Viverá aquele que, por meio da fé,
é aceito por Deus."

Romanos 1.16-17 (leia 1.16-25) – BLH

Chegamos a existir sem nenhuma participação da nossa parte, mas temos o poder de veto depois de tudo feito. Recebemos a vida sem pedí-la, mas podemos rejeitá-la. Podemos dizer "não" à vida. Este "não" pode ser dito de diversas maneiras. A mais dramática é o suicídio, mas não é a mais comum. A mais comum é rejeitá-la pela negligência, sendo levados pelas correntezas da morte sem reagir em favor da vida. Outra maneira é a de nos aliarmos com as forças da morte.

Para continuarmos vivendo é necessário uma confirmação da nossa parte. Esta confirmação nasce dentro de nós, naquilo que chamamos fé. É só querer viver! O meio, o querer da fé, é o mesmo para todos, sejamos judeus ou não-judeus, religiosos ou não-religiosos. Não é questão de religião, a questão é de vida. Pela fé assinamos embaixo o decreto da vida e, assim, ele entra em vigor. Tudo depende de nós!

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GRAÇA E PAZ

Assim escrevo a todos em Roma
a quem Deus ama
e a quem tem chamado
para serem o seu povo.
Que a graça e a paz de Deus,
o nosso Pai,
e do Senhor Jesus Cristo
estejam com vocês.

Romanos 1.7 (leia 1.1-7) – BLH

Somos chamados para ser "algo", ser o "povo de Deus". O povo de Deus se faz acompanhar da graça e da paz! "Graça" quer dizer algo que vem como um presente e que não tem nada a ver com os merecimentos da pessoa. A graça de Deus é o dom da vida plena e gera o espírito de gratidão. A "paz" quer dizer o bem estar geral da pessoa. A paz de Deus é um estado de saúde emocional que inspira a vida promovendo o bem estar de todos.

Transmitimos aquilo que somos. Sendo “povo de Deus” temos vida plena e bom nível de saúde emocional. Nós transmitimos o que verdadeiramente somos. Uma religião baseada em Jesus deve ser uma religião que reproduz qualidades nas pessoas e que nos faz caminhar na direção de sermos semelhantes à pessoa de Jesus! Jesus é o exemplo perfeito de graça e paz. Ele passava o que havia recebido de Deus às outras pessoas. Bastava um toque ou uma palavra para o próximo ser transformado...

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ATÉ O ÍNTIMO

Pois a mensagem de Deus é viva e poderosa
e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados.
Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito,
vai até o íntimo de cada pessoa
e julga os desejos e pensamentos
dos corações humanos.

Hebreus 4.12 (leia 4.12-13) – BLH

A mensagem do evangelho não é um exercício intelectual, o tratamento de "fatos"; Trata-se de sentimentos, coisas do espírito. Os "fatos" muitas vezes servem para esconder aquilo que somos no íntimo. Não trata de superficialidades: a forma do nosso culto, as doutrinas, a moda da nossa roupa, como adornamos o corpo e outras coisas mais. A mensagem do evangelho valoriza o que somos no interior: nossas atitudes e os nossos motivos atrás das aparências.

O evangelho começa com a fonte do nosso ser, onde nascem as águas das nossas ações. Se a fonte for contaminada, as águas bonitas e cristalinas estariam comprometidas. Em vez de saciar a sede e manter a vida, a fonte seria venenosa e prejudicaria a vida. A mensagem de Deus produz qualidade de vida e não apenas aparência...

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

MULHER: FONTE DE VIDA

Então apareceu no céu um grande e misterioso sinal.
Era uma mulher.
O seu vestido era o sol,
debaixo dos seus pés estava a lua,
e ela usava na cabeça
uma coroa de doze estrelas.

Apocalipse 12.1 (leia 12.1,5,13,15-16) – BLH

A mulher, a fonte da vida aqui, representa o universo que está dando à luz a sua própria salvação em forma de uma criança frágil, que necessita de salvação. Não é nada mais do que um retrato da vida nos seus diversos níveis: individual e coletivo.

Cada um de nós é produto do universo. A nossa existência é resultado das forças operantes de todo o universo, não um fato isolado que não tem nada a ver com o resto do mundo. Este universo que nos produz também nos protege em nossa fraqueza, até podermos ganhar forças para a nossa própria proteção e a proteção dos outros.

Existem forças de anti-vida que, na realidade, servem para fortalecer a própria vida! Na passagem que segue o texto, estas forças são representadas pelo dragão que não consegue devorar a criança.

A criança, nesta passagem apocalíptica, é Jesus, mas, Jesus, por sua vez, é o retrato de tudo o que é para nós sermos. Em Jesus nós nos descobrimos e achamos a bem-aventurança.

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A ÚLTIMA PALAVRA

Toquem as cornetas no monte Sião,
dêem um grito de alarme no monte de Deus!
Trema de medo, povo de Judá,
pois está chegando o dia do Deus Eterno.
Será um dia de escuridão e trevas,
um dia de nuvens negras.
Os gafanhotos avançam
como um exército enorme e poderoso,
como uma nuvem escura que cobre as montanhas.
Nunca houve uma coisa assim no passado
e no futuro nunca mais haverá.

Joel 2.1-2 (leia 1.13-15, 2.1-2) – BLH

Embora os seres humanos agora dominem o mundo, eles não terão a última palavra. O ser humano não é a força mais poderosa no mundo, embora seja ele que se encontre em maior evidência! O poder do homem não é tanto quanto parece e não durará para sempre. A força maior é a força básica da criação, Deus tem a última palavra e tudo que não está de acordo com esta força, cairá.

No fim, a vida e a criatividade vão ter o domínio; as forças menores simplesmente agirão para promover a finalidade delas. A curto prazo, parece que as forças da destruição e do caos dominam, porque são elas que estão mais em evidência. Na verdade, elas são forças secundárias, agindo de acordo com a força maior, numa maneira que nós não conseguimos entender...

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domingo, 10 de outubro de 2010

OS "JONAS" DE HOJE

Então orou assim:
“Ó Deus Eterno,
eu não disse,
antes de deixar a minha terra,
que era isso mesmo que ias fazer?
Foi por isso
que fiz tudo para fugir para a Espanha!
Eu sabia que és Deus
que tem compaixão e misericórdia.
Sabia que és sempre paciente e bondoso
e que estás sempre pronto
para mudar de idéia
e não castigar.”

Jonas 4.2 (leia 4.1-11) – BLH

Jonas estava reclamando. A compaixão e a misericórdia não eram o que Jonas estava querendo para o povo daquela cidade. O gosto de Jonas e o gosto divino não combinavam. Jonas era exclusivista, "colocador de barreiras", “excluidor de pessoas”. Para Jonas, a religião deveria excluir os pecadores e não recuperá-los. Os pecadores seriam castigados e não perdoados.

Há muitos "Jonas" na igreja hoje em dia. Para os "Jonas", a igreja é um lugar de privilégios para aqueles que merecem as bênçãos de Deus. Somente os que têm a sua vida em dia com a igreja podem participar da Ceia do Senhor. Para eles, a Santa Ceia é o "privilégio dos santos" e não "remédio para os pecadores"! Os "Jonas" excluiriam crianças da mesa da comunhão, do batismo, e não deixariam casais "não crentes" se casarem no templo da igreja, etc, etc.

Compaixão e misericórdia são graças que muitas vezes faltam àqueles que professam uma espiritualidade superior aos outros.

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sábado, 9 de outubro de 2010

TEMPO DE ARREPENDIMENTO

Que todas as pessoas e animais
vistam sacos de pano grosseiro.
Que cada pessoa ore a Deus
com fervor
e abandone os seus maus caminhos
e as suas maldades.
Talvez assim Deus mude de idéia.
Talvez o seu furor passe,
e assim não morreremos!

Jonas 3.8-9 (leia 3.1-10) – BLH

Aqui temos uma repetição do tema da influência de atitudes sobre o mundo em que vivemos. Os moradores foram convencidos da verdade da pregação de Jonas a respeito da destruição de sua cidade, mas, ao mesmo tempo, não aceitaram esta verdade como irreversível. Se as suas atitudes e seus atos poderiam condenar a cidade, eles poderiam, também, salvá-la.

Há uma esperança para os dias de hoje! Os profetas modernos estão pregando a destruição, não somente de uma cidade mas de toda terra, como conseqüência dos nossos pecados contra ela. Com a destruição do meio ambiente estamos caminhando para a nossa própria destruição. Pode ser que ainda haja prazo para o arrependimento... Mas o fato é que, sem arrependimento, não haverá salvação. A saída é "orar a Deus e abandonar os maus caminhos", como diz o texto. Atitudes e atos de arrependimento pela coletividade ainda podem ser a salvação da espécie humana. Todos têm que ser conscientes, um só não basta.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

JONAS E A TEMPESTADE

Em seguida os marinheiros pegaram Jonas
e o jogaram no mar,
e logo o mar se acalmou.
Eles ficaram com tanto medo do Deus Eterno,
que lhe ofereceram um sacrifício
e lhe fizeram promessas.

Jonas 1.15-16 (leia 1.1-2.1,11) – BLH

Em grande parte, a religião é a tentativa humana de fazer as pazes com as forças misteriosas do mundo em que vivemos. Os marinheiros estavam ameaçados pela fúria do mar causada por um deus irado. Jonas foi apontado como o causador desta ira divina. Para se livrarem deste perigo os marinheiros lançaram Jonas ao mar. Ao sentirem a tempestade acalmada, os homens do mar aplacaram o deus de Jonas que tinha o terrível poder de provocar tempestades. Uma das tendências humanas é fazer as pazes com os poderes misteriosos para que as suas ameaças não se concretizem.

Outro ponto importante desta história é o espírito humilde de Jonas. Ele mesmo se julgava culpado pela tempestade e o perigo que todos corriam. Jonas, prestativo, se oferece até a sacrificar sua vida para livrar os marinheiros do perigo!...

O mundo é um organismo misterioso com partes interligadas; uma consegue afetar todas as outras... Nossas atitudes íntimas também chegam a afetar o mundo em que vivemos. Uma pessoa problemática tende criar um ambiente perturbado. Pessoas bem resolvidas projetam paz ao seu redor. A tempestade e a calmaria simbolizam os efeitos das atitudes de Jonas. A fuga desencadeou a tempestade, a entrega gerou calma. O melhor lugar para começar criar um mundo melhor é começar conosco mesmo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

JESUS: VIDA PARA TODOS

Mas nós vemos Jesus!
Por um pouco de tempo
ele foi colocado em posição inferior à dos anjos,
para que,
pela graça de Deus,
morresse por todas as pessoas.
Agora nós o vemos coroado de glória e de honra
por causa da morte que sofreu.

Hebreus 2.9 (leia 2.5-12) – BLH

Uma das leis do mundo que conhecemos é que a vida vem através da morte e a perfeição através do sofrimento! Este princípio está embutido no espírito humano desde épocas pré-históricas, contido desde a mais antiga mitologia conhecida, até as mais sofisticadas formas de cristianismo! Todos os ritos de sacrifício, sejam humanos, dos animais ou das plantas, testificam este princípio.

A vida e a morte de Jesus estavam em harmonia com muitas formas diferentes de religião em muitas partes do mundo. Jesus veio para ser o cumprimento não só da lei judaica, mas de muitas outras expressões religiosas. Todos estavam adorando um "Deus desconhecido", mas Jesus veio para revelar este Deus na sua plenitude. A vida e a morte de Jesus serviram para toda humanidade se identificasse com Ele, mostrando que todos os homens e mulheres têm o privilégio de serem chamados filhos e filhas!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PREDOMINÂNCIA DO BEM

Coragem,
povo seu,
que trazes o nome de Israel!
Fostes vendidos às nações,
mas não para vossa perdição.
Por teres excitado a ira de Deus
fostes entregues a vossos adversários.

Baruc 4.5-6 (leia 4.5-12, 27-29) – BJ

Muitas vezes o que parece ser um desastre é, na realidade, uma boa sorte. Às vezes, uma desgraça menor serve para evitar uma desgraça maior. Bispo Isaías Sucasas contou que, uma vez, perdeu um vôo de avião porque a condução que o levou ao aeroporto quebrou e foi preciso viajar de trem em vez de avião. Ao chegar ao seu destino ficou sabendo da notícia de que o avião havia caído. O mundo está cheio de histórias desta natureza.

Pode ser que na economia cósmica não exista tragédia, que cada "mal" tenha a finalidade de produzir seu "bem". Pode ser que julgamos as coisas na base de curto e médio prazo. Na realidade, o mal é um valor relativo ao nosso bem estar a curto prazo, mas, na economia cósmica, o que julgamos seja um “demônio” é, a longo prazo, um “anjo”. No antigo testamento o Eterno é autor do bem e do mal. São da mesma fonte e são utilizados para cumprir o propósito divino. Satanás é usado como instrumento de Deus. Calvino disse: "Deus usa a ira dos homens para a sua glória".

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

SOFRIMENTO HUMANO

Não escutamos a voz do Eterno,
nosso Deus,
segundo todas as palavras dos profetas
que ele nos enviou;
mas nos entregamos cada um
segundo o pendor do seu coração,
a servir outros deuses,
fazendo o que é mau
aos olhos do Eterno,
nosso Deus.

Baruc 1.21-22 (leia 1.15-22) – BJ

Os “outros deuses” de hoje são: materialismo, ganância, consumismo, ambição, corrupção, exploração, egoísmo, preconceito e fanatismo. Profetas seculares e religiosos estão unidos em nos advertir contra estes “deuses” e do perigo que corremos.

A maioria dos sofrimentos humanos são produzidos pelos próprios seres humanos. Em termos globais, não há mais abundância de recursos, e uma grande percentagem da população mundial sofra privações de uma forma ou outra. A espécie humana está caminhando para um grande desastre por falta de juízo! Em vez de procurar uma maneira de conviver com o próximo para benefício de todos e conviver com a natureza sem destruí-la, o ser humano está destruindo o seu próprio meio social pela exploração do próximo e a destruição do seu meio ambiente que é a sua própria casa.

Estamos caminhando para o dia em que não haverá mais água pura para bebermos, ar puro para respirarmos, alimentação que não esteja contaminada pelos resíduos tóxicos das nossas indústrias e combustíveis para aquecimento e nem remédios para curarmos os males que nós mesmos produzimos

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