Quem
quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor
se não me amar mais do que ama
o seu pai,
a sua mãe,
a sua esposa,
os seus filhos,
os seus irmãos,
as suas irmãs
e até a si mesmo.
se não me amar mais do que ama
o seu pai,
a sua mãe,
a sua esposa,
os seus filhos,
os seus irmãos,
as suas irmãs
e até a si mesmo.
Lucas 14.26
(leia 14.25-33) – NTLH
Duras
são estas palavras de Jesus!!!! Parece que Ele está contra laços
familiais fortes e que seguí-Lo significa repudiar o lar. Mas, antes
de tentar entender estes dizeres, devemos, primeiro, definir o que é
“seguir Jesus”.
No
conceito popular dos cristãos (católicos e protestantes), seguir
Jesus é aceitar os dogmas da igreja, ser batizado em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo e ser fiel aos ensinamentos aprovados por
ela. Seguir Jesus é agir dentro das doutrinas e normais que as
igrejas estabelecem.
Quando
Jesus falou estas palavras ainda não existia “esta igreja”, com
corpo de doutrinas, práticas e leis de conduta, que conhecemos hoje.
Seguir Jesus hoje é algo muito mais profundo do que a aceitação
incondicional de um sistema de crenças sobre a pessoa de Jesus e
normas de comportamento determinado pelo cristianismo. Na linha da
história do mundo cristão, “fieis” chegaram a perseguições,
torturas, guerras, discriminações, escravidões, atentados,
assassinatos e outras violências como “formas” de seguir Jesus.
Os praticantes destes atos se julgavam pessoas piedosas e seus
seguidores. A liderança dos Estados Unidos promove o imperialismo
com o raciocino de levar os princípios democráticos cristãos ao
mundo no combate ao mal.
Seguir
Jesus independe de laços formais ou informais com o que chamamos de
“igreja”. Ser seguidor de Jesus significa adotarmos um estilo de
vida compatível com o seu espírito, fundamentado em amor, cujo
fruto é compaixão e misericórdia! Amar Jesus mais do que pai, mãe,
cônjuge, filhos, irmãos ou a si mesmo, significa ter amor não
possuidor, não egoísta. É amá-los como eles são, sem impormos a
nossa vontade. É não fazermos o papel de Deus e agirmos como se
fossemos “seu dono”. Ninguém é dono de ninguém. Amar como
Jesus amou é abrirmos mão de privilégios e reconhecermos que tudo
ao nosso redor é dádiva e não nos pertence.
Jesus
disse que devemos calcular quanto vai custar o discipulado.
Praticando o amor de Jesus pode nos levar ao confronto com os valores
sociais, institucionais e interesses econômicos. Pode nos fazer
objeto de discriminação e perseguição, nos custando a vida
física. Isto aconteceu com Jesus e pode acontecer com seus
seguidores.
Não
somos donos da criação. Nada nos pertence. Fomos criados para
pertencer ao Reino e não o contrário. Não temos nenhum controle
sobre ele e nem o direito de julgarmos as outras criaturas de Deus!
Nossa única meta é tentar amar como Jesus amou.
LUCAS 14:25-33 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Certa
vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para
eles e disse:
— Quem
quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais
do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os
seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode
ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou
morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir
uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o
dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os
alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que
virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este
homem começou a construir, mas não pôde terminar!”
— Se
um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que
vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está
bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer
isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto
este ainda estiver longe, para combinar condições de paz.
Jesus
terminou, dizendo:
— Assim
nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que
tem.