sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SONHO DE PAZ


Quando esse dia chegar,

o povo de Judá será salvo,

e o povo de Israel viverá em segurança.

E eles vão dar a Jerusalém este nome:

"O-Eterno-nossa-Salvação".

Jeremias 33.16 (leia 33.14-16) – BLH

O profeta Jeremias conhecia a violência e a opressão. Mesmo encarcerado, mandava mensagens de esperança para seu povo, Israel. A cidade de Jerusalém era destinada à destruição, mas o profeta tinha a visão de Jerusalém como cidade de segurança e salvação. As forças políticas estavam empurrando a cidade para o desastre, mas ainda restava esperança. O ditado popular diz que “a esperança é a última que morre”. No meio das condições péssimas e tenebrosas, Jeremias viu um “raio de luz”.

Aquela geração não viveu para ver a concretização desta mensagem profética e esperançosa. Jerusalém, cujo nome significa “Cidade de Paz”, até hoje aguarda o acontecimento. Pelas notícias diárias, reforçadas pela longa história de atrocidades, a cidade está cada vez mais distante da segurança e salvação! Resta apenas esperança...

A história é desanimadora. Violência e opressão sempre acompanharam a história da “civilização” com ciclos de ascensão e queda de impérios opressores. Estamos vivendo novo surto de violência e opressão, sem precedentes.

A insegurança é uma das características dos dias atuais. As grandes cidades se tornam campos de batalha entre quadrilhas rivais e confrontos armados entre a polícia e os marginais. Balas perdidas fazem vítimas: crianças e adultos inocentes, até dentro das casas. O terrorismo é meio de vida para muitos na cena internacional e na doméstica, matando e ferindo pessoas que querem viver em paz e segurança! O medo faz com que muitas pessoas se recolham dentro de casa, evitando sair a noite. Mesmo dentro de casa, a violência está cada vez mais presente. A violência doméstica está aumentando. Cenas de guerra e atentados invadem as telas dos nossos televisores. O cinema fatura com filmes que destacam a agressão.

O “homo sapiens” (homem sábio), tendo condições para zelar a criação, está se tornando cada vez mais o “homo demens” (homem demente) promovendo guerras, genocídios, etnocídios, fratricídios e homicídios. É o maior predador na face da terra, seguindo o caminho da destruição mútua e a devastação do seu lar, o Planeta Terra.

O paraíso de paz e segurança está se distanciando e o inferno da violência e opressão fica cada vez mais enraizado. Ainda existe um raio de luz, um sinal de esperança?

Os cristãos apontam Jesus como o cumprimento desta profecia. Em termos históricos, uma nova ordem de paz e segurança não foi estabelecida na primeira geração da era cristã como esperada. De lá para cá, cada geração de cristãos precisa achar um novo jeito de interpretar o livro do Apocalipse para manter acesa a esperança do Reino. Hoje, na cidade de Jerusalém, o povo judeu vive em clima de medo, beligerância e ódio. A política de vingança, “olho por olho”, está destruindo qualquer possibilidade duma ordem social de paz e segurança.

Mas em cada geração há pessoas que vivem na contramão da história. Elas vivem a paz, justiça, o perdão, no meio dum mundo de atritos e ganância. Não pegam em armas para se defender e não apelam para a violência para impor seus ideais! Seguem o exemplo de Jesus, mesmo sem saber soletrar as letras J-E-S-U-S. São as verdadeiras luzes que brilham nas trevas! Elas, como o profeta Jeremias, têm uma visão do que poderia ser e já participam do Reino de segurança e paz. Estão dentro do Reino e o Reino está dentro delas.

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