domingo, 21 de maio de 2017

ENXERGANDO O OCULTO

Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus.
Lucas 2.28 (leia 2.22-40) – NTLH

Fé é a arte de enxergar além das aparências. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), contemplou uma pedra bruta e viu dentro dela um profeta. Com martelo e cinzel, o libertou para todo o mundo ver. George Washington Carver (1860-1943), nascido escravo, olhou para um grão de amendoim e orou: “Deus, ajuda-me a ver o que está dentro dele”! No seu laboratório, extraiu 325 produtos diferentes: alimentos, cosméticos, tintas, tecidos, plásticos, etc. Simão viu um casal de camponeses trazer seu filho recém nascido ao templo para ser dedicado. Pela fé, viu no nenê, uma grande luz para iluminar o caminho dos povos no mundo.

Fé é a arte de ver a grandeza nas coisas pequenas: numa pedra, num grão de semente, num nenê de família pobre. Sem elas, não haveria grandeza. A grandeza verdadeira está nas pequenas coisas. A tragédia do homem moderno é confundir a ostentação com a grandeza. A ostentação é ilusão. A grandeza construída às custas dos outros e da criação é falsa. É viver a mentira.

Jesus abençoou os humildes, pacificadores e pobres de sua época. Viu neles o Reino de Deus. Na economia divina, o simples é a base do complexo. Nêutrons e prótons formam átomos, átomos formam; moléculas, moléculas formam; compostos, compostos formam; células, células formam; organismos vivos. Jesus, que os cristãos reconhecem como Salvador e Filho de Deus, veio por meio deste processo divino. Foi concebido, nasceu e cresceu em estatura e sabedoria. Não “queimou etapas”. Não chegou já feito. Sua grandeza veio naturalmente como resultado de humildade e compaixão.

Nas florestas, admiramos as árvores gigantescas que são verdadeiros “arranha-céus vivos”. Sabemos que começaram como sementes pequenas. Mas, muitas vezes não percebemos que a sua existência e proliferação seria impossível sem milhões de outros organismos menores, até invisíveis a olho nu. A destruição deste sistema ecológico seria o fim das árvores gigantes também. As coisas pequenas são importantíssimas em todos os níveis da existência.

A fé enxerga o potencial daquilo que é aparentemente sem valor e a fragilidade, da grandeza aparente. Simão poderia ter se concentrado na grandeza do templo e da liturgia bonita dos atos religiosos. Poderia ter se impressionado com os ricos e poderosos trazendo suas ofertas valiosas. Viu apenas um menino pobre! Mas ao vê-lo, viu tudo que era importante. Viu a grandeza verdadeira!… O templo não existe mais. Mas Jesus continua a ser central na vida de bilhões de pessoas.

O importante não é ser grande ou pequeno. Todos têm o potencial de ser uma bênção e de crescer em sabedoria. Trilhar o caminho da compaixão está dentro do alcance de todos.

LUCAS 2:22-40 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)


Chegou o dia de Maria e José cumprirem a cerimônia da purificação, conforme manda a Lei de Moisés. Então eles levaram a criança para Jerusalém a fim de apresentá-la ao Senhor. Pois está escrito na Lei do Senhor: “Todo primeiro filho será separado e dedicado ao Senhor.” Eles foram lá também para oferecer em sacrifício duas rolinhas ou dois pombinhos, como a Lei do Senhor manda.
Em Jerusalém morava um homem chamado Simeão. Ele era bom e piedoso e esperava a salvação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele, e o próprio Espírito lhe tinha prometido que, antes de morrer, ele iria ver o Messias enviado pelo Senhor. Guiado pelo Espírito, Simeão foi ao Templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao Templo para fazer o que a Lei manda, Simeão pegou o menino no colo e louvou a Deus. Ele disse:
Agora, Senhor, cumpriste a promessa
que fizeste
e já podes deixar este teu servo
partir em paz.
Pois eu já vi com os meus próprios olhos
a tua salvação,
que preparaste na presença
de todos os povos:
uma luz para mostrar o teu caminho
a todos os que não são judeus
e para dar glória ao teu povo de Israel.
33 O pai e a mãe do menino ficaram admirados com o que Simeão disse a respeito dele. 34 Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus:
Este menino foi escolhido por Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente em Israel. Ele vai ser um sinal de Deus; muitas pessoas falarão contra ele, e assim os pensamentos secretos delas serão conhecidos. E a tristeza, como uma espada afiada, cortará o seu coração, Maria.
Havia ali também uma profetisa chamada Ana, que era viúva e muito idosa. Ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Sete anos depois que ela havia casado, o seu marido morreu. Agora ela estava com oitenta e quatro anos de idade. Nunca saía do pátio do Templo e adorava a Deus dia e noite, jejuando e fazendo orações. Naquele momento ela chegou e começou a louvar a Deus e a falar a respeito do menino para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Quando terminaram de fazer tudo o que a Lei do Senhor manda, José e Maria voltaram para a Galileia, para a casa deles na cidade de Nazaré.
O menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus.





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