Enquanto eles atiravam as pedras,
Estêvão chamava Jesus, dizendo:
“Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”
Depois, ajoelhou-se e gritou com voz bem forte:
“Senhor, não condenes esta gente
por causa deste pecado!”
Estêvão chamava Jesus, dizendo:
“Senhor Jesus, recebe o meu espírito!”
Depois, ajoelhou-se e gritou com voz bem forte:
“Senhor, não condenes esta gente
por causa deste pecado!”
Atos
7.69-70 – (leia 7.55-8.1) – NTLH
Os
membros da Sinagoga dos Homens Livres provocaram a morte de Estêvão. Estêvão
foi acusado de falar contra Moisés e contra Deus porque falou de Deus de maneira
diferente da tradição da sinagoga. A fé dos membros da Sinagoga dos Homens
Livres era baseada em uma estrutura de práticas religiosas e um sistema de
crenças fixado há séculos. Qualquer mudança seria uma ameaça. Achavam que Jesus
era uma ameaça aos costumes que eles idolatravam. Qualquer perigo deveria ser
afastado. Era melhor destruir o herege, Estêvão, do que examinar seus valores.
Não eram tão “livres” como professavam. Tinham medo de mudanças. O medo
arrastou-os ao caminho da perseguição.
Estêvão
não tinha medo de mudança, nem da morte. Sua vida havia sido radicalmente
transformada e Jesus era a sua vida. Por isso ele representava perigo.
Perseguição
é fruto de ameaça, imaginada ou verdadeira. O Rei Saul sentia-se ameaçado pelo
jovem Davi e o perseguiu. Herodes, apos o nascimento de um novo rei anunciado
pelos magos, mandou matar as crianças com idade abaixo de dois anos. O Império
Romano perseguia os cristãos porque não reconheciam o César como Senhor.
Depois
de três séculos, os cristãos não eram mais uma minoria perseguida. O
Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. Virou moda. Os não
cristãos passaram a ser perseguidos pelos cristãos. Tornou-se vantagem ser
cristão!...
Vivemos
hoje numa sociedade que a maioria professa a fé cristã, de uma forma ou outra.
Ser cristão não é um ato de coragem. Mesmo assim, continuamos a admirar
Estêvão. Ele é um dos heróis da nossa tradição cristã. Teve coragem de ser
diferente, enfrentar perigo, de viver suas convicções sem medir o custo. Será que
temos a mesma admiração pelos “Estêvãos” de hoje?
Condenamos
os perseguidores de Estêvão. Mas, na prática, até que ponto somos semelhantes a
eles? Até que ponto nós nos fechamos para com aqueles que representam uma
ameaça para o nosso sistema de valores? Como é o nosso tratamento das minorias
menos favorecidas? Qual a nossa atitude para com aqueles que são diferentes de
nós na sua orientação sexual, os que praticam as religiões africanas,
orientais, espiritualistas ou outras formas de cristianismo?
Saulo
é outra figura na morte de Estêvão. Saulo não atirou nenhuma pedra, mas tomou
conta das capas dos perseguidores. Concordou com os atos e teve uma
participação passiva. Semelhante a Saulo, até que ponto participamos de um
sistema de injustiça social que prejudica grandes segmentos da sociedade?
Talvez uma grande maioria segure as capas dos exploradores políticos. Votamos
em pessoas corruptas e não exigimos uma atuação digna dos nossos
representantes. Ficamos passivos. Deixamos tudo ficar como está.
Pensamos
na plenitude do Espírito Santo numa maneira exótica com sinais e maravilhas.
Estêvão é um exemplo da plenitude no sentido bíblico, mas um exemplo que
evitamos imitar. Estêvão faz falta hoje. Os “Estêvãos” da história são raros.
Se um aparecesse hoje, já sabemos qual seria seu destino!
Estêvão,
onde estás? Precisamos de ti hoje!!!
ATOS
7.55-8:1 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Mas Estêvão, cheio do
Espírito Santo, olhou firmemente para o céu e viu a glória de Deus. E viu
também Jesus em pé, ao lado direito de Deus. Então disse:
— Olhem! Eu estou vendo o
céu aberto e o Filho do Homem em pé, ao lado direito de Deus.
Mas eles taparam os ouvidos
e, gritando bem alto, avançaram todos juntos contra Estêvão. Depois o jogaram
para fora da cidade e o apedrejaram. E as testemunhas deixaram um moço chamado
Saulo tomando conta das suas capas. Enquanto eles atiravam as pedras, Estêvão
chamava Jesus, dizendo:
— Senhor Jesus, recebe o meu
espírito!
Depois, ajoelhou-se e gritou
com voz bem forte:
— Senhor, não condenes esta
gente por causa deste pecado!
E, depois que disse isso,
ele morreu.
E Saulo aprovou a morte de
Estêvão.
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