Para o bem dele eu mesmo poderia desejar
estar debaixo da maldição de Deus
e separado de Cristo.
É o povo escolhido por Deus,
e Deus fez dele seus filhos
e repartiu a sua glória com eles.
Fez os acordos com eles e lhes deu a Lei.
Eles têm a adoração verdadeira
e receberam as promessas de Deus.
Romanos 9.3-4 (leia 9.1-5) – BLH
Conforme Paulo, o Povo de Israel estava debaixo da maldição de Deus. Paulo gostaria de poder tomar sobre si a maldição do povo, para que fosse salvo, dando muitos argumentos dentro do raciocínio dele, que, a meu ver, não faz sentido às culturas não-judaicas. Para a nossa cultura e época a tradução do seu argumento seria assim:
O Povo de Israel foi escolhido, não tanto para ser salvo, mas um instrumento da salvação de todas as nações. O povo acabou entendendo a eleição como um privilégio exclusivo e se isolou das demais nações. Esta atitude anulou a eleição porque a finalidade, "a salvação das nações", não estava sendo atingida. Jesus mostrou que não é pelo nascimento, mas, pela atitude de compaixão que uma pessoa é filho ou filha de Deus e a faça parte do povo de Deus!
A igreja segue o mesmo caminho do Israel antigo quando toma a atitude de ser o “novo povo eleito” e despreza as outras manifestações de fé. Um cristianismo intolerante, orgulhoso e exclusivo é tão abominável quanto o legalismo que crucificou Jesus. Se Jesus voltasse de novo na forma humana com as mesmas aberturas reveladas nos Evangelhos seria rejeitado pela mesma igreja que invoca seu nome?
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