segunda-feira, 30 de novembro de 2009

AMOR DE RISCO

Porque foi Deus quem nos fez

e sendo unidos com Cristo Jesus,

nos criou para fazermos o bem

que ele já havia preparado para nós.

Efésios 2.10 (leia 2.4-10) – BLH

A história, pelo menos no ocidente, tem mostrado que o ser humano tem muita dificuldade de fazer o bem além de seus interesses imediatos. O nosso "bem" geralmente é interesseiro e provoca efeitos negativos na coletividade. Fazemos bem a nós mesmos, à custa do bem dos outros... O nosso ganho é a perda dos outros. Uma coisa é lícita se produz bons resultados para nós, independente de danos aos outros.

Jesus veio para revelar o Reino de Deus e nos abrir a porta. O "bem do jeito de Jesus" é diferente do "bem do jeito popular"... A bem-aventurança de Jesus não é algo para ser recebido e guardado, mas algo a ser recebido e compartilhado! Jesus chega trazendo um “pacote divino”. Este pacote divino é o amor ao próximo como fruto do amor divino. O amor guardado se estraga e deixa de ser amor. Um amor ativo vai ao encontro do outro sem pensar em si mesmo, não é calculista e corre o risco de nos levar à cruz.

domingo, 29 de novembro de 2009

A VERDADEIRA IGREJA

Deus fez que Cristo dominasse todas as coisas

e deu o próprio Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo. Pois a Igreja é o corpo de Cristo;

é nela que Cristo está completamente presente,

ele que completa todas as coisas em todos os lugares.

Efésios 1.22-23 (leia 1.17-23) – BLH

Jesus conquistou todas as coisas, colocando-as dentro do grande amor de Deus. Ele é o grande dom de Deus à Igreja. Com Jesus a Igreja ganha tudo o que é dele, ganha uma riqueza inesquecível!

Onde a gente vai achar esta igreja? Será que "esta Igreja" são as igrejas que existem por aí, ou pelo menos algumas delas? - Acho que não.

A Igreja não é uma estrutura eclesiástica, nem um conjunto de dogmas, nem um código de ética, nem certas práticas religiosas ou manifestações espirituais como: línguas estranhas, profecias e milagres... Todas estas coisas juntas não fazem a Igreja.

A Igreja existe onde as pessoas manifestam o espírito de Jesus! Existe onde as pessoas, agindo pelo impulso do amor de Jesus, saram as feridas, reconciliam inimigos, dão comida aos famintos, abrigo aos desabrigados e, com isso, ministram ao próximo, em todas as áreas da vida, que necessitam de salvação.

sábado, 28 de novembro de 2009

TUDO SE TRANSFORMA

Deus já havia resolvido que nos faria seus filhos

por meio de Jesus Cristo,

pois esse era o seu prazer e a sua vontade.

Efésios 1.5 (leia 1.3-14) – BLH

Tudo se transforma. Este é um dos grandes fatos da nossa existência. Jesus é o maior exemplo desta transformação, a começar pela encarnação. Jesus foi transformado em ser humano e se tornou o ser humano modelo. Jesus revela o potencial de cada um de nós. Por meio de Jesus podemos atingir o nosso potencial de filhas e filhos de Deus.

A vida é um processo de transformação. No momento da concepção, duas células separadas são transformadas num ser vivo, um feto. Aquele feto toma forma dentro do útero num ambiente fechado preparando-se para ser transformado num ser que respira e anda num ambiente aberto. Ao ser expulso para o novo ambiente, a transformação continua na formação física, mental e espiritual.

Jesus revela o potencial desta transformação humana. Tudo é destinado à transformação, cada coisa à sua maneira, mas esta transformação pode ser prejudicada. Em Jesus temos o poder de vencer os obstáculos da transformação e atingir este potencial de sermos feitos filhos e filhas de Deus.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O EVANGELHO DA BÊNÇÃO

Antes da criação do mundo,

Deus já nos havia escolhido para pertencermos a ele,

sendo unidos com Cristo,

a fim de sermos somente dele

e estarmos sem culpa diante dele,

por causa do seu amor por nós.

Efésios 1.4 (leia 1.3-6,11-12) – BLH

A ênfase do evangelho é a escolha de Deus a nosso favor, e não o fato de sermos perdidos. É bênção, não culpa. Mas a tradição das igrejas diz o contrário. Em primeiro lugar, o ser humano é “pecador” e condenado por Deus. Conforme esta tradição, somente "aquela minoria" que abraça esta teoria será "des-condenada". Nesta teologia, Deus é o Grande Lixeiro. Ele criou a humanidade, mas o Diabo entrou no meio e roubou a maioria deixando Deus com um punhado de gente. Deus está jogando fora a maior parte da humanidade para ser queimada como lenha no fogo do inferno, bem como o Diabo quer...

A ênfase bíblica é contrária à ênfase da teologia da condenação. A Bíblia começa com a criação da terra, como coisa boa e termina com um novo céu e uma nova terra onde há árvores cujos frutos são para a cura das nações. As páginas da Bíblia estão repletas da atuação de Deus a favor e não contra os povos da terra. A teologia do "deus lixeiro" apresenta um deus que é tão fraco que vai conseguir salvar somente a minoria... A Bíblia apresenta um Deus poderoso e vitorioso nos seus propósitos de vida e de grandes bênçãos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FILHO DE MÃE HUMANA

Mas, quando chegou o tempo certo,

Deus enviou o seu próprio Filho.

Ele veio como filho de mãe humana

e viveu debaixo da Lei dos judeus

para libertar os que estavam debaixo da Lei,

a fim de podermos nos tornar filhos de Deus.

Gálatas 4.4-5 (leia 4.4-7) – BLH

Por ter criado um "Deus Machão", a Igreja Católica precisava suscitar uma face feminina para Deus na pessoa de Maria. Os Protestantes também imaginaram um "Deus Machão", mas, por terem recusado a moldar uma figura feminina, ficaram órfãos de mãe.

O Deus Iahweh da tradição hebraica é também um Deus machista que sufoca o lado feminino da personalidade humana, Deus opressor, escravizador do ser humano num sistema fechado de leis.

Jesus não se encaixa em nenhum esquema teológico de uma linha tradicional de cristianismo ou judaísmo. As estruturas eclesiásticas são machistas de poder e autoridade, baseadas em leis e normas. Jesus nasceu de uma mulher humilde, de nível pobre e popular! Foi criado por Maria, sua mãe, e viveu uma vida de servo. Ele nunca fez parte da direção formal da sua religião. O nosso motivo de seguirmos a Jesus vem do interior, o amor; não o seguimos por imposição. A autoridade de Jesus vem do amor e não da força ou da lei...

Seguindo Jesus neste espírito, nós nos tornamos também filhas e filhos de Deus.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A CONVERSÃO DE JESUS

Mas, quando chegou o tempo certo,

Deus enviou o seu próprio Filho.

Ele veio como filho de mãe humana

e viveu debaixo da Lei dos judeus.

Gálatas 4.4 (leia 4.4-7) – BLH

Jesus, Filho de Deus, veio como filho de mãe humana. Aqui fala da conversão de Jesus, Deus que se converteu em ser humano. A sua conversão foi, também, dentro de uma das muitas culturas humanas, a dos judeus. Para converter os seres humanos em seres divinos, Jesus tinha que deixar de ser um ser divino para se tornar um ser humano... É aqui que temos o segredo da evangelização - a pré-conversão do evangelizador para o evangelizado. Nisto, Jesus é o supremo exemplo de como a evangelização deve ser feita.

Como pode a igreja evangelizar o mundo se ela insiste em criar uma cultura própria e destruir a cultura existente? A igreja deve encarnar em si a cultura existente e viver o evangelho dentro daquela cultura. Foi justamente isto que Jesus fez, se tornou judeu e viveu o judaísmo de acordo com o Reino de Deus. Foi custoso aos cristãos judeus aprenderem, se converterem ao paganismo e viverem o evangelho dentro dele; mas, em realizando, conseguiram ganhar os pagãos para o Reino. Cada geração precisa aprender esta lição de novo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FRAQUEZA E FORÇA

Então ele me respondeu:

"A minha graça é suficiente para você,

pois o meu poder é mais forte quando você está mais fraco." Portanto, eu me sinto mais alegre ainda

por estar orgulhoso pelas minhas fraquezas,

para assim ter a proteção do poder de Cristo em mim.

2 Coríntios 12.9 (leia 12.1-10) – BLH

Às vezes o nosso forte é reconhecer as nossas fraquezas e as nossas limitações. Assim, podemos nos apoiar naquilo que está além das fraquezas e limitações pessoais. Para ter bom êxito na vida cristã não é necessário ser forte, - é necessário ser humilde! O nosso forte é muito limitado. O fraco de Deus é bem mais forte do que o nosso forte. O bom êxito da nossa vida depende da graça divina e não das nossas qualidades em si.

O bom êxito depende de nós estarmos em sintonia com as forças da vida que podemos chamar de "graça". Esta força (graça) tem o rosto de Jesus e já está agindo a nosso favor, sem pré-condições. A graça nos trouxe ao mundo e atua em nossa vida bem antes de nós termos consciência disto. O segredo é deixarmos a graça funcionar. Ao nos sentirmos fortes, ficamos na ilusão de que somos nós que alcançamos as realizações. Reconhecer a fraqueza é o nosso forte.

domingo, 22 de novembro de 2009

FORTALECIMENTO NA FRAQUEZA

Três vezes orei ao Senhor e lhe pedi que tirasse isso de mim. Então ele me respondeu:

"A minha graça é o suficiente para você,

pois o meu poder é mais forte quando você é fraco."

Portanto, eu me sinto mais alegre ainda por estar orgulhoso

pelas minhas fraquezas,

para assim ter a proteção

do poder de Cristo em mim.

2 Coríntios 12.8-9 (leia 12.7-10) – BLH

A vida nunca é do nosso gosto nem da nossa conveniência. Os nossos mundos sempre têm os "poréns". Uma parte da maturidade é lidar criativamente com estes fatores que nos causam transtornos e transformá-los em algo positivo. Existe aquela figura clássica da pérola, algo de grande beleza e valor mas que, na realidade, não passa de um grão de areia que causou sofrimento para um bichinho no fundo do mar. O que parece ser uma grande inconveniência pode ser uma grande oportunidade.

Nem sempre os obstáculos podem ser removidos. Ficam plantados bem no meio da nossa vida. Precisamos aprender a viver com eles de uma maneira criativa. Esta criatividade nos faz crescer e ficar mais fortes. A autodisciplina que nos leva a enfrentá-los é o caminho para o crescimento e maturidade da personalidade. Nós nos fortalecemos por meio de nossas fraquezas.

sábado, 21 de novembro de 2009

AUTO-VALORIZAÇÃO

São servos de Cristo?

Mas eu sou um servo melhor do que eles,

embora fale como se fosse louco.

Pois tenho trabalhado mais do que eles

e tenho estado mais vezes na prisão.

Tenho sido surrado muito mais do que eles

e muitas vezes quase morri.

2 Coríntios 11.23 (leia 11.18,21-30) – BLH

Tem hora que devemos nos valorizar. Nada de falsa modéstia! Tem hora que precisamos ocupar o nosso espaço e não deixar que os outros tomem conta de nós, expulsando-nos do nosso devido lugar. Tem hora que temos que defender o nosso território e botar fora os intrusos. Se nós lutamos por alguma coisa com muito sacrifício é porque colocamos muito valor naquilo.

Paulo estava pronto para fazer qualquer sacrifício por causa do evangelho que ele havia descoberto. Deu a sua vida por aquele objetivo e não estava a fim de deixar que outros entrassem e botassem por água abaixo, tudo que ele havia feito. Com isto, Paulo estava valorizando a sua pessoa e o seu trabalho.

É importante ter um ideal na vida. Vale a pena lutar para realizá-lo. Quem não fizer isto, não valorizar a sua vida, não valoriza a si mesmo. À medida que estamos prontos para lutarmos e sofrermos por um ideal, estamos valorizando nossa vida e a nós mesmos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

EVANGELHO DA GRAÇA E JESUS DO AMOR

Porque vocês suportam com alegria qualquer um

que chega e anuncia um Jesus diferente,

que não é o Jesus que nós anunciamos.

E aceitam um espírito e um evangelho

completamente diferente do Espírito de Deus

e do Evangelho que receberam de nós!

2 Coríntios 11.4 (leia 11.1-11) – BLH

Precisamos examinar bem Jesus e o Evangelho que são anunciados a nós. Primeiro, é preciso conhecer Jesus e o Evangelho que são anunciados na Bíblia. Isto exige um conhecimento profundo da pessoa de Jesus e das escrituras.

Paulo anunciou o Evangelho da graça e Jesus do amor. Depois vieram outras pessoas anunciando um evangelho cheio de exigências e regras e um Jesus cobrador de leis. Transformaram o Evangelho da libertação e vida num evangelho que amarrava as pessoas à novas leis e colocava fardos de morte. Transformaram um Jesus que aceitava as pessoas do jeito que eram num Jesus juiz e vingador.

Muitas igrejas e grupos religiosos querem acrescentar algo ao evangelho e a Jesus. Exigem a aceitação de certas doutrinas, ou de certas práticas religiosas ou de certas "manifestações e dons". Não conseguem conceber graça e amor sem qualificações.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SEGUINDO O CORAÇÃO

Que cada um dê conforme resolveu no coração,

não com tristeza nem por obrigação,

pois Deus ama quem dá com alegria.

2 Coríntios 9.7 (leia 9.6-10) – BLH

Os nossos atos devem ser espontâneos e não impostos por forças externas. A verdadeira libertação traz autonomia de ação. Uma pessoa libertada é motivada pelo interior, não por regras e leis feitas por outros, mas porque ela mesmo quer e não porque é exigido.

Uma religião de muitas regras e leis não é válida. Este "tipo de religião" é uma escravidão. As religiões que apresentam um sistema já pré-estabelecido de normas para serem seguidas pelos adeptos é uma força opressora, tanto quanto qualquer outra.

A diferença entre escravo e filho é que o escravo faz as coisas porque é mandado pelo dono e não porque ele próprio quer. Ele faz por obrigação temendo as conseqüências, se não fizer. O bom filho faz porque realmente quer agradar aos pais e deseja o seu bem, por amor e não por querer evitar castigo... Deus não quer escravos que apenas cumpram ordens, mas quer filhos e filhas que agam por amor, cujos atos trazem satisfação.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SEMEAR: A ENTREGA DO MELHOR

Lembrem-se disto:

Quem planta pouco colhe pouco;

quem planta muito colhe muito.

2 Coríntios 9.6 (leia 9.6-11) – BLH

Uma das leis da natureza é semear e colher. A colheita está de acordo com a semeadura. Quanto melhor a qualidade da semente, tanto melhor a qualidade da colheita. O bom lavrador reserva as melhores sementes para o plantio. Ele não come do melhor e planta as piores sementes. Se fizesse isto sua colheita estaria comprometida. Sabe que, ao abrir mão das melhores sementes agora, a futura colheita tem maiores chances de ser abundante e de boa qualidade.

Quando estamos sendo generosos para com os outros, não estamos jogando as coisas fora, mas estamos semeando. Jogar fora e semear são duas coisas bem distintas. Semear implica entrega do melhor e não daquilo que sobra. A nossa tendência é dar as sobras, seja dos nossos bens, do nosso tempo, ou dos nossos esforços. Se o plantio for de sobras: teremos uma colheita de sobras.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

TESTE DE AMOR

Porque vocês já conhecem o grande amor

do nosso Senhor Jesus Cristo:

ele era rico,

mas se tornou pobre por causa de vocês

a fim de que vocês se tornassem ricos

por meio da pobreza dele.

2 Coríntios 8.9 (leia 8.1-9) – BLH

O amor não é um mero sentimento. O sentimento que não se transforma em ação não é verdadeiro. O amor só de palavras não é amor de verdade. A prova do amor de Jesus é o ato dele abrir mão da sua riqueza de uma existência de conforto, segurança e abundância; participando da pobreza da situação humana. Jesus nasceu entre os pobres e viveu uma vida marginalizada, sem participar dos privilégios das classes abastadas de sua época. Jesus abriu mão da sua condição de Filho de Deus com toda a sua glória para ser um filho ilegítimo de uma pobre camponesa. Ele não somente abriu mão destas riquezas, mas as ofereceu a nós. Por meio da pobreza de Jesus nós nos tornamos ricos.

O reflexo do amor de Deus em nossas vidas é justamente na área da generosidade. Todos nós temos as nossas riquezas. Podem não ser riquezas à vista dos outros, mas para nós vale muito. A profundidade do nosso amor pode ser medida pela nossa disposição de abrirmos ou não mão das riquezas pessoais.

domingo, 15 de novembro de 2009

UM SINAL DA BONDADE DE DEUS

Escutem o que Deus diz:

"Quando chegou o tempo de mostrar a minha bondade,

eu atendi o seu pedido e o socorri

quando chegou o dia da salvação."

Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade! Hoje é o dia de ser salvo!

2 Coríntios 6.2 (leia 6.1-10) – BLH

Hoje é o único dia que tenho, somente o presente momento é meu. A minha bem aventurança sempre depende do "agora". O que estou pensando agora, planejando agora e fazendo agora está contribuindo ou prejudicando a minha bem aventurança, não só a minha, mas a dos outros também!

Evitei usar o termo "minha" bem aventurança em isolamento. A minha bem aventurança está ocorrendo no contexto da bem aventurança dos outros e a minha vem puxando a dos outros. A bem aventurança dos outros vem me beneficiando também.

Mas, voltando ao tema, a bem aventurança é sempre o assunto de "hoje" e hoje sempre é um sinal da bondade de Deus. Hoje é a dádiva constante que Deus está me dando. Enquanto tenho o dia de hoje há oportunidade de trabalhar a salvação. A bem aventurança é a meta principal da vida e nunca deve ser deixada para o amanhã que nunca chega. Hoje é tudo o que tenho.

sábado, 14 de novembro de 2009

HERDEIROS DE JESUS

Em Cristo não havia pecado.

Mas Deus colocou sobre Cristo

a culpa dos nossos pecados

para que nós,

em união com ele,

tenhamos a vida santa

que Deus quer.

2 Coríntios 5.21 (leia 5.20-6.2) – BLH

A fé cristã coloca Jesus como o modelo da perfeição! Embora sendo gente como nós, Jesus era diferente de nós: desde a infância, conseguiu viver toda a sua potencialidade de fazer o bem e evitar o mal! Sempre vivia plenamente o amor do Papai em relação ao próximo e a si mesmo... Mas, mesmo assim, as conseqüências do desamor vivido pelos homens e mulheres caíram sobre ele. Jesus não vivia desamor, mas foi sujeito aos efeitos do desamor dos outros... O desamor mata e Jesus foi crucificado ainda jovem pelas mãos dos outros.

Conseguindo viver plenamente o amor, Jesus venceu as forças da destruição. Ele vive entre nós hoje e serve de fonte de inspiração para nós fazermos o mesmo. O nosso meio ambiente social-ético transmite os efeitos do desamor e pode reagir contra nós, mas as forças de desamor não terão a última palavra. Confiamos que o Amor nunca será vencido!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CRIADOR ETERNO

Quando alguém está unido com Cristo

é uma nova pessoa;

acabou-se o que é velho,

e o que é novo já veio.

2 Coríntios 5.17 (leia 5.14-17) – BLH

Em Jesus, Deus é o eterno criador. A obra de criação nunca parou. O descanso de Gênesis não foi a aposentadoria de Deus. Pelo contrário, foi o começo de um projeto muito mais difícil ainda: a recriação do ser humano. No livro de Gênesis o ser humano já começou entrar em pane e a história bíblica não é nada menos do que a história da continuação da obra criadora de Deus, uma obra muito mais complicada do que a primeira fase.

Criação II é esta nova pessoa que Jesus cria quando ela começa tomar um novo rumo na vida. Em Jesus esta nova criação se torna uma realidade. Muitas vezes é mais fácil criar uma coisa do nada do que pegar uma coisa estragada e tentar consertá-la. Às vezes, pelo amor a um objeto, dispomo-nos a tentar consertá-lo em vez de jogar fora e obter um que seja novo em folha. Este é o caso de Deus a respeito da humanidade.

A Criação II é fruto de amor, representa um caminho mais difícil a ser seguido do que o caminho de descartar o velho. No mundo de descartáveis a arte de consertar e renovar o velho está se tornando uma arte perdida. O bom é que nós possamos ser renovados, não descartados.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FAZER A JUSTIÇA OU VIVER A JUSTIÇA?

Ele morreu por todos para que os que vivem

não vivam mais para si mesmos,

mas para aquele que morreu e ressuscitou

para o bem deles.

2 Coríntios 5.15 (leia 5.14-21) – BLH

Nós reproduzimos a nossa própria espécie. Peixe gera peixe, mosca mosca e rosa, rosa! Jesus, sendo amor, reproduziu o amor com todos os seus frutos. A vida e a morte daqueles que vivem o amor traz o bem para todos.

Não há relato bíblico de Jesus ter gerado filhos ou filhas no sentido biológico, mas no sentido "espiritual" nós nos consideramos descendentes dele; devemos ser da mesma "espécie". Aí está a dificuldade. Até que ponto estamos sendo da "espécie do amor"?

O domínio do amor é a marca desta herança. Não somos mais dirigidos pelas regras. Regras têm em vista a proteção e promoção de sistemas e instituições. O amor visa ao ser humano e tudo que promove a vida. As regras visam fazer a justiça e estabelecem ordem. O amor visa viver a justiça, porque somente vivendo a justiça temos a posse de outros atributos. As regras visam controlar o comportamento. O amor atinge o íntimo: converte o inimigo em amigo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ABRINDO AS MALAS

Porque todos nós temos de nos apresentar diante de Cristo,

para sermos julgados por ele.

E cada um vai receber o que merece

de acordo com o que fez de bom ou de mau

na sua vida aqui na terra.

2 Coríntios 5.10 (leia 5.6-10) – BLH

As escrituras cristãs indicam que a vida além túmulo é a continuação da vida que estamos levando agora, isto é, ao passarmos para a próxima fase vamos levar a bagagem que estamos adquirindo aqui. O julgamento não é nada mais do que isto. Vamos "abrir as malas" e ver o que arrumamos nesta etapa. Vamos levar coisas para a vida, ou coisas para a morte?

Aquilo que fazemos de bom é aquilo que vem motivado pelo amor. O que é motivado pelo amor produz vida. É vida produzindo vida. Aquilo que fazemos de mal é aquilo que é motivado pelo egoísmo ou medo. Ser bonzinho por medo do castigo de Deus não vale, como também não vale fazer coisas boas para ficar de bem com Deus. O verdadeiro bem é espontâneo, sem segundas intenções e sem retorno, mas produz felicidade e paz do espírito.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

DESGASTE E RENOVAÇÃO

Por isso nunca ficamos desanimados.

Ainda que o nosso corpo vá se gastando,

o nosso espírito vai se renovando dia a dia.

2 Coríntios 4.16 (leia 4.13-5.1) – BLH

Embora não seja possível fazer separação entre corpo e alma ou corpo e espírito, nem sempre o estado do corpo reflete imediatamente o do espírito. Um dos fatos da vida que os jovens ainda não sentem é a realidade do desgaste do corpo. Nós, que já passamos bem além do "pique" físico, sentimos o desgaste que o tempo traz para o nosso organismo, somos cientes de que a nossa mente e o espírito são mais ágeis e resistentes do que nunca. Seria bom ter o corpo de ontem com a cabeça de hoje.

Este desencontro entre o corpo e o espírito é confortante e frustrante ao mesmo tempo: é confortante o fato de que nem tudo está indo para trás. Há áreas em nossa vida que ficam melhores com a passagem do tempo. É frustrante quando sentimos cada vez mais as limitações físicas sem podermos pôr em prática o que a cabeça sabe fazer. Pior seria o desgaste do espírito e do corpo juntos.

A fé facilita a renovação da mente. Fico animado pelos novos conhecimentos e novas compreensões que meu espírito alcança diariamente apesar do desgaste do corpo. O corpo vai murchando, mas a mente vai crescendo. A maturidade tem esta vantagem… Isto me faz feliz!

domingo, 8 de novembro de 2009

FÉ NA ESPERANÇA

As Escrituras Sagradas dizem:

"Eu cri e por isso falei."

Pois assim também nós,

que temos o mesmo espírito de fé,

falamos porque cremos.

Porque sabemos que Deus,

que ressuscitou o Senhor Jesus,

nos ressuscitará também com ele e nos levará,

junto com vocês,

à presença dele.

2 Coríntios 4.13-14 (leia 4.7-15) – BLH

Parece que tudo na vida tem seus opostos. Esta passagem menciona alguns: inimigos e amigos, morte e vida, dificuldades e vitória, dúvidas e esperança. Se existe um lado também existe o outro. Se Deus ressuscitou Jesus, também nos ressuscitará.

Muitas vezes o que faz a gente continuar a labuta é a esperança, como diz o salmo citado pelo texto na linguagem de hoje: "Estou completamente esmagado, mas mesmo assim continuei crendo". Pelo que a gente vê diariamente não há motivos de ânimo. O corpo vai envelhecendo, os amigos e queridos morrem, uma crise segue outra e o paraíso fica cada vez mais distante... As coisas positivas, ao serem examinadas com profundidade, revelam defeitos fatais. As vitórias alcançadas são temporárias e o Reino não chega nunca. Resta a esperança de que tudo de negativo tem o seu lado positivo: o novo brotará das cinzas.

sábado, 7 de novembro de 2009

VIDA NO CORPO MORTAL

Durante a nossa vida estamos sempre em perigo de morte

por causa de Jesus,

para que se veja a vida dele

no nosso corpo mortal.

2 Coríntios 4.11 (leia 4.7-15) – BLH

Em nossa fragilidade se revela o poder daquilo que nos sustenta. Somos sustentados por uma força que é muitíssimo maior do que nós. Somos apenas "potes de barro" (v.7), mas em nós há muitos tesouros.

O nosso problema é que ficamos encantados com o "pote" e a sua beleza. Aquele pote pode ser a nossa própria pessoa e aquilo que conseguimos realizar no decorrer da nossa vida, ou também a estrutura dentro da qual vivemos e agimos. Pode ser uma nação potente ou uma igreja crescente e animada com muito entusiasmo e atividades. Pode ser mil e uma coisas que nos dão um senso de importância e de identidade.

Ao percebermos que este é apenas um "pote de barro comum," podemos cair no desespero total e caminharmos para um fatalismo auto-destrutivo. Ou podemos descobrir a força que formou o pote e os tesouros que ele contém. O nosso mal consiste em glorificar as formas e idolatrar as coisas. A desilusão com as nossas coisas pode abrir os nossos olhos para aquele que é Vida, fonte de tudo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

POTES DE BARRO

Porém nós que temos esse tesouro espiritual

somos como potes de barro comum

para mostrar que

o poder supremo

pertence a Deus,

e não a nós.

2 Coríntios 4.7 (leia 4.6-11) – BLH

Somos "potes de barro". O pote não se cria, é criado por outro. Não pede para ser feito. Não escolhe se quer ou não ser pote de barro, nem pode opinar sobre o estilo ou tamanho que seria. Tudo o que é e o que tem lhe é dado.

Assim somos nós. O que somos é da nossa escolha ou da nossa iniciativa? Escolhemos o nosso sexo? a nossa raça e nacionalidade? a nossa família? a nossa carga genética? os nossos gostos e preferências? Escolhemos se queremos nascer ou não ou a época deste nascimento? Temos muito em comum com aquele pote de barro!...

Em algumas coisas somos diferentes do pote de barro Ele não tem a capacidade de ficar orgulhoso ou revoltado por causa do que é ou do que tem. Nós temos! Temos a capacidade de acharmos que merecemos aplausos por muitas coisas que recebemos e criticarmos potes diferentes de nós. A ironia é que, ao recebê-las, não sabemos usá-las para nosso bem e o bem dos outros.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

NATUREZA DO MAL

Porque, se o Evangelho que anunciamos está escondido,

está escondido somente para os que estão se perdendo.

Eles não crêem porque o deus mau deste mundo

conservou a mente deles na escuridão.

Ele não deixa ver a luz que brilha sobre eles,

a luz que vem da Boa Notícia a respeito da glória de Cristo,

o qual é a verdadeira semelhança de Deus.

2 Coríntios 4.3-4 (leia 3.15-4,6) – BLH

Chamamos este fenômeno de “bloqueio”. Ficamos cegos para aquilo que não queremos ver. Paulo entendeu este fenômeno como a ação de um deus mau sobre a vida humana, mas o resultado é o mesmo. Muitas vezes nós fazemos o papel de deus mau e escondemos de nós mesmos fatos vitais para o nosso bem estar.

Para mim, o mal é a negação da verdade. É recusar ver a verdade. É viver a mentira. Nós, como seres humanos, temos uma tremenda capacidade de auto-engano. A nossa tendência é de auto-proteção. Nós nos protegemos de tudo aquilo que percebemos como ameaça. Os nossos pontos negativos são ameaças e a nossa tendência é recusar reconhecê-los. Esta recusa elimina qualquer possibilidade de correção ou cura. A nossa salvação (bem estar) consiste em deixarmos a luz da verdade iluminar as nossas carências e nos levar à cura.