domingo, 27 de março de 2016

BUSCANDO O IDEAL

Como é bom e agradável
que o povo de Deus viva unido
como se todos fossem irmãos e irmãs!
Salmo 133.1 – NTLH
Todos os que creram pensavam
e sentiam do mesmo modo.
Ninguém dizia que as coisas que possuía
eram somente suas,
mas todos repartiam uns com os outros
tudo o que tinham.
Atos 4.32 - NTLH

Os “paraísos” do passado são visões do que poderiam ser hoje, desejos de superar os limites do presente momento. O povo de Israel nunca chegou a realizar o ideal de viver como irmãs e irmãos. A sua história sempre foi de conflitos internos. Ficou como sonho.

A igreja, desde o começo, foi marcada por anátemas mútuos e caças a hereges. O episódio de Atos 4.32-35 foi exceção, raramente repetido durante grande parte da sua história. Depois do bom exemplo de Barnabé, Ananias e Safira entram em cena (Atos 5.1-11). A ambição pessoal estava sempre presente e muitas vezes dominava. Sonhadores se faziam representar.

Os valores da nossa cultura nos colocam em conflito entre riqueza material e espiritual. Proliferam as necessidades do corpo, que muitas vezes prejudicam as do espírito. Colocamos a nossa segurança em bens materiais. Pessoas privilegiadas são aquelas que têm carros maiores, casas melhores, andam na última moda e dispõem dos bens tecnológicos. Igrejas medem seu sucesso pela grandiosidade da imagem que promovem pelos meios de comunicação social, templos, crescimento numérico e prestígio!...

Acreditamos que a mente materialista está errada. Vivemos em crise e confusão. Temos dificuldade em internalizar os ensinamentos básicos da nossa fé, tal como amar ao próximo. Para muitos, a saída é adotar o dualismo entre o sagrado e o profano. Alguns resolvem sua dissonância adotando o fundamentalismo religioso que separa a vida espiritual da material. O evangelho da prosperidade é uma das formas de alienação em que a abundância material é considerada bênção, sinal de alto nível espiritual.

O materialismo da modernidade criou uma cultura vazia. O alastramento de dependência química é resultado do vazio espiritual da nossa “civilização”. As drogas sempre existiram. Os povos primitivos usavam-nas em ritos tribais, mas não se viciavam por terem uma identidade espiritual. A dependência e o tráfico de drogas, a violência e a corrupção são frutos do materialismo. A nossa identidade primária é material. A espiritual é secundária. Pagamos o preço.

As palavras do Sermão no Monte, “Buscai em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” colocam o reino e a justiça acima de todas as coisas. São valores espirituais. Os textos acima são ilustrações do fruto do ideal espiritual. A união e a solidariedade humanas, não a segurança e conforto que as coisas proporcionam, são as verdadeiras fontes de riqueza. O nosso desafio é sermos contracultura, andarmos na contramão da história, vivermos o sonho...

SALMO 133 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Como é bom e agradável
que o povo de Deus viva unido
como se todos fossem irmãos!
É como o azeite perfumado
    sobre a cabeça de Arão,
que desce pelas suas barbas
e pela gola do seu manto sacerdotal.
É como o orvalho do monte Hermom,
que cai sobre os montes de Sião.
Pois é em Sião que o Senhor Deus
    dá a sua bênção,
a vida para sempre.

ATOS 4.32-35 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)


Todos os que creram pensavam e sentiam do mesmo modo. Ninguém dizia que as coisas que possuía eram somente suas, mas todos repartiam uns com os outros tudo o que tinham. Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e Deus derramava muitas bênçãos sobre todos. Não havia entre eles nenhum necessitado, pois todos os que tinham terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro e o entregavam aos apóstolos. E cada pessoa recebia uma parte, de acordo com a sua necessidade.

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