Depois
de fazerem tudo o que foi mandado,
digam:
"Somos empregados que não valem nada
porque fizemos somente o nosso dever."
digam:
"Somos empregados que não valem nada
porque fizemos somente o nosso dever."
Lucas
17.10 (leia 17.5-10) – NTLH
Os
apóstolos, impressionados com o poder de Jesus, queriam a “fé
grande” para também, fazerem “grandes obras”. Jesus dividiu a
resposta do pedido em duas partes: primeiro,
usando as figuras, semente
pequena / árvore grande e, segundo,
a de relacionamento patrão
/ empregado.
A
fé é semelhante à semente. Não importa o tamanho. O importante é
que seja plantada. Mesmo sendo pequena, tem muito poder, até
comandar uma figueira brava bem enraizada a arrancar pelas raízes e
ser plantada no mar!...
Reconhecendo
que o poder, mesmo espiritual, é perigoso e reconhecendo o motivo
dos seguidores pedindo aumento de fé, Jesus acrescentou a segunda
parte, o relacionamento patrão / empregado.
Usou
a estrutura social da época como ilustração. O dono considerava o
trabalho do escravo como dever, não favor que merecia gratidão ou
elogio! A lição é que, ao fazermos tudo, estamos simplesmente
cumprindo o nosso dever. Devemos usar a nossa fé para
servirmos, não para comandarmos. A tentação é sempre
usarmos a fé como instrumento de poder, não de serviço.
Mandar
e manipular é abusar da fé! A fé verdadeira é aquela
plantada no serviço humilde, sem esperar elogios e
reconhecimento. A fé grande é a fé humilde!
Freqüentemente
nas instituições religiosas, principalmente “igrejas”, a fé se
torna instrumento de autoridade e domínio, não de compaixão e
serviço humilde. A revista Época, na sua
edição de 12/07/2004, pp 92 e 93, relatou o caso de um bispo que
exerceu sua autoridade, afastando, sob a falsa acusação de
bruxaria, uma pastora de origem humilde que trabalhava dando
assistência pastoral às prostitutas na Praça da Luz, em São
Paulo! Usou seu “poder da fé” para deixar a pastora sem salário
e as prostitutas sem sua assistência pastoral!... Pior ainda, os
bispos condenaram a pastora por ter procurado a justiça em defesa de
seus direitos. Para as autoridades eclesiásticas, era mais
importante defender a postura de poder do que apoiar a pastora no seu
ministério entre as prostitutas. É mais fácil jogar
pedras do que dar pão... Não houve nenhum sinal de
compaixão e humildade da parte da cúpula da igreja. Fecharam a
porta para a pastora. Ao relatar o episódio, a revista “secular”
foi muito mais profética do que as autoridades religiosas que
apoiavam as injustiças de seus pares.
Jesus
usou a sua fé para servir com humildade. Não se colocou em posição
de autoridade sobre os outros, nem usou milagres como meios de
promoção. Conhecia bem o ser humano e sua tendência de correr
atrás de milagres, demonstrações de poder e obras grandiosas.
Recusou usar seu poder como instrumento de manipulação.
No
mundo real as “figueiras bravas bem enraizadas”
jogam as “pequenas sementes” no mar, às vezes em
nome da fé. O Reino de Deus não é daqueles que julgam e comandam,
mas daqueles que procuram servir e muitas vezes são julgados e
condenados. Jesus avisou às autoridades religiosas da sua época que
prostitutas e publicanos entrariam no céu antes deles!
LUCAS 17:5-10 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Os
apóstolos pediram ao Senhor:
— Aumente
a nossa fé.
E
ele respondeu:
— Se
a fé que vocês têm fosse do tamanho de uma semente de mostarda,
vocês poderiam dizer a esta figueira brava: “Arranque-se pelas
raízes e vá se plantar no mar!” E ela obedeceria.
Jesus
disse:
- Façam de conta que um de vocês tem um empregado que trabalha na lavoura ou cuida das ovelhas. Quando ele volta do campo, será que você vai dizer: “Venha depressa e sente-se à mesa”? Claro que não! Pelo contrário, você dirá: “Prepare o jantar para mim, ponha o avental e me sirva enquanto eu como e bebo. Depois você pode comer e beber.” Por acaso o empregado merece agradecimento porque obedeceu às suas ordens? 10 Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: “Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente o nosso dever.”
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