domingo, 20 de agosto de 2017

O “EFEITO LÁZARO”

Meu filho,
lembre que você recebeu na sua vida
todas as coisas boas,
porém
Lázaro só recebeu o que era mau.
E agora ele está feliz aqui,
enquanto você está sofrendo.”
Lucas 16.25 (leia 16.19-31) – NTLH

O erro do homem rico era viver numa “ilha de fantasia” num mundo cuja realidade era outra. Não percebeu que, mesmo cercado pelos muros da separação, a vida de Lázaro ia afetá-lo profundamente. Ao ignorar Lázaro na sua miséria, o rico se tornaria mais miserável do que o pobre sofredor. Não foi possível evitar o “efeito Lázaro”. Quando percebeu o engano, era tarde demais! Não houve mais concerto.

O rico tropeçou em Lázaro. Lázaro foi elevado. A prosperidade a custa dos outros é ilusória. O nosso bem estar verdadeiro depende do estado dos outros. Ignorar esta lei da existência é convidar a tragédia futura. O tempo e toda a criação de Deus são niveladores.

Hoje estamos presenciando o drama do rico e Lázaro. O diretor do drama é o deus da globalização, o Lucro! Está passando no palco do planeta Terra, vultos sem precedentes: saque predatório dos recursos não renováveis da natureza, tráfico de entorpecentes, falsificação de medicamentos, saque dos cofres públicos, a substituição de mão da obra pela tecnologia, roubarias, golpes de todas as espécies, tudo em nome do deus Lucro! Os resultados imediatos são guerras e atentados. Todos estes empreendimentos são dirigidos por pequenos grupos que se enriquecem, fazendo bilhões de vítimas, criando “Lázaros”. São caminhos que conduzem a autodestruição. No fim, os exploradores também vão pagar o preço da sua ganância. É o “efeito Lázaro”.

A “ilha de fantasia” do palácio do homem rico virou o fogo do sofrimento infernal. O inferno do sofrimento do Lázaro foi transformado em “festa do céu”. A morte representa o grande nivelador de todos os seres.

Estamos todos construindo: paraísos ou infernos. O “efeito Lázaro” vale para todos e em todas as esferas da vida, incluindo a espiritual.

Muitos cristãos têm mania de achar que a salvação é só para eles! Vivem dentro das paredes dos seus “ismos” com seu Deus particular, protegendo-se do “mundo perdido” e de outros sistemas de crença. Será que no “grande nivelamento” não haverá muitas surpresas? Será que o “efeito Lázaro” não vai operar lá também? Jesus contou esta história para pessoas boas, convencidas da sua própria salvação e superioridade espiritual. Os “Lázaros” da vida também estavam ouvindo e recebendo uma mensagem de esperança. Os Lázaros são os vencedores finais.

LUCAS 16:19-31 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)



Jesus continuou:
Havia um homem rico que vestia roupas muito caras e todos os dias dava uma grande festa. Havia também um homem pobre, chamado Lázaro, que tinha o corpo coberto de feridas, e que costumavam largar perto da casa do rico. Lázaro ficava ali, procurando matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do homem rico. E até os cachorros vinham lamber as suas feridas. O pobre morreu e foi levado pelos anjos para junto de Abraão, na festa do céu. O rico também morreu e foi sepultado. Ele sofria muito no mundo dos mortos. Quando olhou, viu lá longe Abraão e Lázaro ao lado dele. Então gritou: “Pai Abraão, tenha pena de mim! Mande que Lázaro molhe o dedo na água e venha refrescar a minha língua porque estou sofrendo muito neste fogo!”
Mas Abraão respondeu: “Meu filho, lembre que você recebeu na sua vida todas as coisas boas, porém Lázaro só recebeu o que era mau. E agora ele está feliz aqui, enquanto você está sofrendo. Além disso, há um grande abismo entre nós, de modo que os que querem atravessar daqui até vocês não podem, como também os daí não podem passar para cá.”
O rico disse: “Nesse caso, Pai Abraão, peço que mande Lázaro até a casa do meu pai porque eu tenho cinco irmãos. Deixe que ele vá e os avise para que assim não venham para este lugar de sofrimento.”
Mas Abraão respondeu: “Os seus irmãos têm a Lei de Moisés e os livros dos Profetas para os avisar. Que eles os escutem!”
— “Só isso não basta, Pai Abraão!”, respondeu o rico. “Porém, se alguém ressuscitar e for falar com eles, aí eles se arrependerão dos seus pecados.”
Mas Abraão respondeu: “Se eles não escutarem Moisés nem os profetas, não crerão, mesmo que alguém ressuscite.”




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