domingo, 29 de outubro de 2017

A GRANDE FESTA DE VINHO


Jesus fez esse seu primeiro milagre
em Caná da Galiléia.
Assim ele revelou a sua natureza divina,
e os seus discípulos creram nele.

João 2.11 (leia 2.1-11) – NTLH


Jesus não era um puritano austero como a igreja normalmente o retrata. O Jesus festeiro, alegre, sorridente, com copo de vinho na mão, bebendo com os amigos, incluindo os pecadores, raramente recebe atenção. Este foi o primeiro retrato que o Evangelho de João fez de Jesus. O primeiro milagre que João retratou foi salvar uma festa de casamento em Caná da Galiléia!... Transformou água em vinho para alegrar os corações dos participantes. O noivo estava passando vergonha porque o vinho havia acabado. Jesus salvou e alegrou a festa com a “fabricação” de uma quantidade grande de vinho (entre 480 e 720 litros)! A cidade ficou conhecida como o lugar onde Jesus havia transformado água em vinho (4,46). O ministério de Jesus no Evangelho de João começou e terminou com vinho. O último ato de Jesus, antes de morrer foi tomar vinho barato (19.29-30).

Os outros Evangelhos, também, retratam Jesus usando vinho, tomando-o socialmente com os “pecadores” e com os discípulos. Foi usado como símbolo do Reino do Papai e para representar o seu próprio sangue.

Jesus foi muito mais alegre e festivo do que as igrejas geralmente o retratam. Para chegar até nós, a história de Jesus passou por duas traduções lingüísticas: do aramaico para o grego e do grego para o português. Perdemos “as jogadas” de palavras da língua original. O texto chega até nós, estéril do conteúdo humorístico. Os eruditos de lingüística conseguem captar lances de humor que deveriam ter deixado os ouvintes dando belas gargalhadas!...

Temos muita dificuldade em associar humor com a santidade e conceber um Deus brincalhão. Talvez uma das indicações que Deus tem um agudo senso de humor é a criação do ser humano. Ao ver as nossas “palhaçadas”, Ele (ou Ela) deveria estar “morrendo de rir”. Fazemos muitas coisas absurdas, dignas de provocar risadas. Ouvi dizer: “Não se brinca com coisas de Deus”.--Será que Deus não brinca? Não tem humor?

Associamos a piedade com solenidade e falta de humor. Ser brincalhão é considerado leviandade. É “mais santo” ser sério, fechado e exigente do que simpático, aberto e liberal! É usar Coca Cola e Guaraná em festas de igreja e proibir vinho. Mas, para Jesus, o convite ao Reino é convite à festa! Jesus foi criticado por curtir a vida até com pecadores. Mas, ao fazê-lo, Ele estava já vivendo o Reino.

João Wesley afirmou que a religião triste é religião do diabo. A medicina reconhece que o riso, a alegria e o espírito festivo fazem bem ao espírito e ao corpo. A alegria é milagre de Deus e Jesus passou esta alegria para os que o cercavam e estavam dispostos a recebê-la.


João 2:1-11 – Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)

JESUS VAI A UM CASAMENTO

Dois dias depois, houve um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia, e a mãe de Jesus estava ali. Jesus e os seus discípulos também tinham sido convidados para o casamento. Quando acabou o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:

— O vinho acabou.

Jesus respondeu:

— Não é preciso que a senhora diga o que eu devo fazer. Ainda não chegou a minha hora.

Então ela disse aos empregados:

— Façam o que ele mandar.

Ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Jesus disse aos empregados:

— Encham de água estes potes.

E eles os encheram até a boca. Em seguida Jesus mandou:

— Agora tirem um pouco da água destes potes e levem ao dirigente da festa.

E eles levaram. Então o dirigente da festa provou a água, e a água tinha virado vinho. Ele não sabia de onde tinha vindo aquele vinho, mas os empregados sabiam. Por isso ele chamou o noivo e disse:

— Todos costumam servir primeiro o vinho bom e, depois que os convidados já beberam muito, servem o vinho comum. Mas você guardou até agora o melhor vinho.

Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galileia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

THE GREAT WINE PARTY


What Jesus did here in Cana of Galilee
was the first of the signs
through which he revealed his glory;
and his disciples believed in him.

John 2:11 (read 2:1-11) - NIV


The Jesus of the gospels was not the austere puritan like person that the church usually portrays. A cheerful, smiling, partying Jesus with goblet of wine in hand, drinking and laughing with his friends which included sinners, rarely gets attention. This was the first portrayal that the Gospel of John made of Jesus.

The first miracle that John described was Jesus saving a wedding party in Cana of Galilee! He transformed water into wine to gladden even more the hearts of the participants who were already a bit tipsy. The groom was greatly embarrassed that the wine had given out long before the end of the celebration, but Jesus saved the party and cheered the partyers by instantly making between 120 and 180 gallons of fine wine. The city became famous as the place where Jesus transformed water into wine (4.46). The ministry of Jesus in John's Gospel began and ended with wine. The last act of Jesus before he died was to take cheap wine on the cross (19.29-30).

The other gospels also portray Jesus as drinking wine with "sinners" and the disciples. He used wine as a symbol to represent his blood and described it as being part of the Kingdom.

The gospel Jesus was much more cheerful and festive than churches generally portray. To come down to us, the story of Jesus went through two language translations: from Aramaic to Greek and from Greek to English. Translation loses many plays on words (puns) of the original language. Because of that, the text comes to us sterile of humorous content. Linguistic scholars can capture bits of humor that should have left the listeners and the readers of that time roaring with laughter!

We have a hard time associating humor with holiness and envisioning a playful God. Perhaps one of the signs that God has a keen sense of humor is the creation of humans. Seeing our "antics" should leave Him (or Her) dying of laughter. We do so many absurd things worthy of provoking laughter. I’ve heard the expression "Don’t play with the things of God". Does God not play? Doesn’t He or She have fun?

We associate godliness with solemnity and lack of humor. Being playful is considered to be lightness. It is "holier" be serious, closed and demanding than friendly, open and liberal! It makes us use Coca Cola and cool aide instead of wine at church festivals. But for Jesus, the invitation to the Kingdom is an invitation to a party which includes wine! Jesus was criticized for enjoying life with sinners. But, in doing so, He was already living the Kingdom.

John Wesley said that a sad religion is a religion of the devil. Medical science recognizes that laughter, joy and a festive spirit are good for mind and body. Joy is a gift of God, and Jesus shared this joy with those around him that were willing to receive it.


John 2:1-11 – New International Version (NIV)

JESUS CHANGES WATER INTO WINE

On the third day a wedding took place at Cana in Galilee. Jesus’ mother was there, and Jesus and his disciples had also been invited to the wedding. When the wine was gone, Jesus’ mother said to him, “They have no more wine.”

“Woman, why do you involve me?” Jesus replied. “My hour has not yet come.”

His mother said to the servants, “Do whatever he tells you.”

Nearby stood six stone water jars, the kind used by the Jews for ceremonial washing, each holding from twenty to thirty gallons.

Jesus said to the servants, “Fill the jars with water”; so they filled them to the brim.

Then he told them, “Now draw some out and take it to the master of the banquet.”

They did so, and the master of the banquet tasted the water that had been turned into wine. He did not realize where it had come from, though the servants who had drawn the water knew. Then he called the bridegroom aside and said, “Everyone brings out the choice wine first and then the cheaper wine after the guests have had too much to drink; but you have saved the best till now.”

What Jesus did here in Cana of Galilee was the first of the signs through which he revealed his glory; and his disciples believed in him.

domingo, 22 de outubro de 2017

PALAVRA, LUZ, AMOR E VIDA


A Palavra era a fonte da vida,
e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas.

João 1.4 (leia 1.1-18) – NTLH


João afirma que Jesus é a Palavra de Deus. Por meio da Palavra, Deus criou todas as coisas e nada foi feito sem Ele. Esta mesma Palavra dissipa as trevas e “ilumina todas as pessoas” que vêm ao mundo. A Palavra de Deus é viva, atuante e presente, cumprindo os desígnios divinos em toda a criação.

A Bíblia é testemunha da Palavra, não a Palavra em si. Dizer que a Bíblia é a Palavra de Deus é negar o que ela própria diz. A Bíblia, feita de papel e tinta por mãos humanas, é sujeita a manipulação. Ela é usada como pretexto para apoiar uma infinidade de dogmas e doutrinas, estabelecimento de normas e regas, formação de uma grande variedade de igrejas rivais e manipulação de homens e mulheres. Mas sua finalidade é outra: falar da Palavra que ilumina a humanidade.

Os seres humanos têm a tendência de criar ídolos e adorá-los como se fossem divinos. Muitos cristãos fazem o mesmo. Atribuem como sagradas à Bíblia, à Igreja, à estruturas eclesiais (episcopado), etc., sem perceber que todas estas coisas um dia deixarão de existir.

Jesus, a Palavra viva e eterna, não é manipulável. Há tentativas de manipulá-lo e limitá-lo a grupos exclusivistas. Mas Jesus é maior do que qualquer afirmação que podemos fazer a seu respeito.

O Evangelho de João dá testemunho a Jesus cósmico, acima de qualquer tribo, nação, raça, ideologia ou religião. Os outros três Evangelhos fazem mais ligação de Jesus com as tradições judaicas, com algumas aberturas para o mundo gentio. O Evangelho de João, escrito por último, apresenta Jesus muito ligado a toda a humanidade. Não é necessário conhecer os costumes judaicos para entendê-lo.

Existe uma Palavra só, mas ela não é necessariamente soletrada J-E-S-U-S, senão, seria impossível iluminar todas as pessoas. Como luz, a verdadeira Palavra chega a toda humanidade, independente da língua, cultura ou religião.

Mas muitas pessoas rejeitam a Luz. É possível soletrar corretamente J-E-S-U-S e rejeitar a luz da Palavra. Na atualidade, as pessoas que mais promovem guerra, preconceito e ódio, também soletram corretamente J-E-S-U-S e professam a fé cristã. Estas pessoas usam a Bíblia para promover a sua agenda de atitudes e atos contrários a luz da Palavra.

A luz da Palavra é amor!... Quem ama de verdade tem a luz e a Palavra habita neles / nelas. Os cristãos concordam, pelo menos de cabeça, que o coração do Evangelho é amor. A frase: “Deus amou ao mundo” é o Evangelho em miniatura.

Jesus não veio para estabelecer uma nova religião, nem reformar a velha. Isto seria limitar a Palavra a um grupo de privilegiados. A Palavra do Evangelho abre-se para o mundo todo. Pelo contraio, no decorrer da história, as igrejas levantam barreiras, barrando e separando as pessoas em categorias: salvas e perdidas, crentes e não crentes, eleitas e não eleitas, perdoadas e não perdoadas, boas e más, cristãs e pagãs, etc.

Pelo nosso agir solidário e o nosso falar sincero, temos o privilégio de apontar Jesus, como a Palavra que possa iluminar o caminho de todas as pessoas.


João 1:1-18 – Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)

A PALAVRA DA VIDA

No começo aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.

Houve um homem chamado João, que foi enviado por Deus para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas.

A Palavra estava no mundo, e por meio dela Deus fez o mundo, mas o mundo não a conheceu. Aquele que é a Palavra veio para o seu próprio país, mas o seu povo não o recebeu. Porém alguns creram nele e o receberam, e a estes ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Eles não se tornaram filhos de Deus pelos meios naturais, isto é, não nasceram como nascem os filhos de um pai humano; o próprio Deus é quem foi o Pai deles.

A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos a revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai.

João disse o seguinte a respeito de Jesus:

— Este é aquele de quem eu disse: “Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois antes de eu nascer ele já existia.”

Porque todos nós temos sido abençoados com as riquezas do seu amor, com bênçãos e mais bênçãos. A lei foi dada por meio de Moisés, mas o amor e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

WORD, LIGHT, LIFE AND LOVE


In him was life,
and that life was
the light of all mankind.

John 1.4 (read 1.1-18) - NIV


John says that Jesus is the Word of God. Through the Word, God created all things and nothing was done without him. This same Word dispels the darkness and is the "light of all mankind". The Word of God is living and active and present, fulfilling the divine plan in all of creation.

The Bible is a witness of the Word, not the Word itself. To say that the Bible is the Word of God is to deny what it says about itself. The Bible is made of paper and ink by human hands and is subject to manipulation. It is used as a pretext to support a multitude of dogmas and doctrines, setting standards and rules, formation of a wide range of rival churches and the manipulation of men and women. But its real purpose is to speak of something beyond itself which is the true Word that illuminates all humanity.

Humans have a tendency to create idols and worship them as if they were divine. Many Christians do the same. They attribute sacredness to the Bible, to the Church and to church structures (bishops), etc. Someday all these things will cease to exist.

But Jesus who is the living and eternal Word cannot be manipulated. There are attempts to manipulate him and limit him to exclusivist groups. The American religious right makes him into a Caucasian with blue eyes and blonde hair who supports their biases. But Jesus is greater than any interpretation we can make of him.

The Gospel of John gives witness to Jesus as being cosmic and above any tribe, nation, race, ideology or religion. The other three Gospels connect Jesus to Jewish traditions with limited openings to the Gentile world. The Gospel of John, written last, presents Jesus as being very close to all mankind. It is not necessary to know the Jewish customs to understand him.

This Word is not necessarily spelled J-E-S-U-S which would make it impossible for him to enlighten all people. As light, the true Word reaches all mankind in the form of Enlightenment (LIGHT) regardless of language, culture or religion. Regardless of religiousness or irreligiousness all who love are of God. The atheist can be just as much of God as any professedly religious person.

But many people reject new Light, preferring to live in the darkness of preconceived biases. You can spell J-E-S-U-S correctly and reject the LIGHT of the WORD. Today, the people who promote war, prejudice and hatred also spell correctly JESUS and profess the Christian faith. These people use the Bible to promote their agenda of attitudes and acts contrary to the LIGHT of the WORD.

The LIGHT of the WORD is LOVE! The LIGHT of the WORD dwells in those who really LOVE. The heart of the Gospel is LOVE. The phrase, "God so loved the world" is the miniature Gospel.

Jesus did not come to establish a new religion, or reform the old one. This would limit the Word to a group of privileged people. The Word of the Gospel is open to the whole world. In contrast, throughout history churches have erected barriers by barring people and separating them into categories: the saved and the unsaved, believers and non-believers, elected and unelected, forgiven and unforgiven, good and bad, Christian and pagan, etc., but love knows no barriers.


John 1:1-18New International Version (NIV)

THE WORD BECAME FLESH

In the beginning was the Word, and the Word was with God, and the Word was God. He was with God in the beginning. Through him all things were made; without him nothing was made that has been made. In him was life, and that life was the light of all mankind. The light shines in the darkness, and the darkness has not overcome it.

There was a man sent from God whose name was John. He came as a witness to testify concerning that light, so that through him all might believe. He himself was not the light; he came only as a witness to the light.

The true light that gives light to everyone was coming into the world. He was in the world, and though the world was made through him, the world did not recognize him. He came to that which was his own, but his own did not receive him. Yet to all who did receive him, to those who believed in his name, he gave the right to become children of God — children born not of natural descent, nor of human decision or a husband’s will, but born of God.

The Word became flesh and made his dwelling among us. We have seen his glory, the glory of the one and only Son, who came from the Father, full of grace and truth.

(John testified concerning him. He cried out, saying, “This is the one I spoke about when I said, ‘He who comes after me has surpassed me because he was before me.’”) Out of his fullness we have all received grace in place of grace already given. For the law was given through Moses; grace and truth came through Jesus Christ. No one has ever seen God, but the one and only Son, who is himself God and is in closest relationship with the Father, has made him known.

domingo, 15 de outubro de 2017

FÉ DO TEMPLO E FÉ DA RUA


Eles o adoraram e voltaram para Jerusalém
cheios de alegria.
E passavam o tempo todo no pátio do Templo,
louvando a Deus.

Lucas 24.53 (leia 24.44-53) – NTLH


Lucas é o único escritor bíblico que faz menção da descida do poder do Espírito Santo no dia do Pentecostes. Nenhum outro toma conhecimento do acontecimento. Toda a mística de Pentecostes está construída em torno da narração de Lucas no Evangelho de Lucas e nos Atos dos Apóstolos. Ele traça uma linha de continuidade, fazendo Jesus o elo entre judaísmo e cristianismo, entre Israel e todas as nações. Jesus não veio somente para os judeus, mas, através de seus seguidores a sua mensagem foi destinada a alcançar o mundo inteiro.

A mensagem é a boa notícia da oferta de novos caminhos (arrependimento) e graça (perdão) para todas as nações. Para Deus, não existem elites privilegiadas. Mas, para esta mensagem ser transmitida era necessário o “poder de cima”. Enquanto não chegava este poder, a fé dos discípulos era a “fé do templo”. Ficavam no templo louvando a Deus. A fé sem poder fica limitada ao louvor no templo.

Com a vinda do Espírito Santo, desceu o poder de dar testemunho da nova mensagem. Com as perseguições resultantes, os seguidores de Jesus foram espalhados pelo mundo. Saíram do templo e seu campo de ação se tornou o mundo inteiro. A finalidade da vinda do poder do alto era tirá-los do templo, não conservá-los dentro.

Passando os séculos de perseguição, com a legalização do cristianismo, a igreja começou a construir templos. Pouco a pouco, o templo cristão tomou o lugar de importância da sinagoga judaica. A grande manifestação de fé voltou a ser o louvor nos templos.

Hoje a igreja faz sua auto avaliação pela multiplicidade e grandiosidade de seus templos e casas de culto, pelo número de adeptos que consegue reunir e pelas manifestações de ardor nos seus cultos. O mundo é visto como território do inimigo e os cristãos devem se isolar dele. O alvo é salvar os mundanos do mundo e levá-los para dentro do templo. A fé predominante do cristianismo é centralizada no templo. A maior parte dos dízimos e ofertas é destinada a manutenção do templo com sua estrutura eclesiástica. No decorrer da história, em vez de penetrar as nações, o cristianismo substituiu a sinagoga pela catedral.

O “poder de cima” é dado para levar os cristãos a viver sua fé em prol do mundo, não da igreja. O evangelho não se limita às práticas religiosas e morais. Envolve a participação plena na vida “secular”. A palavra “arrependimento” significa mudar de direção e seguir novos caminhos. No caso do evangelho, é seguir os caminhos da compaixão e justiça social na vida diária em todos os lugares. A boa nova do evangelho é que o perdão (graça) dá poder para fazer mudança de vida em direção à vida. É um caminho difícil a seguir, mas o poder de cima é justamente para possibilitá-lo.


Lucas 24:44-53 – Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)


Depois disse:

— Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos.

Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas e disse:

— O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas dessas coisas. E eu lhes mandarei o que o meu Pai prometeu. Mas esperem aqui em Jerusalém, até que o poder de cima venha sobre vocês.

JESUS É LEVADO PARA O CÉU

Então Jesus os levou para fora da cidade até o povoado de Betânia. Ali levantou as mãos e os abençoou. Enquanto os estava abençoando, Jesus se afastou deles e foi levado para o céu. Eles o adoraram e voltaram para Jerusalém cheios de alegria. E passavam o tempo todo no pátio do Templo, louvando a Deus.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

PEW FAITH AND STREET FAITH


Then they worshiped him
and returned to Jerusalem with great joy.
And they stayed continually at the temple,
praising God.

Luke 24:52-53 (read 24.44-53) - NIV

Luke is the only Bible writer who mentions the descent of the Holy Spirit at Pentecost. No other writer shows any knowledge of it. All of the mystique that has been built around Pentecost is based wholly on the account of the writer of the Gospel of Luke and on Acts of the Apostles.

According to Luke the coming of the Holy Spirit at Pentecost was the power that took the followers of Jesus out of the temple and projected them into the world. In this way it traces a line of continuity, making a link between Judaism and Christianity, between Israel and all nations. Jesus did not come for the Jews only, but through his followers his message was intended to reach the entire world.

For God, there are no privileged elites. But for this message to be transmitted it was necessary to "power up". Up until the outpouring of the Spirit the faith of the disciples was "pew faith." They were in the temple praising God. Faith without power is limited to praise in the pews of houses of worship.

According to Luke the power to bear witness to the new message to the larger world came with the outpouring of the Holy Spirit at Pentecost. After that the followers of Jesus were expelled from the temple and scattered around the world. Their field of action became the world. The purpose of the Spirit was to get them out of the pews, not keep them sitting there.

For the first three centuries the followers of Jesus had little or no political power and were scattered, blending in with the population. But with the legalization of Christianity the church began to build temples and separate itself from society. Little by little, the Christian temples became centers of spirituality. “Pew praise” became an important manifestation of the Christian faith.

The church came to evaluate itself by the grandeur of its temples and houses of worship and the number of followers it could bring together for worship. The world came to be seen as enemy territory from which Christians must isolate themselves. The goal became to save the sinful world by bringing it in to sit in the pews. Spirituality became centered in the temple. Most of the tithes and offerings were (and are) used to maintain the temple with its ecclesiastical structure. Throughout history, instead of penetrating the nations, Christianity replaced the synagogue with the cathedral.

Pentecost was supposed to lead Christians to live their faith for the sake of the world, not the church. The gospel should not be limited to religious and moral practices. It should involve full participation in "secular" life. The word "repent" means to change direction and follow new paths of daily living. The Gospel should inspire the practice of compassion and social justice in all aspects of daily life. The good news of the gospel is that forgiveness (grace) gives power to live according to what Jesus practiced and taught. Christians are called to live “Street Faith”, not “Pew Faith”. Pew faith is exclusive and legalistic, but “Street Faith” is inclusive and unconditionally reaches out to embrace the needy.


Luke 24:44-53 – New International Version (NIV)


He said to them, “This is what I told you while I was still with you: Everything must be fulfilled that is written about me in the Law of Moses, the Prophets and the Psalms.”

Then he opened their minds so they could understand the Scriptures. He told them, “This is what is written: The Messiah will suffer and rise from the dead on the third day, and repentance for the forgiveness of sins will be preached in his name to all nations, beginning at Jerusalem. You are witnesses of these things. I am going to send you what my Father has promised; but stay in the city until you have been clothed with power from on high.”

The Ascension of Jesus

When he had led them out to the vicinity of Bethany, he lifted up his hands and blessed them. While he was blessing them, he left them and was taken up into heaven. Then they worshiped him and returned to Jerusalem with great joy. And they stayed continually at the temple, praising God.

domingo, 8 de outubro de 2017

O MAIOR DOS MILAGRES


Todos os que viram isso começaram a resmungar:
“Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!”

Lucas 19.7 (leia 19.1-10) – NTLH

Jesus não procurava popularidade ou fama, mas sempre foi seguido pela multidão de admiradores. Naquela ocasião os “fãs” atrapalhavam o seu ministério, impedindo um carente espiritual a chegar perto dele. Jesus precisou contrariar a multidão para atendê-lo. Jesus foi contra a vontade do povo quando parou para atender Zaqueu, o odiado chefe dos cobradores de impostos. Para a multidão, Zaqueu era um malvado que merecia desprezo e ser ignorado. Para Jesus, Zaqueu era uma pessoa carente que precisava de atenção. Jesus dava mais valor em demonstrar amor a Zaqueu do que projetar uma boa imagem para o público. Todos começaram a resmungar diante da amizade que Jesus fez com Zaqueu. A prioridade de Jesus era buscar os perdidos, não ganhar aplausos.

A multidão aguardava milagres e discursos. Para os “fãs”, Jesus fez tudo errado. O que Zaqueu merecia era ouvir um “bom sermão de advertência para parar com sua sem-vergonhice. Precisava alguém para botá-lo no seu lugar. A atitude de Jesus chocou o público. Esperava coisa mais energética de Jesus. Em vez de confronto, abraços! Que decepção!...

Contrário a multidão, Jesus fez o milagre do amor e pregou a mensagem de aceitação incondicional. Amar os outros como eles são e aceitá-los sem impor condições foi o ministério de Jesus. Deixa um modelo para ser seguido. É mais difícil do que pregar sermões e fazer “milagres”!...

Zaqueu não tinha amigos. Ninguém gostava dele. Vivia num vácuo espiritual e social. Tentava encher o vazio com bens materiais, mas continuava infeliz. Ouvia falar de Jesus. Despertou nele uma esperança. Foi atrás. Mas a multidão hostil impediu sua passagem. Diante dos obstáculos Zaqueu engoliu seu orgulho e dignidade. Correu na frente da multidão e subiu numa árvore como se fosse moleque, só para ver Jesus passar por perto. Mas, para a surpresa de todos, Jesus parou debaixo da árvore, chamou Zaqueu pelo nome e convidou-o para descer e recebê-lo na sua casa. Que contraste: a hostilidade da multidão e a amizade de Jesus!

O milagre do amor incondicional de Jesus desencadeou outro milagre, a transformação de Zaqueu. De repente, Zaqueu descobriu a maior riqueza do mundo: o amor do amigo. O dinheiro perdeu o trono! Ao conhecer o amor, Zaqueu começou a compartilhar com os outros.

O sinal da salvação é a generosidade. No momento em que Zaqueu anunciou a sua decisão de distribuir seus bens em vez de recolher os dos outros, Jesus exclamou: “Hoje a salvação entrou nesta casa!”

A diferença entre a salvação e a perdição está no distribuir e no recolher. O egoísmo da perdição nos leva a ajuntar as coisas: materiais e espirituais. O amor da salvação nos leva a compartilharmos. A perdição quer mandar, a salvação: servir.

O milagre do amor incondicional abre o coração para ser amigo dos “pecadores”, e levá-los a praticar a justiça. Parar e falar com Zaqueu foi um dos maiores milagres que Jesus realizou.


Lucas 19:1-10 – Nova Tradução na Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)

JESUS E ZAQUEU

Jesus entrou em Jericó e estava atravessando a cidade. Morava ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos. Ele estava tentando ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, pois Zaqueu era muito baixo. Então correu adiante da multidão e subiu numa figueira brava para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse a Zaqueu:

— Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.

Zaqueu desceu depressa e o recebeu na sua casa, com muita alegria. Todos os que viram isso começaram a resmungar:

— Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!

Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:

— Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais.

Então Jesus disse:

— Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

THE GREATEST OF ALL MIRACLES


All the people saw this and began to mutter,
“He has gone to be the guest of a sinner.”

Luke 19:7 (read 19:1-10) – NIV

Jesus did not seek popularity or fame, but he was always followed by a crowd of admirers. On this occasion his "fans" hindered his ministry by preventing a person in spiritual need to get near him. Jesus needed to go against the opinion of the crowd in order follow his priorities. Jesus did an unpopular thing when he stopped to greet Zacchaeus, the hated chief of the tax collectors. For the crowd, Zacchaeus was an evil man who deserved contempt and to be ignored. For Jesus, Zacchaeus was a lonely person who needed friendship. Jesus found it more important to demonstrate love to Zacchaeus than to project a good public image. Everyone began to grumble against the friendship that Jesus showed with Zacchaeus. Jesus’ priority was to seek the lost, not win applause.

The crowd was expecting miracles and discourses. To his "fans", Jesus did everything wrong. What Zacchaeus deserved was to hear a "good sermon” warning him to stop being so shameful. He needed someone to put him in his place. The attitude of Jesus shocked the public. They expected an energetic confrontation instead of friendliness. What a disappointment!!!

Unlike the crowd, Jesus performed the miracle of love and preached the message of unconditional acceptance. To love others as they are and accept them unconditionally was the ministry of Jesus. That is the model to be followed today. It's harder than preaching sermons, making doctrinal statements and performing "miracles".

Zacchaeus had no friends. Nobody liked him. He lived in a spiritual and social vacuum. He tried to fill the void with material goods, but he was still unhappy. Undoubtedly he heard about Jesus, and that awakened hope within him. He tried to get close, but the hostile crowd prevented his passage. In the face of obstacles Zacchaeus swallowed his pride and dignity. He ran ahead of the crowd and climbed a tree as though he were a kid in order to see Jesus pass by. But to everyone's surprise Jesus stopped under the tree and called Zacchaeus by name and invited him to come down and receive him in his house. What a contrast between the hostility of the crowd and the friendship of Jesus!

The miracle of the unconditional love of Jesus unleashed another miracle, the transformation of Zacchaeus. Suddenly, Zacchaeus found the greatest wealth in the world, the love of friendship. Money lost its throne. Upon experiencing love Zacchaeus began to share with others.

The sign of salvation is generosity. The moment Zacchaeus announced his decision to distribute his wealth instead of collecting the goods of others, Jesus said, "Today salvation has come to this house!"

The difference between salvation and damnation is the difference between sharing and hoarding. Selfishness wants to accumulate things both, material and spiritual, and love leads us to share our blessings with others.

The miracle of unconditional love opens our heart to be a friend of the outcast and can influence them to practice justice. Stopping and talking to Zacchaeus was one of the greatest miracles that Jesus performed.


Luke 19:1-10 – New International Version (NIV)

ZACCHAEUS THE TAX COLLECTOR

Jesus entered Jericho and was passing through. A man was there by the name of Zacchaeus; he was a chief tax collector and was wealthy. He wanted to see who Jesus was, but because he was short he could not see over the crowd. So he ran ahead and climbed a sycamore-fig tree to see him, since Jesus was coming that way.

When Jesus reached the spot, he looked up and said to him, “Zacchaeus, come down immediately. I must stay at your house today.” So he came down at once and welcomed him gladly.

All the people saw this and began to mutter, “He has gone to be the guest of a sinner.”

But Zacchaeus stood up and said to the Lord, “Look, Lord! Here and now I give half of my possessions to the poor, and if I have cheated anybody out of anything, I will pay back four times the amount.”

Jesus said to him, “Today salvation has come to this house, because this man, too, is a son of Abraham. For the Son of Man came to seek and to save the lost.”

domingo, 1 de outubro de 2017

OLHEM... TOQUEM...


Olhem para as minhas mãos e para os meus pés
e vejam que sou eu mesmo.
Toquem em mim
e vocês vão crer...

Lucas 24.39b (leia 24.36b-48) – NTLH

Lucas relata que os companheiros de Jesus estavam arrasados, de luto pela morte de Jesus em quem eles haviam colocado a esperança! O mundo havia desmoronado, os sonhos evaporados... Restou catar os pedaços que sobraram e refazer a vida! Mas, de repente, a vida apareceu, como fantasma, diante de seus olhos. Jesus morto se transformou em vivo! Era inacreditável! Para tirar as dúvidas deles, Jesus convidou-os a olhar as suas feridas e tocá-las. Jesus vivo se tornou uma experiência concreta, espantosa! Eles participaram como testemunhas oculares da vitória da vida sobre a morte.

No decorrer do tempo, a experiência com a pessoa de Jesus vivo se tornou dogma, artigo de crença. No lugar da experiência veio o credo. Jesus se tornou doutrina, sistema de pensamento, teologia. Com a institucionalização do movimento cristão a “crença certa” (ortodoxia) se confundia com a experiência. No decorrer dos séculos as igrejas se dividiam cada vez mais em questões de doutrina e práticas religiosas. Somos fruto deste fenômeno que continua até hoje. É difícil se identificar com Jesus sem se declarar afiliado a uma denominação ou tendência religiosa. Um cristão julga o outro pela crença, filiação religiosa ou práticas de culto. Somos pressionados a nos conformar com um determinado jogo de normas e ter lealdade institucional.

Lucas chega à essência da fé: ver e sentir, pessoalmente o poder da vida e falar por experiência própria e concreta – nada de teorias abstratas.

O livro “Atos dos Apóstolos”, na realidade, relata os atos contínuos de Jesus através daqueles que o viram e tocaram. Muitas pessoas conseguiram ver e sentir a ressurreição: o aleijado olhando para Pedro e João (3.12-19) e Paulo assistindo a morte de Estêvão e vendo uma luz e ouvindo uma voz na estrada de Damasco (9.1-6). São histórias de encontros transformadores que geravam vida nova.

A ressurreição continua, sendo uma realidade constante. Jesus prossegue a se manifestar em situações de desespero e sofrimento. Ele nunca aparece na hora, lugar ou maneira esperada. Não é programável. Jesus foge das limitações que as igrejas tentam impor. Basta estarmos atentos para vê-lo e tocá-lo na hora de necessidade.

Não estamos acostumados a ver Jesus na rua em pessoas que saem fora das nossas normas. A ressurreição pode se manifestar no sorriso de uma criança, num gesto de solidariedade de um estranho, numa música sagrada ou profana ou na inspiração na calada da madrugada. Foi numa crise com a instituição em 1985 que Jesus me apareceu por meio de um padre e uma freira (um casal). Morreram muitos preconceitos e ressuscitei para uma nova vida mais plena e aberta para as manifestações do Divino.

Continua o convite, “olhem... toquem”!...


Lucas 24:36-48 – Nova Traduҫão na Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)

JESUS APARECE AOS DISCÍPULOS

Enquanto estavam contando isso, Jesus apareceu de repente no meio deles e disse:

— Que a paz esteja com vocês!

Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma. Mas ele disse:

— Por que vocês estão assustados? Por que há tantas dúvidas na cabeça de vocês? Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo. Toquem em mim e vocês vão crer, pois um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho.

Jesus disse isso e mostrou as suas mãos e os seus pés. Eles ainda não acreditavam, pois estavam muito alegres e admirados. Então ele perguntou:

— Vocês têm aqui alguma coisa para comer?

Eles lhe deram um pedaço de peixe assado, que ele pegou e comeu diante deles. Depois disse:

— Enquanto ainda estava com vocês, eu disse que tinha de acontecer tudo o que estava escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos livros dos Profetas e nos Salmos.

Então Jesus abriu a mente deles para que eles entendessem as Escrituras Sagradas e disse:

— O que está escrito é que o Messias tinha de sofrer e no terceiro dia ressuscitar. E que, em nome dele, a mensagem sobre o arrependimento e o perdão dos pecados seria anunciada a todas as nações, começando em Jerusalém. Vocês são testemunhas dessas coisas.