Todos os que
viram isso começaram a resmungar:
“Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!”
“Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!”
Lucas
19.7 (leia 19.1-10) – NTLH
Jesus não procurava popularidade ou fama, mas
sempre foi seguido pela multidão de admiradores. Naquela ocasião os “fãs”
atrapalhavam o seu ministério, impedindo um carente espiritual a chegar perto
dele. Jesus precisou contrariar a multidão para atendê-lo. Jesus foi contra a
vontade do povo quando parou para atender Zaqueu, o odiado chefe dos cobradores
de impostos. Para a multidão, Zaqueu era um malvado que merecia desprezo e ser
ignorado. Para Jesus, Zaqueu era uma pessoa carente que precisava de atenção.
Jesus dava mais valor em demonstrar amor a Zaqueu do que projetar uma boa
imagem para o público. Todos começaram a resmungar diante da amizade que Jesus
fez com Zaqueu. A prioridade de Jesus era buscar os perdidos, não ganhar
aplausos.
A multidão aguardava milagres e discursos.
Para os “fãs”, Jesus fez tudo errado. O que Zaqueu merecia era ouvir um “bom
sermão de advertência para parar com sua sem-vergonhice. Precisava alguém para
botá-lo no seu lugar. A atitude de Jesus chocou o público. Esperava coisa mais
energética de Jesus. Em vez de confronto, abraços! Que decepção!...
Contrário a multidão, Jesus fez o milagre do
amor e pregou a mensagem de aceitação incondicional. Amar os outros como eles
são e aceitá-los sem impor condições foi o ministério de Jesus. Deixa um modelo
para ser seguido. É mais difícil do que pregar sermões e fazer “milagres”!...
Zaqueu não tinha amigos. Ninguém gostava
dele. Vivia num vácuo espiritual e social. Tentava encher o vazio com bens
materiais, mas continuava infeliz. Ouvia falar de Jesus. Despertou nele uma
esperança. Foi atrás. Mas a multidão hostil impediu sua passagem. Diante dos
obstáculos Zaqueu engoliu seu orgulho e dignidade. Correu na frente da multidão
e subiu numa árvore como se fosse moleque, só para ver Jesus passar por perto.
Mas, para a surpresa de todos, Jesus parou debaixo da árvore, chamou Zaqueu
pelo nome e convidou-o para descer e recebê-lo na sua casa. Que contraste: a
hostilidade da multidão e a amizade de Jesus!
O milagre do amor incondicional de Jesus
desencadeou outro milagre, a transformação de Zaqueu. De repente, Zaqueu
descobriu a maior riqueza do mundo: o amor do amigo. O dinheiro perdeu o trono!
Ao conhecer o amor, Zaqueu começou a compartilhar com os outros.
O sinal da salvação é a generosidade. No
momento em que Zaqueu anunciou a sua decisão de distribuir seus bens em vez de
recolher os dos outros, Jesus exclamou: “Hoje a salvação entrou nesta casa!”
A diferença entre a salvação e a perdição
está no distribuir e no recolher. O egoísmo da perdição nos leva a ajuntar as
coisas: materiais e espirituais. O amor da salvação nos leva a compartilharmos.
A perdição quer mandar, a salvação: servir.
O milagre do amor incondicional abre o
coração para ser amigo dos “pecadores”, e levá-los a praticar a justiça. Parar
e falar com Zaqueu foi um dos maiores milagres que Jesus realizou.
Lucas 19:1-10 – Nova Tradução na
Linguagem de Hoje 2000 (NTLH)
JESUS E ZAQUEU
Jesus
entrou em Jericó e estava atravessando a cidade. Morava ali um homem rico,
chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos. Ele estava tentando
ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, pois Zaqueu era muito
baixo. Então correu adiante da multidão e subiu numa figueira brava para ver
Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para
cima e disse a Zaqueu:
—
Zaqueu, desça depressa, pois hoje preciso ficar na sua casa.
Zaqueu
desceu depressa e o recebeu na sua casa, com muita alegria. Todos os que viram
isso começaram a resmungar:
—
Este homem foi se hospedar na casa de um pecador!
Zaqueu
se levantou e disse ao Senhor:
—
Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei
alguém, vou devolver quatro vezes mais.
Então
Jesus disse:
—
Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também é descendente de
Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido.
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