Se o meu Reino fosse deste mundo,
os meus seguidores lutariam
para não deixar que eu fosse entregue...
...Foi para falar da verdade
que eu nasci e vim ao mundo.
Quem está do lado da verdade
ouve a minha voz.
os meus seguidores lutariam
para não deixar que eu fosse entregue...
...Foi para falar da verdade
que eu nasci e vim ao mundo.
Quem está do lado da verdade
ouve a minha voz.
João
18.36,37 (leia 18.33-37) – NTLH
Mesmo
sendo agredido, Jesus nunca apelou para a violência. Ele teria razões de sobra
para reagir com força. A sua vida estava em jogo. Não deixou seus seguidores
pegar em armas para defendê-lo. Isto ficou claro quando interrogado por
Pilatos. O reino de Pilatos era apoiado na violência do poder político e
militar, o de Jesus, sustentado pela verdade que conduz à paz. Pilatos não
conseguiu entender o que era verdade e não chegou a alcançar a paz. Seguiu o
jogo da violência e entregou Jesus para ser crucificado.
O
mundo continua ignorar a verdade e, consequentemente, lhe falta paz! Até as
grandes religiões monoteístas desconhecem a verdade e são grandes fomentadoras
de violência. Para vergonha dos “fieis”, a única grande religião que nunca
promoveu conflitos armados é o budismo, condenado por aqueles que professam
crer no Deus único. Parece que aqueles que não se preocupam em definir Deus são
os que mais se aproximarem da prática de Jesus!...
O
que é a verdade de Jesus? Viver o amor até suas últimas consequências!... Jesus
preferiu morrer a pegar na força para se salvar. A meta de Jesus era viver o
amor, não simplesmente sobreviver.
Amor
e verdade são sinônimos, gêmeos. Usar a força para defender ou impor a verdade
é contraditório, igual usar “estupro” para promover virgindade.
Ao
substituir a vivência do amor pelo dogma e normas de conduta, o cristianismo
caminhou pelos caminhos da violência. O amor não precisa de argumentos. Fala
por si. Dogmas e leis precisam ser defendidos. Geram conflitos, divisões e
rivalidades. Herdamos um cristianismo fragmentado onde é difícil reinar paz,
mesmo entre irmãos e irmãs.
Nossa
cultura é violenta, alicerçada na mentira que glorifica o mocinho que mata os
bandidos. As redes de televisão passam filmes, diariamente, enfatizando a
violência como meio de eliminar o mal. O cinema sempre tem em cartaz filmes,
tipo “exterminador”. Nestes filmes, dezenas de pessoas morrem baleadas,
esfaqueadas, golpeadas, queimadas, esmagadas e bombardeadas. O sangue corre
livremente. Os videogames ensinam as crianças a matarem os adversários com
eficiência. Sexo é ligado à violência. As pessoas que questionam esta tendência
são vistas como anormais.
Na
Internet, vi um roteiro de Jesus e o Exterminador. O exterminador nasceu, junto
com Jesus, já feito homem, com a missão de proteger Jesus dos perigos. Ele
fuzilou os soldados que foram prender Jesus e invadiu a última ceia para
assassinar Judas, antes dele trair Jesus. Ignorava os protestos de Jesus que
ele estava só atrapalhando o plano divino. Para cumprir a sua missão, Jesus
tinha que arrancar a metralhadora da sua mão: --uma sátira da militância
religiosa que tenta impor a justiça!...
Até
que ponto estamos conseguindo ouvir a voz de Jesus no meio do barulho
ensurdecedor da violência generalizada? A nossa cultura competitiva aprimora a
sobrevivência. É mais difícil ouvir do Mestre, a mensagem de amor e
solidariedade, tão contrária aos valores de hoje. Mas, no meio da turbulência, será
possível ouvir a voz de Jesus e alcançar a paz da verdade?
JOÃO
18:33-37 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)
Pilatos tornou a entrar no
palácio, chamou Jesus e perguntou:
— Você é o rei dos judeus?
Jesus respondeu:
— Esta pergunta é do senhor
mesmo ou foram outras pessoas que lhe disseram isso a meu respeito?
— Por acaso eu sou judeu? —
disse Pilatos. — A sua própria gente e os chefes dos sacerdotes é que o
entregaram a mim. O que foi que você fez?
Jesus respondeu:
— O meu Reino não é deste
mundo! Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus seguidores lutariam para não
deixar que eu fosse entregue aos líderes judeus. Mas o fato é que o meu Reino
não é deste mundo!
— Então você é rei? —
perguntou Pilatos.
— É o senhor que está
dizendo que eu sou rei! — respondeu Jesus. — Foi para falar da verdade que eu
nasci e vim ao mundo. Quem está do lado da verdade ouve a minha voz.
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