Deixe Maria em paz!
Que ela guarde isso para o dia do meu sepultamento.
Os pobres estarão sempre com vocês,
mas eu não estarei sempre com vocês.
Que ela guarde isso para o dia do meu sepultamento.
Os pobres estarão sempre com vocês,
mas eu não estarei sempre com vocês.
João
12.7-8 (leia 12.1-8) – NTLH
Maria
e Marta eram irmãs. Ambas amavam Jesus. A diferença entre as duas era a maneira
de manifestar o amor. Marta, sempre prática, ativa, trabalhando na cozinha e
servindo a mesa. Maria, sonhadora, simplesmente deleitando-se na presença do
amado amigo Jesus. Servir e deleitar-se são duas expressões de amor.
Judas
era calculista, politicamente correto. Para ele, Maria não deveria desperdiçar
o perfume caro, aplicando-o aos pés de Jesus. Melhor seria vendê-lo e dar o
dinheiro aos pobres.
Jesus
colocou tudo em perspectiva: servir, curtir, doar – tudo têm sua hora. Esta era
a hora para Maria deleitar-se com a presença de Jesus, manifestando carinho e
gratidão. Não faltariam oportunidades para atender os pobres.
No
seu ativismo, Marta reclamava de Maria. Na sua ortodoxia, Judas a criticava.
Mas na sua devoção e carinho, Maria não exigia nada em troca. Simplesmente se
colocava aos pés de Jesus e os acariciava com perfume precioso e seus próprios
cabelos.
A
religião cheia de doutrinas a serem aceitas e regras a serem obedecidas corre o
risco de perder o essencial, a dinâmica do amor espontâneo, sem exigências.
Pode haver mais espírito de fraternidade e espontaneidade numa mesa de bar do
que em reunião de igreja. Regulamentos podem prejudicar relacionamentos.
Estruturas, com papeis a serem cumpridos, podem tirar a espontaneidade do
relacionamento. A igreja, ao tornar-se sistema de cobrança, pode prejudicar a
convivência da fé. Da mesma forma, o casamento, ao transformar-se em
instrumento de exigências, pode prejudicar o amor, transformando o paraíso em
inferno.
Com a
nossa mentalidade e prática utilitárias, podemos perder a dimensão de curtição
e carinho. Há pais que dão tudo para seus filhos, menos a sua presença física e
carinho. Esquecem que abrigo, roupa e brinquedos não são tudo. Brincar, passear
e participar diretamente na vida dos filhos alimenta a alma! O corpo bem
cuidado, mas a alma faminta, é uma deformidade. Há pastores que dedicam tanto
tempo aos cuidados dos membros da igreja que não sobra tempo para a
“congregação” da sua própria casa. Não é de admirar que muitos filhos de
pastores, depois de adultos, não querem saber da igreja. Ela lhes roubou o pai!
Alimentam mágoas, com razão...
Com
a brevidade da vida, momentos de “curtição” são importantes. Parar para estes
momentos não é desperdício de tempo. Pode ser o melhor proveito.
Jesus
aceitou o carinho de Maria. Fez-lhe bem porque ele estava precisando deste
momento! Com isso, Jesus deixou Maria nos ensinar que a vida não é só uma
corrida para “fazer bem”. Os momentos parados para simplesmente deleitar-se da
presença de alguém, também, são essenciais para uma vida plena.
JOÃO
12:1-8 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
JESUS
EM BETÂNIA
Seis dias antes da Páscoa,
Jesus foi ao povoado de Betânia, onde morava Lázaro, a quem ele tinha
ressuscitado. Prepararam ali um jantar para Jesus. Marta ajudava a servir, e
Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria pegou um frasco cheio
de um perfume muito caro, feito de nardo puro. Ela derramou o perfume nos pés
de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e toda a casa ficou perfumada. Mas
Judas Iscariotes, o discípulo que ia trair Jesus, disse:
— Este perfume vale mais de
trezentas moedas de prata. Por que não foi vendido, e o dinheiro, dado aos
pobres?
Judas disse isso, não porque
tivesse pena dos pobres, mas porque era ladrão. Ele tomava conta da bolsa de
dinheiro e costumava tirar do que punham nela.
Então Jesus respondeu:
— Deixe Maria em paz! Que
ela guarde isso para o dia do meu sepultamento. Os pobres estarão sempre com
vocês, mas eu não estarei sempre com vocês.
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