Senhor, faze com que prosperemos
de novo,
assim como a chuva enche de novo
o leito seco dos rios.
Que aqueles que semeiam chorando
façam a colheita com alegria!
Aqueles que saíram chorando,
levando a semente para semear,
voltarão cantando, cheios de alegria,
trazendo nos braços os feixes
da colheita.
de novo,
assim como a chuva enche de novo
o leito seco dos rios.
Que aqueles que semeiam chorando
façam a colheita com alegria!
Aqueles que saíram chorando,
levando a semente para semear,
voltarão cantando, cheios de alegria,
trazendo nos braços os feixes
da colheita.
Salmo
126.4-6 - NTLH
Na volta dos exilados para sua terra natal,
Jerusalém, era um sonho realizado. A saída do cativeiro era um novo nascimento,
ocasião de celebrar com risos e cânticos, uma grande conquista!
Mas, Jerusalém não era a mesma que deixaram!…
Tudo havia mudado. Encontraram a devastação e um mundo para ser reconstruído. O
cântico se transformou em súplica. Pediram a bênção de Deus para a nova
semeadura, sabendo que seria com sacrifício e sofrimento. Sabiam que a sua
esperança estava nas “chuvas” para encher o “leito seco dos rios”.
Somos todos vencedores. A nossa concepção foi
uma grande conquista. Somos o resultado da união de um óvulo e um espermatozoide.
A disputa da concepção é feroz. Somente um entre centenas (ou milhares) de
óvulos e um entre bilhões de espermatozoides conseguem se unir para formar um
novo ser. Depois do nascimento, grandes conquistas: ficar em pé, andar e
correr, aprender uma língua, fazer amizades, curtir prazeres, conhecer o mundo
e estabelecer uma identidade. Com as dádivas da vida e mais os nossos próprios
esforços conseguimos chegar onde estamos hoje. Temos muito a agradecer e
celebrar.
Mas, hoje estamos, também, diante de um mundo
diferente, o da nossa infância não existe mais. Estamos vendo devastação e
desmoronamento. Os valores e problemas são outros. As injustiças estão gerando
radicalismo político e religioso. A intolerância e a violência estão presentes
em todo o mundo. Hindus e sikhs assassinam muçulmanos. Muçulmanos matam
cristãos. Cristãos exterminam muçulmanos. Protestantes rejeitam católicos. A
Palestina é paralisada com hostilidades religiosas. Terrorismo está sendo
combatido com terrorismo. A corrida mundial é para adquirir o maior poder da
destruição.
Recentemente vi num boletim de igreja a
manifestação deste espírito de violência, descrevendo Jesus como “o grande
Guerreiro” que vem para “penetrar os corações com a espada da Palavra” e
“destruir os ímpios”. Fiquei triste com a insensibilidade de quem o escreveu e
de quem publicou o artigo.
Precisamos de semeadores de paz. No mundo de
hoje, é muito difícil ser semeador de paz. Muitas vezes até as igrejas cultivam
o espírito de intolerância contra determinados grupos. O fundamentalismo está
dividindo as religiões monoteístas tradicionais jogando irmão contra irmão. A
semeadura de paz envolve sofrimento e lagrimas. Jesus, ao viver a paz, chorou
por Jerusalém. Nunca pegou em armas e disse: “quem usa uma espada será morto
por uma espada.” (Mt.26.52). Preferiu ir à cruz pela vivência da paz.
Cremos que o Deus, que nos trouxe até aqui,
pode nos levar mais adiante. Podemos ver a sua mão agindo nos eventos no
passado. Apesar do tamanho do desafio no presente, o espírito da esperança nos
ajuda a confiar que o futuro, também está nas suas mãos.
O salmista fala da confiança que Deus tem o
poder de “encher de novo o leito seco dos rios” e que podemos “voltar
cantando”, “trazendo nos braços os feixes da colheita”. A fé cristã deve
representar gratidão, desafio e esperança.
SALMO 126 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM
DE HOJE 2000 (NTLH)
Quando
o Senhor Deus
nos trouxe de volta para Jerusalém,
parecia
que estávamos sonhando.
Como
rimos e cantamos de alegria!
Então
as outras nações disseram:
“O
Senhor fez grandes coisas
por eles!”
De
fato, o Senhor fez grandes coisas
por nós,
e
por isso estamos alegres.
Ó
Senhor, faze com que prosperemos
de novo,
assim
como a chuva enche de novo
o leito seco dos rios.
Que
aqueles que semeiam chorando
façam
a colheita com alegria!
Aqueles
que saíram chorando,
levando a semente para semear,
voltarão
cantando, cheios de alegria,
trazendo
nos braços os feixes
da colheita.
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