domingo, 26 de junho de 2016

UMA COISA NOVA

Agora vou fazer uma coisa nova...
Isaías 43.19a (leia 43.18-25) – NTLH

Nos tempos do profeta, Isaías o povo estava na pior, barrado de voltar para a pátria mãe. Estava à mercê dos poderosos do mundo, sem amigos, condenados à insignificância. Isaías usou a linguagem poética: caminhos e fontes no deserto, estradas e rios em terras secas e o louvor dos animais.

O profeta afirmou que os sofredores não deveriam ficar presos às coisas recentes do passado. Outra coisa nova havia de vir!... Desta vez, Deus usou um pagão, Ciro, rei da Pérsia, para libertá-los e possibilitar seu retorno ao lar.

A natureza está cheia de exemplos de viravoltas.

Durante 130 milhões de anos os dinossauros dominaram a terra e pareciam imbatíveis. Os mamíferos já existiam, mas se limitavam a criaturas pequenas que conseguiam sobreviver se escondendo em buracos e debaixo de pedras e árvores caídas. Mas, há 65 milhões de anos aconteceu uma catástrofe global que destruiu os dinossauros,[1] deixando a terra livre para o desenvolvimento dos mamíferos, evoluíram os primatas, incluindo os Homo sapiens. Os todo-poderosos caíram e os insignificantes tomaram seu lugar.

A história humana, também, é uma série de viravoltas.

Há menos de 2000 anos os habitantes do norte da Europa eram divididos em tribos primitivas com a tecnologia da idade do bronze. A “civilização”, a cultura grega / romana, que dominava aquele mundo antigo se concentrava na área do Mar Mediterrâneo. Hoje, aquelas tribos primitivas são donas de uma tecnologia que chegou a dominar o mundo, trazendo a globalização com todos os seus benefícios e aberrações.

Seja na natureza, seja na história humana, os poderosos são destinados a cair e desaparecer e os insignificantes e fracos elevados e reconhecidos!

Nunca antes na história da humanidade houve tão grande desigualdade entre ricos e pobres. 0,001% da população possui 30% das riquezas do mundo e 99,9% tem apenas 19%.[2]  Um grande segmento da população mundial vive no estado de miséria, sem perspectivas de melhorar. Sua situação é agravada pelo jogo de poder das grandes potências econômicas e seus aliados políticos e militares. No Brasil os sem terra, sem teto e sem emprego têm pouca perspectiva de saírem da sua situação. O sistema econômico usa a tecnologia que elimina a mão de obra, visando maiores lucros para as empresas. Ignora a desigualdade crescente entre as classes econômicas.

O mundo atual precisa de “coisas novas”. Os “desertos” estão precisando de “fontes e caminhos” e as “terras secas” de “rios e estradas”. Este texto de Isaías dá a esperança que coisas novas virão para libertar os oprimidos dos seus opressores. Assim, até os animais selvagens, junto aos humanos louvarão ao Eterno!

Mas devemos lembrar que coisas novas não “caem do céu” Precisam da nossa participação.

[1] Muitos cientistas afirmam que as aves são descendentes dos dinossauros.

ISAÍAS 43:18-25 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Mas agora o Senhor Deus diz ao seu povo:
“Não fiquem lembrando do que aconteceu no passado,
não continuem pensando nas coisas que fiz há muito tempo.
Pois agora vou fazer uma coisa nova,
que logo vai acontecer,
e, de repente, vocês a verão.
Prepararei um caminho no deserto
e farei com que estradas passem em terras secas.
Serei louvado pelos animais selvagens,
pelos chacais e pelos avestruzes.
Pois farei com que jorrem fontes no deserto
e com que rios corram pelas terras secas,
para dar de beber ao meu povo escolhido.
Este é o povo que criei para que fosse meu
a fim de que desse louvores ao meu nome.”
A ingratidão de Israel
O Senhor diz ao seu povo:
“Vocês se enjoaram de mim
e pararam de me adorar.
Vocês não me ofereceram carneiros para serem queimados em sacrifício,
nem me honraram com outros sacrifícios.
Eu não os obriguei a me apresentarem ofertas de cereais,
nem fiquei exigindo que me oferecessem incenso.
Vocês não foram obrigados a comprar plantas cheirosas
para apresentá-las a mim,
nem tiveram de me oferecer a gordura dos animais
para me agradar.
Pelo contrário, vocês me cansaram com os seus pecados
e me aborreceram com as suas maldades.
“Mas eu — eu mesmo — sou o seu Deus
e por isso perdoo os seus pecados e os esqueço.



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