Agora vou fazer uma coisa nova...
Isaías
43.19a (leia 43.18-25) – NTLH
Nos tempos do profeta, Isaías o povo estava
na pior, barrado de voltar para a pátria mãe. Estava à mercê dos poderosos do
mundo, sem amigos, condenados à insignificância. Isaías usou a linguagem
poética: caminhos e fontes no deserto, estradas e rios em terras secas e o
louvor dos animais.
O profeta afirmou que os sofredores não
deveriam ficar presos às coisas recentes do passado. Outra coisa nova havia de
vir!... Desta vez, Deus usou um pagão, Ciro, rei da Pérsia, para libertá-los e
possibilitar seu retorno ao lar.
A natureza está cheia de exemplos de
viravoltas.
Durante 130 milhões de anos os dinossauros
dominaram a terra e pareciam imbatíveis. Os mamíferos já existiam, mas se
limitavam a criaturas pequenas que conseguiam sobreviver se escondendo em
buracos e debaixo de pedras e árvores caídas. Mas, há 65 milhões de anos
aconteceu uma catástrofe global que destruiu os dinossauros,[1] deixando a terra livre para o
desenvolvimento dos mamíferos, evoluíram os primatas, incluindo os Homo
sapiens. Os todo-poderosos caíram e os insignificantes tomaram seu lugar.
A história humana, também, é uma série de viravoltas.
Há menos de 2000 anos os habitantes do norte
da Europa eram divididos em tribos primitivas com a tecnologia da idade do
bronze. A “civilização”, a cultura grega / romana, que dominava aquele mundo
antigo se concentrava na área do Mar Mediterrâneo. Hoje, aquelas tribos
primitivas são donas de uma tecnologia que chegou a dominar o mundo, trazendo a
globalização com todos os seus benefícios e aberrações.
Seja na natureza, seja na história humana, os
poderosos são destinados a cair e desaparecer e os insignificantes e fracos
elevados e reconhecidos!
Nunca antes na história da humanidade houve
tão grande desigualdade entre ricos e pobres. 0,001% da população possui 30%
das riquezas do mundo e 99,9% tem apenas 19%.[2] Um grande segmento da
população mundial vive no estado de miséria, sem perspectivas de melhorar. Sua
situação é agravada pelo jogo de poder das grandes potências econômicas e seus
aliados políticos e militares. No Brasil os sem terra, sem teto e sem emprego
têm pouca perspectiva de saírem da sua situação. O sistema econômico usa a
tecnologia que elimina a mão de obra, visando maiores lucros para as empresas.
Ignora a desigualdade crescente entre as classes econômicas.
O mundo atual precisa de “coisas novas”. Os
“desertos” estão precisando de “fontes e caminhos” e as “terras secas” de “rios
e estradas”. Este texto de Isaías dá a esperança que coisas novas virão para
libertar os oprimidos dos seus opressores. Assim, até os animais selvagens,
junto aos humanos louvarão ao Eterno!
Mas devemos lembrar que coisas novas não
“caem do céu” Precisam da nossa participação.
[1]
Muitos cientistas afirmam que as aves são descendentes dos dinossauros.
ISAÍAS 43:18-25 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Mas
agora o Senhor Deus diz ao seu povo:
“Não
fiquem lembrando do que aconteceu no passado,
não
continuem pensando nas coisas que fiz há muito tempo.
Pois
agora vou fazer uma coisa nova,
que
logo vai acontecer,
e,
de repente, vocês a verão.
Prepararei
um caminho no deserto
e
farei com que estradas passem em terras secas.
Serei
louvado pelos animais selvagens,
pelos
chacais e pelos avestruzes.
Pois
farei com que jorrem fontes no deserto
e
com que rios corram pelas terras secas,
para
dar de beber ao meu povo escolhido.
Este
é o povo que criei para que fosse meu
a
fim de que desse louvores ao meu nome.”
A
ingratidão de Israel
O
Senhor diz ao seu povo:
“Vocês
se enjoaram de mim
e
pararam de me adorar.
Vocês
não me ofereceram carneiros para serem queimados em sacrifício,
nem
me honraram com outros sacrifícios.
Eu
não os obriguei a me apresentarem ofertas de cereais,
nem
fiquei exigindo que me oferecessem incenso.
Vocês
não foram obrigados a comprar plantas cheirosas
para
apresentá-las a mim,
nem
tiveram de me oferecer a gordura dos animais
para
me agradar.
Pelo
contrário, vocês me cansaram com os seus pecados
e me
aborreceram com as suas maldades.
“Mas
eu — eu mesmo — sou o seu Deus
e
por isso perdoo os seus pecados e os esqueço.
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