domingo, 16 de outubro de 2016

ESCURIDÃO E LUZ

O povo que vive na escuridão verá uma forte luz!
E a luz brilhará sobre os que vivem
na região escura da morte!
Mateus 4.16 (leia 4.12-23) – NTLH

O início do ministério de Jesus é o tema deste texto. Mateus, diferente dos outros evangelistas, muda a residência de Jesus de Nazaré para Cafarnaum, usando o texto de Isaías 9.1-2 como justificativa. Esta profecia se refere à região de Cafarnaum. Jesus é colocado como cumprimento da profecia.

Se não fosse a existência de problemas graves, não haveria a necessidade de esperança. O tema: escuridão e luz se repete em toda a narração bíblica. Nesta profecia de Isaías, a declaração “O povo que vive na escuridão verá uma forte luz!” é valida, não somente para o povo que morava naquela redondeza na época de Isaías e de Jesus, mas para todos os povos na atualidade que vivem nas “regiões escuras da morte”.

O ministério de Jesus revela a boa notícia da luz na escuridão e estabelece a meta para nossa missão no mundo de hoje.

A meta de Jesus era o povo. Ele atravessou as barreiras socais e religiosas que separavam as pessoas. Era escandaloso: falava em público com mulheres de vida duvidosa, comia a bebia com pessoas discriminadas pelos “bons”, aceitou o afeto de uma mulher pecadora e defendeu outra culpada de adultério que ia ser apedrejada, tocava os intocáveis, profanava as regras religiosas para atender aos necessitados e elogiava a fé de pagãos.

Os sinais do Reino anunciados não eram religiosos e não tinham nada a ver com práticas de culto público. Os sinais do Reino se encontravam no ambiente da vida diária e eram: corpos e espíritos curados, famintos alimentados, presos visitados, forasteiros hospedados, nus vestidos e inimigos perdoados. A oração e a esmola eram práticas discretas sem o conhecimento público. Atos públicos de piedade foram condenados como hipocrisia. A construção de templos suntuosos e a montagem de organizações eclesiásticas não faziam parte do Reino que Jesus anunciou.

O Reino de Deus está perto. Onde há manifestações de compaixão, onde há aceitação do próximo como ele é, onde há perdão, e onde há amor, paz, alegria e fé, aí está o Reino.

O arrependimento é a inversão de valores. O Reino dentro de nós nos faz mudar as nossas prioridades. Antes, a prioridade de Simão, André, Tiago e João era a rede de peixes: depois, passou a ser gente. Fora do Reino amamos as coisas e usamos as pessoas. Dentro do Reino amamos as pessoas e usamos as coisas. O Reino inverte os valores. É assim que a luz brilha na escuridão.

MATEUS 4.12-23 – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Quando Jesus soube que João tinha sido preso, foi para a região da Galileia. Não ficou em Nazaré, mas foi morar na cidade de Cafarnaum, na beira do lago da Galileia, nas regiões de Zebulom e Naftali. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta Isaías tinha dito:

“Terra de Zebulom e terra de Naftali,
na direção do mar,
    do outro lado do rio Jordão,
Galileia, onde moram os pagãos!
O povo que vive na escuridão
verá uma forte luz!
E a luz brilhará sobre os que vivem
    na região escura da morte!”
Daí em diante Jesus começou a anunciar a sua mensagem. Ele dizia:

— Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!

Jesus estava andando pela beira do lago da Galileia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:

— Venham comigo, que eu ensinarei vocês a pescar gente.

Então eles largaram logo as redes e foram com Jesus.

Um pouco mais adiante Jesus viu outros dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes. Jesus chamou os dois, e, no mesmo instante, eles deixaram o pai e o barco e foram com ele.

Jesus andou por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a boa notícia do Reino e curando as enfermidades e as doenças graves do povo.



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