Alegre-se muito,
povo de Sião!
Moradores de Jerusalém,
cantem de alegria,
pois o seu rei está chegando.
Ele vem triunfante e vitorioso;
mas é humilde,
e está montado num jumento,
num jumentinho,
filho de jumenta.
povo de Sião!
Moradores de Jerusalém,
cantem de alegria,
pois o seu rei está chegando.
Ele vem triunfante e vitorioso;
mas é humilde,
e está montado num jumento,
num jumentinho,
filho de jumenta.
Zacarias
9.9 (leia 9.9-12) NTLH
Profecias são frutos de tempos de adversidade
e tinham por finalidade apontar saídas. No tempo de Zacarias o povo havia
voltado do cativeiro para sua terra e estava começando tudo de novo. A
realidade era dura: caos em geral, devastação, pobreza, instabilidade social e
econômica. Não restavam vestígios da glória passada ou perspectivas da sua
restauração.
Para o profeta, tal situação não era motivo
de desânimo. Seu Deus era grande. Era a hora de se alegrar com as possibilidades
do futuro. Ele apresentou a visão da chegada de um rei poderoso, de
prosperidade e de paz. Esta visão dava forças para o povo lutar para sair da
miséria. Mas o rei, a prosperidade e a paz nunca chegaram. Ficou como uma
esperança.
550 anos depois, no tempo de Jesus, a
situação também era de desgraça e desânimo. A nação Israel havia se tornado súdita
de Roma. O rei era imposto pelo poder estrangeiro e as riquezas captadas e
mandadas para fora para promover os interesses de César. De novo, o povo estava
precisando motivos de esperança. A visão da chegada de um líder poderoso
renasce. No Evangelho de Mateus, Jesus entra em Jerusalém numa maneira triunfal
(21.5). Havia fugido de Belém para o Egito na infância e voltado para Nazaré da
Galileia onde cresceu e exerceu seu ministério. O exilado voltou! Ascendeu uma
nova chama de esperança. Jesus seria este rei glorioso para restaurar a glória
perdida e acabar com o sofrimento?
A história demonstra que esta interpretação
da profecia de Zacarias foi muito equivocada. Jerusalém (Cidade de Paz) nunca
foi cidade de paz e glória. É violentamente disputada pelas três maiores
religiões monoteístas do mundo: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. É cidade de
ódio, violência e derramamento de sangue. Jerusalém o centro de sofrimento e
guerra, não de paz e prosperidade!
Jesus se identificou mais com o jumento do
que com o rei. Entrou no templo e deu “coice” naqueles que estavam
comercializando a fé. Seus atos e ensinamentos estavam em torno da humildade,
sinceridade, e serviço. O amor a Deus e ao próximo (22.34) é a dinâmica
fundamental dos filhos e filhas do Reino e o serviço ao próximo a base da
avaliação final. No lugar de expectativa de glória e triunfo, Jesus preparou
seus seguidores para sofrimento, frustração, traição e morte. A esperança não
está naquilo que se vê, mas na confiança que Deus tem a última palavra.
A religião institucional ama estatística e
realizações visíveis. Uma igreja perseguida, desprezada e clandestina estaria
mais em harmonia com Jesus do que a igreja que ostenta?
O galardão do Reino é o privilégio de amar a
Deus e servir o próximo, independente dos resultados práticos resultantes. Há
um ditado, “Melhor amar e perder do que nunca ter amado”. Amar é o nosso papel
e o nosso privilégio. O amor é a sua própria recompensa.
ZACARIAS 9.9-12 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Alegre-se
muito, povo de Sião!
Moradores
de Jerusalém, cantem de alegria,
pois
o seu rei está chegando.
Ele
vem triunfante e vitorioso;
mas
é humilde, e está montado num jumento,
num
jumentinho, filho de jumenta.
Ele
acabará com os carros de guerra de Israel
e
com a cavalaria de Jerusalém;
os
arcos e as flechas serão destruídos.
Ele
fará com que as nações vivam em paz;
o
seu reino irá de um mar a outro,
e
desde o rio Eufrates até os fins da terra.
A
futura grandeza de Israel
O
Senhor Deus diz:
“Moradores
de Jerusalém,
eu
fiz uma aliança com vocês,
que
foi selada com sangue.
Por
isso, vou tirar o seu povo do cativeiro,
daquele
poço sem água.
Prisioneiros,
voltem para a sua fortaleza;
voltem
todos os que ainda têm esperança.
Pois
vou lhes dar duas vezes mais bênçãos
do
que os castigos que vocês receberam.
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