Jesus foi até eles,
andando em cima da água.
andando em cima da água.
Mateus
14.25 (leia 14.22-33) – NTLH
“A vida é uma viagem de barco,
balançando nas ondas da ignorância,
navegando num mar de mistério.”
balançando nas ondas da ignorância,
navegando num mar de mistério.”
James
Fowler, Estágios da Fé.
Esta história usa imagens poderosas que
atingem a profundeza da alma humana: ondas tempestuosas e ameaçadoras do mar,
um barco frágil que representa segurança limitada, o pavor diante de perigo e
do poder da fé para superar a força do mar e as limitações do barco.
Nas histórias bíblicas as águas do mar
representam obstáculos, perigos e forças incontroláveis e imprevisíveis. No
dilúvio, tudo virou mar e destruiu a maior parte da humanidade, animais e aves.
O Mar Vermelho foi um obstáculo a ser vencido na fuga do Egito. O mar virou perigo
por causa da fuga de Jonas. Paulo sofreu naufrágio. Apocalipse prevê paraíso
sem mar.
Na Bíblia, barco representa segurança. A arca
de Noé foi a salvação da raça humana e da fauna. Jonas perdeu a segurança do
navio por ser desobediente às ordens de Deus. A igreja se identifica como nau
da salvação e adota o barco como símbolo. Nela as almas acham segurança contra
o mar nesta viagem pelo mundo tempestuoso. Às vezes um “Jonas” é lançado fora.
Esta passagem bíblica fala da nossa vida
espiritual. O mar e as tempestades são coisas de Deus. Barcos são feitos
humanos. Igrejas e sistemas teológicos são “barcos espirituais” que nós
construímos de acordo com a nossa fé.
Pergunto: quanto menor a fé, maior é o nosso
barco religioso? Achamos que grandes templos, concentrações, movimentos e
manifestações religiosas são obras de fé. Será? Por ser homem de fé, Jesus não
precisava de barco. Sua fé não era a do templo, vinha de meditação, oração,
sozinho, no monte. Em contraste, somos mais semelhantes aos 450 profetas de
Baal que confiavam na sua gritaria no Monte Carmelo (I Reis 18.26-29). Até
que ponto a nossa religiosidade representa fé e não fuga?
A fé pode não acalmar a tempestade, mas pode
nos dar forças para vencer as ondas. As ondas são enormes e metem medo. Mas o
amor pode lançar fora o medo. Pela fé, podemos levar esperança aos que estão
remando contra os ventos da vida.
MATEUS 14:22-33 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Logo
depois, Jesus ordenou aos discípulos que subissem no barco e fossem na frente
para o lado oeste do lago, enquanto ele mandava o povo embora. Depois de mandar
o povo embora, Jesus subiu um monte a fim de orar sozinho. Quando chegou a
noite, ele estava ali, sozinho. Naquele momento o barco já estava no meio do
lago. E as ondas batiam com força no barco porque o vento soprava contra ele.
Já de madrugada, entre as três e as seis horas, Jesus foi até lá, andando em
cima da água. Quando os discípulos viram Jesus andando em cima da água, ficaram
apavorados e exclamaram:
— É
um fantasma!
E
gritaram de medo. Nesse instante Jesus disse:
—
Coragem! Sou eu! Não tenham medo!
Então
Pedro disse:
— Se
é o senhor mesmo, mande que eu vá andando em cima da água até onde o senhor
está.
—
Venha! — respondeu Jesus.
Pedro
saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. Porém,
quando sentiu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar. Então
gritou:
—
Socorro, Senhor!
Imediatamente
Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e disse:
—
Como é pequena a sua fé! Por que você duvidou?
Então
os dois subiram no barco, e o vento se acalmou. E os discípulos adoraram Jesus,
dizendo:
— De
fato, o senhor é o Filho de Deus!
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