Pedro disse a
Jesus: -Como é bom estarmos aqui,
Senhor! Se o senhor quiser,
eu armarei três barracas neste lugar:
uma para o senhor,
outra para Moisés e outra para Elias.
Enquanto Pedro estava falando,
uma nuvem brilhante os cobriu,
e dela veio uma voz, que disse:
-Este é o meu Filho querido,
que me dá muita alegria.
Escutem o que ele diz!
Senhor! Se o senhor quiser,
eu armarei três barracas neste lugar:
uma para o senhor,
outra para Moisés e outra para Elias.
Enquanto Pedro estava falando,
uma nuvem brilhante os cobriu,
e dela veio uma voz, que disse:
-Este é o meu Filho querido,
que me dá muita alegria.
Escutem o que ele diz!
Mateus 17.4-5 (leia 17.1-9) – NTLH
Foi uma experiência
espantosa e gostosa para Pedro, Tiago e João. Tiveram uma visão gloriosa de
Jesus. Lá no monte alto seu rosto brilhava como o sol e suas roupas, brancas
como a luz. Moisés e Elias apareceram e conversaram com Ele. Foi um momento
inesquecível! Valia à pena conservá-lo. Queriam armar três barracas para
perpetuar a experiência. Seria bom ficar lá, revivendo tudo que haviam passado
naquele momento.
Mas, não era para ser assim. Abaixou uma
nuvem brilhante e os cobriu. Uma voz soou com a recomendação “Escutem o que ele
diz!”. Este mesmo Jesus que os levou para o monte os conduziu de volta para o
vale onde se encontrava a multidão sofredora. Os três queriam ficar no monte,
mas Jesus os levou de volta para o vale.
O texto acima retrata as duas grandes
polaridades da nossa vida religiosa: a de construir barracas para a curtição da
presença divina e a de se perder no vale com a multidão.
Como bons imitadores de Pedro, Tiago e João,
ao longo do tempo, a igreja tem investido muito em construir suas “barracas”
para resgatar experiências marcantes. Estas “barracas” tomam a forma de
prédios, monumentos, lugares de peregrinação, movimentos, instituições,
acampamentos, retiros, etc.
Um exemplo é a experiência pentecostal. Lucas
é o único evangelista que faz menção de Pentecostes, um acontecimento
espontâneo para atender uma situação específica! O Pentecostes tem cativado a
imaginação de muitas igrejas no Ocidente. Há grandes esforços para reproduzir a
experiência pentecostal. Existem muitos tipos de movimentos pentecostais:
avivamento, renovação espiritual, carismático, para citar só alguns. Eles se
esforçam para criar condições para o fenômeno pentecostal se repetir.
O problema é que o Espírito Santo não é
programável. Sopra onde, como e quando quer… Qualquer programação não passa de
manipulação e Deus não é manipulável. Já ouvi este tipo de convite: “Venham a
tal lugar, tal horário e Jesus vai fazer curas, libertações e maravilhas”.
Alguns chegam a marcar “a tarde da bênção”, sempre na segurança dos templos
(barracas). Imaginem! Um Jesus programável! Deus é tão criativo que não vai
repetindo as mesmas coisas vez após outra e não precisa da nossa “programação”
para operar.
O ministério de Jesus falou bem alto. Voltou
ao vale. A “barraca” seria segura e confortável, mas o vale, perigoso e cheio
de surpresas. Logo Jesus encontrou um menino possesso, cobrança de imposto e a
discriminação. Mais adiante foi a traição, o abandono e, finalmente, a cruz. As
“barracas” não têm cruz, a não ser como objeto de enfeite.
Hoje, o vale é mais escuro e mais perigoso do
que nunca. O vale precisa de luz, de cura, de compaixão, de esperança. Seguir
Jesus seria descer ao vale com Ele. Vivendo a justiça e compaixão podemos não
transformar a sociedade, mas, tocarmos a vida de algumas pessoas, ajudando-as a
superar as dificuldades alcançando esperanças.
MATEUS
17:1-9 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Seis
dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo somente Pedro e os
irmãos Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar: o seu rosto
ficou brilhante como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. E os
três discípulos viram Moisés e Elias conversando com Jesus. Então Pedro disse a
Jesus:
— Como
é bom estarmos aqui, Senhor! Se o senhor quiser, eu armarei três barracas neste
lugar: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias.
Enquanto
Pedro estava falando, uma nuvem brilhante os cobriu, e dela veio uma voz, que
disse:
— Este
é o meu Filho querido, que me dá muita alegria. Escutem o que ele diz!
Quando
os discípulos ouviram a voz, ficaram com tanto medo, que se ajoelharam e encostaram
o rosto no chão. Jesus veio, tocou neles e disse:
— Levantem-se
e não tenham medo!
Então
eles olharam em volta e não viram ninguém, a não ser Jesus.
Quando
estavam descendo do monte, ele lhes deu esta ordem:
— Não
contem para ninguém o que viram até que o Filho do Homem seja ressuscitado.
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