Saia da minha frente, Satanás!
Você é como uma pedra no meu caminho
para me fazer tropeçar...
Você é como uma pedra no meu caminho
para me fazer tropeçar...
Mateus
16.23 (leia 16.21-28) – NTLH
Durante alguns instantes Pedro estava no
pedestal, elogiado por Jesus como felizardo e iluminado por Deus. Ele havia
confessado Jesus como Messias, o Filho do Deus vivo (v17). Mas, logo depois,
Jesus o chamou de Satanás e mandou-o sair da sua frente por ser pedra de
tropeço. O que aconteceu? Onde Pedro errou?
O problema de Pedro era conciliar a prática
com a visão. Pela fé, ele viu a grandeza de Jesus, mas não entendeu suas
implicações na vivência. A proposta de Jesus para ir a Jerusalém, enfrentar
sofrimento e morte era demais para Pedro aceitar! A cruz era incompatível com a
grandeza. Para Jesus, evitar a cruz era satânico e Pedro se transformou em
Satanás.
Não devemos criticar Pedro ou condená-lo. Ele
representa a maioria esmagadora dos seguidores de Jesus até hoje. No decorrer
dos séculos, a Igreja desenvolveu uma bela visão de Deus e de Seu Reino.
Milhões de livros foram escritos e bilhões de sermões pregados exaltando a Sua
grandeza, natureza e glória. “Visão” nunca faltou.
O problema é a prática satânica apesar desta
visão. Nossa imaginação associa o satânico com as forças malignas das trevas,
ódio e o anticristo. Imaginamos Satanás como “bicho papão” completo com
chifres, patas de bode, rabo apontado e cuspindo fogo e fumaça. Pedro não era
nada disto! Ele era discípulo com “teologia correta”, mas querendo evitar a
cruz. Sua prática satânica era pôr a sobrevivência e interesses pessoais acima
da cruz.
Inspiradas com a vida e morte de Jesus, as
igrejas adotaram a cruz como símbolo. Será que a cruz não passa de mera
decoração? Será que o cristianismo, com sua ênfase na auto promoção que gasta a
maior parte dos dízimos dos fieis em manutenção de sua estrutura pesada, não é
satânica? As igrejas estão se popularizando na sociedade e não representam uma ameaça
para as forças do mal. Conseguem evitar a cruz da perseguição.
Jerusalém representava o perigo de um
confronto direto com as forças do mal. Era a sede de política comprometida e
espiritualidade alienante. Jesus foi à Jerusalém e confrontou os poderes pela
sua compaixão pela multidão negligenciada. Balançou o coreto. Foi visto como
ameaça e crucificado.
Será que a nossa boa convivência com a
Jerusalém da nossa sociedade não é satânica? Será que Jesus falaria à nós hoje
estas palavras: “Sai da minha frente, Satanás”?
MATEUS 16.21-28 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Daí
em diante, Jesus começou a dizer claramente aos discípulos:
— Eu
preciso ir para Jerusalém, e ali os líderes judeus, os chefes dos sacerdotes e
os mestres da Lei farão com que eu sofra muito. Eu serei morto e, no terceiro
dia, serei ressuscitado.
Então
Pedro o levou para um lado e começou a repreendê-lo, dizendo:
—
Que Deus não permita! Isso nunca vai acontecer com o senhor!
Jesus
virou-se e disse a Pedro:
—
Saia da minha frente, Satanás! Você é como uma pedra no meu caminho para fazer
com que eu tropece, pois está pensando como um ser humano pensa e não como Deus
pensa.
E
Jesus disse aos discípulos:
— Se
alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja
pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus
próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem
esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém
ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que
poderá pagar para ter de volta essa vida. Pois o Filho do Homem virá na glória
do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que
fez. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: estão aqui algumas pessoas que não
morrerão antes de verem o Filho do Homem vir como Rei.
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