Jesus disse a eles
-Eu afirmo a vocês que isto é verdade:
Os cobradores de impostos e as prostitutas
estão entrando no Reino de Deus antes de vocês.
-Eu afirmo a vocês que isto é verdade:
Os cobradores de impostos e as prostitutas
estão entrando no Reino de Deus antes de vocês.
Mateus
21.31b (leia 21.28-32) – NTLH
Mais uma vez, Jesus ofendeu os chefes religiosos.
Eles confrontaram Jesus muitas vezes, e cada vez a resposta foi na altura do
confronto. Como chefes, eles se julgavam autoridades máximas em assuntos de
costumes e moral. Também, determinavam quem eram “pessoas dignas” a serem
aceitas por Deus. Tinham um sistema fechado de pensamento e não admitiam
mudanças. Jesus os incomodava. Ele não seguia rigorosamente as normas da
tradição e se misturava com pessoas “indignas”. Eles desafiaram Jesus a provar
que tinha autoridade de se conduzir de tal maneira.
Jesus citou João Batista como quem veio para
mostrar o caminho certo. A mensagem dele era de justiça social (Lc.3.10-14) e
mudança de vida (arrependimento) [Mt.3.2]. Sua mensagem foi rejeitada pelas
lideranças, mas aceita pelo povo. Com este pano de fundo, Jesus contou a
parábola dos dois filhos e citou os cobradores de impostos e as prostitutas.
A parábola se desenvolve em torno de uma
plantação de uvas pertencente ao pai. O pai chamou os dois filhos a trabalhar
na lavoura dele. Tradicionalmente, interpretamos a videira em termos da vida
religiosa e da igreja. Trabalhar no campo seria igual a professar a fé num
credo religioso atuando na igreja. Mas o contexto não apoia tal interpretação
limitada. Esta videira simboliza algo maior – o Reino de Deus. Abrange o mundo
que Deus criou da qual fazemos parte. Somos chamados para cuidar desta
“plantação de Deus”.
O filho mais novo da narração disse que ia,
mas não foi. Ele representa uma crítica aos chefes religiosos que confrontavam
Jesus. Sua prática era incompatível com seu discurso. Estavam na posição de
cuidar do povo, mas somente cuidavam da religião. Jesus nunca os acusou de atos
hediondos. Seu mal era a omissão de velar pelo povo. Faltava compaixão! Seu
“campo” se limitava a um sistema de regras e normas a serem cumpridas. O
sistema em si era mais importante do que o bem estar do povo. Defendiam a
instituição e deixavam o povo desfalecer.
O primeiro filho, no início, recusou, mas
acabou indo. Ele simboliza aqueles que estão abertos à mudança. Sabem que
fizeram decisões erradas e precisam de mudança. São capazes de sentir o
sofrimento alheio porque reconhecem a sua própria carência. São capazes de
ouvir a chamada e mudar sua vida. Jesus citou justamente os cobradores de
impostos e prostitutas como cidadãos do Reino antes dos chefes religiosos! Não
têm pretensões de serem os donos da verdade.
A ausência da igreja nos movimentos seculares
para a libertação do povo dos males sociais atesta a omissão da igreja exercer compaixão.
Dizer que a salvação é somente pela fé é ignorar o evangelho que Jesus pregou e
viveu. Tomara que Jesus continue a nos perturbar.
MATEUS 21.28-32 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Jesus
continuou:
— E
o que é que vocês acham disto? Certo homem tinha dois filhos. Ele foi falar com
o mais velho e disse: “Filho, hoje você vai trabalhar na minha plantação de
uvas.”
—
Ele respondeu: “Eu não quero ir.” Mas depois mudou de ideia e foi.
— O
pai foi e deu ao outro filho a mesma ordem. E este disse: “Sim, senhor.” Mas
depois não foi.
—
Qual deles fez o que o pai queria? — perguntou Jesus.
E
eles responderam:
— O
filho mais velho.
Então
Jesus disse a eles:
— Eu
afirmo a vocês que isto é verdade: os cobradores de impostos e as prostitutas
estão entrando no Reino de Deus antes de vocês. Pois João Batista veio para
mostrar a vocês o caminho certo, e vocês não creram nele; mas os cobradores de
impostos e as prostitutas creram. Porém, mesmo tendo visto isso, vocês não se
arrependeram e não creram nele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário