domingo, 2 de abril de 2017

A LEI SUPREMA


Devemos amar a Deus
com todo o nosso coração,
com toda a nossa mente
e com todas as nossas forças
e também devemos amar os outros
como amamos a nós mesmos.
Marcos 12.33a (leia 12.28-34) – NTLH

A nossa ética e prática são muito mais importantes do que as nossas crenças. A história do cristianismo é marcada por conflitos de doutrina. Julga-se superior às outras religiões porque acha que tem as doutrinas corretas sobre Deus e o plano de salvação. As igrejas defendem “com unhas e dentes” a doutrina da trindade, embora esta palavra nem apareça na Bíblia! Colocam como essenciais e básicas muitas crenças que não têm comprovação nenhuma. Jesus não tinha preocupação com credos. Nunca submeteu ninguém a sabatinas doutrinais.

Jesus estava interessado no fruto da fé! O fruto era o essencial, não importando a espécie da árvore. Se o fruto fosse bom, a árvore era boa. A árvore era julgada pelo fruto que produzia, não o fruto julgado pela espécie da árvore que o produzia. O fruto fala por si, independente da árvore. O cristianismo, junto com todas as religiões, será julgado pelo fruto que produz, não pela sua conjuntura de crenças e práticas litúrgicas.

Jesus colocou o amor como o valor supremo e o definiu pela sua manifestação na vivência diária: “Ame os outros como você ama a você mesmo”. Na prática, significa “tratar os outros como você quer ser tratado”.

Este ideal de Jesus não é diferente do que o de muitas das grandes religiões mundiais. Alguns exemplos:

Hinduísmo: Eis a súmula do dever: não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, te causaria dor. (Séc. XV a.C.)
Judaísmo: O que é odioso para ti não o faças ao teu próximo. (Séc. X a.C.)
Zoroastrismo: Uma natureza é boa somente quando se abstém de fazer ao outro o que não é bom para ela mesma. (Séc. VI a.C.)
Taoísmo: Considera o ganho do teu próximo como teu próprio ganho, e a perda do teu próximo como tua própria perda. (Séc. VI a.C.)
Budismo: Não ofendas os outros de maneira que julgarias ofensivas a ti mesmo. (Séc. VI a.C.)
Confucionismo: Não faças aos outros o que não desejarias que fizessem a ti. (Séc. VI a.C.)
Jainismo: Na felicidade e no sofrimento, na alegria e na tristeza, devemos considerar todas as criaturas como consideramos a nós mesmos.(Séc. VI a.C.)
Cristianismo: Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles. (Séc. I d.C.)
Islã: Nenhum de vós será crente enquanto não desejar para o seu irmão o que ele deseja para si mesmo. (Séc. VII d.C.)
Sikhismo: Julga aos outros como a ti mesmo. (Séc. XV d.C.)

Se cada um conseguisse viver a ética do amor que a sua fé professa, todos nós estaríamos pertos do Reino de Deus. A libertação verdadeira é a do ódio para o amor. O amor é uma maneira de viver, não apenas crer.

Até os demônios crêem e tremem!..

MARCOS 12.28-34 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Um mestre da Lei que estava ali ouviu a discussão. Viu que Jesus tinha dado uma boa resposta e por isso perguntou:

Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?

Jesus respondeu:

É este: “Escute, povo de Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 30 Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente e com todas as forças.” E o segundo mais importante é este: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.

Então o mestre da Lei disse a Jesus:

Muito bem, Mestre! O senhor disse a verdade. Ele é o único Deus, e não existe outro além dele. Devemos amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa mente e com todas as nossas forças e também devemos amar os outros como amamos a nós mesmos. Pois é melhor obedecer a estes dois mandamentos do que trazer animais para serem queimados no altar e oferecer outros sacrifícios a Deus.

Jesus viu que o mestre da Lei tinha respondido com sabedoria e disse:

Você não está longe do Reino de Deus.

Depois disso ninguém tinha coragem de fazer mais perguntas a Jesus.



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