domingo, 16 de abril de 2017

DORES DE PARTO

Uma nação vai guerrear contra outra,
e um país atacará outro.
Em vários lugares haverá tremores de terra
e falta de alimentos.
Essas coisas serão como
as primeiras dores de parto.
Marcos 13.8 (leia 13.1-8) – NTLH

Há sempre sensacionalistas pregando que estamos no fim dos tempos! Desde a primeira geração dos cristãos, até hoje, há pessoas insistindo, com “revelações” alarmantes, que o fim está próximo. Todos usam os mesmos textos bíblicos, recorrendo a argumentos que citam como sinais: a violência das guerras, terremotos e fome, sempre presentes na história da nossa “civilização”. Mesmo, depois de dois mil anos de “profecias” falsas e não cumpridas, não desconfiam que estão pegando “barcos furados”.

Jesus advertiu contra este tipo de pregação, dizendo que é falsa. A história comprova a sua falsidade. Esta passagem é uma advertência para não corrermos aos modismos dos últimos tempos, sempre presentes na igreja. Modismos são passageiros e não levam a nada.

A discussão começou com a admiração dos discípulos da suntuosidade do templo e dos prédios vizinhos. Jesus respondeu que todos serão destruídos, sem deixar vestígio. Espantados, eles perguntaram: “Quando?” A pergunta foi errada, e Jesus respondeu como deveriam ter feito a pergunta!. Não falou do “Quando” mas do “Que”.

Ele descreveu a violência das guerras, terremotos e fome como sendo as “primeiras dores do parto”. As dores serão, na realidade, dores do nascimento do algo novo. O templo representava poder, opressão, orgulho e auto engrandecimento humano que são destinados à destruição para, no lugar deles, nascer algo novo.

O parto humano é doloroso, mas a dor tem finalidade: lançar vida nova na terra. Quando usamos estas palavras de Jesus para apoiar especulações inúteis sobre o fim da história, perdemos completamente a mensagem do evangelho. Não são palavras de amedrontamento, mas de conforto. Na economia divina, tragédia não é o fim, mas abertura para algo novo e melhor. As lágrimas podem lavar o rosto, preparando para o sorriso! Isto é difícil acreditar, especialmente na hora da dor, quando estamos agonizados, sem podermos enxergar mais adiante. É uma mensagem para nos ajudar a não cair no desespero.

A violência e a destruição são fatores sempre presentes na história humana. Tudo aquilo que construímos e realizamos é destinado a desaparecer, sem deixar vestígios. Seremos esquecidos, iguais aos bilhões de seres humanos que já nasceram e morreram.

Os discípulos estavam iludidos com os edifícios enormes. Podemos, também, nos iludir pelas nossas realizações, esquecendo que tudo é transitório na vida. Mas, a dor da sua destruição pode ser compensada pela esperança do nascimento de algo melhor no seu lugar.

Derrotas podem ser vitórias disfarçadas. Na economia divina não existe tragédia absoluta. A longo prazo tudo contribui para o bem. A mensagem do evangelho é que, pela graça, a vida pode nascer da morte.

  1. MARCOS 13:1-8 – NOVA TRADU?ÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Quando Jesus estava saindo do pátio do Templo, um discípulo disse:

Mestre, veja que pedras e edifícios impressionantes!

Jesus respondeu:

Você está vendo estes enormes edifícios? Pois aqui não ficará uma pedra em cima da outra; tudo será destruído!
Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, olhando para o Templo, quando Pedro, Tiago, João e André lhe perguntaram em particular:

Conte para nós quando é que isso vai acontecer. Que sinal haverá para mostrar quando é que todas essas coisas vão começar?

Então Jesus começou a ensiná-los. Ele disse:

Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias!” E enganarão muitas pessoas. Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim. Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá tremores de terra e falta de alimentos. Essas coisas serão como as primeiras dores de parto.



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