...o Senhor mesmo lhes dará um sinal:
a jovem que está grávida dará à luz um filho
e porá nele o nome de Emanuel.
a jovem que está grávida dará à luz um filho
e porá nele o nome de Emanuel.
Isaías
7.14 – NTLH
O Rei Acaz não acreditava na promessa do Deus
Eterno de proteger Jerusalém dos ataques da Síria e Efraim. O medo era tanto
que não conseguiu acreditar nas palavras do profeta Isaías. Acaz foi, então,
desafiado a pedir qualquer sinal ao Eterno como prova da validade da promessa.
O Rei recusou pedir sinal. Mesmo assim, Deus lhe deu uma prova: a jovem mãe dá
o nome “Emanuel” (Deus conosco) ao filho recém-nascido. Esta mãe tinha mais fé
a respeito da presença do Eterno do que o rei que havia recebido a palavra do
profeta.
O sinal foi dado ao Rei Acaz pouco depois do
pronunciamento de Isaías. Séculos depois, Mateus, querendo “provar” a divindade
de Jesus, arrancou esta passagem das escrituras do seu contexto e modificou seu
sentido.
Não há nada significante a respeito da jovem
mãe a não ser a sua fé. Mateus, ao usar a versão grega do antigo testamento,
erradamente traduzia "jovem" por "virgem". Assim sendo,
adotou a posição que esta passagem se referia a Maria, que ela era virgem e que
a criança nascida era Jesus! Ignoravam o fato de que a criança da profecia se
chamava Emanuel e não Jesus.
Para "provar" que Jesus era aquele
ungido por Deus, prometido pelas profecias, a igreja primitiva lançava mão de
diversos textos duvidosos. Para Jesus ser o prometido não havia nenhuma
necessidade dele ter nascido de uma virgem, nem de uma mulher
"direitinha". Ao insistir em detalhes como este, perdemos de vista o
essencial – o nascido do Espírito é aquele que tem o Espírito e o deixa agir na sua
vida, independentemente das suas origens humanas. Esta abordagem de
Jesus é secundária. O essencial era Seu relacionamento com o Papai!
Vivemos num mundo de ameaças e perigos. O
medo sentido pelo Rei Acaz faz parte da experiência de bilhões de pessoas hoje.
Muitas sentem medo até de sair à noite na rua das cidades grandes. A grande
maioria das pessoas tem a sua confiança na ordem social abalada. O futuro
parece mais duvidoso do que nunca. Precisamos uma mensagem de esperança e força
para crer. Apesar das aparências do abandono no meio do caos ético, moral e
social que vivemos hoje, Emanuel continua ser uma realidade.
Independente do uso equivocado do texto em
relação à pessoa de Jesus, ele tem muito a ver conosco hoje. Estando sensíveis
a presença divina cada um pode ser um “Emanuel” e exercer influência para o bem
e contribuir para a paz e a justiça. “Emanuel” está presente até nas pequenas
coisas que fazemos - pode chegar no murmuro de uma brisa suave como também no
trovão de uma tempestade. Jesus foi Emanuel na medida em que encarnou
a presença do Papai, e o nosso desafio é ser imitadores dele, também encarnando
a Grande Presença.
ISAÍAS 7:10-16 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
O
Senhor Deus enviou ao rei Acaz esta outra mensagem:
—
Peça ao Senhor, seu Deus, que lhe dê um sinal. Esse sinal poderá vir das
profundezas do mundo dos mortos ou das alturas do céu.
Mas
Acaz respondeu:
—
Não vou pedir sinal nenhum. Não vou pôr o Senhor à prova.
Então
Isaías disse:
— Escutem,
descendentes do rei Davi! Será que não basta vocês abusarem da paciência das
pessoas? Precisam abusar também da paciência do meu Deus? Pois o Senhor mesmo
lhes dará um sinal: a jovem que está grávida dará à luz um filho e porá nele o
nome de Emanuel. Quando ele chegar à idade de saber escolher o bem e rejeitar o
mal, o povo estará comendo coalhada e mel. Mas, mesmo antes desse tempo, ó rei
Acaz, as terras daqueles dois reis que lhe causaram tanto medo ficarão
completamente abandonadas.
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