domingo, 29 de maio de 2016

TORRES E GUERRAS

No futuro,
o monte do Templo do Deus Eterno
será o mais alto de todos
e ficará acima de todos os montes.
Os povos de todas as nações
irão correndo para lá...
Eles transformarão as suas espadas em arados
e as suas lanças, em foices.
Nunca mais as nações farão guerra,
nem se prepararão para batalhas...
Venham, vamos caminhar
na luz que o Deus Eterno nos dá.
Isaías 2.2,4b5b – NTLH

Esta passagem representa o oposto da nossa realidade. Os templos não são mais os prédios mais altos das nossas paisagens urbanas. Com a carência de princípios éticos, morais e religiosos as nossas cidades se tornaram praças de medo e conflito. Os desentendimentos entre os povos e as nações aumentam e as possibilidades de paz se afastam cada vez mais. Hoje Jerusalém, cujo nome significa “Cidade de Paz” é o “anti-modelo” de como o mundo deveria ser. É uma cidade de ódio, violência e injustiça. Promove terrorismo nos países vizinhos. Os instrumentos de guerra têm prioridade na escala de valores e a nossa marcha está em direção a um grande “apagão” social e moral.

Construções altas e imponentes são meios do ser humano mostrar a sua grandeza e escala de valores. Antigamente as torres das catedrais dominavam as cidades. O clero mandava. Agora, é o comércio. As Torres Gêmeas de Nova Iorque simbolizavam o que está acontecendo na escala global hoje. Eram o orgulho do poder crescente, da economia e tecnologia da globalização promovida pelo mundo ocidental. Mas a sua destruição demonstrou a sua fragilidade diante do outro lado da realidade: a pobreza e a desigualdade.

A pobreza produziu uma religiosidade igualmente destrutiva – um fundamentalismo, também anti-vida e opressor. Todas as grandes religiões estão caminhando em direção ao radicalismo que joga uma religião contra a outra e promove “guerras santas”. Nações “cristãs” fazem guerra para proteger seus interesses. Judeus usam a promessa feita a Abraão como justificativa para dominar a Terra Santa. Muçulmanos, por motivos religiosos, querem dominar a mesma área. Fundamentalistas Islâmicos querem convocar Jihad (guerra santa) contra o mundo ocidental. No mesmo espírito, muitos cristãos são contra outras igrejas cristãs e gostam de cânticos com letras de guerra como “O Nosso General é Cristo”.

A profecia de Isaías afirma que a “luz que o Deus Eterno nos dá” nos leva a outros caminhos – os de paz e justiça. Nosso desafio é para andarmos na contramão da história – viver a paz e a justiça. Jesus nasceu no meio de conflitos, mas seu caminho era o de paz. Foi cercado pelo sofrimento, mas foi agente de cura. Encontrou a rejeição, mas aceitou até os mais inaceitáveis. Foi odiado, mas amou até o ponto de morrer pelos inimigos.

Jesus, a encarnação do amor divino, morreu, mas pode voltar através de nós. Não podemos ter o luxo de rejeitar este mundo que Deus ama. A luz é dada para vencer trevas e iluminar caminhos. A encarnação do amor pode se repetir cada vez que nós andamos na luz como Jesus andou na luz. Somente a luz do amor vivida por nós pode mostrar ao mundo o caminho da paz.

ISAÍAS 2.1-5 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Esta é a mensagem a respeito de Judá e de Jerusalém que o Senhor Deus deu a Isaías, filho de Amoz:
No futuro,
o monte do Templo do Senhor
será o mais alto de todos
e ficará acima de todos os montes.
Os povos de todas as nações irão correndo para lá
e dirão assim:
“Vamos subir o monte do Senhor,
vamos ao Templo do Deus de Israel.
Ele nos ensinará o que devemos fazer,
e nós andaremos nos seus caminhos.
Pois os ensinamentos do Senhor vêm de Jerusalém;
do monte Sião ele fala com o seu povo.”
Deus será o juiz das nações,
decidirá questões entre muitos povos.
Eles transformarão as suas espadas em arados
e as suas lanças, em foices.
Nunca mais as nações farão guerra,
nem se prepararão para batalhas.
Venham, descendentes de Jacó,
vamos caminhar na luz que o Senhor nos dá.



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