Os cegos verão,
e os surdos ouvirão;
os aleijados pularão e dançarão,
e os mudos cantarão de alegria.
Pois fontes brotarão no deserto,
e rios correrão pelas terras secas.
e os surdos ouvirão;
os aleijados pularão e dançarão,
e os mudos cantarão de alegria.
Pois fontes brotarão no deserto,
e rios correrão pelas terras secas.
Isaías
35.5-6 – NTLH
Longe de ser pessimista, as escrituras são
até otimistas demais! Conseguem apontar algo de bom, além de tantas coisas
ruins que enchem a terra... Descrevem aleijados, não apenas ficando em pé sem
muletas, mas aleijados pulando e dançando; mudos não apenas conseguindo falar
algumas palavras, mas mudos cantando de alegria! Contam-nos de desertos
transformados em jardins, jorrando água! As escrituras são otimistas ao
extremo, porque o seu Deus é grande.
Há uma lei da natureza que temos muita
dificuldade em aceitar: a vida e a morte são interdependentes.
Uma não pode existir sem a outra. Cada dia a vida do nosso corpo é sustentada
pela morte de milhões de outros organismos biológicos. Cada bocado que comemos
para sustentar o nosso corpo representa a morte de outras formas de vida:
vegetal, animal ou bacteriana. A morte sustenta a nossa vida. Sem a morte de
outros, não teremos vida.
Enxergar somente a morte traz tristeza e
desespero. O profeta Isaías conseguiu ver que a sequidão da terra e as aflições
do povo estavam abrindo caminho para novas possibilidades ainda não sonhadas.
Foi otimista porque viu que a desolação física ao seu redor estava anunciando
uma nova plenitude de vida. A feiura estava abrindo caminho para a beleza: a
tristeza para a alegria.
O que parece ser mal pode ser a mão de Deus
levando as pessoas e o mundo a uma vida contrária a que está vivendo agora. A
“ira de Deus” se volta para a cura e a recuperação e não para a vingança e
destruição. O homem que nasceu aleijado: relata num dos Evangelhos não nasceu assim
por causa do pecado dele ou dos pais, nem por causa do castigo de Deus, mas
para que o poder de Deus pudesse ser revelado. Pelas aparências, o mundo e a
humanidade estão perdidos e poucos se salvarão. A glória do Evangelho é
patente: o que parece perdição é realmente salvação e bênção.
Ficamos assustados em ver os muçulmanos
fanáticos, voluntariamente e alegremente, sacrificar a sua vida em defesa da
sua causa. Eles crêem que a sua morte resultará em vida maior. Para eles a
morte é uma amiga. Condenamos aqueles que matam em nome de Deus, mas, ao mesmo tempo,
seriamos capazes de morrer pelo amor ao próximo? Amamos tanto a vida
abundante que dificilmente sacrificamos os nossos privilégios, muito menos a
nossa vida.
Jesus nasceu para morrer. Este Jesus precisa
nascer dentro de nós e nos contagiar com o otimismo profético que nos leva a
abrir mão dos privilégios na certeza que o sacrifício pode ser o caminho para
vida abundante.
ISAÍAS 35 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM
DE HOJE 2000 (NTLH)
O
deserto se alegrará,
e
crescerão flores nas terras secas;
cheio
de flores, o deserto cantará de alegria.
Deus
o tornará tão belo como os montes Líbanos,
tão
fértil como o monte Carmelo e o vale de Sarom.
Todos
verão a glória do Senhor,
verão
a grandeza do nosso Deus.
Fortaleçam
as mãos cansadas,
deem
firmeza aos joelhos fracos.
Digam
aos desanimados:
“Não
tenham medo; animem-se,
pois
o nosso Deus está aqui.
Ele
vem para nos salvar,
ele
vem para castigar os nossos inimigos.”
Então
os cegos verão,
e os
surdos ouvirão;
os
aleijados pularão e dançarão,
e os
mudos cantarão de alegria.
Pois
fontes brotarão no deserto,
e
rios correrão pelas terras secas.
A
areia quente do deserto virará um lago,
e
haverá muitas fontes nas terras secas.
Os
lugares onde agora vivem os animais do deserto
virarão
brejos onde crescerão taboas e juncos.
Haverá
ali uma estrada
que
será chamada de “Caminho da Santidade”.
Nela,
não caminharão os impuros,
pois
ela pertence somente ao povo de Deus.
Até
os tolos andarão nela
e
não se perderão.
Nesse
caminho, não haverá leões,
animais
selvagens não passarão por ele;
ali
andarão somente os salvos.
Aqueles
a quem o Senhor salvar voltarão para casa,
voltarão
cantando para Jerusalém
e
ali viverão felizes para sempre.
A
alegria e a felicidade os acompanharão,
e
não haverá mais tristeza nem choro.
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