domingo, 22 de maio de 2016

OTIMISMO PROFÉTICO

Os cegos verão,
e os surdos ouvirão;
os aleijados pularão e dançarão,
e os mudos cantarão de alegria.
Pois fontes brotarão no deserto,
e rios correrão pelas terras secas.
Isaías 35.5-6 – NTLH

Longe de ser pessimista, as escrituras são até otimistas demais! Conseguem apontar algo de bom, além de tantas coisas ruins que enchem a terra... Descrevem aleijados, não apenas ficando em pé sem muletas, mas aleijados pulando e dançando; mudos não apenas conseguindo falar algumas palavras, mas mudos cantando de alegria! Contam-nos de desertos transformados em jardins, jorrando água! As escrituras são otimistas ao extremo, porque o seu Deus é grande.

Há uma lei da natureza que temos muita dificuldade em aceitar: a vida e a morte são interdependentes. Uma não pode existir sem a outra. Cada dia a vida do nosso corpo é sustentada pela morte de milhões de outros organismos biológicos. Cada bocado que comemos para sustentar o nosso corpo representa a morte de outras formas de vida: vegetal, animal ou bacteriana. A morte sustenta a nossa vida. Sem a morte de outros, não teremos vida.

Enxergar somente a morte traz tristeza e desespero. O profeta Isaías conseguiu ver que a sequidão da terra e as aflições do povo estavam abrindo caminho para novas possibilidades ainda não sonhadas. Foi otimista porque viu que a desolação física ao seu redor estava anunciando uma nova plenitude de vida. A feiura estava abrindo caminho para a beleza: a tristeza para a alegria.

O que parece ser mal pode ser a mão de Deus levando as pessoas e o mundo a uma vida contrária a que está vivendo agora. A “ira de Deus” se volta para a cura e a recuperação e não para a vingança e destruição. O homem que nasceu aleijado: relata num dos Evangelhos não nasceu assim por causa do pecado dele ou dos pais, nem por causa do castigo de Deus, mas para que o poder de Deus pudesse ser revelado. Pelas aparências, o mundo e a humanidade estão perdidos e poucos se salvarão. A glória do Evangelho é patente: o que parece perdição é realmente salvação e bênção.

Ficamos assustados em ver os muçulmanos fanáticos, voluntariamente e alegremente, sacrificar a sua vida em defesa da sua causa. Eles crêem que a sua morte resultará em vida maior. Para eles a morte é uma amiga. Condenamos aqueles que matam em nome de Deus, mas, ao mesmo tempo, seriamos capazes de morrer pelo amor ao próximo? Amamos tanto a vida abundante que dificilmente sacrificamos os nossos privilégios, muito menos a nossa vida.

Jesus nasceu para morrer. Este Jesus precisa nascer dentro de nós e nos contagiar com o otimismo profético que nos leva a abrir mão dos privilégios na certeza que o sacrifício pode ser o caminho para vida abundante.

ISAÍAS 35 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

O deserto se alegrará,
e crescerão flores nas terras secas;
cheio de flores, o deserto cantará de alegria.
Deus o tornará tão belo como os montes Líbanos,
tão fértil como o monte Carmelo e o vale de Sarom.
Todos verão a glória do Senhor,
verão a grandeza do nosso Deus.
Fortaleçam as mãos cansadas,
deem firmeza aos joelhos fracos.
Digam aos desanimados:
“Não tenham medo; animem-se,
pois o nosso Deus está aqui.
Ele vem para nos salvar,
ele vem para castigar os nossos inimigos.”
Então os cegos verão,
e os surdos ouvirão;
os aleijados pularão e dançarão,
e os mudos cantarão de alegria.
Pois fontes brotarão no deserto,
e rios correrão pelas terras secas.
A areia quente do deserto virará um lago,
e haverá muitas fontes nas terras secas.
Os lugares onde agora vivem os animais do deserto
virarão brejos onde crescerão taboas e juncos.
Haverá ali uma estrada
que será chamada de “Caminho da Santidade”.
Nela, não caminharão os impuros,
pois ela pertence somente ao povo de Deus.
Até os tolos andarão nela
e não se perderão.
Nesse caminho, não haverá leões,
animais selvagens não passarão por ele;
ali andarão somente os salvos.
Aqueles a quem o Senhor salvar voltarão para casa,
voltarão cantando para Jerusalém
e ali viverão felizes para sempre.
A alegria e a felicidade os acompanharão,
e não haverá mais tristeza nem choro.



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