domingo, 1 de maio de 2016

PLANTANDO O BEM

Vou cantar agora para o meu amigo
uma canção a respeito da sua plantação de uvas.
O meu amigo fez essa plantação
num lugar onde a terra era boa.
Ele cavou o chão, tirou as pedras
e plantou as melhores mudas de uva.
No centro do terreno,
ele construiu uma torre para o vigia
e fez também um tanque para esmagar as uvas.
Esperava que as parreiras dessem uvas boas,
mas deram somente uvas azedas.
Isaías 5.1,2 – NTLH

À luz das ciências biológicas esta canção é problemática. Uma variedade de uva doce, com condições e tratos adequados, produziria somente uvas doces. Uma variedade de uva azeda, mesmo com todo o cuidado e capricho, produziria forçosamente frutas azedas. Cientificamente, o problema não estava nas mudas em si, mas na seleção da variedade de mudas. O dono errou na escolha e não haveria meios de corrigir o erro, simplesmente pela maneira de cuidar da plantação! O dono não admitiu a escolha errada, e jogou a culpa nas mudas. A solução certa seria substituir as mudas pela variedade desejada, não exercer vingança, destruindo o campo. A culpa era do dono por não ter escolhido a variedade certa da planta. Por engano, escolheu a variedade cuja natureza era produzir uvas azedas.

Mesmo com esta problemática para nossos conhecimentos de biologia, esta canção traz grandes lições para a vida. 1) Somos plantados e somos plantadores. 2) É importante o que plantamos.

Ninguém é uma ilha isolada de tudo e de todos. Sem o nosso consentimento, fomos inseridos dentro de um contexto. Não escolhemos o nosso sexo ou orientação sexual, nem a nossa nacionalidade ou classe social, nem pais, irmãos e parentes. Nascemos com uma carga genética de traços físicos e psicológicos predeterminantes com limites fisiológicos e emocionais.

Somos fruto do passado! Mesmo com a nossa carga genética e a nossa herança social, não somos objetos inertes e passivos. Somos interativos. Podemos determinar a nossa direção e destino. Querendo ou não, temos influência e a nossa presença faz diferença. Temos o poder de reforçar as tendências positivas e negativas ou resisti-las e mudá-las. Somos plantados, mas também somos plantadores. Podemos escolher as mudas que plantamos.

Somos responsáveis pela maneira que administramos a nossa herança. Determinamos se a herança será desculpa para fazermos o mal ou desafio para fazermos o bem. Podemos nos fazer de vítimas ou administradores positivos. As uvas não têm opções, nós as temos. Podemos escolher os nossos caminhos e o que plantamos. Mas uma vez escolhido o caminho, não podemos mudar o destino, e plantada a variedade da muda mudar seu fruto. Ódio, ganância e preconceito produzem “uvas” azedas de violência e injustiça. Amor, compaixão e capricho produzem “uvas” doces de justiça e paz. Somos semeadores saindo para semear.............

ISAÍAS 5:1-7 – NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)

Vou cantar agora para o meu amigo
uma canção a respeito da sua plantação de uvas.
O meu amigo fez essa plantação
num lugar onde a terra era boa.
Ele cavou o chão, tirou as pedras
e plantou as melhores mudas de uva.
No centro do terreno, ele construiu uma torre para o vigia
e fez também um tanque para esmagar as uvas.
Esperava que as parreiras dessem uvas boas,
mas deram somente uvas azedas.
Agora o meu amigo diz:
“Moradores de Jerusalém e povo de Judá,
digam se a culpa é minha ou da minha plantação de uvas.
Fiz por ela tudo o que podia;
então, por que produziu uvas azedas
em vez das uvas doces que eu esperava?
“Agora eu lhes digo o que vou fazer
com a minha plantação de uvas:
vou tirar a cerca e derrubar os muros que a protegem
e vou deixar que os animais invadam a plantação
e acabem com as parreiras.
A plantação ficará abandonada;
as parreiras não serão podadas, e a terra não será cultivada;
o mato e os espinheiros tomarão conta dela.
Também darei ordem às nuvens
para que não deixem cair chuva na minha plantação.”
A plantação de uvas do Senhor Todo-Poderoso,
as parreiras de que ele tanto gosta
são o povo de Israel e o povo de Judá.
Deus esperava que eles obedecessem à sua lei,
mas ele os viu cometendo crimes de morte;
esperava que fizessem o que é direito,
mas só ouviu as suas vítimas gritando por socorro.”



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