Vou seduzir a minha amada
e levá-la de novo para o deserto,
onde lhe falarei do meu amor.
e levá-la de novo para o deserto,
onde lhe falarei do meu amor.
Oséias
2.14 (leia 2.14-20) – NTLH
Oséias queria uma mulher que o amasse.
Casou-se com Gomar, uma sacerdotisa de templo pagão. Pelo jeito que contou a
história, só levava “chifradas”. Os nomes dados aos filhos, nascidos da união
matrimonial, indicavam que Oséias desconfiava não ser o pai. Houve rompimento.
Voltou ao templo e comprou uma sacerdotisa (será Gomar de novo?)! Oséias
investia para fazer a mulher feliz. Não sabemos se a história teve um fim feliz
ou não...
O profeta comparou seu relacionamento
conjugal com o de Deus e o povo de Israel. O povo estava sempre correndo atrás
de outros deuses, deixando o monoteísmo de lado.
Oséias inverteu a ordem religiosa. O povo
achava que precisava fazer tudo para agradar as divindades e ganhar seus
favores. Não queria desprezar nenhum deus e tinha medo de deixar fora alguma
divindade. Mas o profeta afirmou que é o contrário: O Deus Eterno está fazendo
tudo para ganhar o afeto da humanidade que ele mesmo criou. Ele é como aquele
que faz tudo para conquistar sua amada.
O mundo da natureza está cheio de
manifestações do amor e cuidado do Criador. A ciência moderna demonstra que a
combinação das condições astronômicas, a distância do Sol e da Lua, da Terra e
seus respectivos tamanhos, são perfeitos para a sustentação da vida no planeta.
Uma pequena modificação destas coordenadas seria desastrosa para o nosso
sistema ecológico. A Terra tem abundância de água potável, ar puro, temperatura
média perfeita e a biodiversidade riquíssima. Estamos aqui para desfrutar de
tudo isto.
Mas o ser humano é o único de todas as
criaturas do mundo que agride a criação. Além de agredir o seu semelhante,
viola seu ambiente.
A religião verdadeira, digna de louvor, é
aquela que é uma resposta de amor à sedução divina. A sua prova é o amor ao
semelhante e à criação.
Oséias fala da harmonia entre os animais
selvagens, as aves, os répteis e o povo. Fala da destruição de armas de guerra
e a eliminação de conflitos armados. Uma religião que cria barreiras, promove
divisões, discrimina os outros, não perdoa e até mata em nome de Deus é indigna
e deve ser evitada. Jesus declarou que os humildes herdarão a terra e que os
pacificadores serão chamados “filhos de Deus”.
A essência da religião é a auto entrega ao
GRANDE SEDUTOR, uma lua-de-mel entre o criador e a criatura. É um
relacionamento que supera todas as leis, espontâneo, sem cobranças.
A nossa dedicação ao Amado seria agir como
pessoas amadas e apaixonadas. A apaixonada acha prazer em curtir a presença do
seu amado e ama tudo que ele ama. Cuida dos seus interesses. Neste caso, Deus,
nosso Amante, ama toda a sua criação com todas as criaturas. Deseja a justiça e
a paz para todos. A nossa resposta à “cantada” divina seria devolver este amor
para tudo que nos cerca. Não pode ser contido dentro de templos e restrito às
reuniões religiosas. A paixão pela vida é a melhor resposta ao GRANDE SEDUTOR.
OSÉIAS 2:14-20 – NOVA TRADUÇÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Deus
disse ao povo de Israel:
—
Vou seduzir a minha amada e levá-la de novo para o deserto, onde lhe falarei do
meu amor. Ali, eu devolverei a ela as suas plantações de uvas e transformarei o
vale da Desgraça em uma porta de esperança. Então ela falará comigo como fazia
no tempo em que era moça, quando saiu do Egito. Mais uma vez ela me chamará de
“Meu marido” em vez de me chamar de “Meu Baal”. Nunca mais deixarei que ela
diga o nome Baal; nunca mais se falará desse deus. Sou eu, o Senhor, quem está
falando.
—
Naquele dia, farei um acordo com os animais selvagens, com as aves e com as
cobras, para que não ataquem a minha amada. Quebrarei as armas de guerra, os
arcos e as espadas; não haverá mais guerra, e o meu povo viverá em paz e
segurança.
—
Israel, eu casarei com você, e para sempre você será minha legítima esposa. Eu
a tratarei com amor e carinho 20 e serei um marido fiel. Então você se dedicará
a mim, o Senhor.
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