— Eu odeio, eu detesto as suas festas
religiosas;
não tolero as suas reuniões solenes.
Parem com o barulho das suas canções religiosas;
não quero mais ouvir a música de harpas.
Em vez disso,
não tolero as suas reuniões solenes.
Parem com o barulho das suas canções religiosas;
não quero mais ouvir a música de harpas.
Em vez disso,
quero que haja tanta justiça
como as águas de uma enchente e
que a honestidade seja como um rio
que não pára de correr.
como as águas de uma enchente e
que a honestidade seja como um rio
que não pára de correr.
Amós
5.21, 23, 24 (leia 5.18-24) – NTLH
Este texto levanta a pergunta: Qual é o
verdadeiro culto a Deus? Muitas pessoas têm a imagem do Deus exaltado, sentado
no trono e se deliciando com expressões de adoração e louvor de seus adoradores
em reuniões de culto. Está na moda o “louvorzão” em que este conceito é levado
ao extremo. Seria culto a um Deus egoísta e vaidoso que se sente bem com seus
“fãs” entrando em delírio na sua presença.
O povo vivia uma ilusão! Achava que Deus
tinha prazer em reuniões de culto com celebrações, ofertas, cânticos de louvor
e instrumentos musicais. Mas, o profeta, Amós, fez um pronunciamento radical:
Deus rejeitava tais manifestações. Falando em nome de Deus, ele usou palavras
fortes como: “odeio”, “detesto”, “não tolero”, “não aceito” e “parem com o
barulho”. Amós desafiou a espiritualidade predominante do seu país.
A pregação de Amós revela outra visão do
divino e outro estilo de culto. O culto de Amós seria a conscientização do povo
quanto a sua vivência diante do Deus criador. O culto seria meio de edificação:
sentir a presença divina e se fortalecer para enfrentar os desafios da vida.
Ouvir é mais importante do que falar. Temos dois ouvidos, mas uma só boca.
Imagine se fosso o contrário!… Parece que Mt.18.20 “onde dois ou três estão juntos
em meu nome, eu estou ali com eles” passou a ser: “onde dois ou três estão
juntos em meu nome, há um sistema de som e três microfones”. Há igrejas que
fazem tanto barulho que perturbam a vizinhança. Será que a mania barulhenta é
um meio de abafar a voz do Espírito?
O culto pagão tinha por finalidade
impressionar e influenciar os deuses e ganhar sua simpatia e seus favores. As
divindades tinham de ser conquistadas, ou pelo menos “compradas”. Em contraste,
a liturgia do culto cristão não tem esta finalidade. Sabemos que Deus já nos
ama e que se agrada quando produzimos os frutos do amor no lar, lazer e
trabalho. A liturgia é para nossa edificação, para fazer-nos mais conscientes
do mistério da graça divina e renovar as nossas forças espirituais.
A nação judaica estava gozando um período de tranquilidade
e prosperidade. Mas, também, havia muita injustiça e desonestidade. Uma minoria
explorava os demais e tinham mais recursos de ser suntuosa nas manifestações
religiosas. A desonestidade e a corrupção faziam parte do dia-a-dia. O povo se
isolava dentro do templo com atos de culto. Fora, o mundo era bem diferente.
Atos religiosos no meio de injustiça e
desonestidade eram afrontas para Deus. Deus não é um egoísta querendo elogios e
badalação. Seu desejo é ver seus filhos e suas filhas viver o amor exercendo
compaixão, justiça e integridade. O verdadeiro louvor não consiste em atos
religiosos dentro do templo, mas na vivência do amor em todos os lugares.
O profeta usa as imagens de “águas de enchente” e de “rio que não pára de correr”. São
figuras de abundância e constância. A marca do cristão deve ser seu esforço de
agir com justiça no meio de ambiente de materialismo e ganância, de colocar “ser justo” acima de “ter vantagens”. O amor cristão, também,
produz o fruto da honestidade. O bom caráter é resultado de integridade
constante. O culto que agrada a Deus é aquele que se expressa em uma vida de
retidão e justiça. Certamente, há muitas pessoas que agradam a Deus mas não aguentam
assistir os cultos por não encontrar ambiente de poder ouvir a voz do Espírito.
AMÓS 5:18-24 – NOVA TRADUҪÃO NA
LINGUAGEM DE HOJE 2000 (NTLH)
Ai
dos que querem que venha o Dia do Senhor! Por que é que vocês querem esse dia?
Pois será um dia de escuridão e não de luz. Será como um homem que foge de um
leão e dá de cara com um urso; ou como alguém que entra em casa e encosta a mão
na parede e é picado por uma cobra. O Dia do Senhor não será um dia de luz;
pelo contrário, será um dia de trevas, de escuridão total.
O
Senhor diz ao seu povo:
— Eu
odeio, eu detesto as suas festas religiosas; não tolero as suas reuniões
solenes. Não aceito animais que são queimados em sacrifício, nem as ofertas de
cereais, nem os animais gordos que vocês oferecem como sacrifícios de paz. Parem
com o barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de
harpas. Em vez disso, quero que haja tanta justiça como as águas de uma
enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr.
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