Deus viu o que eles fizeram e
como abandonaram os seus maus caminhos.
Então mudou de idéia e não castigou a cidade
como tinha dito que faria.
como abandonaram os seus maus caminhos.
Então mudou de idéia e não castigou a cidade
como tinha dito que faria.
Jonas
3.10 (leia 3.1-10) – NTLH
Na madrugada de 15 de abril de 1912 o HMS
Titanic navegava a todo vapor na sua viagem de inauguração de Londres a Nova
Iorque. Apesar dos avisos de perigo dos “icebergs” na frente, ele não diminuiu
a sua velocidade ou mudou sua rota. A colisão resultante foi conhecida como um
dos piores desastres marítimos da história! A tragédia ainda maior foi que o
evitável não foi evitado.
O texto bíblico conta uma história
semelhante, mas com desfecho contrário. A cidade de Nínive estava caminhando
para um desastre devido a sua vida perversa. O profeta, Jonas, apareceu e
começou anunciar o desastre eminente!... O povo “deu ouvidos”, mudou seu estilo
de vida e o “inevitável” foi superado.
No livro, *“Do
Iceberg à Arca de Noé”, Leonardo Boff faz uma abordagem idêntica. Ele contrasta
o Titanic com a Arca de Noé. O Titanic representa a nossa “civilização” que
segue, a todo vapor, uma rota de choque com o sistema ecológico que nos
sustenta. A Arca de Noé, em contraste, representa a salvação e uma nova chance
para a humanidade.
Estou tomando emprestada a figura do Titanic para
fazer uma comparação com a cidade de Nínive. A salvação exige mudança de rota.
Destinos podem ser mudados. Desastres e tragédias podem ser evitados. Nós
mesmos somos responsáveis por muitos dos males que afligem a nossa vida.
Acostumamos a pensar em salvação em termos da
alma, em termos pessoais e individuais. Nosso individualismo ignora a dimensão
maior da redenção! Com a globalização da economia e da tecnologia o indivíduo
está cada vez menos isolado fisicamente. O seu destino se encontra cada vez mais
ligado aos outros. Não se salva sozinho...
A salvação precisa incluir o mundo inteiro.
Pela primeira vez o ser humano está chegando a poder desequilibrar o mundo que
o Criador formou e entregou aos seus cuidados. Com a super população do mundo,
o ser humano está cada vez mais predatório. Em vez de viver em harmonia, vive a
custa da natureza. Boff escreve “a cada dia desaparecem definitivamente dez
espécies de seres vivos, por causa da intervenção irresponsável do homem” (p.
67). A diversidade de vida está diminuindo e o planeta morre aos poucos, o
assassino é a humanidade. Boff ainda nos adverte: “Desta vez não há uma Arca de
Noé que salvará alguns deixando perecer os demais. Queremos nos salvar todos
juntos” (p. 92).
Nínive nos fornece um modelo esperançoso. A
cidade estava condenada. Apareceu um profeta, apontando o desastre a frente. A
população levou a sério a advertência, e todos, desde o maior até o menor
tomaram providências, mudaram de vida, e a cidade foi poupada.
Nossa esperança: seguir o caminho da mudança
radical. Profetas não faltam. Depende de nós ouvi-los e agirmos com urgência!
Titanic? Nínive? Depende de nós.
*Editora
Garamound Ltda., 2002
JONAS 3 – NOVA TRADUҪÃO NA LINGUAGEM DE
HOJE 2000 (NTLH)
Pela
segunda vez, o Senhor Deus disse a Jonas:
—
Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e anuncie ao povo de lá a mensagem que
eu vou dar a você.
Jonas
se aprontou e foi a Nínive, como o Senhor Deus havia ordenado. Nínive era tão
grande, que uma pessoa levava três dias para atravessá-la a pé. Jonas entrou na
cidade, andou um dia inteiro e então começou a anunciar:
—
Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!
Então
os moradores de Nínive creram em Deus e resolveram que cada um devia jejuar. E
todos, desde os mais importantes até os mais humildes, vestiram roupa feita de
pano grosseiro a fim de mostrar que estavam arrependidos.
Quando
o rei de Nínive soube disso, levantou-se do trono, tirou o manto, vestiu uma
roupa feita de pano grosseiro e sentou-se sobre cinzas. Mandou também anunciar
ao povo da cidade o seguinte: “Esta é uma ordem do rei e dos seus ministros.
Ninguém pode comer nada. Todas as pessoas e também os animais, o gado e as
ovelhas estão proibidos de comer e beber. Que todas as pessoas e animais vistam
roupas feitas de pano grosseiro! Que cada pessoa ore a Deus com fervor e
abandone os seus maus caminhos e as suas maldades! Talvez assim Deus mude de
ideia. Talvez o seu furor passe, e assim não morreremos!”
Deus
viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então mudou de
ideia e não castigou a cidade como tinha dito que faria.
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